sábado, 31 de outubro de 2009

O USO DO JOGO NA INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA DE CRIANÇAS COM DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM

Dulcila Mª B. Chastinet Guimarães
“A prática de pensar a prática é a melhor maneira de pensar certo.” (Freire)

Na realidade, com todas as transformações que estão ocorrendo no mundo, mais do que nunca é preciso aprender a viver com incerteza. Para tanto, necessitamos desenvolver em ambientes de aprendizagem a autonomia de nossas crianças e também de nossos professores levando-os a aprender a aprender.
Na educação, a autonomia implica a metodologia do aprender a aprender, aprender a pensar, com base nas construções do sujeito que descobre por si mesmo que inventar sem ajuda de terceiros, que auto organiza / reestrutura / reequilibra suas atividades, incorporando o novo em suas estrutura mentais, reestruturando e auto-organizando, assim suas atividades motoras, verbais e mentais.
De acordo com Pedro Demo,
“o que marca a modernidade educativa é a didática do aprender à aprender, ou saber pensar, englobando num só todo a necessidade de apropriação do conhecimento disponível e seu manejo criativo e crítico (...)”
As novas construções de estratégias como os jogos e as atividades lúdicas, fazem com que o professor promova o desenvolvimento sócio-afetivo, motor e cognitivo ao sujeito, e que a práxis pedagógica em sala de aula implica na vivência de parceria e da integração entre a teoria e prática, ação – reflexão – ação. Desta maneira, estaremos sempre no movimento de ir e vir da prática para a teoria e a teoria para a prática. Por tudo que a DIDÁTICA se relaciona com a PEDAGOGIA. A Didática se preocupa com o tipo do sujeito homem que se quer formar, de modo que ele possa vir a ser sujeito de importantes transformações.
Como a Didática se preocupa, sobretudo com o tipo do homem que se forma e se propõe a fazer as ligações em as dimensões sócio-político-social e escolar do fenômeno educacional, o professor não deve ser a única fonte do conhecimento, o aluno deve e pode aprender em múltiplas e diferentes situações.
Por tudo isto, é que o estudo feito e apresentado permite compreender que não se pode, enquanto educadores e psicopedagogos, deixar de ter um novo olhar sobre a compreensão da dinâmica dos jogos, pois como recurso facilitador do ensino aprendizagem e ampliação de significados e sentidos de diferentes seres humanos,os jogos são de grande valia.
Pela dinâmica do jogar, brincar e sorrir, o espaço de inserção desta prática pode contextualizar / construir / ampliar novos conhecimentos, de modo gratificante, vivo, em que a dimensão humana do sentir-se pleno, em prazer e gozo, seja mister motivação ao querer continuar em movimento de aprender.
É importante salientar o lúdico na intervenção psicopedagógica como um elemento que facilite aprendizagem de crianças com dificuldades de aprendizagem. O jogo promove a construção do conhecimento e do saber.
É atribuição de o psicopedagogo trabalhar as duas variantes aprendentes: de forma preventiva para que sejam verificadas as dificuldades de aprendizagem antes que os processos se instalem, como também elaborar diagnósticos e trabalhar conjuntamente com a família e a escola, frente as dificuldades no processo do aprender. O psicopedagogo repensa a prática pedagógica, dando subsídios a novos procedimentos e esse processo de parceria possibilitará uma aprendizagem muito importante e enriquecedora. Desta forma, o fazer pedagógico se transforma, podendo se tornar uma ferramenta poderosa, para que possa entender e interpretar o brincar, assim como utilizá-lo para que auxilie na construção do aprendizado da criança. Para que isto aconteça, o adulto deve estar muito presente e participante nos momentos lúdicos. O lúdico faz parte do processo educativo, na medida em que alia o conhecimento com a prática psicopedagógica.
MARCELINO (1999),
“... através do prazer, o brincar possibilita à criança a vivência de sua faixa etária e ainda contribui de modo significativo para a sua formação como ser humano, participante de cultura da sociedade em que vive.”
Para o psicopedagogo a atividade lúdica é de grande significação na sua atuação, pois a incita, a imaginação da criança, cria uma situação de aprendizagem, sendo importante no processo da socialização.
Na intervenção psicopedagógica, o jogo visa contribui no aluno as relações sociais e desempenha atitudes que favorecem o raciocínio lógico e o desenvolvimento cognitivo. O trabalho em sala de aula, os profissionais devem mudar o método para que o processo de ensino aprendizagem se torne eficiente, a medida que vise um desenvolvimento globalizado e com uma interdisciplinaridade, aplicando diversos jogos pedagógicos para uma aprendizagem mais segura e atraente por parte do aluno.
É importante lembrar que alguns jogos não são fins mas meios que completam e devem ser somados ao trabalho dos profissionais de educação, para facilitar o trabalho em sala de aula ou em clinica,

Para facilitar a aplicação, 2º Almeida, agrupou os jogos da seguinte forma:
1. jogos de interiorização de conhecimento:
2. jogos de expressão e interpretação, e valores éticos.
3. jogos de raciocínio – resolução de problemas, soluções criativas e lógicas.

Os jogos de expressão, interpretação e interiorização de conteúdo, desenvolvendo a inteligência, enriquecendo a linguagem oral, a escrita e a interiorização de conhecimentos, libertando o aluno para uma maior participação ativa, criativa e crítica no processo de aprendizagem. Cabe ao professor ou profissionais de educação, após a leitura e análise, adaptar e ajustá-los a sua turma ou a quem vai ser aplicado. Dependendo de cada faixa etária. Trata-se de jogos que podem ser aplicados em todos os níveis de ensino.
Os jogos de inteligência - resolução de problemas, soluções criativas e cálculo - possibilitando ao aluno o desenvolvimento de suas potencialidades e intelectuais, como a flexibilidade para estabelecer relações com o seu meio, contexto e sua vida. É importante que, além desses jogos os profissionais de educação criem outros, bem como investigue e analise antes de sua aplicação e que seja bem preparado para serem executados.

SUGESTÕES DE JOGOS QUE PODEM SER APLICADOS NA SALA DE AULA E NA INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA.

MODELOS DE ALGUNS JOGOS.
“O mestre pode ser ponte, mas a travessia é feita pelo aluno”. (Sant’ Anna, 1997)

- JOGO: LOTO
O jogo de loto pode ser adequado a muitos conteúdos diferentes, bastando apenas que sejam feitas as adaptações necessárias. Este é apenas um exemplo para que o profissional tome como base e poderá confeccionar com os alunos também, para ser aplicado.
A aplicação, de acordo com o conteúdo pode ser feita para qualquer faixa etária.

APLICAÇÃO: ESCOLA E CLÍNICA

FAIXA ETÁRIA: ESCOLAR

OBJETIVOS;
•Fixação de conteúdos
•Avaliação
•Trabalhar regras e limite
•Trabalhar a criança e o jogo (ganhar e perder)
•Trabalhar conceitos matemáticos (divisão e áreas do retângulo)
•Planejamento espacial
•Estratégias
•Incentivar o gosto pela pesquisa

MATERIAL NECESSÁRIO:
•Uma folha de cartolina por grupo
•Lápis preto
•Canetas hidrográficas
•Tesoura
•Régua

ESTRATÉGIAS
Cada grupo deve dividir uma folha de cartolina em retângulo, losângulo, enfim em peças iguais. Essas deverão ser divididas em 6 partes. Em cada parte, por exemplo, podem ser escritas perguntas ou nomes que se queira relacionar. À parte fazem–se pequenos cartões, nos quais se escrevem as respostas das perguntas ou as palavras relacionadas ao cartão. Sorteia–se, e os jogadores terão de assinar nas cartelas a resposta correspondente. Esta atividade pode ser programada e anunciada antecipadamente para que os alunos tragam material de pesquisa para a confecção dos jogos. Para os jogos de alfabetização, a professora precisa trazer grande parte do material já pronto, para que as crianças apenas pintem, recortem e colem figuras. Todos os jogos devem ser selecionados antes da sua aplicação dependendo dos assuntos que deve ser aprendido.

- JOGO ORTOGRÁFICO

APLICAÇÃO: CLINÍCA E ESCOLA

FAIXA ETÁRIA: de 7 a 10 anos

OBJETIVOS:
•Fixação de conteúdos
•Desenvolver espírito de cooperação (o trabalho em equipe favorece esse desenvolvimento)
•Trabalhar regras e limites
•Trabalhar a criança e o jogo (ganhar e perder)
•Desenvolvimento da atenção e concentração
•Desenvolvimento do raciocínio e da motricidade

MATERIAL
•Uma folha e meia de papel-cartão por grupo de alunos
•Tesoura
•Cola
•Canetas hidrográficas
•Lápis de cor
•Um dado

ESTRATÉGIA: Para o contexto escolar, divide–se a classe em três ou quatro equipes.
Cada equipe deve confeccionar um jogo, que será trocado depois para que cada uma jogue com o jogo feito por outra equipe.
Podem–se determinar cores diferentes para as equipes, ex:equipe verde, amarela, azul, etc. Para o contexto clínico, o jogo deverá ser feito pela criança, e o psicopedagogo juntamente.

O JOGO
Com a folha inteira de papel cartão monta-se o tabuleiro. Esta poderá ser cortada em três ou quarto partes para facilitar o seu transporte e poder guardar.
No tabuleiro será montada uma trilha com ponto de partida e de chegada. Quanto mais sinuosa a trilha, mais elementos podem ser colocados, tornando o jogo mais emocionante. O caminho deve ser dividido em pequenas partes e enumerado em ordem crescente. Em diversos pontos do percurso colocam-se obstáculos. Ex: no número sete, pinta-se o espaço deste número de cor diferente, portanto, que parar aí terá de cumprir uma tarefa. As tarefas são indicadas em pequenos cartões, onde são colocados pontos de dificuldades ortográficas como palavras com z, ç, ss, s, g, j, x, ch, etc.
Exemplo: - Coloque a letra certa no espaço: G ou J ou trás dificuldades Com G ou J : Via....em
Via... ar
Via... ei
Cada cartão de tarefas deverá conter três palavras para serem completadas corretamente. Em caso de erro,outra pessoa pode responder, ganhando com isso avanço de cinco casas com seu peão, e o que errou retrocederá o mesmo número de casas. Desse modo prossegue o jogo e ganha quem atingir o primeiro ponto de chegada. Os peões podem ser feitos com papel cartão, formando pequenos cones.

REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Paulo Nunes de. A Educação Lúdica: Técnica e Jogos Editora Loyola, 2000.
ALVES, Rubens. Estórias de quem gosta de ensinar. São Paulo: Cortez
BENJAMIM, Walter. Reflexões: a criança, o brinquedo, a educação. 3 ed. São Paulo: Sumus, 1984.
BORIN, Júlia. Jogos Resolução de problemas: uma estratégia para as aulas de Matemática, São Paulo, l995.
CHATEAU, Jean. O Jogo e a Criança. Editora São Paulo, 2001.
------- Competência e habilidades: elementos para uma reflexão pedagógica, São Paulo, Instituto de Psicologia,USP,1999.
FIGUERÔA, Marilene Lins. O lúdico na educação. Doutoranda pela UDE, universidade de La Empresa, Montevidéu-UY.
FONSECA. Introdução às Dificuldades de Aprendizagem. Editoras Artes Médicas, 1995.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa. Editora Paz e Terra, 1996. .
FURTH, Hans G; e outros. Piaget na Prática Escolar: Criatividade no Currículo Escolar: Editoras Vozes, 1999. Ima,
GARCIA, Jesus Nicasio. Manual de Dificuldades de Aprendizagem. Porto Alegre: Ed. Artmed, 2001.

