Brasil estuda parceria com China para figurar entre os cinco melhores das Paraolimpíadas
14/09/2012 16h35
“O Brasil tanto é uma referência que a delegação da China nos procurou no último dia de disputa para uma parceria, estão interessados em fazer um intercambio com a gente. Pretendemos conversar já neste ano para estreitar esses laços. A China é a maior potência do esporte paraolímpico do mundo e está reconhecendo o Brasil como uma potência onde eles têm interesse de desenvolver tecnologia”, revela Edílson Tubiba, diretor técnico do CPB.
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“Eles podem nos acrescentar experiência técnica, modelo de treinamento, a gente vai explorar muito o centro de treinamento que eles têm. Como é que eles preparam o atleta dentro do centro de treinamento, como é que eles trabalham o atleta de alto rendimento. Nós não temos nenhum centro de treinamento no Brasil, é o que falta para nós hoje. A gente vai correr atrás de tudo que falta para a gente para chegar ao quinto lugar que é a nossa meta”, completa.
Para se ter noção do tamanho da força da China, o país asiático foi o líder do quadro de medalhas com 95 ouros, 71 pratas e 65 bronzes, 231 conquistas no total, 111 a mais que o segundo colocado no número total.
Segundo o dirigente, o forte desempenho chinês também vem da quantidade de atletas disponíveis no país. “O número de deficientes na China é o tamanho da população do Brasil. Da quantidade, você consegue tirar a qualidade”, admite.
No Brasil, o número de deficientes é de 20% da população, ou seja, cerca de 39 milhões de pessoas.
Por que o esporte paraolímpico dá certo?
Essa foi uma pergunta recorrente para maioria dos brasileiros durante a disputa dos Jogos Paraolímpicos de Londres. Para o dirigente, a resposta é simples.
“Fazemos trabalho diferenciado, um planejamento estratégico, que foi feito no início de 2009. A gente planejou até 2016. O trabalho foi feito, nós corremos atrás dos recursos que nós precisávamos. Com ajuda de nossos parceiros, a gente conseguiu executar o que tinha sido planejado. Nossos atletas participaram de um calendário internacional muito forte, conseguiram treinar na altitude, fazer intercâmbios internacionais, tiveram uma nutrição adequada, uma assistência técnica adequada”, garante.
Apesar de falar sobre todos os resultados que o esporte paraolímpico brasileiro vem conquistando, o dirigente alerta que ainda falta apoio de empresas privadas.
“Temos bons parceiros, mas ainda falta, sim, a chegada de mais empresas privadas no esporte paraolímpico. A gente ainda depende muito do Governo Federal, Estadual. Só o time São Paulo Paraolímpico (formado pelo Governo do Estado de São Paulo) conquistou 16 medalhas de ouro, é um sucesso esse recurso, foram R$ 3 milhões em um ano que eles investiram“, finaliza.
Veja acima todos os brasileiros que foram ouro em Londres
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