sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Gestão Educacional: Planejamento e Avaliação


Gestão Educacional: Planejamento e Avaliação
By Master Santucci in Gestão Educacional
Published: Sunday, 23 September 07 - 06:15 PM (GMT -04:00)
Last Updated: Monday, 24 September 07 - 10:10 AM (GMT -04:00)


Minha visão de educador e gestor na rede há 18 anos, é que a escola apresenta-se como um espaço em contínua construção, sendo que os profissionais que nela trabalham devem acompanhar. Ela é uma instituição humana e pressupõe uma expectativa de quem nela atua. Neste sentido, pode-se procurar preservá-la como algo estático ou engajá-la em movimentos de mudanças que busquem sua atualização, de forma a torná-la condizente com o seu tempo.
Se ela é preservada de maneira estática, aparentemente encontra-se um caminho tranqüilizador de rotinas a serem cumpridas. Porém, a escola que anda nesse sentido não acompanha as mudanças que acontecem à sua volta, e fica presa em si mesma. Por outro lado, a mudança não acontece à revelia das experiências passadas. Esse processo se dá na tensão entre a preservação e a estabilidade do sistema educacional com as transformações da sociedade e dos indivíduos, estes fortalecidos pelo diálogo, pela colaboração e busca de novos fazeres.
Assim, escolher a Educação para ser professor ou gestor demanda uma iniciativa de extrema importância, principalmente, nos moldes que a mesma vem se apresentando no Brasil, ou vinha, pelo menos nas décadas passadas.
Assim, fazer um curso de Licenciatura para mim foi uma escolha gratificante, primeiro por gostar de estar em sala de aula, depois pelo prazer de poder ensinar aos outros um pouco daquilo que aprendi e venho aprendendo cada dia mais. Dessa forma, poder imaginar dois grandes campos educacionais que serão ou já estão sendo fortemente atingidos, devendo sofrer alterações substanciais, como os currículos, métodos e técnicas de ensino-aprendizagem, bem como novos agentes participando do processo de educação e formação, me incluindo como um desses nessas mudanças significativas.
Já participei de todos os níveis de educação abrangidos pelo Estado, trabalhando como professor, como coordenador pedagógico, como formador, capacitando professores, formando formadores para nossos alunos, e agora como planejador de ações de demanda e estruturais, sabendo que aquilo que consigo realizar pode e deve chegar aos alunos, fazendo com que todos sejam incluídos na escola e que possam ter oportunidades de inclusão social, digital e humana, além de tudo.


Com a chegada da quarta globalização, que para muitos se confunde com uma nova era – a do conhecimento – a educação é tida como o maior recurso de que se dispõe para enfrentar essa nova estruturação do mundo. Dela depende a continuidade do atual processo de desenvolvimento econômico e social. Este processo nos leva a constatar que esse homem globalizado terá por obrigação estudar durante toda a vida para se manter atualizado e membro da sociedade do conhecimento, ou seja, estar em processo contínuo de aprendizagem, buscando sempre novas formas de trabalhar.
Os gestores e professores estão enfrentando uma verdadeira corrida contra o tempo, ou seja, vêm sendo responsabilizados em grande parte pela queda de qualidade no ensino brasileiro. Um exemplo básico é a exigência do MEC de que todos os docentes do ensino fundamental ao médio portem um diploma de licenciatura para continuar a exercer suas funções, até este ano de 2007. O mesmo ocorre com os Gestores que estão recebendo diversas capacitações organizadas pelo Governo do Estado, como este curso para Gestores, o Circuito Gestão, que envolveu Professores Coordenadores, Diretores e Vices, Supervisores e Dirigentes e todo o pessoal de apoio das Diretorias de Ensino. Estão sendo oferecidos paralelamente a este da Unicamp, cursos como Gestão Escolar e TICs e o Progestão. Olhando pelo lado da formação continuada, observamos ao longo de todos esses anos, principalmente nestes 06 últimos, que foram e estão sendo oferecidos muitos cursos que possibilitam a formação e efetiva construção do processo político-pedagógico de nossas escolas.
Concordo que a melhoria do ensino passa por mudanças muito mais estruturais que compreendem a construção de uma sociedade mais participativa, a melhoria na gerência e no repasse dos recursos para a educação, um trabalho que facilite o acesso e a permanência dos alunos nas escolas e a adoção de uma política voltada para o ensino de qualidade, ou seja, por mudanças na Gestão Educacional como um todo.