Publicado em 27/10/2009 12:11:00

Dulcila Mª B. Chastinet Guimarães - Pedagoga, Especialista em Psicopedagogia e de Jovens e Adultos, Capacitadora de Cursos de Formação de Professores das séries iniciais, Coordenadora e Consultora Educacional de Escolas Publicas e Privadas, Docente de Cursos de Avaliação da Aprendizagem e suas Complicações, Orientadora de Crianças com Dificuldades de Aprendizagem.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Mão biônica da Escócia é liberada e chega ao país

Uma prótese para as mãos, que permite o movimento dos dedos, acaba de chegar ao Brasil. A Anvisa autorizou a venda da mão biônica fabricada na Escócia, mas custa R$120 mil.
http://blig.ig.com.br/acessivelparatodos/2009/10/30/mao-bionica-da-escocia-e-liberada-e-chega-ao-pais/
http://mais.uol.com.br/view/99at89ajv6h1/mao-bionica-da-escocia-e-liberada-e-chega-ao-pais-04023972C4A96366?types=A&

Artista autista precisou apenas de 20 minutos para recriar Nova York com impressionante riqueza de detalhes





VEJAM MAIS SOBRE Artista autista precisou apenas de 20 minutos para recriar Nova York com impressionante riqueza de detalhes EM: http://colunistas.ig.com.br/obutecodanet/category/impressionante/

Muita gente já deve ter escutado falar de Stephen Wiltshire. Ele é um artista que tem um dom absolutamente incomum. O inglês consegue memorizar paisagens em poucos minutos e depois desenhá-las com extrema precisão.

Ele está de volta, com um impressionante trabalho que mereceu destaque na imprensa internacional. De acordo com uma reportagem do britânico Daily Mail, ele simplesmente precisou de 20 minutos em um vôo panorâmico de helicóptero sobre Nova York para desenhar a mesma paisagem, em um quadro de 5,5 metros. Leia mais » http://colunistas.ig.com.br/obutecodanet/2009/10/30/artista-autista-precisou-apenas-de-20-minutos-para-recriar-nova-york-com-impressionante-riqueza-de-detalhes/#more-44223

Se você comparar as imagens acima (clique para ampliar), perceberá que elas são incrivelmente complexas e idênticas, respeitando inclusive as proporções e detalhes. Destaque para o Empire States Building e o Chrysler Building, que podem ser vistos imponentes em meio a outros edifícios menores.

Diagnosticado com autista, o talentoso Stephen precisa apenas de seu iPod, algumas canetas e cerca de uma semana para terminar todo o processo artístico.

A reportagem cita que, em 2006, Stephen foi nomeado membro da Ordem do Império Britânico por seus serviços à arte. Ele abriu sua própria galeria no Royal Arcade, no mesmo ano.
Ah, para quem se interessou em saber o que o rapaz escuta durante os desenhos, dá para dizer que o repertório é vasto. Ele ouve desde blues, soul, funk, pop, Back Street Boys, All Saints e, acredite, New Kids on the Block.

Micos são treinados para ajudar deficientes


Macacos ajudam nas tarefas básicas da casa / Reprodução

Um soldado americano que foi gravemente ferido no Iraque e acabou paraplégico é um dos mais recentes beneficiados por um grupo que treina micos para auxiliar em tarefas domésticas.

Micos são treinados para ajudar deficientes; assista ao vídeo

A organização não-governamental americana Helping Hands se especializou em treinar macacos capuchinhos para realizar atividades como esquentar comida no microondas, manejar controles remotos, acender e apagar luzes, entre outras.
ONG americana já formou e introduziu 155 micos em casas de pacientes. Formados, eles são capazes até de escolher CDs e colocá-los no aparelho de som.

Um dos beneficiados pelo programa, Ned Sullivan, deve a vida ao seu mico KC. De acordo com a mãe de Sullivan, ele desmaiou algumas vezes, depois de sofrer uma convulsão, e quem a alertou foi o animal.

Atualmente, a ONG que usa micos nascidos em cativeiro no zoológico de Boston já não consegue dar conta da procura. Atualmente, a lista de espera por um desses macaquinhos é de um ano.

Leia mais sobre micos treinadosEM: http://busca.igbusca.com.br/app/search?o=ULTIMOSEGUNDO&q=micos+treinados

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Dicas de relacionamento com as pessoas com deficiência

Dicas de relacionamento com as pessoas com deficiência

Sempre que quiser ajudar, ofereça ajuda, perguntando qual é a melhor maneira de proceder.

Não se ofenda se a oferta for recusada, pois nem sempre ela é necessária.

Bom senso e naturalidade são essenciais no relacionamento com as pessoas com deficiência.

Trate-as conforme a sua idade. Se for uma criança, trate-a como uma criança, ser for um adulto, trate-a como um adulto.

Uma pessoa com deficiência não é uma pessoa doente! A deficiência somente impõe, em casos específicos, a necessidade de adaptações.

Tipos de Deficiência

É comum ouvirmos as pessoas referirem-se às pessoas com deficiência como “deficientes físicos”.

A deficiência física engloba vários tipos de limitações motoras (paraplegia, tétraplegia, paralisia cerebral e amputação, por exemplo).

Mas existem também outros tipos de deficiência:

Deficiência Intelectual (pessoas com funcionamento mental significamente baixo da média);

Deficiência Auditiva (pessoas com redução ou ausência da capacidade de ouvir determinados sons, em diferentes graus de intensidade);

Deficiência Visual (pessoas com redução ou ausência total da visão, podendo ser classificada em baixa visão ou cegueira);

Surdocegueira (é uma deficiência única, que apresenta a perda da visão e da audição concomitantemente em diferentes graus);

Deficiência Múltipla (associação de duas ou mais deficiências.Exemplo: deficiência intelectual associada à deficiência física).

Dicas de relacionamento com as pessoas com deficiência FÍSICA

•Não se apóie na cadeira de rodas, isso pode causar algum tipo de incômodo à pessoa com deficiência, que têm neste equipamento a complementação da sua mobilidade.
•Use palavras como “correr” e “andar” naturalmente, as pessoas com deficiência física também utilizam estes termos.
•Para conversar com uma pessoa em cadeira de rodas, caso a conversa seja prolongada, sente-se para ficar no mesmo nível de seu olhar.
•Nunca movimente a cadeira de rodas sem antes pedir permissão e perguntar como deve proceder.
•Se estiver acompanhando uma pessoa que anda devagar, procure acompanhar o seu ritmo.
•A pessoa com paralisia cerebral pode apresentar alguma dificuldade na comunicação; no entanto, na maioria das vezes o seu raciocínio está intacto. Caso não compreenda o que diz, peça que repita, ou escreva, respeitando o ritmo de sua fala.


Dicas de relacionamento com as pessoas com deficiência INTELECTUAL



•Não subestime a pessoa com deficiência intelectual.
•Dê-lhe atenção. Cumprimente-a normalmente.
•Ajude somente quando houver necessidade ou quando for solicitado.
•As pessoas com deficiência intelectual levam mais tempo para aprender e compreender determinadas tarefas.
•Procure dar instruções objetivas e claras, tenha paciência e explique quantas vezes forem necessárias para que ela possa entender o que está sendo pedido.
•Não confunda deficiência intelectual com doença mental. A pessoa com deficiência intelectual compreende
•normalmente a sua realidade, ela tem uma deficiência, não uma doença!


Dicas de relacionamento com as pessoas com deficiência AUDITIVA



•Procure falar pausadamente, mantendo contato visual, pois se você dispersar o olhar, ele poderá entender que a conversa acabou.
•Não grite, fale com tom de voz normal, a não ser que lhe peçam para levantar a voz.
•Se tiver dificuldade para entendê-lo, não tenha receio de pedir que repita.
•Para iniciar uma conversa com uma pessoa surda, acene ou toque levemente em seu braço.
•Quando o surdo estiver acompanhado de intérprete, fale diretamente com a pessoa surda, não com o intérprete.
•Se necessário, comunique-se por meio da escrita.
•Não é correto a utilização do termo surdo-mudo. A pessoa surda “fala” em sua língua própria, a língua de sinais. Entretanto, a terapia fonoaudiológica pode colaborar para o desenvolvimento das possibilidades de fala oral.
Dicas de relacionamento com as pessoas com deficiência VISUAL

•Utilize naturalmente termos como “cego”, “ver” e “olhar”. Os cegos também os utilizam.
•Ao conversar com uma pessoa cega, não é necessário falar mais alto, ao menos que ela também tenha uma deficiência auditiva.
•Ao conduzir uma pessoa cega, ofereça seu braço (cotovelo) para que ela segure. Não agarre-a, nem puxe pelo braço ou pela bengala.
•Ao explicar a direção para um cego, indique distância e pontos de referência com clareza: “tantos metros à direita, à esquerda”. Evite termos como: “por aqui” e “por ali”.
•Informe sobre os obstáculos existentes, como degraus, desníveis e outros; quando houver a necessidade de passar por lugares estreitos, a exemplo de portas, corredores, posicione seu braço para trás, de modo que a pessoa cega possa segui-lo.
•Sempre que se ausentar de uma sala, informe a pessoa, caso contrário ela ficará falando sozinha.


Dicas de relacionamento com as pessoas com deficiência MÚLTIPLA E SURDOCEGAS

Deficiência Múltipla

•Para lidar com uma pessoa que tenha deficiência múltipla, observe-a ou pergunte a quem a acompanha.
•O relacionamento se estabelece de acordo com as orientações já elencadas nos itens anteriores.

Surdocegueira

•Pergunte como deve se comunicar com o surdo cego ao seu guia-intérprete ou acompanhante.
•Ao chegar perto de uma pessoa surdo cega, toque-o levemente nas mãos para sinalizar que está ao seu lado.
•Alguns surdo cegos comunicam-se colocando a mão em seu maxilar para sentir a vibração do som que você está emitindo.
MITOS E VERDADES


MITO: Todas as pessoas com deficiência intelectual são sociáveis e sorridentes.
VERDADE: As pessoas com deficiência intelectual, assim como as demais pessoas, tem sua personalidade própria que independe de sua deficiência.

MITO: Toda pessoa com deficiência visual tem habilidades para música.
VERDADE: As habilidades para a música, e outros tipos de arte, dependem exclusivamente do interesse, empenho e oportunidade pessoal e não estão necessariamente ligadas ao tipo de deficiência.

MITO: Todas pessoas com paralisia cerebral possuem um atraso no desenvolvimento cognitivo.
VERDADE: As pessoas com paralisia cerebral, muitas vezes, possuem dificuldades de comunicação que são
interpretadas erroneamente como atraso cognitivo.

