“Paralimpíada” ou Paraolimpíada?!
11/09/2012 por Ricardo Kohn
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Afinal, o quê realmente vale: a correção da língua portuguesa ou a marca registrada de uma organização?
Os Jogos Paraolímpicos foram realizados pela primeira vez em 1960, em Roma. Tiveram origem em Stoke Mandeville, na Inglaterra, após as primeiras competições esportivas para deficientes físicos, visando a motivar militaresatingidos na Segunda Guerra Mundial. Desde então, esses jogos ocorrem sob a égide do mesmo evento entre nações.
Em Portugal e outros países lusófonos, parece que sempre escreveram “Paralimpíadas” para denomina-los. A nós, pouco importa essa opção de diversas nações que falam a língua portuguesa. Contudo, no Brasil sempre se escreveu “Paraolimpíadas”. Até que neste ano de 2012 surgiu esta agressão “paralimpíca” ao vernáculo. Ou seja, vejam que piada, dizem que a mudança ocorreu por determinação do International Paralympic Committee, que não usa “olímpico” porque essa palavra é marca registrada do Internacional Olympic Comittee.
Patético, como se o uso da palavra Olímpico pudesse ser propriedade exclusiva de uma organização ou de um grupo de indivíduos.
Sobre esta matéria um atento navegador da internet disse o seguinte:
“O termo Paralimpíadas é um anglicismo, que soa ser a palavra resultante da composição de “paraplégico” e “olimpíadas”. É um termo inadequado e incorreto. Outras nações lusófonas o adotaram irracionalmente. O Brasil historicamente usa “Paraolimpíadas”, união entre do prefixo “Para” (proximidade, semelhança, intensidade) com “Olimpíadas”. Lógico, adequado, “inclusivo” e justo. Conforme a língua portuguesa respeita a todos os atletas e é democrática. Além disso, os atletas paraolímpicos são homenageados pela Lei nº 12.622, de 8 de maio de 2012, que institui o Dia Nacional do Atleta Paraolímpico”.
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