Movimento Paraolímpico
Confira aqui informações gerais sobre o Movimento Paraolímpico no Brasil e no mundo, além de informações sobre os Jogos Paraolímpicos de Inverno.
Movimento Paraolímpico no mundo
Há notícia da existência de clubes esportivos para pessoas surdas em Berlim (Alemanha) ainda em 1888. Em 1922, foi fundada a Organização Mundial de Esportes para Surdos (CISS). Assim, as pessoas com este tipo de deficiência chegaram a organizar sua própria competição internacional – os Jogos Silenciosos. Hoje, os atletas surdos usualmente praticam esportes juntamente com pessoas sem deficiência e não possuem modalidades no programa paraolímpico.
Em 1945, com o término da 2ª Guerra Mundial, um espólio perceptível principalmente nos países europeus envolvidos no grande conflito foi o considerável número de combatentes que sofreram lesões na coluna vertebral, ficando paraplégicos ou tetraplégicos. Este contexto influenciou o neurocirurgião alemão Ludwig Guttmann a iniciar um trabalho de reabilitação médica e social de veteranos de guerra, por meio de práticas esportivas. Tudo começou no Centro Nacional de Lesionados Medulares de Stoke Mandeville. O próprio neurocirurgião teve sua vida influenciada pela 2ª Guerra, visto que teve de fugir da Alemanha nazista por ser judeu.
A primeira competição para atletas com deficiência aconteceu em Stoke Mandeville, no dia 29 de julho de 1948 – data exata da Cerimônia de Abertura da Olimpíada de Londres. Quatro anos depois, atletas holandeses também passaram a competir nas disputas de Stoke Mandeville. Assim surgiu o movimento internacional, hoje chamado de Movimento Paraolímpico. A primeira Paraolimpíada foi em Roma, 1960. A décima terceira será em Pequim (2008).
Jogos Paraolímpicos de Inverno
A história do esporte paraolímpico de inverno também está relacionada à recuperação social e física de veteranos da 2ª Guerra Mundial. Ex-combatentes que ficaram deficientes durante o sangrento conflito queriam vontade de continuar a esquiar. A primeira edição da Paraolimpíada de Inverno ocorreu em 1976, na cidade de Ömsköldsvik, Suécia. Cerca de 250 cadeirantes, amputados e cegos de 14 países participaram das competições. Quatro anos depois, em Geilo, Noruega, estavam presentes aproximadamente 350 pessoas com todos os tipos de deficiência locomotora, representantes de 18 nações.
Em 1984, a cidade austríaca de Innsbruck foi a sede dos Jogos. Lutaram por medalhas cerca de 350 competidores com todos os tipos de deficiência locomotora, num total de 22 nacionalidades. Na mesma cidade, quatro anos depois, o número de países continuou o mesmo, mas a quantidade de atletas subiu para 397.
Nos Jogos de Tignes-Albertville (França, 1992), os atletas paraolímpicos passaram a competir na mesma cidade-sede e nas mesmas instalações dos olímpicos. Quatrocentos e setenta e cinco atletas de 24 nações estiveram em ação. Dois anos depois, foi mudada a periodicidade da Paraolimpíada de Inverno, assim como a da Olimpíada do gênero. Ao invés de ser disputada no ano dos Jogos Paraolímpicos de verão, passou a ocorrer dois anos depois. Em 1994, Lillehammer, Noruega, foi a primeira cidade a receber os Jogos de Inverno depois desta mudança. Competiram mais de 1000 atletas com todos os tipos de deficiência locomotora, representando 31 países.
Em Nagano (1998) caiu o número de atletas, mas aumentou a participação internacional. Foram ao Japão em busca do ouro 571 competidores de 32 países. Em 2002, foi a vez da cidade de Salt Lake City, Estados Unidos, ser a anfitriã dos Jogos Paraolímpicos de Inverno. Trinta e seis nações estiveram representadas, com redução no número de participantes para 416. Este fato é justificado pelos criteriosos parâmetros de classificação aplicados aos atletas, visando aumentar o nível técnico das disputas. Um fato marcante de Salt Lake foi o grande público presente – 85% dos ingressos foram vendidos. Estiveram na cidade competidores amputados, lesionados medulares, paralisados cerebrais, Les Autres, deficientes mentais e visuais.
Movimento Paraolímpico no Brasil
Em 1958, o esporte paraolímpico começou a ser praticado em solo nacional. No dia 1º de abril daquele ano, no Rio de Janeiro, o cadeirante Robson Sampaio de Almeida, em parceria com seu amigo Aldo Miccolis, fundou o Clube do Otimismo. Alguns meses depois, precisamente em 28 de julho, Sérgio Seraphin Del Grande - também deficiente físico - cria o Clube dos Paraplégicos de São Paulo. A data foi escolhida para homenagear os dez anos de Stoke Mandeville.
Há notícia da existência de clubes esportivos para pessoas surdas em Berlim (Alemanha) ainda em 1888. Em 1922, foi fundada a Organização Mundial de Esportes para Surdos (CISS). Assim, as pessoas com este tipo de deficiência chegaram a organizar sua própria competição internacional – os Jogos Silenciosos. Hoje, os atletas surdos usualmente praticam esportes juntamente com pessoas sem deficiência e não possuem modalidades no programa paraolímpico.