MITO: Todo surdo é mudo!
VERDADE: A língua de sinais também é uma língua. Sendo assim, de maneira geral, o surdo não fala oralmente, mas “fala” em sinais. Entretanto, o fonoaudiólogo pode ajudá-lo a desenvolver também suas possibilidades de fala oral.

FONTE:

SECRETARIA MUNICIPAL DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA E MOBILIDADE REDUZIDA
Viaduto do Chá, 15 - 10º andarEdifício Matarazzo - CEP 01002-020 - São Paulo - SP
www.prefeitura.sp.gov.br/pessoacomdeficiencia
seped@prefeitura.sp.gov.br Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.

PASSE LIVRE PARA PESSOAS COM DEFICIENCIA - MANUAL DO USUARIO

MANUAL DO BENEFICIÁRIO

Mais que um benefício criado pelo Governo Federal, o Passe Livre é uma conquista da sociedade. Um avanço que trouxe mais respeito e dignidade para o portador de deficiência.

Com o Passe Livre, você vai poder viajar por todo o país. Use e defenda o seu direito. O bom funcionamento do Passe Livre depende também da sua fiscalização. Denuncie, sempre que souber de alguma irregularidade. Faça valer a sua conquista. E boa viagem!

Conheça Melhor o Passe Livre


Quem tem direito ao Passe Livre?

Pessoas com deficiência física,
Pessoas com Deficiencia mental;
Pessoas com deficiencia auditiva;
Pessoas com Deficiencia visual
comprovadamente carentes.

Quem é considerado carente?
Aquele com renda familiar mensal per capita de até um salário mínimo. Para calcular a renda, faça o seguinte:

•Veja quantos familiares residentes em sua casa recebem salário. Se a família tiver outros rendimentos que não o salário (lucro de atividade agrícola, pensão, aposentadoria, etc.), esses devem ser computados na renda familiar.

•Some todos os valores.

•Divida o resultado pelo número total de familiares, incluindo até mesmo os que não têm renda, desde que morem em sua casa.

•Se o resultado for igual ou abaixo de um salário mínimo, o portador de deficiência será considerado carente.

Quais os documentos necessários para solicitar o Passe Livre?

•Cópia de um documento de identificação. Pode ser um dos seguintes:
•certidão de nascimento;
•certidão de casamento;
•certidão de reservista;
•carteira de identidade;
•carteira de trabalho e previdência social;
•título de eleitor.
•Atestado (laudo) da Equipe Multiprofissional do Sistema Único de Saúde (SUS), comprovando a deficiência ou incapacidade do interessado.

•Requerimento com declaração de que possui renda familiar mensal per capita igual ou inferior a um salário mínimo nacional, (formulário anexo).

Atenção: Quem fizer declaração falsa de carência sofrerá as penalidades previstas em lei.

Como solicitar o Passe Livre?

•Fazendo o donwload dos formulários acima, preenchendo-os e anexando um dos documentos relacionados. Uma vez preenchidos, os formulários devem ser enviados ao Ministério dos Transportes no seguinte endereço: Ministério dos Transportes, Caixa Postal 9800 - CEP 70001-970 - Brasília (DF). Neste caso, as despesas de correio serão por conta do beneficiário; ou

•Escrevendo para o endereço, acima citado, informando o seu endereço completo para que o Ministério dos Transportes possa lhe remeter o kit do Passe Livre. A remessa ao Ministério dos Transportes, dos formulários preenchidos, junto com a cópia do documento de identificação e o original do Atestado (laudo) da Equipe Multiprofissional do Sistema Único de Saúde (SUS), é gratuita e deve ser feita no envelope branco, com o porte pago.

Atenção: Não aceite intermediários. Você não paga nada para solicitar o Passe Livre.



Quais os tipos de transporte que aceitam o Passe Livre?

Transporte coletivo interestadual convencional por ônibus, trem ou barco, incluindo o transporte interestadual semi-urbano. O Passe Livre do Governo Federal não vale para o transporte urbano ou intermunicipal dentro do mesmo estado, nem para viagens em ônibus executivo e leito.

Como conseguir autorização de viagem nas empresas?

Basta apresentar a carteira do Passe Livre do Governo Federal junto com a carteira de identidade nos pontos-de-venda de passagens, até três horas antes do início da viagem. As empresas são obrigadas a reservar, a cada viagem, dois assentos para atender às pessoas portadoras do Passe Livre do Governo Federal.

Atenção:

Se as vagas já estiverem preenchidas, a empresa tem obrigação de reservar a sua passagem em outra data ou horário.

Caso você não seja atendido, faça a sua reclamação pelo telefone (61) 3315.8035.
Passe Livre dá direito a acompanhante?
Não. O acompanhante não tem direito a viajar de graça.

Informações e Reclamações


Informações:

Posto de atendimento - SAN Quadra 3 Bloco N/O térreo - Brasília/DF

telefones: (61) 3315.8035.

Caixa Postal - 9.800 - CEP 70.040-976 - Brasília/DF

e-mail: passelivre@transportes.gov.br Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.

Reclamações:

e-mail: passelivre@transportes.gov.br

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Caixa Postal - 9.800 - CEP 70.040-976 - Brasília/DF

Pneus usados viram playgrounds e móveis


VEJAM MAIS SOBRE Pneus usados viram playgrounds e móveis EM :
http://images.google.com/imgres?imgurl=http://static.blogo.it/criadesignblog/kite_surf.jpg&imgrefurl=http://www.criadesignblog.com/categoria/social-design&usg=__Y56l_szS9C8jSRHnJnPPCjFDkp0=&h=260&w=432&sz=29&hl=pt-BR&start=59&tbnid=0GddnFGFOmnnFM:&tbnh=76&tbnw=126&prev=/images%3Fq%3DESORTES%2BPARA%2BPESSOAS%2Bdeficientes%26ndsp%3D18%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DN%26start%3D54
Os pneus são uma das grandes ameaças ao meioambiente, tanto sua borracha é prejudicial à natureza como seu formato propicia o acúmulo de água, sendo um criadouro do mosquito da dengue.

Os projetos de reciclagem com pneus usados são do estúdio de design israelita Plastic Plus. Destaque para playground comunitário construído pela comunidade. Que belo exemplo de eco design, não?

domingo, 25 de outubro de 2009

MARATONA NA SELVA - EDIÇÃO 2009 QUASE TERMINA EM TRAGÉDIA





VEJAM MAIS SOBRE A MARATONA NA SELVA EDIÇÃO 2009 EM : http://video.globo.com/Videos/Player/Esportes/0,,GIM1147542-7824-MARATONA+NA+SELVA+QUASE+TERMINA+EM+TRAGEDIA,00.html

VEJAM MAIS SITES GOOGLE SOBRE MARATONA NA SELVA EM : http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&source=hp&q=maratona+na+selva&btnG=Pesquisa+Google&meta=&aq=f&oq=

Em sua sexta edição, a corrida de aventura Maratona na Selva ocorreu entre os dias 8 e 17 de outubro de 2009 e contou com a presença de 115 atletas vindos de 22 países.
O percurso começou na cidade de Aveiro, no Pará.

Os atletas percorreram a unidade de conservação Floresta Nacional do Tapajós, que fica no oeste do estado, nos municípios de Belterra, Aveiro, Rurópolis e Placas.

A aventura passou ainda por outras 20 comunidades no município de Belterra, totalizando um percurso de 200 km, que termina na Vila de Alter do Chão. Os competidores foram monitorados por uma equipe médica formada por ingleses e brasileiros durante o trajeto. Os estágios variam de 30 a 80 km e, no fim de cada um deles, os corredores puderam compartilhar os acampamentos construídos pelos comunitários.

Cada atleta ficará responsável por carregar seus próprios alimentos, equipamento obrigatório e também o kit de primeiros-socorros ao longo de toda a Maratona na Selva. A hidratação ficará por conta pela equipe de apoio, que fornecerá água mineral para os competidores.


Nossa estrela Feminina maior,JAQUELINE TERTO, campeã da prova em 2008, devido à uma contusão, viu-se obrigada a desistir dos 200 KM, participando a partir dai da prova de 100 KM , onde saiu vitoriosa. Guerreira a Professora Mestre em Psicologia e Professora de Educação Física; Especialista em esportes para pessoas com deficiência, deu demonstrações de superação, assim como o fazem as pessoas com as quais ela realiza um trabalho considerado como um dos melhores para a pessoas com deficiência no Estado do Rio de Janeiro. Jaqueline é Coordenadora Esportiva da VILA OLIMPICA DA MARÉ, no RJ, onde as atividades com essa clientela vai de vento em popa.


Cotidiano - Maratona de Selva 2009: é dada a largada!
14/10/09 às 08h07min

Santarém - A 5 º edição da Maratona de Selva ocorreu entre os dias 8 a 17 de outubro. Concorrentes de todos os lugares do globo batalharam para vencer os caminhos e trilhas da floresta amazônica, cobrindo um percurso de 100 km ou de 200 Km divididos em 4 ou em 6 estágios durante 4 ou 7 dias.

O primeiro desafio dos maratonistas foi uma viagem de mais de 10 horas pelo Rio Tapajós até o local da largada. Saindo de da vila balneária de Alter-do-Chão até a comunidade de Tapuama, que fica a cerca de uma hora do município de Aveiro, no Oeste do Pará.

Há muitos brasileiros, mas maioria dos competidores é de outras nacionalidades, a alta temperatura é a um dos grandes desafios, já que alguns deles saíram de temperaturas -10 º C para encarar o verão amazônico que varia entre 30 º a 40 º C.

Nesta edição participam 130 competidores, destes 40 são brasileiros, e 22 mulheres.'Eles vão enfrentar muitas dificuldades para chegar a Alter-do-Chão, a dica que eu daria é: comam muito peixe frito com farinha, e chibé. Ai certamente eles vão ter mais facilidade para chegar lá. ’ Aconselha um ribeirinho da região.

Pelo caminho 200 km de muitas subidas e descidas. O terreno é íngreme, é preciso segurar-se nas árvores para manter o equilíbrio.

Os maratonistas chegam ao ponto de reabastecimento onde recebem água, visívelmente cansados se apressam para não perder tempo e prosseguir na competição.

‘Essa primeira etapa é muito difícil, requer muito cuidado com o joelho e com os pés. É o momento de manter a concentração. Ainda faltam quatro etapas na maratona, pela frente muitos imprevistos, lagos, igarapés, lama, e muito caminho pela frente.'Conta uma das maratonistas.

A maratona

O percurso de 100 km ou de 200 Km será dividido em 4 ou em 6 estágios durante 4 ou 7 dias.
Cada corredor terá que carregar seus próprios alimentos e equipamentos durante todo o percurso da maratona, no entanto garrafas de água mineral serão fornecidas pelos organizadores do evento. No fim de cada estágio, os corredores compartilharão de acampamentos pré-erigidos no estilo amazônico, com direito a rede no estilo militar.

Há uma equipe de profissionais entre prontos para auxiliar os competidores, oferecendo os padrões mais elevados de integridade e profissionalismo.



