Blog do Prof de Ed. Física MSc SERGIO CASTRO,da Pós Graduação em Educação Especial e Tecnologia Assistiva da Universidade Cândido Mendes(AVM) ;Ex-professor da Universidade Estácio de Sá e Ex-Coordenador de Esportes para Pessoas com Deficiências (PcD) do Projeto RIO 2016 da SEEL RJ ,destinado a fornecer informações sobre pessoas com deficiência(PcD) e com Necessidades Educativas Especiais(PNEE), bem como a pessoas interessadas nesta área ( estudantes, pais, parentes, amigos e pesquisadores)
sábado, 24 de outubro de 2009
POLIBAT voce conhece??
TESE DE POLIBATE DA UNICAMP, VEJA MAIS EM : http://libdigi.unicamp.br/document/?code=vtls000377180
POLIBAT
A inclusão possibilita convivermos juntos, aprendermos a respeitar as diferenças. Através da aula de Educação Física é possível pessoas com ou sem deficiência brincarem, jogarem, fazerem muitas atividades em conjunto.
A seguir apresentaremos o Polibat, esporte adaptado para que você conheça, jogue e também desafie-se a pensar outras atividades e possibilidades que existem de estarmos convivendo numa perspectiva inclusiva, na escola, na sociedade e em especial nas aulas de Educação Física.
O Polibat é uma nova prática esportiva, foi criada na
Inglaterra, nos anos 80, direcionado a pessoas com
comprometimento motor.
O jogo permite que qualquer pessoa pratique esta
atividade como, por exemplo: paralisados cerebrais, pessoas que
tiveram acidente vascular encefálico, espinha bífida, distrofia
muscular, lesão medular, paralisia infantil, enfim não se restringe
quanto ao comprometimento motor, basta que o praticante tenha a
possibilidade de segurar a raquete e movimento de membros
superiores, qualquer pessoa pode jogar, basta querer.
O esporte pode ser usado como uma atividade ou uma série de situações para aqueles indivíduos com limitações que impeçam a sua participação no tênis de mesa convencional/recreativo, como por exemplo: aulas de Educação
Física, recreação e lazer, reabilitação e competições esportivas.
O jogo também pode ser jogado em duplas.
Nosso convite é para que você conheça o jogo e venha
também praticá-lo.
EQUIPAMENTOS
Strapasson, 20041
O jogo é praticado em uma mesa de tênis de mesa sem
rede - 1,2 m x 2,4 m ou uma mesa com as mesmas dimensões.
A mesa tem em suas laterais uma proteção em madeira (para que a
bola não saia pelo lado) que apresenta o comprimento total da mesma e possui uma altura não mais que 10 centímetros que não pode adentrar na área da mesa em direção ao centro em mais de 3,5 centímetros — esses devem ser afixados de uma maneira firme.
A bola utilizada é a plástica de golf macia, tipo airflow possui baixo potencial de quique e deve ser quicada na superfície da mesa o tempo todo. A raquete deve possuir uma área de batida de 18 centímetros quadrados e um comprimento máximo de 30 centímetros, tendo um cabo lateral ou central.
Como sugestão para substituir a bola, os mais variados:
bola de tênis de mesa, bolinha de desodorante de roll-on, de tênis de campo, bolinha de borracha, enfim, use sua criatividade.
O JOGO:
O jogo é disputado em 11 (jogo curto) ou 21 pontos (jogo
longo), onde cada jogador saca 5 vezes em séries alternadas. Em
todos os casos a bola deve ser sacada do ponto ou linha central.
O receptor deve permitir que a bola sacada toque o anteparo
lateral apropriado antes de tentar rebatê-la.
A raquete deve manter contato com a mesa (ela é
arrastada) e a bolinha deve ser lançada nas bordas laterais, com
objetivo de rebater a bola para fora do lado do oponente ou
forçando um ponto decisivo.
A bola levantada/quicada que for parar de um dos lados
(painéis ou bordas laterais) da mesa será considerado falta —
ponto do adversário, ou seja, a bola deve manter contato
constante com a mesa.
Se a bola for parada e estacionar durante uma batida de
bloqueio ou um movimento de manipulação, isto caracteriza uma
falta, pois, qualquer parada com recomeço proposital pode ser
considerada uma falta pelo juiz.
PONTUAÇÃO:• Cada ponto jogado resulta em um ponto para o sacador ou receptor;
• Pontos são ganhos ou perdidos devido as faltas que ocorrem;
• Cada servidor irá sacar cinco vezes de qualquer lado da mesa;
• Um jogador tem permissão para fazer manipulações múltiplas
antes de devolver a bola;
• Os jogadores (sentados ou em pé) podem apoiar qualquer
parte superior do corpo na mesa: para equilibrar-se;
• O juiz irá interpretar decisões relacionadas com: o contato
corporal, bolas levantadas, procedimentos do servidor, bolas
paradas e ocorrência
• Em um jogo de duplas, qualquer receptor pode rebater a bola
sacada. No entanto, o mesmo sacador, saca 5 (cinco) vezes, e
então o (direito de sacar) vai para o 1° (primeiro) sacador da
oposição. Esses sets de saques são então alternados entre os
quatro jogadores. Um sacador deve sacar todos os 5 (cinco)
saques do mesmo lado. Receptadores e novos sacadores não
podem mudar de lado da mesa durante o jogo;
• Um servidor deve sacar todas as 5 servidas do mesmo lado
durante o jogo;
• O vencedor é o primeiro jogador ou par ao alcançar II pontos ou 21 pontos. Em competições importantes (grandes), deve-se
jogar apenas 11 pontos;
• Um juiz tem direito de vetar qualquer aspecto, comportamento
ou equipamento que não for considerado dentro do espírito de
jogo.
ARBITRAGEM:
O jogo cria decisões e interpretações complicadas à fazer.
A velocidade à qual o jogo pode ser jogado significa que a
observação alerta e observações repentinas podem ser
necessárias.
Sugestão: o jogo deve ser arbitrado levando em consideração as regras de tênis de mesa, observando as características do mesmo.
REFERÊNCIAS
FEDERAÇÃO ESTADUAL DAS APAE'S – ADFP (Associação de Deficiência Física do Paraná.
Clínica paraolímpica de Bocha e Polybat para pessoas portadoras de paralisia cerebral. Curitiba: 2001, apostila.
MORAES, C. R. W. Modalidade: Polybat. Curitiba: 2002, apostila.
STRAPASSON, A. M. Proposta de Ensino de Polybat para Pessoas com Paralisia Cerebral. Dissertação de Mestrado. Unicamp, Campinas, 2005.
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