domingo, 16 de setembro de 2012

10 melhores momentos do Brasil nas Paralimpíadas


10 melhores momentos do Brasil nas Paraolimpíadas

10SET
O quê? Vocês acharam que nós, depois de encher o saco com listas sobre as Olimpíadas, iríamos esquecer deles, os atletas paralímpicos? Jamais! E sim, aqui usamos ParaOlímpicos, não sei quem foi o doente que tirou o “O” dali, fica muito feio.
Abaixo, seguem os 10 melhores momentos dos BRASUCAS (porque, CBF, se é pra usar esse gentílico escroto como nome de bola, usa pelo menos em português, com S) nos Jogos Paraolímpicos. Só tem mito do esporte. Afinal, mano, são as Paralimpíadas. Clichê falar que são todos heróis? Dane-se, clichê válido.
Maior atleta olímpico da história do Brasil.
10. Yohansson pede a namorada em casamento
O menino de Alagoas, Yohansson Nascimento, protagonizou uma cena sensacional após bater o recode mundial e ficar com o ouro nos 200m da classe T46 do Atletismo. Ele sacou um papel de algum canto da roupa e VOALÁ:
Eu aceitava.
Pegador, ouro e recordista mundial. Tá entre os primeiros no Campeonato Mundial de Seres Humanos.
9. Terezinha Guilhermina se recupera da queda
Imagine você lá, favorita na prova, ganhando… E cai. Pior que isso, quem cai é seu guia, já que você tem deficiência visual e corre com um ao seu lado. Você percebe, e se joga ao chão, em solidariedade. Depois, supera isso e ganha outra prova.
É a história de Terezinha Guilhermina e seu guia, Guilherme Santana. Na final dos 400m T12, Guilherme caiu, e eles acabaram em último. Porém, se recuperaram, e na final dos 100m T11 venceram. Pronto, final de história feliz. Muito feliz.
Volta por cima.
8. Dobradinhas e a TRIPLETA
O Brasil é muito fodelão nas Paraolimpíadas, e algo que jamais faremos nas Olimpíadas ocorreu mais de uma vez aqui. Dobradinhas.
A primeira veio com Terezinha Guilhermina e Jerusa Geber, com ouro e prata nos 200m T11. Depois, foi a vez de Felipe Gomes e Daniel Silva, ouro e prata também nos 200m T11. Depois, a Natação ficou com inveja do Atletismo e… Andre Brasil e Phelipe Rodrigues pegaram ouro e prata nos 100m livre S10.  Pra finalizar, Lucas Prado e Felipe Gomes ficaram sem ouro, mas com a prata e o bronze nos 100m rasos T11.
MAS CONSEGUIMOS MAIS! Ao estilo JAMAICA NOS 200 M, com Bolt, Blake e Warren pegando as três medalhas, fizemos história! Ou melhor, ELAS FIZERAM!
Terezinha Guilhermina, como citado na posição 9, levou o ouro. Jerusa foi prata. E aí veio a glória total: Jhulia Santos pegou o bronze, e fez o pódio ser todo pintado com aquele casaco amarelo sensacional do Brasil. Parabéns, meninas!
MELHOR QUE BOLT E CIA.
7. Tito Sena vence a Maratona
CHUUUPA VANDERLEI CORDEIRO! Não, mentira, claro, brincando. Mas finalmente temos um ouro na Maratona! Tito Sena venceu a última prova paraolímpica na classe T46, com o tempo de 2h30m49s, em chegada emocionante. Ficou em segundo quase a prova toda e, no último quilômetro, resolveu que não ia aceitar ficar novamente com a prata, medalha conquistada em 2008. Arrancou e, aos QUARENTA E CINCO ANOS, conquistou o ouro.
E você aí, aos 20, gordo e sem conseguir correr 200 metros.
6. Jovane Guissone ouro no maior espote olímpico: ESGRIMA
Há! Defendemos MUITO a Esgrima aqui durante as Olimpíadas, mas é claro qu brasileiros como RENZO #CARADEGUERREIRO ARESTA jamais iriam conseguir algo lá. Coube então e Jovane Guissone, ele mesmo, a conquista do inédito ouro no esporte olímpico mais bacanudo.
E foi zebra, hein! Apenas 13° na chave, perdeu duas partidas na fase de grupos. Mesmo assim, passou e chegou à final. Estava perdendo por 10 a 8 para Chik Sum Tam, de hong Kong, mas levou para 14 a 14. Quem acertasse primeiro, vencia. Jovane conseguiu o toque de ouro.
Aprende, RENZO.
5. Futebol de 5
Se tem algum futebol que nos dá orgulho, é esse. Futebol de 5, para quem não sabe, é o futebol para deficientes visuais. E o Brasil é tricampeão paraolímpico!