Suzy Loyola com informações de Jean Teles e www.junglemarathon.com

sábado, 24 de outubro de 2009

Portador de necessidades especiais estréia na categoria de acesso da Stock Car


<strong>VEJAM O VÍDEO EM :
http://video.globo.com/Videos/Player/Esportes/0,,GIM1146736-7824-PORTADOR+DE+NECESSIDADES+ESPECIAIS+ESTREIA+NA+CATEGORIA+DE+ACESSO+DA+STOCK+CAR,00.html

http://www.amputadosvencedores.com.br/exibe_conteudo.asp?id=874&local=20


Vídeo com Sergio Vida,dirigindo pela primeira vez um carro ele é portador de necessidades especiais estréia na categoria de acesso da Stock Car nesse domingo em Curitiba paraná e nós Amputados Vencedores desejamos muito sucesso e que abra as portas para mais deficientes.

Para Sérgio Vida, a competição é mais do que uma corrida de carros, é uma prova de superação.

Com um carro totalmente adaptado, ele dirige, troca a marcha, acelera e freia com as mãos.
Com um veículo totalmente adaptado, ele dirige, troca a marcha, acelera e freia com as mãos.

POLIBAT voce conhece??




TESE DE POLIBATE DA UNICAMP, VEJA MAIS EM : http://libdigi.unicamp.br/document/?code=vtls000377180
POLIBAT

A inclusão possibilita convivermos juntos, aprendermos a respeitar as diferenças. Através da aula de Educação Física é possível pessoas com ou sem deficiência brincarem, jogarem, fazerem muitas atividades em conjunto.

A seguir apresentaremos o Polibat, esporte adaptado para que você conheça, jogue e também desafie-se a pensar outras atividades e possibilidades que existem de estarmos convivendo numa perspectiva inclusiva, na escola, na sociedade e em especial nas aulas de Educação Física.


O Polibat é uma nova prática esportiva, foi criada na
Inglaterra, nos anos 80, direcionado a pessoas com
comprometimento motor.


O jogo permite que qualquer pessoa pratique esta
atividade como, por exemplo: paralisados cerebrais, pessoas que
tiveram acidente vascular encefálico, espinha bífida, distrofia
muscular, lesão medular, paralisia infantil,
enfim não se restringe
quanto ao comprometimento motor, basta que o praticante tenha a
possibilidade de segurar a raquete e movimento de membros
superiores, qualquer pessoa pode jogar, basta querer.

O esporte pode ser usado como uma atividade ou uma série de situações para aqueles indivíduos com limitações que impeçam a sua participação no tênis de mesa convencional/recreativo, como por exemplo: aulas de Educação
Física, recreação e lazer, reabilitação e competições esportivas.

O jogo também pode ser jogado em duplas.
Nosso convite é para que você conheça o jogo e venha
também praticá-lo.
EQUIPAMENTOS
Strapasson, 20041

O jogo é praticado em uma mesa de tênis de mesa sem
rede - 1,2 m x 2,4 m
ou uma mesa com as mesmas dimensões.

A mesa tem em suas laterais uma proteção em madeira (para que a
bola não saia pelo lado) que apresenta o comprimento total da mesma e possui uma altura não mais que 10 centímetros que não pode adentrar na área da mesa em direção ao centro em mais de 3,5 centímetros — esses devem ser afixados de uma maneira firme.

A bola utilizada é a plástica de golf macia, tipo airflow possui baixo potencial de quique e deve ser quicada na superfície da mesa o tempo todo. A raquete deve possuir uma área de batida de 18 centímetros quadrados e um comprimento máximo de 30 centímetros, tendo um cabo lateral ou central.

Como sugestão para substituir a bola, os mais variados:

bola de tênis de mesa, bolinha de desodorante de roll-on, de tênis de campo, bolinha de borracha, enfim, use sua criatividade.


O JOGO:

O jogo é disputado em 11 (jogo curto) ou 21 pontos (jogo
longo), onde cada jogador saca 5 vezes em séries alternadas. Em
todos os casos a bola deve ser sacada do ponto ou linha central.
O receptor deve permitir que a bola sacada toque o anteparo
lateral apropriado antes de tentar rebatê-la.
A raquete deve manter contato com a mesa (ela é
arrastada) e a bolinha deve ser lançada nas bordas laterais, com
objetivo de rebater a bola para fora do lado do oponente ou
forçando um ponto decisivo.
A bola levantada/quicada que for parar de um dos lados
(painéis ou bordas laterais) da mesa será considerado falta —
ponto do adversário, ou seja, a bola deve manter contato
constante com a mesa.
Se a bola for parada e estacionar durante uma batida de
bloqueio ou um movimento de manipulação, isto caracteriza uma
falta, pois, qualquer parada com recomeço proposital pode ser
considerada uma falta pelo juiz.
PONTUAÇÃO:• Cada ponto jogado resulta em um ponto para o sacador ou receptor;
• Pontos são ganhos ou perdidos devido as faltas que ocorrem;
• Cada servidor irá sacar cinco vezes de qualquer lado da mesa;
• Um jogador tem permissão para fazer manipulações múltiplas
antes de devolver a bola;
• Os jogadores (sentados ou em pé) podem apoiar qualquer
parte superior do corpo na mesa: para equilibrar-se;
• O juiz irá interpretar decisões relacionadas com: o contato
corporal, bolas levantadas, procedimentos do servidor, bolas
paradas e ocorrência
• Em um jogo de duplas, qualquer receptor pode rebater a bola
sacada. No entanto, o mesmo sacador, saca 5 (cinco) vezes, e
então o (direito de sacar) vai para o 1° (primeiro) sacador da
oposição. Esses sets de saques são então alternados entre os
quatro jogadores. Um sacador deve sacar todos os 5 (cinco)
saques do mesmo lado. Receptadores e novos sacadores não
podem mudar de lado da mesa durante o jogo;
• Um servidor deve sacar todas as 5 servidas do mesmo lado
durante o jogo;
• O vencedor é o primeiro jogador ou par ao alcançar II pontos ou 21 pontos. Em competições importantes (grandes), deve-se
jogar apenas 11 pontos;

• Um juiz tem direito de vetar qualquer aspecto, comportamento
ou equipamento que não for considerado dentro do espírito de
jogo.
ARBITRAGEM:
O jogo cria decisões e interpretações complicadas à fazer.
A velocidade à qual o jogo pode ser jogado significa que a
observação alerta e observações repentinas podem ser
necessárias.
Sugestão: o jogo deve ser arbitrado levando em consideração as regras de tênis de mesa, observando as características do mesmo.

REFERÊNCIAS


FEDERAÇÃO ESTADUAL DAS APAE'S – ADFP (Associação de Deficiência Física do Paraná.
Clínica paraolímpica de Bocha e Polybat para pessoas portadoras de paralisia cerebral. Curitiba: 2001, apostila.

MORAES, C. R. W. Modalidade: Polybat. Curitiba: 2002, apostila.

STRAPASSON, A. M. Proposta de Ensino de Polybat para Pessoas com Paralisia Cerebral. Dissertação de Mestrado. Unicamp, Campinas, 2005.

ATLETISMO PARAOLIMPICO - RECORDES MUNDIAIS DE JONATHAN DE SOUZA


Crédito: Beto Monteiro



O alagoano Jonathan Souza, de 19 anos, quebrou por dois dias consecutivos o recorde mundial de atletismo paraolímpico, nas provas de lançamento de disco e arremesso de peso. A façanha ocorreu em Bogotá, na Colômbia, onde são disputados até quinta-feira (22) os Jogos Parapan-Americanos Juvenis. Cerca de 600 atletas de 14 países, dos 13 aos 21 anos, participam. O Brasil enviou 90 representantes com potencial de disputar os Jogos Paraolímpicos de Londres, em 2012, e principalmente do Rio de Janeiro, em 2016.

Jonathan é um dos expoentes dessa turma. Na segunda-feira (19), atirou o disco a 36m81 de distância. São 5m47 a mais que o antigo recorde, pertencente a um atleta da Alemanha. Nesta terça, o alagoano arremessou o peso a 11m29, oito centímetros melhor do que a marca anterior, que era de sua própria autoria.

Apesar da pouca idade, Jonathan já acumula cinco quebras de recordes mundiais, sendo três no peso e duas no disco. Na última Etapa Nacional Circuito Loterias Caixa, em Fortaleza, na primeira quinzena de setembro, ele estabelecera 11m21 no arremesso. “Nunca imaginei que pudesse fazer as melhores marcas do planeta em duas provas em uma só competição”, disse, surpreso o alagoano, nesta terça.
Portador de acondroplasia (popularmente conhecida como nanismo), Jonathan mora em Maceió, cursa o terceiro ano do ensino médio e, nas horas vagas, surfa. Foi após uma despretensiosa sessão de surfe na capital alagoana que foi descoberto pela treinadora Valquiria Campelo, três anos atrás. Ele participou dos Jogos Paraolímpicos de Pequim e terminou na quinta colocação no peso.

“Há um bom tempo o Jonathan apresenta resultados de alto nível e o Comitê Paraolímpico Brasileiro tem que parabenizá-lo pela excelente performance na Colômbia”, disse Andrew Parsons, presidente do Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB). “Um atleta que quebra dois recordes mundiais no Parapan Juvenil mostra que há o trabalho de renovação. Sinal de que, além de fazer um grande espetáculo na organização dos Jogos Paraolímpicos do Rio, em 2016, teremos muitos brasileiros no ponto mais alto do pódio”, completou Parsons.

O atletismo tem nesta quarta-feira (21) uma pausa na programação. O Brasil lidera com folgas o quadro de medalhas da modalidade. Depois de faturar 17 medalhas em dois dias, somente na terça-feira nossos representantes subiram 18 vezes ao pódio. Foram 10 medalhas nas provas de 200m, nove de ouro: Alan Fonteles, Wilson Pavloski, Thiago Barbosa, Fabio Vacari, Liwisgton Costa, Priscila Melo, Jenifer Martins, Viviane Soares e Maria Pamela Almeida. Uma de prata: Ana Paula Castelvi.

Destaque especial para Liwisgton, Pamela, Jenifer que conquistaram duas medalhas só nesta terça. Além dos 200m, Liwisgton foi campeão no salto em distância, Jenifer, nos 100m, e Pamela, nos 100m. A alagoana Marivana Oliveira da Nóbrega também se juntou ao seleto grupo ao ser campeã no lançamento de dardo e de disco somente nesta terça-feira.

Media Guide Comunicação/Assessoria de Imprensa do Comitê Paraolímpico Brasileiro
Na Colômbia: Daniel Brito (daniel.brito@cpb.org.br / 61 8161-9271)

Nome: Jonathan de Souza Santos
Data de nascimento: 19/03/1990
Deficiência: Ananismo
Modalidade: Atletismo
Classe: F40
Prova: Arremesso de Peso

Antes de entrar para o esporte paraolímpico Jonathan já era surfista. Foi na praia, em 2007, que ele recebeu o primeiro convite de sua atual treinadora para competir no atletismo. O nordestino e único anão da delegação brasileira é o recordista mundial no arremesso de peso, classe T40/41, com a marca de 11,05 metros

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Escola de Nova York aposta em fazenda para ensinar crianças da cidade


Crianças do Harlem brincam com animais na fazenda / NYT
NOVA YORK - No ônibus a caminho do passeio, as crianças cantavam sobre a "Fazenda do Velho MacDonald" quando um menino gritou "Eu amo torta de abóbora!"