Em 1945, com o término da 2ª Guerra Mundial, um espólio perceptível principalmente nos países europeus envolvidos no grande conflito foi o considerável número de combatentes que sofreram lesões na coluna vertebral, ficando paraplégicos ou tetraplégicos. Este contexto influenciou o neurocirurgião alemão Ludwig Guttmann a iniciar um trabalho de reabilitação médica e social de veteranos de guerra, por meio de práticas esportivas. Tudo começou no Centro Nacional de Lesionados Medulares de Stoke Mandeville. O próprio neurocirurgião teve sua vida influenciada pela 2ª Guerra, visto que teve de fugir da Alemanha nazista por ser judeu.
A primeira competição para atletas com deficiência aconteceu em Stoke Mandeville, no dia 29 de julho de 1948 – data exata da Cerimônia de Abertura da Olimpíada de Londres. Quatro anos depois, atletas holandeses também passaram a competir nas disputas de Stoke Mandeville. Assim surgiu o movimento internacional, hoje chamado de Movimento Paraolímpico. A primeira Paraolimpíada foi em Roma, 1960. A décima terceira será em Pequim (2008).
Jogos Paraolímpicos de Inverno
A história do esporte paraolímpico de inverno também está relacionada à recuperação social e física de veteranos da 2ª Guerra Mundial. Ex-combatentes que ficaram deficientes durante o sangrento conflito queriam vontade de continuar a esquiar. A primeira edição da Paraolimpíada de Inverno ocorreu em 1976, na cidade de Ömsköldsvik, Suécia. Cerca de 250 cadeirantes, amputados e cegos de 14 países participaram das competições. Quatro anos depois, em Geilo, Noruega, estavam presentes aproximadamente 350 pessoas com todos os tipos de deficiência locomotora, representantes de 18 nações.
Em 1984, a cidade austríaca de Innsbruck foi a sede dos Jogos. Lutaram por medalhas cerca de 350 competidores com todos os tipos de deficiência locomotora, num total de 22 nacionalidades. Na mesma cidade, quatro anos depois, o número de países continuou o mesmo, mas a quantidade de atletas subiu para 397.
Nos Jogos de Tignes-Albertville (França, 1992), os atletas paraolímpicos passaram a competir na mesma cidade-sede e nas mesmas instalações dos olímpicos. Quatrocentos e setenta e cinco atletas de 24 nações estiveram em ação. Dois anos depois, foi mudada a periodicidade da Paraolimpíada de Inverno, assim como a da Olimpíada do gênero. Ao invés de ser disputada no ano dos Jogos Paraolímpicos de verão, passou a ocorrer dois anos depois. Em 1994, Lillehammer, Noruega, foi a primeira cidade a receber os Jogos de Inverno depois desta mudança. Competiram mais de 1000 atletas com todos os tipos de deficiência locomotora, representando 31 países.
Em Nagano (1998) caiu o número de atletas, mas aumentou a participação internacional. Foram ao Japão em busca do ouro 571 competidores de 32 países. Em 2002, foi a vez da cidade de Salt Lake City, Estados Unidos, ser a anfitriã dos Jogos Paraolímpicos de Inverno. Trinta e seis nações estiveram representadas, com redução no número de participantes para 416. Este fato é justificado pelos criteriosos parâmetros de classificação aplicados aos atletas, visando aumentar o nível técnico das disputas. Um fato marcante de Salt Lake foi o grande público presente – 85% dos ingressos foram vendidos. Estiveram na cidade competidores amputados, lesionados medulares, paralisados cerebrais, Les Autres, deficientes mentais e visuais.
Movimento Paraolímpico no Brasil
Em 1958, o esporte paraolímpico começou a ser praticado em solo nacional. No dia 1º de abril daquele ano, no Rio de Janeiro, o cadeirante Robson Sampaio de Almeida, em parceria com seu amigo Aldo Miccolis, fundou o Clube do Otimismo. Alguns meses depois, precisamente em 28 de julho, Sérgio Seraphin Del Grande - também deficiente físico - cria o Clube dos Paraplégicos de São Paulo. A data foi escolhida para homenagear os dez anos de Stoke Mandeville.
Ambos os pioneiros se inspiraram em trazer o esporte paraolímpico para o Brasil durante tratamento em hospitais norte-americanos. Robson e Sérgio tiveram a oportunidade de presenciar a prática esportiva de pessoas em cadeiras de rodas, principalmente no Basquete. No caso de Del Grande, quem mais o incentivou foi Jeyne Kellog, atleta do time Pan Am Jets (a versão paraolímpica da equipe de basquete Globe Troters, que só joga em caráter de exibição).
A primeira participação do Brasil numa competição internacional foi nos II Jogos Parapanamericanos, ocorridos em Buenos Aires no ano de 1969. Com uma estrutura recente e pouca informação, o objetivo era buscar conhecimento das modalidades que integravam o quadro de esportes paraolímpicos e possibilitar aos brasileiros uma integração com atletas do resto do continente. Três anos depois, o Brasil foi representado em sua primeira Paraolimpíada, que teve a cidade alemã de Heidelberg como sede.
No Parapan da Cidade do México, em 1975, o Brasil teve duas delegações, conseqüência da falta de comunicação entre as maiores entidades paraolímpicas de São Paulo e do Rio de Janeiro. Este problema fez com que Stoke Mandeville exigisse a fundação de uma associação nacional. Assim, ainda no avião que retornava do México, foi criada a Associação Nacional de Desporto de Excepcionais, atual Associação Nacional de Desporto de Deficientes (ANDE). Em 1978, o Brasil sediou a quinta edição dos Jogos Parapan-Americanos, no Rio de Janeiro, com participação exclusiva de cadeirantes. Aldo Miccolis, José Gomes Blanco (presidente da SADEF-RJ) e Celso Coutinho (Clube dos Amigos) formaram a junta governativa do evento.
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