Mais isso não muda o foco do trabalho de qualificação dos professores, mas que isso também não garante o desenvolvimento da educação, devendo ser essa formação um movimento sem limites de formação inicial, mas que também se mantenha como um trabalho de formação continuada.


A demanda de um conjunto crescente de professores por cursos de especialização, mestrado e doutorado foram detectados nos mais diversos segmentos institucionais, que vem trazendo a tona uma política de capacitação para esses profissionais. O que está faltando efetivamente são os recursos públicos para o financiamento da qualificação dos professores em todos os Estados. Percebemos também, as limitações das políticas educacionais, muitas vezes restritas ao ensino superior e insuficiente para a demanda ao que tange a classe dos professores de 1º e 2º graus, ou seja, é inexistente qualquer política, o que não fecha com o desejo das escolas de propiciar uma educação que atenda às expectativas da sociedade.



No tocante à qualificação profissional, essas políticas partem da concepção de que o professor não é um técnico reprodutor de conhecimento acumulado pela humanidade. É o profissional que domina o conhecimento específico de sua área e o conhecimento pedagógico em uma perspectiva de totalidade. Isso lhe permite perceber as relações existentes entre as atividades educacionais e a globalidade das relações sociais, políticas e culturais em que o processo educacional ocorre e atuar como agente de transformação da realidade.



Com essa identidade, o professor é o profissional dotado das capacidades, entre tantas outras, de produzir conhecimento sobre seu trabalho, de tomar decisões em favor da qualidade cognitiva das aprendizagens escolares e, fundamentalmente, de atuar no processo constitutivo da cidadania do "educando", seja ele criança, jovem ou adulto.



Decorrentemente desse modelo, o preparo do professor e do gestor centra-se no desenvolvimento de competências para o exercício técnico-profissional, consistindo, pois, em uma formação prática, simplista e prescritiva, baseada no saber fazer para o aprendizado do que vai ensinar ou mediar. Esse é o enfoque dado pelo curso de Gestão Educacional da Unicamp, que efetivamente, não priorizou a prática nas aulas presenciais, somente a teoria.



Outro fato relevante é que não bastam mudanças de titularidade dos professores, têm de mudar a estrutura do ensino. Esta sobrando diploma, mas a produção de conhecimento ainda deixa a desejar, pois faltam alguns fatores estruturais, como a criação de uma nova ética para a escola.



Aponto aqui duas diferenças básicas entre a escola de minha época para a dos dias atuais: a ética e a preparação dos professores. Acho eu, que não será por causa de um diploma que o professor mudará, pois tínhamos professores espetaculares, mesmo sem titulação nenhuma. O que falta é compromisso profissional com a educação.



Esta é a minha análise sobre os quadros estruturais que se apresentam e que precisamos sim de educação de qualidade, mais antes de tudo isso, precisamos de mudanças na estrutura de formação desses profissionais, começando pelas instituições que os formam.

O que este curso pretende formar? Líder ou gestor de mudanças. Podemos citar algumas palavras-chave que foram geradoras de reflexão e debate: líder, liderança, mudança, resistência à mudança, plano e planejamento. Dentre essas, podemos observar as mudanças evidenciadas na forma de liderar as pessoas, ou gerenciar pela educação. Se antes as lideranças se pautavam em estilos autoritários, hoje devemos ter gestores educacionais com perfis totalmente diferentes, ou seja, líderes participativos e que saibam valorizar a prática do feedback, a flexibilidade, a intuição e o saber trabalhar em equipe, competências indispensáveis para o gestor no momento do conhecimento atual. Assim, falar sobre o novo perfil do líder num momento em que o compartilhamento do conhecimento passou a ser visto como um dos diferenciais para se manter competitivo torna-se indispensável.

Por mais que se escreva, fale e teorize sobre o assunto há gestores que ainda não conseguem lidar de forma positiva com essas mudanças. O fato é que na educação, mais do que nunca, é necessário possuir um grande poder de adaptação às mudanças.
Se a mudança é inevitável e já faz parte da história humana, porque ainda assim, há quem tenha tanto medo. As mudanças confundem, e esses processos de mudança causam em nossas vidas uma sensação de dualidade, pois envolve emoções, causando medo e receio por algo que se desconhece. Porém, tal fato não acontece para alguns, torna-se um estímulo e por isso arriscam mais. Para outros, paralisa, causando com isso uma resistência maior.
O novo paradigma da administração escolar traz junto com a autonomia, a idéia e a recomendação de gestão colegiada, com responsabilidades compartilhadas pelas comunidades interna e externa da escola. O novo modelo não só abre espaço para iniciativa e participação, como cobra isso da equipe escolar, alunos e pais. Esta participação e conseqüente cobrança, segundo Balzan, devem estar explicita no plano da escola, plano este que não deve ser imediatista, pensado para um período mais longo, sendo necessário aparar arestas, através de indicadores. Para tanto, temos a avaliação institucional para reorganizar este planejamento político-pedagógico em outros momentos.

Neste sentido Barbier (In: Machado, 2000) salienta:
(...) o projeto não é uma simples representação do futuro, do amanhã, do possível, de uma idéia; é o futuro a fazer, um amanhã a concretizar, um possível a transformar em real, uma idéia a transformar em acto. (p.6)
O líder/gestor delega poderes, ou seja, autonomia administrativa e pedagógica para sua equipe, melhorando assim, o desafio da qualidade da educação no âmbito de sua Unidade Escolar.
Penso que, o gestor escolar inovador é aquele capaz de transformar o futuro desafiante em realidade. Este gestor é, essencialmente, um agente de mudança capaz de fazer os diagnósticos para orientar as intervenções mais adequadas à atualização e melhoria da escola.
Para concretizar a integração das lideranças que atuam na área administrativa, pedagógica e nos grupos da comunidade é fundamental o compromisso básico com objetivos comuns, construídos em processos participativos “planejados”. A desarticulação das lideranças no ambiente escolar é uma das causas básicas de um conjunto significativo de problemas da organização escolar. Não é possível uma organização profícua ser guiada por várias lideranças em concorrência. É fundamental construir um ambiente aberto a discussões amplas sobre a definição dos valores, da missão, das políticas, dos objetivos e metas, das estratégias e diretrizes que irão orientar o desenvolvimento do projeto político-pedagógico da escola, segundo Balzan.
Assim, entendo que o trabalho direto do gestor, líder da unidade escolar, é imprescindível para que os sistemas de educação pública possam dar um passo mais complexo, garantindo um ambiente de qualidade, em que os alunos se sintam suficientemente atraídos pela escola para freqüentá-la com assiduidade; que as famílias valorizem a educação o suficiente para estimular seus filhos a permanecerem na escola ao invés de trabalhar e que, os alunos de fato aprendam o que é esperado para sua idade escolar.
Embora o descrito acima seja apenas o mínimo esperado, seus condicionantes são de natureza complexa, pois envolvem adequação dos níveis e distribuição do investimento em educação, fortalecimento das carreiras da área, abordagem eficaz das condições de diversidade dos alunos e aperfeiçoamento da gestão escolar.
Promover essa mudança de práticas meramente burocráticas pela responsabilidade sobre os resultados, seria abrir mão do imediatismo, abraçando a melhoria dos indicadores sociais, vencendo as resistências à mudança, deixando claros seus benefícios. Temos como educadores e gestores uma tarefa árdua pela frente.
Assim posto, Alonso (2004) faz alguns questionamentos importantes em gestão escolar:

- Você acha que o clima existente em sua escola favorece a introdução de inovações com o objetivo de melhorar o ensino e a aprendizagem?

- Que medidas podem ser sugeridas para se obter uma participação mais efetiva da comunidade? Que formas de participação poderiam ser sugeridas e estimuladas pelos gestores?

- Como poderiam ser utilizados os recursos tecnológicos de sua escola para dinamizar e tornar mais efetivo o trabalho de gestão?

- Em que atividades da escola a participação da comunidade se efetiva?

- Existe preocupação, em sua escola, de traçar planos de ação juntamente com a comunidade?


Essas questões nos levam a refletir sobre a aplicação efetiva do projeto político-pedagógico na escola.
Não é novidade que os alunos não são iguais, não aprendem da mesma maneira e não realizam as coisas segundo um mesmo padrão. No entanto, a escola insiste em tratar seus alunos como sendo uniformes, assumindo que todos assimilam a informação do mesmo modo. O quanto realmente os alunos diferem em termos da capacidade de aprender ou em termos de assimilação de conhecimentos só fica evidente no cômputo das tarefas realizadas, em termos de notas nas provas ou nas tarefas. Porém, essas diferenças são muito mais complexas e com implicações mais profundas do que as diferenças nas notas no final do bimestre.

É importante observarmos que temos duas avaliações: a institucional e a do projeto pedagógico, que acaba sendo a do momento de aprendizagem dos discentes pelos docentes e, não efetivamente do projeto pedagógico da escola.
A avaliação deve ser de resultados do trabalho coletivo e de formação humana, não comparando para ranquear, mais para criar uma uniformidade básica de indicadores e metodologia institucional. Outro parâmetro é identificar as características da instituição e compará-la sem ranquear às demais do país, não podendo também assumir um caráter de punição ou premiação. Para tanto, a avaliação de resultados é para auxiliar na identificação e formulação de políticas, ações e medidas para sanar as insuficiências, é muito mais que isso, buscar mudanças na formação educativa e no processo pedagógico. Um exemplo disso ocorreu quanto o resultado do SARESP foi classificatório e por cores alguns anos atrás, premiando algumas escolas e punindo outras.

É importante na avaliação de resultados que todos os membros e segmentos participem intensamente nos procedimentos de implementação e que, os resultados sejam utilizados para promover mudanças, construindo novos indicadores, legítimos e capazes de serem absorvidos pela comunidade escolar e não como ferramenta de punição ou premiação.
Os resultados de avaliação ou indicadores devem permitir uma comparabilidade entre um momento e outro da instituição, onde a ética, o compromisso e a emancipação social e de gestão educacional alcancem as metas esperadas.
Outro fator importante é o de sabermos que as avaliações institucionais, internas ou externas são em sua maioria de cunho político/pedagógico, porém, a escola deve ter em mente que as mesmas têm fins de emancipação, como análise e crítica, denominada de avaliação formativa, que visa reorientar ou reorganizar o programa educacional e/ou institucional.
No nível pedagógico escolar, a avaliação é usada para controlar a aprendizagem e o comportamento dos alunos, pelo menos era, tornando-se assim, um mecanismo extrínseco, onde a escola acaba colaborando para a seleção e exclusão dos alunos através da repetência e da evasão.
Assim, questiono:

- Como efetivamente incluir todos os alunos no processo educacional, já que dados apontam que 34% dos alunos de 07 a 17 anos estão fora da escola?

- Qual o grau de responsabilidade da escola nesta exclusão ou na não permanência dos alunos?


- Qual a parcela de culpa da avaliação como ferramenta de exclusão neste contexto?


Tomando como ponto de vista, minha experiência pedagógica educacional, acho que a avaliação deve estar associada claramente a objetivos, ou seja, critérios para avaliar sobre objetivos estabelecidos e não relacionar apenas avaliação com conteúdo/conhecimento, ou ainda, como ferramenta de dominação e submissão aplicada ainda por muitos professores em muitas escolas.
Nos dois tipos de avaliação que temos: a formal ou explicita que conduz a uma nota ou conceito, que são formas de medir, dando rumo a vida escolar da criança ou adolescente, um tanto quanto injusto, pois é aprovar ou reprovar; e a informal, que é mais justa, pois conta com outros momentos que podem ser avaliados como a participação, o interesse. Assim, é muito relevante citar a Progressão Continuada como princípio que a rege e passa pelo compromisso dos gestores e docentes em programar novas formas de avaliar, ou seja, de conceber educação de qualidade.
Pensar e discutir avaliação requer pensar em uma nova escola e uma nova sociedade, onde todos se envolvam, e que não deixemos a decisão nas mãos das autoridades, mais que todos os segmentos estejam participando. E que, a avaliação venha a ser um mecanismo de reflexão e discussão sobre tudo que está envolvido no programa educacional, para que todos sejam avaliados e não só os alunos.
Na leitura dos relatos apresentados durante a disciplina de Planejamento e Avaliação, o que se percebe é que não se aplicam avaliações diagnósticas, e também não se tem um planejamento eficaz elaborado pela equipe gestora e demais segmentos, como os docentes, comunidade e alunos, nem trazem projetos que possam mudar a realidade dos alunos.
Afinal, ao avaliar alunos pretendemos detectar problemas em sua aprendizagem e solucioná-los ou, simplesmente, testá-los sobre o conhecimento, que procuramos transmitir em nossas aulas para classificá-los como alunos com bom ou mau aproveitamento. Essas duas questões distinguem a avaliação diagnóstica da classificatória, e todos devíamos refletir sobre as mesmas.
Esse(s) relato(s) nos leva a refletir sobre a importância do Professor e de sua prática, da importância do Gestor e da Escola na sociedade, agindo de forma dinâmica e inovadora, não para o Estado e para as estatísticas, mais para seus alunos.
A eliminação das retenções deve ser um desafio ao professor para que busque novos caminhos em seu trabalho, em sala de aula, impedindo que se confunda Progressão Continuada com Promoção Automática. O fato de muitos alunos serem promovidos, aleatoriamente, deveria ser objeto de profunda reflexão para nós, educadores, interessados na aprendizagem de nossos alunos.

Nas tabelas de comparação de dados apresentadas durante as aulas presenciais e virtuais, pudemos observar que a Gestão Democrática Participativa traz uma diminuição nos índices de evasão e reprovação, porém, ainda não é um índice satisfatório e que devamos nos orgulhar.
A aprendizagem em progressão continuada na forma de ciclos deve ser apontada como forma de sucesso: ampliação da jornada escolar, a recuperação paralela e contínua dos alunos com dificuldades de aprendizagem, as horas de trabalho coletivo remunerado do professor para avaliação e capacitação; a proposta de esquemas de aceleração de aprendizagem para alunos multirrepetentes com grande defasagem idade-série; além do direito à reclassificação de estudos para todos aqueles que conseguiram aprender independentemente da freqüência às escolas e, agora a tentativa de manter o aluno na Escola em tempo integral, mais com projetos que façam com que ele cresça pedagogicamente, não tornando o ambiente escolar como espaço de brincadeira somente, mais de aprendizagem.
Para tanto a Secretaria de Estado da Educação de São Paulo vem desenvolvendo Projetos para atender essas carências solicitadas na LDB, bem como trabalhando na formação dos professores e demais profissionais ligados a educação, proposta esta, que já começam a ser postas em prática. Assim, desde o início de 1996 foram garantidas na rede estadual paulista algumas condições básicas para a melhoria do ensino, ou seja, ampliação da jornada escolar de 720 horas para 1000 horas no diurno, e para 800 horas no período noturno; novas modalidades de recuperação paralela para todos os alunos com dificuldades de aprendizagem, ou seja, tanto a semanal, de 3 horas fora do horário regular de aulas, para corrigir deficiências prematuramente, como ao final do ano e no seu decorrer. Ao lado dessas medidas, foi instituído para todos os professores o pagamento de horas de trabalho na escola, porém fora da sala de aula, para capacitação e orientação sobre reforço escolar. Para que isto ocorresse, todas as escolas passaram a contar com um ou dois coordenadores pedagógicos, antiga reivindicação do magistério, de modo a acompanhar o trabalho dos professores juntamente com as Oficinas Pedagógicas, órgãos descentralizados de capacitação. Foi criado o processo de análise de resultados, como o sistema de avaliação do rendimento escolar (SARESP) feito por instituições externas à administração, que serviram de suporte e tomada de decisão para os investimentos.
O que observo e coloco é que essas medidas adotadas na nossa rede de ensino, a paulista, vêm provocando quedas drásticas nas taxas de evasão, deixando claro que os alunos e suas famílias percebam quanto vale a pena ficar na escola porque o aluno terá maiores chances de se recuperar, ter sucesso e aprender.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALONSO, M. Gestão escolar: revendo conceitos. São Paulo, PUC-SP, 2004;
FULLAN, M. & HARGREAVES, A. A escola como organização aprendente. Porto Alegre; Artmed, 2000;
LUCHESI, C. Verificação ou Avaliação: o que pratica a escola? A construção do projeto de ensino e avaliação, nº. 8, São Paulo FDE. 1990;
SAUL, A. M. Para mudar a prática de avaliação do processo de ensino-aprendizagem - in Formação do Educador e avaliação Educacional. org. Bicudo e Celestino. UNESP - 99. Vol. IV.


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