Entrevista: Alberto Bial e uma nova forma de encarar a vida
Por: Colin Foster
Publicado em 27/9/2010, 1:49 pm
Era dia 16 de julho de 2010, fase inicial de treinamentos do Joinville, quando, de repente, o técnico Alberto Bial sente-se tonto e desaba em cima do recém-chegado pivô Coloneze. Preocupação geral, o atendimento médico foi logo chamado e na sequência trouxe a notícia de que Bial sofrera um Acidente Isquêmico Transitório (AIT), perturbação no funcionamento do cérebro causado por uma deficiência transitória do aporte sanguíneo, uma espécie de pré-AVC (Acidente Vascular Cerebral).
Depois de alguns dias hospitalizado, o comandante pôde retomar suas atividades. Mas com cuidados que o permitiram novas extravagâncias, desta vez, na forma de ver a vida. Confira abaixo entrevista exclusiva com o treinador medalha de bronze nos Campeonato Mundial Militar, as expectativas para os Jogos do Rio em 2011 e a possível presença de Leandrinho.
Sexto Homem: O susto levado com o AIT fez você mudar sua concepção da vida?
Alberto Bial: Sim. Essas situações mostram como o ser humano é frágil e despertam aquele sentimento de valorização da vida. Você passar por um problema desses e pouco tempo depois já poder trabalhar sem sequelas te fazem ver a vida de uma forma muito maior, tudo é mais alegre, mais feliz, qualquer suspiro ou aroma sentido se torna mais importante. Qualquer bate-papo é mais gostoso.
SH: Você valoriza muito o seu país, tem um sentimento nacionalista muito forte e, talvez por isso, tenha sido escolhido para ser treinador da Seleção Brasileira Militar. Como foi essa primeira experiência e como foi ver atletas se tornando oficiais?
AB: Trabalhei, por muitos anos na minha vida, com militares e adoro a forma como eles encaram as responsabilidades, a disciplina e a hierarquia. Mas, além disso, o mais legal é lidar com o basquetebol, seja ele militar, civil, feminino… é basquete, e isso é o mais importante para mim. Reunimos jogadores com vida militar recente e mostramos par eles que esse caminho pode ser muito favorável como atletas e pode trazer lições importantes para a pessoa deles. A única forma que temos de representar o Brasil é através da nossa profissão, e acredito que fizemos uma boa representação. Fiquei muito feliz com o bronze, é um resultado que eu já conquistei também num Mundial Universitário.
Um comentário:
Prezado Sergio, muito obrigado por ter colocado minha entrevista em seu blog. O Sexto Homem é um blog que defende, acima de tudo, o ensino do esporte. Espero vê-lo sempre por lá.
Grande abraço
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