quarta-feira, 19 de novembro de 2014

A Terceira Idade e Acessibilidade Especial nas Academias

por Luana das Graças em 23 de Junho de 2014


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Transcrição de A Terceira Idade e Acessibilidade Especial nas Academias Con

Metodologia
Instrumentos para a coleta de dados
Apresentação dos dados
Introdução
Justificativa
Objetivo
CONCLUSÃO
A Terceira Idade e Acessibilidade Especial nas Academias Convencionais em Juiz de Fora
OBRIGADA!
Claudineia Machado
Thiene Machado
Orientadora: Profª Drª Selva Maria Guimarães Barreto

Carvalho Filho (1996) considera o envelhecimento como um processo dinâmico e progressivo.
No indivíduo da 3ª idade, as principais alterações ocorrem em nível antropométrico e fisiológico.

Essas alterações aliadas ao sedentarismo, tornam-se um grave problema de saúde pública.

As deficiências ou limitações podem ser superadas se estes tiverem à sua disposição, ambientes especialmente planejados.

Os idosos representam 8,6% da população brasileira, o que equivalem a 14,5 milhões de pessoa (IBGE, 2012).
Nossa cidade conta uma população de cerca de 520 mil habitantes, 71 mil são idosos (IBGE 2012).
Os problemas de saúde podem ser minimizados pela pratica de atividades físicas.

Entretanto, o que se percebe nas academias é a busca por um público jovem.
O mercado de profissionais de educação física é escasso, a maioria se limita a trabalhar com o público mais jovem.
Mediante o aumento da população idosa, cresce a conscientização sobre a busca de integração na sociedade.
O tema “acessibilidade espacial”, se refere à possibilidade de haver integração entre as pessoas e os ambientes.
Na academia de musculação, a acessibilidade espacial é essencial para que a pessoa
possa interagir com o ambiente.

A expressão Desenho Universal ou Universal Design foi utilizada pela primeira vez nos Estados Unidos, por Ron Mace, em 1991.

Cambiaghi conceitua a expressão como: "O desenho Universal tem como objetivo reduzir a distância funcional entre os elementos do espaço e as capacidades variadas das pessoas” (CAMBIAGHI, 2011).

Verificar a real situação apresentada pelas academias de musculação convencionais de Juiz de Fora.
Ouvir a opinião de deste público sobre:
As principais razões que o levam a procurar esses espaços, ou deixar de frequentá-lo;

Quais os principais benefícios observados para sua vida e saúde.
Propor um modelo de academia de musculação que
possa ser acessível à população na terceira idade.
Foram realizadas pesquisas documentais em conjunto com a realização de pesquisa de campo descritiva exploratória.

Foram realizadas entrevistas com:
- Responsáveis pelo estabelecimentos.
- Clientes na 3ª idade.
- Uma amostra também na 3ª idade , sem vínculo direto e/ou atual com as academias ( n= 16).
Foram escolhidas academias que apresentavam atividades diferenciadas.

Segundo o Portal População Net, no centro da cidade
residem 19,6 %; no Alto dos Passos 15%; São Mateus 13,06% e o bairro Cascatinha, 9.01% de idosos.

O público alvo de idosos compreendeu todos
os usuários de academias, de ambos os sexos.

Uma ficha contendo dados sobre a observação da infra-estrutura das academias;

Um questionário para indivíduos na terceira idade praticantes e não praticantes de atividades em academias de musculação.

Um questionário destinado à proprietários, sócios ou gerentes das academias.

Opinião dos responsáveis pelas academias
Geral dos clientes da terceira idade nas academias
categorias
Amostra da população externa de idosos: n= 16 indivíduos na terceira idade.

Frequentadores da academia ao ar livre do campus da UFJF.

Vinculada ao projeto Reabilitação cardiopulmonar e metabólica fase IV do hospital Unimed.

A maioria nunca praticou e nem mesmo teve esta oportunidade .

Alguns deixam claro que preferem atividade física em academia ao ar livre.