Mas logo ficou claro que este seria um "estudo de campo", como dizem os professores, e não apenas uma excursão. Os 75 alunos do jardim da infância do Harlem não iriam apenas conhecer rapidamente a vida rural, mas passar por testes para ganhar pontos extras na sua atividade curricular.

Os exames de matemátia e inglês do Estado de Nova York incluem várias perguntas a respeito da criação de animais, de colheitas e alguns outros pontos fundamentais da experiência rural que alguns pedagogos dizem confundir as crianças da cidade, cujo conhecimento da natureza pode começar e terminar no Central Park.


Crianças do Harlem brincam com animais na fazenda / NYT

Em uma prova de inglês este ano, por exemplo, alunos da terceira série tiveram que responder perguntas sobre galinhas e ovos. Em matemática, eles tiveram que contar ovelhas e cavalos.

Por isso, os pedagogos da Academia Sucesso de Harlem, uma cadeia de rápido crescimento de quatro escolas licensiadas pelo Estado, levam seus alunos à fazenda todos os anos, tentando expô-los à vida rural e melhorar seu conhecimento e suas notas.

Em uma manhã fria da semana passada, os alunos da pré-escola, envoltos em cachecóis azuis do uniforme, se aglomeravam em torno do curral do Museu e Fazenda do Condado de Queens para contemplar uma vaca conhecida como Daisy e uma ovelha que estava por perto.

"Usem seus ouvidos para escutar!", disse uma professora. Ela falou sobre como a lã de uma ovelha pode ser usada para se fazer uma blusa e repetiu alguns termos (como novelo) até que os alunos entendessem.

Apenas os alunos da pré-escola e do jardim da infância (cerca de 450 crianças) participam da excursão.
As provas são ministradas a partir da terceira série.

Alunos de outras séries participam de excursões relacionadas à natureza, como acampamentos, que os ajudam a se familiarizar com lugares pouco conhecidos, disse Moskowitz.

Ao meio-dia, os estudantes se reuniram para um piquenique com sanduíches e leite achocolatado, e compartilharam o que aprenderam. "As abóboras têm sementes dentro delas", disse Omari Eagan 6.

Ivan Ramírez, 5, disse ter aprendido que o toucinho vem do porco, mas não da galinha. "Galinhas põem ovos", disse Paige Garcia 5. "Eu não sabia disso antes".

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Sancionada lei federal que barateia produtos para pessoas com deficiência

Acaba de entrar em vigor a lei 12058/09 que traz boas notícias para as pessoas com deficiência.
O deputado Otavio Leite conseguiu incluir nesta lei uma emenda reduzindo a zero a alíquota do PIS/PASEP e da Cofins cobrada na importação ou na venda no Brasil de cadeiras de rodas, próteses, almofadas para prevenir escaras (usadas em hospitais) e plataformas elevatórias (para facilitar o acesso de cadeiras de rodas).
O objetivo é reduzir de imediato o preço dos artigos para o consumidor nas lojas brasileiras, que normalmente já gasta muito com outras despesas médicas. Para Otavio Leite, a redução nos impostos e tributos representa uma melhora na qualidade de vida dos brasileiros que possuem algum tipo de deficiência.
“É um grande avanço que permitirá logo a milhares de pessoas em todo o país comprar produtos mais baratos para o bem de suas vidas. Falo de um conjunto de brasileiros e brasileiras com algum tipo de deficiência física, auditiva, visual e/ou intelectual, que soma 15% da população. Essa conquista garante direitos fundamentais, como o ir e vir", explica Leite.
O parlamentar lembra que a proteção e integração social da pessoa com deficiência, prevista na Constituição Federal, é uma obrigação dos governantes.

Veja abaixo o artigo da Lei 12.058/09, que garantiu a isenção:

Art. 42. Os arts. 8o e 28 da Lei no 10.865, de 30 de abril de 2004, passam a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 8º ........................................................
§ 12. ............................................................
XVIII - produtos classificados na posição 87.13 da Nomenclatura Comum do Mercosul - NCM;
XIX - artigos e aparelhos ortopédicos ou para fraturas classificados no código 90.21.10 da NCM;
XX - artigos e aparelhos de próteses classificados no código 90.21.3 da NCM;
XXI - almofadas antiescaras classificadas nos Capítulos 39, 40, 63 e 94 da NCM.
§ 13. O Poder Executivo poderá regulamentar: ...................................................................
II - a utilização do benefício da alíquota 0 (zero) de que tratam os incisos I a VII e XVIII a XXI do § 12 deste artigo. ...................................................................” (NR)
“Art. 28. ........................................................
XV - artigos e aparelhos ortopédicos ou para fraturas classificados no código 90.21.10 da NCM;
XVI - artigos e aparelhos de próteses classificados no código 90.21.3 da NCM;
XVII - almofadas antiescaras classificadas nos Capítulos 39, 40, 63 e 94 da NCM.
Parágrafo único. O Poder Executivo poderá regulamentar o disposto nos incisos IV, X, XIII e XIV a XVII do caput deste artigo.”


Link para a íntegra da lei, no site do governo federal:

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/

REDE SARAH BARRA DA TIJUCA CADASTRA PARA ATENDIMENTO GRATUITO

A rede SARAH DE HOSPITAIS, desde 01 de maio de 2009, na Barra da Tijuca, já está cadastrando para atendimento, novos pacientes adultos e crianças com as seguintes
patologias:



> - paralisia cerebral
> - crianças com atraso do desenvolvimento motor
> - sequela de traumatismo craniano
> - sequela de AVC
> - sequelas de hipóxia cerebral
> - malformação cerebral
> - sequela de traumatismo medular
> - doenças medulares não traumáticas como mielites e mielopatias
> - doenças neuromusculares como miopatias, neuropatias periféricas
> hereditárias e adquiridas, amiotrofia espinhal
> - doença de Parkinson e Parkinsonismo
> - Ataxias
> - doença de Alzeihmer e demências em estágio inicial
> - Esclerose múltipla
> - Esclerose lateral amiotrófica em estágio inicial
> - mielomeningocele
> - espinha bífida
> - paralisia facial
>
> O atendimento é totalmente gratuito.
>
> O cadastro para atendimento de novos pacientes é feito exclusivamente
> pelo telefone: 21 3543-7600, das 08 às 17 horas, de segunda a sexta-feira.
>

domingo, 18 de outubro de 2009

I CONGRESSO INTERNACIONAL : " SER PROFESSOR DE EDUCAÇÃO ESPECIAL

LOCAL : Instituto PIAGET
CAMPUS UNIVERSITARIO DE ALAMADA PORTUGAL
27,28 e 29 NOVEMBRO 2009



Nos dias 27, 28 e 29 de Novembro vai realizar-se o 1º Congresso Internacional de Educação Especial, subordinado ao tema " Ser professor de Educação Especial", promovido pela Pró Inclusão - Associação Nacional de Docentes de Educação Especial . Neste congresso irão estar representadas as diferentes modalidades de respostas educativas aos alunos com NEE com prelectores profissionais e investigadores altamente reconhecidos na área, a nível internacional e nacional


VEJAM MAIS SOBRE O CONGRESSO EM :

http://www.scribd.com/doc/18696788/Congresso-ANDEE

sábado, 17 de outubro de 2009

Como parar a flatulência

Flatos cheiram mal quando há algum problema digestivo



Exercícios ajudam a regular o processo digestivo e pôr um ponto final à flatulência

VEJAM MAIS SOBRE Como parar a flatulência EM :

http://saude.hsw.uol.com.br/como-parar-a-flatulencia.htm

E, SE VOCE TEM TAMBÉM ALGUMA DUVIDA SOBRE ASSUNTOS SOBRE SAÚDE, VEJAM MAIS EM : http://saude.hsw.uol.com.br/

Planejamento escolar - pensando o futuro dos seus filhos - RESPONDA AO QUESTIONÁRIO


Planejamento escolar - pensando o futuro dos seus filhos
Planejar o ensino do seu filho é uma questão complicada. Teste seus conhecimentos sobre o assunto.
RESPONDA AS QUESTÕES EM : http://www.hsw.uol.com.br/quiz.htm?q=1071
ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL : http://pessoas.hsw.uol.com.br/orientacao-vocacional.htm

CONHEÇAM A REVISTA DIVERSIDADES - MULTIDEFICIÊNCIAS

VEJAM MAIS E CONHEÇAM A REVISTA DIVERSIDADES - MULTIDEFICIÊNCIAS EM :http://www.scribd.com/doc/3930950/Revista-Diversidades-Multideficiencia

Necessidades Educativas Especiais na Sala de Aula

VEJAM MAIS SOBRE Necessidades Educativas Especiais na Sala de Aula EM : http://www.scribd.com/doc/6826842/Necessidades-Educativas-Especiais-na-Sala-de-Aula

O QUE É DEFICIENCIA INTELECTUAL

O que é a deficiência intelectual?


É a limitação em pelo menos duas das seguintes habilidades: comunicação, autocuidado, vida no lar, adaptação social, saúde e segurança, uso de recursos da comunidade, determinação, funções acadêmicas, lazer e trabalho. O termo substituiu "deficiência mental" em 2004, por recomendação da Organização das Nações Unidas (ONU), para evitar confusões com "doença mental", que é um estado patológico de pessoas que têm o intelecto igual da média, mas que, por algum problema, acabam temporariamente sem usá-lo em sua capacidade plena.

As causas variam e são complexas, englobando fatores genéticos, como a síndrome de Down, e ambientais, como os decorrentes de infecções e uso de drogas na gravidez, dificuldades no parto, prematuridade, meningite e traumas cranianos.

Os Transtornos Globais de Desenvolvimento (TGDs), como o autismo, também costumam causar limitações.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 5% da população mundial tem alguma deficiência intelectual.

Monografia - A EXPLORAÇÃO DO CONTEÚDO ESPORTE NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA INCLUSIVA PARA DEFICIENTE

VEJAM MAIS SOBRE Monografia - A EXPLORAÇÃO DO CONTEÚDO ESPORTE NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA INCLUSIVA PARA DEFICIENTES FÍSICOS EM : http://www.scribd.com/doc/16675807/Monografia-A-EXPLORACAO-DO-CONTEUDO-ESPORTE-NAS-AULAS-DE-EDUCACAO-FISICA-INCLUSIVA-PARA-DEFICIENTES-FISICOS

Desafio para professor é Diminuir Preconceito

Pesquisa revelou que comunidade escolar discrimina. Para especialistas, é justamente nesse espaço que a diversidade deve ser trabalhada

Combater o preconceito dentro da sala de aula é um dos maiores desafios para os professores atualmente.

Além de mediar situações de conflito entre os estudantes, o docente tem de desconstruir suas próprias pré-noções.

Uma pesquisa divulgada em junho deste ano pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) revelou que todas as pessoas envolvidas com a escola, desde os pais até os docentes, praticam algum tipo de discriminação.

