sexta-feira, 7 de setembro de 2012

BASQUETEBOL EM CAD RODAS FEMININO EM LONDRES




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Vivi: “Há males que vêm para o bem”. Veja a entrevista que a atleta da Seleção Brasileira concedeu em Londres ao Globo Esporte.com

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Os Jogos Paralímpicos são repletos de histórias que transformaram a vida de cada um dos 4.260 atletas que competem em Londres. A da brasileira Vileide Brito de Almeida, por sua vez, foge do comum. Camisa 15 da seleção de basquete em cadeira de rodas, ela teve os movimentos das pernas afetados aos 12 anos, quando foi picada por uma cobra enquanto brincava com o irmão em Curuçá, no interior do Pará. Acidente que por pouco não a levou à morte, mas que hoje é encarado como ponto de partida para uma vida melhor.
Aos 20 anos, Vivi, como é chamada, não tem problemas em admitir que a deficiência fez com que ela conhecesse um mundo fora de sua realidade antes da lesão. E um mundo mais feliz.
“Acredito que há males que vêm para o bem. Tudo que Deus faz é bom. Sem o acidente, não conquistaria muita coisa do que tenho hoje. O que aconteceu me fez melhorar muito. Não consigo nem explicar o quanto tudo mudou para mim. É algo que até me emociona. Conquistei muitas coisas. Às vezes, nem acredito direito em tudo isso que tenho vivido. Até mesmo em termos de viagens. Conheço lugares que nunca imaginei ir. Hoje eu olho para frente e sei que posso ir em busca das coisas que eu quero. Enfrento tudo de cabeça erguida.
Antes, eu achava que se fosse a algum lugar iam me olhar com preconceito. Pensava muito nessas coisas, mais na deficiência do que nas outras coisas. Eu era muito fechada, nem saía de casa. Depois que conheci o basquete, tudo mudou”
Otimista convicta
As lições aprendidas sobre a cadeira de rodas e com a bola laranja na mão fizeram de Vivi uma otimista convicta. Com três derrotas em três partidas em Londres, o Brasil é apenas o lanterna do Grupo A dos Jogos e tem chances pequenas de chegar às semifinais. O retrospecto, por sua vez, não tira a confiança da paraense.
“Lutamos do começo ao fim. Sabemos que podemos ir mais longe e brigar de igual para igual com qualquer um. Hoje temos essa certeza, estamos lutando para conquistar esse respeito. Tudo na vida da gente vem como aprendizado. A participação em Londres nos fará treinar e se dedicar ainda para colocar o basquete em cadeira de rodas onde queremos”, conclui Vivi.
*Foto/Divulgação e matéria de Cahê Mota/Globoesporte.com

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