Nunca Frequentou 09 indivíduos
Já frequentou 05 indivíduos
Frequentou, mas não frequenta 02 indivíduos

Geral quanto a segurança e acessibilidade
Aqueles que participavam de ações desenvolvidas
nas academias formais manifestaram alguns descontentamentos como já relatados.
Já aqueles que aderiram à prática ao ar livre mostraram falta de conhecimento em relação as academias convencionais e posicionamentos contraditórios.
Modelo de academia acessível:
Escadas e rampas: pisos antiderrapantes,
construir patamares para descanso nas escadas e ter corrimãos contínuos e de boa empunhadura.

Instalar interruptores próximos ao início e término de escadas.

Sala de musculação e aparelhagem:

São necessários equipamentos dispostos em linhas

Evitar objetos jogados como halteres e colchonetes.

Os aparelhos de musculação com cargas de fácil troca e
explicações visíveis de manuseio.

As teclas de utilização dos aparelhos devem estar em boas condições e com tamanhos razoáveis.

Esteiras elétricas devem ter apoio com boa empunhadura e de fácil descida.

As bicicletas ergométricas deveriam ter BANCOS ajustáveis e, se possível, de diferentes larguras.

Evitar pisos muito escuros, reflexivos ou com muito contraste.

Prever banheiros em locais próximos, com iluminação permanente através de sensor.

Torneiras: metais de fácil manuseio e, se possível, de mono-comando.

Instalar BARRAS DE APOIOS próximos a pias e vasos sanitários; assim como elevar o vaso sanitário entre 0,40m e 1,20m de altura do piso.


Banheiros e vestiários:
Considerações sobre as academias de acordo com o Desenho Universal:
Academia 1:
Elevador pequeno, com pouca iluminação, sem espelho e sem BARRAS DE APOIO.

As cabines devem seguir dimensões mínimas de 1,10m X 1,40 m. Devem conter registro visual e audível de chamada.

A identificação do pavimento deve ser visível a partir do interior da cabine e do acesso externo.

Deve ser fixado um espelho na parede oposta a porta, além de BARRAS DE APOIO.

Possui uma escada no interior da academia que da acesso ao segundo piso com degraus de ferro.

Academia 2:
O acesso através de uma escada e uma rampa com corrimão.

devem ser duplos nas alturas de 0,70 e 0,92m do piso; nas escadas pode ser único com 0,92 m.
a sala de musculação possuía piso de textura madeirada.
Academia 3:
Sala de musculação: não possui pisos antiderrapantes, espaço não muito iluminado com equipamentos muito próximos.

Ausência de música alta.

Academia 5:
Sala de musculação: piso antiderrapante com pouco espaço de circulação entre eles.

Nenhuma área para descanso.

Academia 4:
Poucos aparelhos, materiais estavam dispostos no chão, o que poderia ocasionar quedas.

Ausência de musica alta.

Escada de ferro.

A atividade física para a terceira idade nesses
ambientes esta cada vez mais restrita.

Os proprietários possuem conhecimentos sobre o que é acessibilidade espacial e as limitações físicas.

Apesar de algumas queixas em alguns pontos relatam ser um bom local para a prática de atividades físicas para a população idosa.

A população da terceira idade frequentadora da academia ao ar livre nunca frequentou não sabendo opinar sobre a acessibilidade e segurança.

Aos que já tiveram oportunidades de frequentar, dizem não querem retornar a estes locais devido a sua faixa etária.

As mesmas não apresentam acessibilidade espacial de acordo com as especificações vigentes no Desenho Universal.
Referências
- CARVALHO FILHO, E. T. de. Fisiologia do envelhecimento. In: PAPALÉONETTO, Matheus (Org.) Gerontologia: A velhice e o envelhecimento em visão globalizada. São Paulo: Atheneu, 1996, p. 26-43.

- Cambiaghi,Silvana Desenho universal: métodos e técnicas para arquitetos e urbanistas/Silvana Cambiaghi; São Paulo:Editora Senac São Paulo,2007 p.52-58.

 - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Anuário Estatístico do Brasil, 2000.


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