99,3% dos alunos, pais e funcionários têm algum tipo de preconceito étnico-racial, socioeconômico, com relação a portadores de necessidades especiais, gênero, geração, orientação sexual ou territorial.

O estudo ouviu 18,5 mil pessoas em 501 escolas públicas de todo o país. O grupo mais atingido pela discriminação foi o de portadores de necessidades especiais. Em seguida estão os negros.
Pela equiparação salarial

Hoje os professores da rede pública de ensino fazem uma manifestação reivindicando a equiparação salarial dos educadores com os demais servidores públicos que também têm como exigência para ingresso no Estado o ensino superior. A meta é um aumento de 25,97%. O protesto começa às 9 horas em frente ao Palácio das Araucárias, no Centro Cívico.

“É uma data de luta, de reivindicação. Precisamos valorizar a profissão e isso está diretamente ligado com a melhoria da educação pública”, diz Luis Carlos Paixão da Rocha, secretário de comunicação do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP Sindicato). No período da tarde os docentes se reúnem em uma audiência pública para discutir a saúde pública. (PC)

Para especialistas, a escola reflete o que ocorre na sociedade. Apesar disso, é justamente esse espaço que pode trazer mudanças reais. Como o professor é um dos formadores de opinião de crianças e adolescentes, deve estimular o debate em sala de aula sobre essas questões e apresentar a diversidade das visões de mundo. O grande problema é que muitas vezes o próprio docente não está preparado e nem recebe apoio para isso. O caminho apontado para solucionar o impasse é investir na formação.

A professora da Universidade Federal do Paraná e doutora em psicologia social Tânia Baibich-Faria diz que é dentro da sala de aula que se pode combater a discriminação com mais eficiência, mesmo com o professor também tendo pré-noções.

“O mais importante é reconhecer em si o preconceito e desenvolver competência de estar sempre alerta para lidar com isso.

” Ela explica que a discriminação ocorre em todas as sociedades, porque está relacionada com a construção da própria identidade.

Por isso, não se pode exigir que os professores sejam diferentes.
Mas eles podem e devem desconstruir esses conceitos.
“O papel do professor é fundamental. Ele tem de construir a pedagogia do antipreconceito.
Ele não pode negar a realidade e ao mesmo tempo que percebê-la deve ter uma atitude combativa.”

Estudos comprovam que a discriminação deixa marcas por toda a vida e é a escola que pode mudar essa realidade. “O docente deve agir nas mentes, vísceras e coração”, diz Tânia. “Quem luta por justiça social precisa estar sempre em alerta e combativo. É pensar a educação para além da sala de aula.” Na UFPR há disciplinas específicas na graduação e pós-graduação para abordar a questão com os futuros professores.

No ensino público, somente na última década foram criadas políticas específicas de combate à discriminação na sala de aula. Com a aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) em 1996, o assunto passou a entrar em pauta. Hoje o Ministério da Educação tem uma secretaria para tratar o tema. Há projetos de formação de docentes para o reconhecimento da diversidade sexual e equidade de gênero e o programa Escola que Protege, direcionado ao combate da violência.

Na Secretaria de Estado da Educação (Seed), foi criado em 2007 um departamento para abordar a diversidade. Há atividades direcionadas à formação em áreas como indígenas, negros, mulheres e orientação sexual.

“A escola pública tem de ser universal. E o professor precisa estar preparado”, afirma Wagner Roberto do Amaral, chefe do departamento. Para apoiar os docentes, a Seed desenvolve palestras, cursos e grupos de discussão. Na secretaria de educação de Curitiba também há uma formação específica para a questão. “É preciso desmitificar todos os tipos de discriminação.

E por trás dessas ações há a importância da formação”, diz a diretora do departamento de ensino fundamental, Nara Salamunes.

Para a orientadora educacional do Colégio Dom Bosco, Francisca Maria de Fauw, o docente tem de introduzir a temática do preconceito no cotidiano da sala de aula.

“O professor é um facilitador.
Deve estimular o debate.
A escola deve investir na qualificação e o profissional tem de assumir sua função social.
Somos o espaço de resgate da autoestima e da autonomia.”

Seu filho tem síndrome de Down? Arregace as mangas. Vá à luta!

Como Joana Mocarzel, a Clara de Páginas da Vida, nascem por ano no Brasil 10 mil bebês com esse acidente genético. A forma como a notícia é dada à família pode determinar o seu desenvolvimento. Quanto mais você fizer hoje, melhor será a qualidade de vida dele no futuro. Estimule-o. Pratique inclusão social, tolerância e solidariedade. Todos nós sairemos ganhando.

Com base no acompanhamento de 1 800 pacientes de zero a 67 anos no Ambulatório de Atendimento à Pessoa com Síndrome de Down do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná, garanto: a forma como o médico revela o diagnóstico faz tremenda diferença.

Impossível? Não. Tem profissional que ainda hoje chega e diz: "Mãe, teu filho tem Down, não vai andar, não vai se vestir sozinho, não vai&" Além de desrespeitosa, a postura é equivocada. Ninguém tem condições de afirmar até que ponto progredirá essa criança. Além disso, tira a esperança da família, desencorajando-a a buscar tratamento adequado. Resultado: rouba desse filho o direito de desenvolver toda a sua potencialidade. Um crime.

Receber a notícia de que o bebê tem deficiência é duro, sim. É algo que não se espera. Mas o médico pode ajudar a família a dar um novo significado à vinda desse filho e a ir à luta. O diagnóstico nunca deve ser transmitido à mãe na sala de parto, mas sempre em ambiente tranqüilo, idealmente apenas com o pai ou outro parente junto. É preciso deixá-la extravasar o sofrimento. Não há script, mas, com jeito e carinho, é vital abordar os seguintes pontos na primeira conversa:

" Mãe, examinamos seu bebê e ele tem características especiais. Já percebeu que o narizinho é chato, as orelhas pequenas, o pescoço gordinho atrás, as sobrancelhas juntinhas, o corpo mais mole e os olhinhos puxados? O nome disso é síndrome de Down. Síndrome é conjunto de sintomas. E Down, o nome do médico que descreveu a síndrome.

" Down não é doença, mas um acidente genético que ocorre sobretudo na fecundação. Ninguém tem culpa. Em vez de 46 cromossomos em cada célula (23 do pai e 23 da mãe), a criança com Down possui 47; há um cromossomo 21 a mais, e isso a distingue das demais. Cromossomo é a unidade que contém nossas informações genéticas. Síndrome de Down não é algo que se carrega nas costas como mochila. Portanto, ela não é portadora mas uma pessoa com Down.

" É a principal causa de déficit mental. Em cada 700 nascimentos ocorre um caso. Por ano, são 10 mil no Brasil. Não há preferência por sexo, raça, classe social ou região. Muitas pessoas com Down estudam, namoram, trabalham. Outras têm mais dificuldades, logo menos autonomia. Essa desigualdade de desenvolvimento depende de problemas associados e do nível de estimulação, educação e manutenção da saúde da criança. Portanto, desde já, precisamos trabalhar juntas: quanto mais investirmos hoje em seu filho, mais qualidade de vida ele terá no futuro.

" Para isso, é muito importante atendimento multiprofissional. Afinal, ele precisa de fisioterapia e estimulação precoces, nutrição adequada, apoios fonoaudiológico, psicológico e pedagógico, além de acompanhamento médico e odontológico.

" Toda criança com Down apresenta algum dano no cérebro. Como não se pode medir a sua extensão, é fundamental aproveitar cada momento do dia para ensinar e ela aprender. A boa mãe e o bom pai, além de não se envergonharem de mostrar o filho ao mundo, mostram o mundo ao filho.

" Na área da afetividade, as crianças com Down são superiores a nós. Ensinam-nos a ser mais carinhosos, perseverantes e tolerantes. Respeitando a deficiência do outro, aceitamos mais as nossas próprias. Por tudo isso, profissionais de saúde, atenção! Podemos fazer a diferença, desmitificando idéias erradas e estimulando a inclusão. Já às escolas regulares que aceitam crianças com Down meus aplausos. Também as crianças ditas normais se beneficiam: aprendem cedo a aceitar e respeitar o diferente. Pratique inclusão social, cidadania, tolerância e solidariedade. Quanto a vocês, pai e mãe, não é porque seu filho é diferente e tem dificuldades que não será querido e feliz. Arregacem as mangas. Lutem pelos direitos dele. Vale a pena!


Patrícia Tempski Fiedler (36), pediatra, é médica do Ambulatório de Atendimento da Pessoa com Síndrome de Down do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR), professora de Embriologia e coordenadora-adjunta do curso de Medicina da Faculdade Evangélica do Paraná.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Tolerância Zero - RIR FAZ BEM

As situações em azul, aconteceram na íntegra, já em vermelho é o que dá vontade de responder muitas vezes.
Aeroporto de Porto Alegre, cinco horas de uma manhã de inverno.

No Check-in:

-Ah!O senhor usa cadeira de rodas?
-Não, aqui é um novo modelo de paraglider.

-Essa cadeira é do senhor mesmo?

-Não, roubei de um mendigo ali em baixo.

Entrando no avião.
Os comissários falam comigo, com voz de nenê.

-Senhor, sua cadeira tem que ir como bagagem.
Sussuram pra Tania:

-Ele anda?
-Andar? Anda, mas veio de cadeira porque é a tendência do inverno 2009.

-Nem devagarzinho? E se a gente ficasse ao lado dele, ele andaria?
-Acho que sim, de repente esses anos todos juntos com ele na cadeira, era só charme.

Num consultório médico.
Sugestão pra entrar na sala com porta estreita.

-Quem sabe o senhor se levanta, nós desmontamos a cadeira, ela passa pela porta e o senhor volta a sentar nela?
-Como não pensei nisso antes? Levantar! Que preguiçoso que sou.

No banho
-Você toma banho só?
-Não, normalmente a Maria Sharapova e a Yelena Isinbayeva vem todo dia aqui em casa e se juntam às outras doze modelos da Ford pra me darem banho.

Na cama
- Vocês transam?
-Não, a gente prefere mil vezes assistir a Luciana Gimenez. Ou quando o tesão tá grande demais, fazemos mitose.

No estacionamento.
-Senhor! Essa vaga é pra deficiente.
-Eu sei, mas vou sair sentado na cadeira só pra sacanear.


Na rua 1

-Por que o senhor não usa aquela cadeira elétrica?
-Porque no Brasil, ela é proibida, aliás a pena de morte é proibida no Brasil, salvo em caso de guerra.

Na rua 2
-O senhor já viu aquelas cadeiras que não precisa empurrar? Tem uma bateria. Por que o senhor não compra?

Porque tava esperando um profissional capacitado como você pra me dar essa dica.

Essa foi com minha sogra, que depois do AVC ficou surda.

Tânia, fala pra enfermeira:
-Ela não ouve nada, você tem que escrever nesse quadrinho, que ela lê e te diz o que quer.
-Não, ela ouve sim.Quer ver?
-Então você acabou de curá-la, obrigada.


No banho.
-Por que vocês dão banho nela, na cama?
-Porque a gente adora molhar tudo todo dia, lençol, cama,travesseiro e principalmente fazer molhação no quarto.

-Já pensaram em colocá-la na cadeira de banho?

