quarta-feira, 15 de setembro de 2010

A ONDA INCLUSIVA OU O VENTO DO DEGELO

A ONDA INCLUSIVA OU O VENTO DO DEGELO


EIZIRIK, Marisa F.
FREITAS, Cláudia R.
MAIA, Denise S.
PACHECO, Carla O.
Resumo   
Trata-se de discutir a educação inclusiva como conceito e como prática, a partir dos princípios legais que a suportam e dos dilemas que produz, ao nível do formato contemporâneo do ensino regular. A proposição é de visualizá-la como sendo da ordem da invenção, como obra aberta, rizomática.
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Nietzsche concebia o pensamento sob o signo da viagem. Pensar é mudar, dizia, acolhendo as flutuações, as opiniões, as críticas, como um mal-estar necessário, contra a insensatez do repouso do pensamento, o imobilismo,  que considerava árido e paralisado como a crença de inverno; contra ela, pregava o vento do degelo[2].
O cenário atual apresenta uma verdadeira “onda inclusiva”, que está “arrebentando na praia”, leia-se, no mundo educacional, produzindo arrombamentos em estruturas paralisadas, rupturas em paradigmas congelados: conceito e formato de escola estão mudando e, com isso, obrigando a olhar as coisas de forma diferente. 
            O enfrentamento com formas de existência antes não reconhecidas, isoladas em outros espaços, encobrindo a dor que assim ficava anestesiada, vai produzindo fatos novos, revisando e criando práticas, sacudindo a própria condição de pensamento do mundo.
            Não há mais como anestesiar a dor. Os enigmas estão expostos.
A educação se convulsiona em debates: a “onda inclusiva” desloca certezas sobre os  espaços da escola; o dentro e o fora se confundem; as paredes que separam escolas regulares e especiais se fundem; formatos curriculares e estratégias de avaliação se tornam obsoletos, não dão conta do que se apresenta. Trata-se da revolução paradigmática que se desencadeia com o movimento inclusivo e com as gradativas evoluções legais que sustentam esse mesmo movimento.
O que é educação inclusiva? Conceito, histórico, desenvolvimento, panorama atual[3]

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