Caro leitor,
Dando continuidade ao assunto sobre paraplegia e tetraplegia conheceremos, hoje, no blog Deficiente Ciente, as consequências motoras das lesões.
Conseqüências Motoras da Paraplegia e da Tetraplegia
Conseqüências Motoras da Paraplegia e da Tetraplegia
Nas lesões medulares completas, o comprometimento mais importante e mais conhecido da sociedade é a perda da capacidade de locomoção. As lesões completas implicam o uso de cadeira de rodas por toda a vida.
As lesões medulares incompletas, apesar de mais raras, ocorrem também em nível expressivo, e implicam o uso permanente de cadeira de rodas, tutores (curtos ou longos) e/ou andadores.
Uma lesão abaixo de C4 permite que a pessoa seja mantida com vida, desde que atendida de imediato, com socorro adequado, e levada urgentemente para um centro especializado em lesões medulares. As lesões cervicais provocam também redução da capacidade respiratória, já que os músculos intercostais passam a apresentar uma paresia. Da mesma forma, está comprometida a maioria dos músculos do tronco, dos braços e das pernas. A pessoa perde a preensão dos dedos da mão. No entanto, nas lesões cervicais, o deltóide, parte do bíceps e o peitoral menor permanecem funcionais, e com eles os tetraplégicos são capazes de digitar um computador, dirigir carros, nadar, praticar atletismo, jogar rugby, tênis em cadeiras de rodas, etc., bem como estudar e exercer as mais variadas profissões.
As lesões nas regiões mais baixas da medula torácica não comprometem a função respiratória.
Os comprometimentos podem apresentar os mais diversos graus. Eles variam de discretos enfraquecimentos das capacidades neurológicas até uma total perda funcional.
Nas lesões medulares, juntamente com os comprometimentos das funções motoras, são acometidos também a sensibilidade, os reflexos, o sistema simpático-parasimpático, sendo afetados ainda os esfíncteres anal e urinário.
Entre as conseqüências não-motoras da paraplegia e da tetraplegia, apresentam maior importância:
- Tendência a ocorrer escaras (úlceras) de decúbito. As escaras são uma “porta aberta” para infecções. (Veja matérias nesse blog, Deficiente Ciente, sobre as úlceras de decúbito ou escaras.)
- Os atletas e técnicos devem ser sensibilizados para o fato de que as escaras implicam tratamento sério, já que podem evoluir para um quadro bem pior, e devem ser consideradas como um fator que, temporariamente, restringe a prática esportiva;
- Tendência a ocorrer infecções urinárias, que podem provocar insuficiências renais;
- Contraturas;
- Osteoporose;
- Disfunção do sistema de regulação térmica. Os tetraplégicos e os paraplégicos com lesão acima de aproximadamente T5 não apresentam sudorese suficiente para compensar o estresse térmico. Com isso, salas de aula abafadas, ginásios abafados e mal ventilados e demais ambientes quentes, tais como em piscinas, praias ou quadras; assim como em carros estacionados ou em engarrafamentos no trânsito em horários quentes, etc., podem provocar desmaio ou, caso não sejam adotadas medidas que permitam a compensação térmica, até mesmo a morte por estresse térmico. Em função disso, devem ser adotadas medidas que assegurem a compensação do estresse térmico, tais como: ingestão de líquidos antes, durante e após a prática esportiva; alternância, se for possível, da exposição ao calor com a permanência em lugares mais frescos, etc.;
- Perda de sensibilidade (dor, frio, calor, tato, contato, propriocepção postural, etc.);
- Disfunção da atividade da bexiga e do intestino. A bexiga do paraplégico e do tetraplégico é denominada de neurogênica. Atingindo um certo volume, automaticamente ela se esvazia, como no caso de bexigas de crianças menores. Isto implica o uso de fraldas (fralda geriátrica no caso de adultos) e/ou de sondas;
- Redução da pressão arterial e da pressão nos vasos sangüíneos, dificultando a circulação de “retorno”;
- Comprometimentos da sexualidade. (Veja matérias nesse blog, Deficiente Ciente, sobre a sexualidade e a pessoa com deficiência.
Fonte: :http://www.informacao.srv.br/cpb/index.html
Veja também nesse blog:
Paraplegia e Tetraplegia- Parte 1
Paraplegia e Tetraplegia- Parte 2
Significado Funcional do Nível da Lesão Medular
Escaras: um pesadelo... Parte 1
Escaras: um pesadelo... Parte 2
Escaras: um pesadelo... Parte 3
Escaras: um pesadelo... Parte 4
Almofadas Anti escaras
Pacientes tetraplégicos podem recuperar alguns movimentos
Aparelho desenvolvido no Sul de Minas leva esperança para tetraplégicos (25/02/2010)
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Leia mais: http://www.deficienteciente.com.br/2009/08/paraplegia-e-tetraplegia-parte-2.html#ixzz0sURNOnqq
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