-Que nada! Três anos convivendo com ela assim e nunca nos ocorreu, precisou você chegar agora e dar essa brilhante idéia. Obrigada.

Ainda no banho, uma técnica de enfermagem fala a Tânia:
-A senhora sabia que eu não gosto nem de dar banho em paciente, nem fazer força?

-Por que você não faz concurso pro Banco do Brasil, lá eu nunca vi funcionário dando banho em cliente.

Implante Coclear



O "ouvido biônico" é um equipamento que substitui totalmente o ouvido de pessoas que tem surdez total ou quase total.

Ele pode ser colocado gratuitamente pelo SUS em todo o país.

"O Implante Coclear (ou popular "ouvido biônico" ) é um equipamento eletrônico computadorizado que substitui totalmente o ouvido de pessoas que tem surdez total ou quase total.
Assim o implante é que estimula diretamente o nervo auditivo através de pequenos eletrodos que são colocados dentro da cóclea e o nervo leva estes sinais para o cérebro. É um aparelho muito sofisticado que foi uma das maiores conquistas da engenharia ligada à medicina. Já existe há alguns anos e hoje mais de 100.000 pessoas no mundo já estão usando."



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A- A+ Nos endereços abaixo você encontra mais informações sobre este implante e também a lista dos centros de implantes coclear existentes no Brasil.

Esclareça dúvidas também pelo 0800.772.73.27.

www.implantecoclear.org.br

www.politec.net
Aparelhos

Os aparelhos apresentam dois componentes. A unidade interna e a unidade externa.

A unidade interna consiste no dispositivo que será implantado. Nele estão presentes o conjunto de eletrodos e a antena receptora. A função da unidade interna é receber o sinal que é emitido pela unidade externa e transformar em pulso elétrico, que será transmitido pelo conjunto de eletrodos para o interior da cóclea. A unidade externa tem a função de receber o som do ambiente, codificá-lo e enviá-lo para a unidade interna.

Componentes essenciais que compõe o sistema de implante coclear:
1. Microfone direcional: Situado no compartimento retroauricular, capta a informação acústica e a envia ao processador de fala;
2. Processador de fala: sua principal função é a análise e digitalização do sinal acústico de entrada.
3. Antena de transmissão: Envia os sinais codificados pelo processador como sinais de rádio FM para o receptor interno
4. Receptor/estimulador: Converte os sinais recebidos em energia elétrica, organizando-os e enviando-os aos eletrodos selecionados.
5. Feixe de eletrodos: Estimulam as fibras nervosas remanescentes no gânglio espiral.

Existem três marcas aprovadas no Brasil. As marcas são: Cochlear corporation®, MedEl® e Advanced Bionics®. Cada aparelho tem suas caracteríticas e possuem algumas diferenças no formato e no material empregado. Assemelham-se no fato de usarem um conjunto de eletrodos para estimular a cóclea.

COCHLEAR CORPORATION
Os aparelhos produzidos pela empresa australiana Cochlear Corporation® são comercializado no Brasil pela Politec® Importação e comércio Ltda.
Estes implantes possuem 22 canais internos de estimulação e permite a realização de telemetria neural ou NRT, capacitando a verificação individual de cada eletrodo e sua resposta frente ao estímulo realizado. Os aparelhos deste fabricante são: Freedom , Nucleus® 24 Double Array, Nucleus® ABI(tronco cerebral)

Este é o modelo mais avançado da Cochlear corporation e apresenta como vantagens o chip de plataforma aberta (microprocessador),que permite atualizações ao longo dos anos a medida que novas tecnologias forem criadas, e eletrodo Softip que foi projetado para proteger as partes delicadas da cóclea durante a cirurgia.

MEDEL®
Pulsar® CI100:

O implante coclear PULSAR® CI100 é produzido pela empresa austríaca MED-EL®.
Além do Pulsar® CI 100, a MED-EL® também possue outros dois modelos, o Sonata® TI100 e o Combi® 40+.
Esta marca possue três tipos de microprocessadores: Opus 1, Opus 2 e o Tempo+ .

ADVANCED BIONICS®
HiRes® 90K:

O Implante coclear HiRes® 90K é produzido pela empresa norte americana Advanced Bionics® e comercializado pela Richards do Brasil, representante exclusivo no Brasil.
Possui um feixe com 16 eletrodos, cada um com com 16 fontes independentes de energia. Permite a realização de telemetria intra operatória e apresenta 3 estratégias exclusivas de codificação de fala, incluindo a mais nova Fidelity 120. Possui avançada tecnologia de baterias recarregáveis, Powercels®, que têm durabilidade de 14 a 24 horas ininterruptas.
Atualmente a empresa só está comercializando no Brasil os 2 últimos modelos de processador de fala, o retroauricular Harmony® e o modelo tipo 'caixa' Platinum®. Ambos os modelos processam a estratégia Fidelity 120 ,que permite a criação de até 120 canais virtuais.

Paciente utilizando modelo Nucleus® 24 com microprocessador tipo "caixa" modelo SPrit:


Paciente utilizando modelo Nucleus® 24 com microprocessador retroauricular modelo ESPrit 3G:

Paciente utilizando modelo Medel:

Paciente utilizando modelo Medel. Em mulheres, o cabelo comprido esconde totalmente o aparelho:

Copyright 2005 - Grupo de Implante Coclear

Einstein em ponto pequeno



A história de...Óscar Wrigley, criança superdotada

FERNANDO BASTO

Oscar Wrigley cedo começou a demonstrar uma enorme capacidade de aprendizagem. Os psicólogos concluíram que o seu coeficiente de inteligência era equivalente ao de Einstein.

Com 18 meses de idade, Óscar Wrigley - residente em Reading, próximo de Londres - deveria saber apenas cerca de 20 palavras. Contudo, já conhecia perto de 600. Hoje, com dois anos e cinco meses, a criança obteve o coeficiente de inteligência (QI) de mais alta pontuação, equivalente à dos físicos Albert Einstein e Stephen Hawking.

"Ele deixa qualquer um espantado. Já sabíamos, aos 12 meses, que ele era extremamente inteligente. Estava sempre muito atento, o que não é muito vulgar numa criança com essa idade", afirmou a mãe, Hannah Wrigley, de 26 anos.

Cientes de que o filho tinha uma inteligência invulgar, os pais permitiram que o pequeno Óscar fosse sujeito a testes de vocabulário e com números. Estes comprovaram que a criança fazia parte dos 2% da população com QI mais alto.

"Ele está constantemente a colocar questões. Qualquer pai gosta de saber que o seu filho é especial, mas sentimos logo que havia algo de extraordinário com o Óscar", salientou o pai, Joe Wrigley, 29 anos.

Feitos os testes de inteligência, a criança tornou-se no mais novo membro da Mensa, uma sociedade que reúne a população com QI mais alto.

Joe Wrigley revelou que através da Mensa espera poder encontrar outros pais de crianças com QI elevado que os ajudem com a educação do filho. De momento, a criança - que ainda não está em idade escolar - será educada no seio da família.

Até aqui, o membro mais jovem da Mensa era Elise Tan-Roberts, uma menina de dois anos de idade, que vive na zona norte de Londres. Com apenas cinco meses, a criança pronunciou a sua primeira palavra. Três meses depois já andava e, dois meses depois, já corria.

Antes de completar um ano de idade, já conseguia reconhecer a grafia do seu nome e aos 16 meses já sabia contar até 10. Hoje, consegue fazer o mesmo em espanhol.

Os pais, admirados com as capacidades da filha, levaram-na à Mensa para consultar um psicólogo especializado em educação.

Depois de um teste de 45 minutos ao QI, o investigador concluiu que a pequena Elise era "mais do que brilhante e capaz - era sobredotada. "O nosso objectivo é que a nossa filha continue a aprender a um passo avançado", sustentou o pai.

ONU - Países Aprovam Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiência

A diferença para milhões de pessoas.
Jornal Diário de Notícias - Portugal.

Após 5 anos de negociações, 192 Países acordaram nas Nações Unidas uma nova Convenção para proteger os direitos das pessoas com deficiência, primeiro tratado aprovado na área dos Direitos Humanos do século XXI.

"Esta é a primeira Convenção com esta magnitude para este século" e "a mensagem que queremos transmitir é que todos devem ter uma vida com dignidade e que todos os Seres Humanos são iguais", disse o Presidente da Assembléia Geral, Jan Eliasson, após ter-se chegado a acordo na última sexta-feira [25 de Agosto de 2006], pelas 20.00h, hora de Nova York.

"Hoje é um marco importante para as Nações Unidas e para as Pessoas com Deficiência", palavras do Embaixador Neo-zelandês Don MacKay, que presidiu às últimas sessões do Comitê Ad-hoc responsável pela elaboração do texto da Convenção. "É uma boa Convenção e fará a diferença para milhões de pessoas".

O sucesso do acordo do tratado, após 2 semanas de intensas negociações e compromissos que cobriram anos de esforço, foi seguido de aplausos das quase 2 centenas de delegações governamentais e 8 centenas de representantes de ONGs de pessoas com deficiência, que participaram neste processo de construção de um pacto de 42 artigos.

Esta Convenção não visa criar novos direitos, mas proíbe especificamente a discriminação sobre as pessoas com deficiência em todas as áreas da vida. Os Estados acreditam que esta Convenção, no entanto, era necessária porque as pessoas com deficiência continuam a representar um dos mais marginalizados grupos da sociedade e que os seus direitos têm sido muitas vezes ignorados ou negados em muitos países do Mundo.

O tratado será agora enviado formalmente para a Assembléia Geral para adoção já na próxima sessão, em Setembro. Após este processo seguir-se-á a assinatura e ratificação por todos os países.



Histórico da Convenção.
A idéia da convenção tinha sido lançada pela Itália há cerca de 20 anos, mas nunca vingou, até que o presidente mexicano, Vicente Fox, a recuperou no seu discurso de 2001, perante a Assembléia Geral. O presidente conseguiu mobilizar apoios que conduziram à criação do Comitê Especial, cujos trabalhos decorreram de 2002 até agora.

O texto aprovado será agora revisto por juristas e traduzido nas línguas oficiais da ONU, esperando-se que venha a ser aprovado na próxima Assembléia Geral. Entrará em vigor quando for ratificado (por um número de países ainda não determinado). A ratificação vinculará cada país, que deverá adaptar a respectiva legislação nacional à substância da Convenção.

Texto da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.


Convenção Internacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência é concluída com a participação histórica da sociedade civil.
Regina Atalla.
CVI Brasil.
Ao iniciar a Oitava Reunião do Comitê Especial da ONU para instituir a Convenção Internacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência, o Presidente Dom Mackey, destaca que esta ultima e tão esperada sessão conta com a presença de 800 ativistas da sociedade civil de todas as partes do mundo, dispostos a participar ativamente do processo de conclusão deste Tratado Internacional que consumiu quatro anos de dedicação e esforço e que tem um significado histórico para centenas de milhões de pessoas com deficiência de todo o planeta.

No dia 26 de agosto, a BBC publica matéria de Geoff Adams, na qual destaca palavras do presidente no seu discurso de encerramento. Dom Mackey ao saudar o acordo, declara: "Desejo agradecer aos colegas da comunidade de pessoas com deficiência por terem iniciado o processo e permanecido nele o tempo todo". E acrescentou: "Como dizem as pessoas com deficiência, 'nada sobre nós, sem nós'. A Convenção obrigará os Estados a desenvolverem um modo diferente de pensar em relação a deficiência". "Uma vez adotado o novo paradigma, e as pessoas adotarem a abordagem do 'podemos fazer' no lugar do 'não podemos fazer', todo um volume de outras coisas fluirão a partir daí", acrescentou Don MacKay.

Entre os 800 ativistas, incluíram-se cerca de 40 participantes do Projeto Sul, oriundos em sua maioria da América Latina e de alguns países da África e Ásia, que puderam imprimir a realidade dos países em desenvolvimento ao conteúdo desta Convenção Internacional. Desenvolvimento Inclusivo, Cooperação Internacional, Monitoramento, Situações de Risco, Indígenas, Acesso a Justiça, Proibição a Tratamentos Forçados, Mulher e Criança, foram alguns dos Artigos sobre os quais as lideranças do Projeto Sul investiram muita energia e trabalho para assegurar uma redação consistente aos nossos propósitos e necessidades.



Reunião dos participantes do Projeto Sul.
Ao lado de mais 5 brasileiros que representavam o Instituto Paradigma, a Escola de Gente e a 3 INN, estava a participação do CVI Brasil, através da sua Diretora Regina Atalla e Flavia Vital, presidente do CVI Araci Nallin (São Paulo). Discutíamos estratégias da sociedade civil frente à agenda do dia e também junto às delegações oficiais dos governos.

A hora do almoço era destinada aos encontros informais e as reuniões do Grupo dos Países da América Latina - GRULAC, do qual participamos ativamente e que sempre mantiveram as portas abertas e o respeito e consideração as propostas apresentadas pela Sociedade Civil Latino-americana.

Após o encerramento das sessões oficiais, as 18:30h eram realizadas as reuniões diárias do Projeto Sul, para tratar da avaliação das atividades do dia e para preparar a atuação do dia seguinte. Foi este ritmo intenso que conduziu a nossa atuação, dia após dia, durante 13 dias de trabalho, incluindo 10 dias de sessões formais do Comitê Especial, 2 dias dedicados ao Seminário do Projeto Sul e mais 1 dia, um belo domingo de sol, dedicado a reunião da Coalizão Internacional sobre Deficiência - CAUCUS, do qual participam mais de 80 ONGs Regionais e Internacionais de pessoas com deficiência e de direitos humanos.



Reunião do GRULAC com a participação da Sociedade Civil.
Havia a convicção geral, entre os participantes, principalmente no meio da sociedade civil, de que este período de trabalho seria especialmente atribulado devido ao compromisso de concluir o texto de trabalho e finalizar o processo de negociação e redação da Convenção Internacional, restando resolver temas cruciais e muitas vezes polêmicos.

Este tratado, ao envolver a expressiva participação de 192 países, com culturas muito diversas, vários idiomas e regimes políticos diferentes e antagônicos entre si, insere ao processo de negociação a dificuldade inerente de alcançar o pretendido consenso. Do total de 42 artigos, somente o artigo de Situação de Risco foi à votação, todos os demais resultaram de árduo, intenso e perseguido entendimento consensual.

Como prevíamos, nós da sociedade civil, ao inicio da segunda e ultima semana de trabalho as negociações sobre os principais temas endureceram. Definição de Deficiência e de Pessoa com Deficiência, Situação de Risco, Capacidade legal, Proibição a Tratamentos Forçados, Proteção a Integridade da Pessoa, Saúde sexual e reprodutiva e Monitoramento foram os temas mais difíceis. Reuniões e encontros informais se atropelavam a todo momento, principalmente após a suspensão da sessão oficial pelo seu presidente Dom Mackey, fato que ocorreu varias vezes durante os últimos dias, para que os coordenadores e os facilitadores dos diferentes temas reunissem as delegações envolvidas em busca de uma redação definitiva.

Iniciamos a ultima semana de trabalho dentro de um clima de muita pressão e tensão. Nos últimos dias, o CAUCUS publicou no seu comunicado diário que era melhor não ter definição a ter uma definição muito ruim. Fato que ocorreu após China, Austrália e outros países não admitirem uma redação de Definição de Pessoa com Deficiência na qual se incluísse a interação dos fatores externos como parte deste conceito, ou seja, fatores além dos estritamente médicos. Ao final, outros países que não apoiavam esta visão estreita, na qual se inclui o Brasil e Argentina, após longas batalhas travadas em seguidas reuniões, conseguiram chegar a uma definição que não é ideal, mas uma com a qual podemos viver.



Batalha de ultima hora assegura a menção aos indígenas.
Outro fato que merece destaque foi a inclusão da menção aos indígenas com deficiência, apresentado por meio da proposta solitária da Venezuela, na voz de Lênin Molina, que é pessoa com deficiência, ativista experiente e aguerrido. Apesar da defesa do Caucus e do Projeto Sul sobre a inclusão deste tema, havia entre as delegações governamentais uma apatia proporcional a dupla ou tripla discriminação sofrida por esta população. Este fato nos indica que há muito há fazer para combater esta inaceitável e grave invisibilidade enfrentada pelos indígenas e pelas pessoas que vivem em zonas rurais e em situação de isolamento demográfico.

O artigo de Monitoramento foi um capitulo a parte, uma vez que demandava uma serie de dispositivos, com extensos detalhes e pormenores, tratados em reuniões intermináveis, para assegurar a conformação de uma ferramenta eficiente e efetiva para apoiar e fiscalizar cumprimento de todos os direitos inscritos na Convenção Internacional. De modo inédito, no campo das Convenções de Direitos Humanos, está citado neste artigo que especialistas com deficiência também deverão compor o Comitê Internacional de Monitoramento. Nada sobre Nós, sem Nós!

Ao final da aprovação dos últimos artigos, ainda restava pendente o Artigo sobre Situações de Risco, no qual os países árabes reivindicavam a menção aos territórios ocupados, tendo em vista se tratar de uma realidade muito presente e muito pungente vivida por aquele conjunto de Países. Houve muito protesto e resistência das grandes potências, principalmente dos Estados Unidos, mas a sua inclusão acabou decidida através do voto, que resultou numa votação histórica de quase unanimidade, pois dos 115 países presentes na hora da votação, 102 deles votaram a favor desta inclusão, 5 votaram contra e 8 se abstiveram.



Conclusão da Convenção Internacional.
Foi emocionante o ápice deste grande momento e a alegria contagiante de chegar ao final deste tratado internacional, que representa uma nova e poderosa ferramenta de defesa dos direitos das pessoas com deficiência e que contou durante todo o seu processo, de forma inédita, com ativa e cada vez mais numerosa participação da sociedade civil. Se comparássemos as delegações oficiais dos governos, cerca de 120, poderíamos afirmar que os oitocentos representantes da sociedade civil presentes a Oitava sessão, divididos pelo numero de países alcançava uma media de mais de 6 representantes da sociedade civil por país, numero que superava a participação oficial de varias delegações.

Apesar de todas as dificuldades inerentes que enfrentam as pessoas com deficiência, a participação dos ativistas da causa pela instituição desta Convenção, que tem o objetivo de assegurar direitos civis e políticos de forma clara e inequívoca, foi como onda irreversível que foi se ampliando com o tempo.

Temos que comemorar, pois terminamos uma fase importante na luta contra a discriminação e pela inclusão de pessoas com deficiência. Para os delegados que concluíram os trabalhos na ONU - que dizem ser esta a maior minoria do mundo e que ela foi empurrada para as margens da sociedade por demasiado tempo - a Convenção certamente será vista como um primeiro passo bem-vindo.

No entanto, é preciso lembrar, principalmente no meio da sociedade civil, que outra batalha se inicia para que os países ratifiquem e implementem esta Convenção, e que no caso do Brasil, devemos continuar ativos e participantes para que ela seja ratificada e implementada com a maior brevidade possível. Também é grande a responsabilidade, no âmbito do Brasil, em relação a divulgação, a implementação e a vigilância destes 42 Artigos que compõem este tratado que se espera possa vir a conferir mais dignidade as pessoas com deficiência, e o efetivo gozo de todos os direitos em igualdade aos demais cidadãos. Esperamos que um número cada vez maior de brasileiros com deficiência e sem deficiência conheçam e se apropriem desta Convenção para que passemos das palavras as ações.

Disponibilizado em: 26/08/2006.

Os Três Poderes Festejam Novo Tratado de Direitos Humanos.


Patricia Almeida em 09/07/2008.

Coordenadora da Agência Inclusive.

O Presidente do Senado, Garibaldi Alves, promulgou hoje o Decreto Legislativo que ratifica a Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência em concorrida solenidade no Senado Federal.

Na presença do Presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, representando o poder judiciário, e do Ministro Chefe da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, representando o executivo, Garibaldi Alves, que também é Presidente do Congresso Nacional e, portanto, o mais alto representante do poder legislativo, pontuou em seu discurso que a causa dos direitos humanos não admite exceção nem transigência em seus princípios e valores. Afirmou ainda que, se o Congresso Nacional não tivesse vivido nenhum momento que justificasse o seu reconhecimento pelo povo brasileiro, seria este o momento, que se justifica plenamente com a ratificação dessa convenção.

Na mesma linha, o Presidente do Supremo, Gilmar Mendes, festejou a Convenção como o primeiro tratado internacional que adquire poder constitucional, desfazendo a impressão de alguns deputados de que o Tribunal poderia contestar a vigência do documento.

O Ministro Paulo Vannuchi, em seu discurso, lamentou que ultimamente tem aparecido na imprensa apenas para falar de assuntos trágicos. Mas disse que, naquela solenidade, estava muito feliz porque a nova convenção era um fato a ser comemorado pelos defensores dos direitos humanos. Vannuchi disse que considerava a ratificação do primeiro tratado com status constitucional da história do Brasil como um presente do legislativo, no marco das comemorações dos 60 anos da Declaração dos Direitos Humanos.

Estiveram presentes à solenidade diversos senadores, deputados, outras autoridades e ativistas do movimento das pessoas com deficiência.

Aprovada em dois turnos com quórum qualificado na Câmara e no Senado, a Convenção e seu protocolo facultativo cumprem o disposto na emenda 45, de 2004, que permite alçar à categoria de emenda constitucional os tratados de direitos humanos que ingressarem no país. 29 países já ratificaram a Convenção, que começou a vigorar internacionalmente em 3 de maio deste ano.

Um dos principais pontos da convenção é o fato de o descumprimento de qualquer item que favoreça a inclusão das pessoas com deficiência ser considerado discriminação. Isso inclui, por exemplo, a acessibilidade, seja por meio de ônibus adaptados para pessoas com deficiência ou legendas nos programas de televisão, entre outros.

Outra mudança é na terminologia - cai a palavra portador, para dar lugar a pessoa com deficiência.

Devido ao status constitucional, toda legislação elaborada a partir de agora, seja ela municipal, estadual ou federal, deve ser redigida à luz da nova Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.