Pesquisadores identificam possível causa de 1 em cada 4 casos de autismo
Quase um quarto dos casos de autismo pode ser devido a anticorpos encontrados no sangue da mãe durante a gravidez, que interferem no desenvolvimento do cérebro fetal, dizem os pesquisadores.
Em um estudo publicado esta semana na revista Translational Psychiatry, os pesquisadores relatam que certos anticorpos encontrados quase que exclusivamente em mulheres com crianças que têm autismo pode estar afetando o desenvolvimento do cérebro durante a gravidez.
Os anticorpos problemáticos poderia explicar como muitos como 23 por cento de todos os casos de transtorno do desenvolvimento, segundo o estudo.
"Estes resultados são extremamente importantes porque estabelecem uma causa para uma parcela significativa dos casos de autismo, abrindo novas linhas de investigação sobre possíveis tratamentos biológicos", disse Leonard Abbeduto, diretor da University of California, Davis MIND Institute, onde a pesquisa foi conduzida.
Normalmente, os anticorpos maternos entrar na placenta para ajudar a afastar as bactérias e outros vírus. Mas, em alguns casos, em vez de prolongar a imunidade à criança, estes anticorpos se o que é conhecido como auto-anticorpos e o tecido saudável ataque.
Para o estudo, os investigadores analisaram amostras de sangue de 246 mães de crianças com autismo e 149 mães de crianças sem o transtorno de desenvolvimento. Eles descobriram que cerca de 1 em cada 4 mães com uma criança no espectro tinha certas combinações de anticorpos que têm como alvo as proteínas do cérebro fetal. Os anticorpos foram encontrados em menos de 1 por cento das mães do grupo controle.
A descoberta pode levar a um teste de diagnóstico que poderia ser dada às mães se eles têm uma criança com suspeita de autismo, disseram os pesquisadores, permitindo que as crianças entram intervenção precoce.
Esse teste também pode ser usado para avaliar a possibilidade de ter um filho com autismo antes de engravidar uma mulher, eles indicaram.
"É importante notar que as mulheres não tem controle sobre se ou não desenvolver esses auto-anticorpos, bem como qualquer outra doença auto-imune", disse Judy Van de Water, um pesquisador do Instituto MIND que liderou o estudo. "E, assim como outras doenças auto-imunes, não sabemos o que o gatilho inicial é que leva a sua produção."
Em separado estudo , que foi publicado na mesma revista, pesquisadores injetaram macacas grávidas com anticorpos visto em muitas mães de crianças com autismo e descobriu que a exposição comportamento e desenvolvimento na prole afetada negativamente.
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