Blog do Prof de Ed. Física MSc SERGIO CASTRO,da Pós Graduação em Educação Especial e Tecnologia Assistiva da Universidade Cândido Mendes(AVM) ;Ex-professor da Universidade Estácio de Sá e Ex-Coordenador de Esportes para Pessoas com Deficiências (PcD) do Projeto RIO 2016 da SEEL RJ ,destinado a fornecer informações sobre pessoas com deficiência(PcD) e com Necessidades Educativas Especiais(PNEE), bem como a pessoas interessadas nesta área ( estudantes, pais, parentes, amigos e pesquisadores)
sexta-feira, 23 de julho de 2010
Tratamento da baixa estatura
Tratamento da baixa estatura
http://veja.abril.com.br/blog/nutricao-homo-obesus/sem-categoria/tratamento-da-baixa-estatura/
CREDITO REVISTA VEJA
A baixa estatura pode ser consequência de fatores intrauterinos. Quando o feto não recebe nutrientes em volume e qualidade adequada nasce com certo déficit de estatura. Para repor a criança na sua curva normal de crescimento alguns endocrinologistas pediátricos esperam a passagem da infância (até 3 – 4 anos) para fase escolar (4 e mais anos). É essencial saber que cada criança tem uma herança genética que determina uma estatura final específica. O médico pode estabelecer esta estatura final (chamada de estatura ALVO) por meio de uma formula matemática na qual entra a estatura do pai e da mãe. Outros parentes próximos têm pouca ou nenhuma influência genética na estatura alvo. Não adianta dizer: o avô é muito alto ou o tio materno tem mais de um 1.80m. Repito: a estatura ALVO é determinada pelos pais, e com os genes que eles transmitiram ao filho. Resumindo: o retardo de crescimento intra-uterino e os fatores genéticos são importantes fatores de baixa estatura.
Fatores ambientais são importantes
É obvio que as crianças que vivem sob constante e crônica má nutrição protéico-calórica (pouca proteína, comida insuficiente) não irão atingir o seu potencial genético de crescimento. A estatura final também depende de boa alimentação (incluindo aporte diário de proteínas de boa qualidade), ausência de doenças infantis, que eram comuns mas hoje com vacinações preventivas são raras, ausência de problemas respiratórios, como bronquite asmática (as crianças com este problema pulmonar crescem menos), e ausência de doença do fígado, como hepatite C ou doença renal crônica. Enfim ter saúde razoavelmente boa, alimentação sadia, boa atividade esportiva (o exercício estimula o aparecimento do hormônio de crescimento) e, essencialmente, ter sono profundo e reparador por 9 a 11 horas todas as noites. Nestas condições ambientais excelentes a criança atinge o seu potencial genético e atinge a estatura alvo programada.
O problema de puberdade prematura
A puberdade prematura é muito mais comum nas meninas do que nos meninos e cada vez mais vemos meninas de 8 anos já com mamilos salientes, pelos na região genital e axilar, e corpinho desenvolvido. A mãe precisa estar atenta a estes fenômenos físicos, pois tais fatos são indicativos de que a menina pode ter a primeira menstruação (menarca) muito cedo aos 9 ou 10 anos. A menarca nessa idade ‘fecha’ as áreas de crescimento dos ossos longos e interrompe o crescimento pelo alto nível de hormônios femininos que são secretados no organismo.
Há a possibilidade de bloquear esta puberdade prematura por meio de medicamentos. Resumidamente o medicamento usado irá ‘envolver’ os ovários com uma camada protetora que faz com que estas gônadas fiquem ‘adormecidas’, não avançando para dar início à menstruação. Mantém-se a criança por 2 a 3 anos sob tratamento e, a cada ano, ela irá crescer 5 – 6 cm. Na idade que julgar apropriada o médico suspende a medicação e a menarca ocorre normalmente, sem nenhuma alteração imediata ou transtorno futuro (fertilidade, hormônios femininos).
A falta relativa de GH pode ser tratada
A produção de GH (hormônio de crescimento) é contínua desde a primeira infância. Na baixa estatura chamada de ‘constitucional’ pode-se verificar, por meio de testes, se a criança está com secreção de GH suficiente para atingir a estatura final que lhe foi programada. O consenso dos médicos indica que existe vantagem em tratar crianças com baixa estatura com doses relativamente altas de GH, pois ao fim do tratamento (após a puberdade completada) a estatura final é mais elevada que as crianças que optaram por não serem tratadas. O problema é que o GH deve ser injetado, mas hoje existem ‘canetas’ que a própria criança pode aprender a manejar. As ‘canetas’ são ajustadas para a dose diária de GH recomendada pelo médico e a criança aplica o GH com a caneta, à noite, antes de dormir, com maior facilidade. O sacrifício vale a pena, pois a estatura alvo é, freqüentemente, atingida. É óbvio que fatores nutricionais devem ser fornecidos e exercícios físicos são altamente recomendáveis.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário