Resumo
O presente trabalho procurou confrontar a produção acadêmica sobre inclusão de uma forma geral o que na atualidade tem sido chamada de inclusão social, mais especificamente, a inclusão da pessoa com deficiência na escola regular. Para conhecer melhor a proposta veiculada na literatura foi realizada uma busca sobre avaliação tanto na e fora da educação física, o que preconiza a legislação educacional sobre a presença deste educando no interior da escola regular, aliando tudo isso, a literatura que discute especificamente a educação física, tudo na tentativa de compreender melhor o tema “inclusão de pessoas com deficiências e educação física”, no contexto da escola, com o discurso da inclusão dos professores de educação física sobre a presença do educando com deficiência em suas aulas. A pesquisa se desenvolveu a partir de entrevistas realizadas com cinco professores de escolas públicas municipais da cidade de Goiânia, estado de Goiás. A análise do conteúdo das respostas dos cincos sujeito escolhidos segundo critérios da metodologia proposta por BARDIN (1977), revelou a produção de categorias, tais como: conceito de inclusão, discussão sobre ciclos de formação e desenvolvimento humano, organização estrutural dos ciclos, conceito de deficientes, conceito de avaliação e leis. O grupo pesquisado demonstrou atuar com o fenômeno da inclusão com certa desconfiança e desconhecimento, referindo-se a inclusão, como sendo, obrigatória em função da lei, nunca porque a escola seja um espaço para todos indistintamente. Revelou também, máxima religiosa presente no discurso dos entrevistados, em que o professor tem que lidar com este aluno porque ele é especial. Por outro lado, a falta de conhecimento de métodos avaliativos, em que se fundamenta a proposta de educação do município, além das propostas educacionais que ora se discute na educação física, foram fatores que dificultaram a aceitação, permanência e sucesso deste educando no interior da escola regular. Caminhar na direção de uma proposta inclusiva pressupõe ao menos que o previsto na lei chegue à escola, que material didático não fique somente nas mãos de técnicos burocratas da secretarias de educação. Assim, a relação entre inclusão do deficiente na rede regular de ensino e educação física, esta estabelecida em uma base de ansiedade, porque as idéias defendidas pelos autores não chegam a escola e muito menos chegam os documentos oficiais, chegando e permanecendo no interior da escola grandes boatos sobre tal questão.
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