Para repetir Atenas e Pequim, os brasileiros bateram pelo caminho a Argentina. Detalhe: pela terceira Paraolimpíada seguida, o jogo foi 0 a 0. tirando em 2004, que foi jogo válido pela fase de grupos, foi tudo decidido nos pênaltis. E, ufa, com vitória brasileira. Depois, na final, os brasileiros bateram a França, por 2 a 0.
Sabe como eles jogam? Na bola, há um guizo, que faz com que consigam perceber onde está a bola. Todos usam algo tampando os olhos para garantir que todos não enxerguem por completo o jogo, para que ninguém com dificuldade menor possa tirar proveito. E sabia que o goleiro enxerga? Deve ser muito legal ser goleiro de Futebol de 5. Sério.
TRI!
4. Lançamento de Dardo
Um dos ouros mais inesperados. Shirlene Franco entrou no Estádio Olímpico, fez o primeiro lançamento, trucidou o recorde mundial de Dardo na categoria F37/38, com 36,86 m, e esperou. Nenhuma rival a superou. E a prata conquistada em Pequim se tornou ouro em Londres.
A vice-campeã, Qianqian Jia, da China, ficou com 31,62 m, mais de 5 metros atrás.  O recorde antigo? Era de 32,87 m. Ou seja, a brasileira destruiu. Orgulho da Shirlene!
Leryn Franco quem?
3. Bocha
Amigo, o Brasil é o país da Bocha. E Bocha, como todos sabemos, é o esporte mais legal do mundo, só perdendo para o CURLING e para ela, a ESGRIMA s2.
TRÊS OUROS e um bronze em Londres. Só isso. Dirceu Pinto e Eliseu Santos ganharam o bi olímpico nas duplas BC4, Dirceu também foi bi campeão na individual da mesma categoria, Eliseu ficou com o bronze na mesma prova e, para finalizar, Maciel Santos levou o ouro na BC2. Bocha devia ser olímpica também, é demais.
E recomendamos: procurem as provas de Bocha no Youtube e tal. É fantástico. Principalmente a categoria para pessoas que não conseguem mexer do pescoço para baixo. Os caras arrumam a bola com a CABEÇA. Com a boca, com a testa, o negócio é absurdamente genial.
Os caras são foda. Demais.
2. Daniel Dias, o maior atleta olímpico da história do Brasil
Caras, o Noronha diz isso toda hora que o vê na televisão: “Sou muito fã do Danielzinho”. O cara é muito foda, é fantástico, é demais, é tudo isso aí e mais um pouco. SEIS OUROS em Londres. SEIS.
Ele começou a nadar após ver Clodoaldo Silva, outro ídolo paraolímpico, nadando em Atenas, 2004. Começou a praticar e, em 2008, já faturou nove medalhas, sendo 4 de ouro, 4 de prata e 1 de bronze. Aí, foi para Londres com o objetivo de superar seu ídolo, maior medalhista da história do país, empatado com a corredora Ádria Santos, ambos com 13 medalhas.
E superou. Ganhou as seis provas individuais que disputou:  na categoria SB4, venceu os 50m peito; na S5, faturou os 50m borboleta, 50m costas, 50m livre, 100m livre e 200m livre. Quase nada. Chegou a 15 e é o maior medalhista da história do Brasil. Maior atleta brasileiro da história dos Jogos Olímpicos. Sem divisão.
Detalhe: só tem 24 anos. Aqui no Rio de Janeiro, provavelmente, poderemos vê-lo em ação. Será fantástico.
Mas eu sou MUITO fã.
1. Alan Fonteles bate Oscar Pistorius
Não vamos nem abordar a questão de que Pistorius reclamou da prótese do brasileiro. Desnecessário.
Vamos apenas falar: se a prova dos 200m T44 fosse disputada nas Olimpíadas, já seria considerada uma das maiores disputas da história olímpica. Infelizmente, ela ficará um pouco de lado na história, só porque menosprezam as Paraolimpíadas. Não aqui.
Pistorius, como todo mundo sabe e, se não sabe, deia saber porque, porra, é obrigatório, conseguiu o direito de disputar as Olimpíadas com suas próteses, alcançando as semifinais dos 400 m. Nas Paraolimpíadas, o cara tem fama de insuperável, Deus na Terra e tudo mais. Porém…
Um paraense com cara de marrento foi lá, disse que dava para bater o sul-africano e… Ligou o turbo. Bem para trás no meio da prova, resolveu que não ia aceitar a vitória fácil de Pistorius. O Estádio Olímpico inteiro estava na torcida pelo sul-africano. Quando Fonteles passa, quase na linha de chegada, o silêncio é constrangedor.
Fantástico.
Simplesmente assistam.

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