sexta-feira, 9 de julho de 2010

Cuidado com a rua

Cuidado com a rua

É muito comum - e também muito perigoso – ver esse povo empurrador de cadeira de rodas e puxadores de cachorros, sobretudo, “zambetando” pela rua em vez de seguir pela calçada.

Isso, “excrusível”, é feito por esse veio doido que comanda essa Kombi desembestada rumo ao domínio do mundo... Embaraçado

“Mas causo de que os ‘matrixianos’ se arriscam desse jeito, tio”? A maioria das vezes isso rola porque não há outra forma de transitar, uma vez que os passeios são puro buraco ou são buraco puro. Sem falar da falta de padronização e degraus que surgem do nada no meio das calçadas.

Costumo só transitar pela rua quando não me sobram mais soluções. Vou bem no cantinho, próximo à guia, disputando lugar com os carros. Quando eu morava lá nas “Trelagoa”, era bico, afinal, carro lá era o do prefeito e dos Bombeiros... Muito triste, mas aqui em Sampa o bicho pega.

As questões do povo “malacabado” e os “perrengues” do trânsito também envolvem formas de atravessar a rua, guias rebaixadas ou não rebaixadas, rampas, maneiras de ajudar o “matrixiano”...

A situação é tão séria que o Ari Vieira, meu leitor faz teeeeempo, desenvolveu um curso que visa treinar professores e profissionais que trabalham com o trânsito a lidar e ficar alerta com os “dificiente”.

O Arizim listou algumas dicas, que estão no treinamento, aqui pros ‘pessoais’ que seguem o blog e tão a fim de ajudar na dominação do mundo.

Para dar aquele ‘gramur’ nas recomendações, meu chapa, brother e ilustrador formidável Jean Galvão fez umas figurinhas “maraviwonderfulls”! Aêêê

Então, borá às dicas:

1 - Aguardar na calçada o melhor momento para efetuar uma travessia, lembrando que para a pessoa com deficiência o tempo de cruzar a rua será maior

2 - É mais seguro para a pessoa com deficiência visual atravessar com ajuda ou cruzar a via logo que perceber que os demais pedestres estão fazendo o mesmo

 
3 - Ao cadeirante é importante observar se o local de travessia dispõe de rampa de acesso entre as calçadas. Caso não haja, a travessia vai demandar um tempo maior


4 - Cuidado para atravessar entre carros ou caçambas, o cadeirante fica numa posição difícil de ser visto pelos motoristas, o ideal é sempre atravessar na faixa de pedestres

5 - Caso encontre um deficiente visual parado na calçada, não o puxe nem o empurre, forçando-o a atravessar a rua. Deve-se perguntar antes se ele quer fazer o movimento. Não e porque ele é cego que tenha, obrigatoriamente, que viver cruzando ruas


6 - Quando você avistar um cego querendo atravessar a rua, não grite para ele avisando que pode fazê-lo. Ele pode se assustar com a situação, ficar desorientado. Ajude com segurança, oferecendo o braço, de forma tranquila

7 - Você não precisara avisar o cego que vai virar à direita ou esquerda, que vai descer o meio-fio. Ele consegue percebera e interpretara os movimentos corporais


8 - Em uma calçada sem guia rebaixada (rampa) pergunte ao cadeirante a melhor forma de ajudar a vencer o obstáculo. Não faça manobras bruscas por conta própria com a cadeira

9 - Quando se oferecer de guia para um cego não o confunda, cruzando uma rua em diagonal. Isso pode fazê-lo perder a orientação. Efetue o cruzamento em L; mais seguro para qualquer pessoa

 
10 - Para pessoas com deficiência ou sem deficiência, o ideal e correto é sempre atravessar na faixa de pedestres

Para ver mais desenhos do Jean vá em http://jeangalvao.blogspot.com

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