Blog do Prof de Ed. Física MSc SERGIO CASTRO,da Pós Graduação em Educação Especial e Tecnologia Assistiva da Universidade Cândido Mendes(AVM) ;Ex-professor da Universidade Estácio de Sá e Ex-Coordenador de Esportes para Pessoas com Deficiências (PcD) do Projeto RIO 2016 da SEEL RJ ,destinado a fornecer informações sobre pessoas com deficiência(PcD) e com Necessidades Educativas Especiais(PNEE), bem como a pessoas interessadas nesta área ( estudantes, pais, parentes, amigos e pesquisadores)
sábado, 26 de dezembro de 2009
ESPORTES PARA QUADRIPLEGICOS - MURDERBALL - CRITICA AO FILME
Celso Sabadin
Quando ouvi pela primeira vez a palavra Murderball , pensei imediatamente no filme Rollerball , com James Caan, uma antiga ficção (que depois ganhou uma refilmagem pífia) sobre um esporte radical que, no futuro, ajudaria os travados homens urbanos a extrapolarem toda a sua adrenalina por meio da violência.
Quando comecei a ver o filme Murderball – Paixão e Glória , percebi que estava enganado.
Mas, quando acabei de vê-lo, notei que não estava tão errado assim.
Travestido de “responsabilidade social” (ô expressão desgastada ultimamente!), o chamado Quad-Rugby , a princípio, seria apenas um esporte desenvolvido para atletas quadriplégicos, isto é, quem tem algum tipo de paralisia nos membros superiores e inferiores.
Uma mistura de rúgbi e basquete jogado em cadeiras de rodas.
Porém, o documentário Murderball – Paixão e Glória mostra que estamos diante de um esporte radical que ajuda os travados homens urbanos a extrapolarem toda a sua adrenalina por meio da violência.
E agora não no futuro.
O filme mostra o cotidiano, as lutas, as vitórias e decepções de um grupo de “quadri-rugbistas” que compete pelo time norte-americano nas Paraolimpíadas. Num primeiro momento, temos aquele velho, batido (e, claro, real) discurso que o deficiente físico é uma pessoa igual a outra qualquer, capaz das mais variadas tarefas no dia-a-dia, etc.
Perfeito.
Porém, quanto mais o filme avança, mais vão ficando claras a ira e a revolta que moram dentro de vários daqueles atletas.
Um deles é extremamente cruel com o próprio filho.
Outro não aceita sua condição.
Outro usa o jogo como uma verdadeira arma.
Enfim, as competições de Quad-Rugby assumem pouco a pouco as proporções de um microcosmo da própria identidade norte-americana: bélica por natureza.
Guerreira, no péssimo sentido da palavra.
Filmado em ginásios norte-americanos e nas recentes Paraolimpíadas de Atenas, Murderball – Paixão e Glória fala destes homens que, seja por acidente de carro, briga, tiro ou doença, foram forçados a viver presos a uma cadeira de rodas.
Mas não perderam suas características essenciais por isso.
Para o bem e para o mal.
O filme foi indicado ao Oscar de Melhor Documentário de 2005, ganhou prêmios do público e Especial do Júri no Sundance Film Festival, além de outras premiações em Seattle e Londres.
Tecnologia digital deve ficar mais humana
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Por Rafael Cabral
São Paulo, 02 (AE) - 147.456 processadores, 143 terabytes de memória, 6.675 toneladas de aparelhos de ar condicionado, milhões de watts de energia elétrica e quase 4 mil metros quadrados de área. É esse o tamanho do maior cérebro artificial do mundo, construído no laboratório de inovação IBM, na Califórnia.
Os números podem impressionar, mas o Blue Gene/P consegue simular apenas o cérebro de um gato (e, ainda assim, de forma simplificada). Os robôs ainda passam longe da mente humana: o supercomputador não consegue imitar nem 1% dela. É, robôs ainda têm um bocado para aprender.
A maior dificuldade em um projeto de engenharia reversa do córtex é também a mais óbvia: como reconstruir algo que não sabemos ao certo como funciona? Fundindo as máquinas mais velozes do mundo à nanotecnologia e à neurociência, as simulações, hoje, não passam de aproximações. Rascunhos que, como no tal cérebro mecânico do gato, ignoram estruturas e conexões do órgão real.
"A capacidade computacional da mente é absurda. Por isso, criamos um modelo para tentar entendê-la", defende-se o cientista indiano Dharmendra Modha, chefe do setor de computação cognitiva da IBM e criador do projeto. Para ele, "o cérebro é um paradigma", pois "consegue sentir, perceber, interagir, lidar com ambiguidade e entender contextos" e, mesmo assim, "usar menos energia do que uma lâmpada e ocupar um espaço mínimo".
TECNOLOGIA COMO CIÊNCIA
Impensável antes da descoberta da estrutura do DNA, em 1953, a compreensão da mente em termos biológicos é o principal desafio da ciência do século 21. É a possibilidade de entender, finalmente, os caminhos da aprendizagem, da percepção, das lembranças e da consciência, e também a fronteira do livre-arbítrio (afinal, a mente também tem lá seus limites).
Mas e a meta da tecnologia, qual é? Ao que tudo indica, é tentar seguir esses mesmos passos. Mesmo com poder de arquivamento enorme, as máquinas ainda são incapazes de fazer o feijão-com-arroz da mente: pensar, sentir, adaptar-se.
"Não há máquina que tenha visão crítica e ativa da realidade, que generalize e entenda contextos. A nova computação deve evoluir imitando o cérebro", decreta Miguel Nicolelis, chefe do setor de neurociência da Universidade de Duke. O futuro da tecnologia artificial é se tornar um pouco mais humana.
HOMEM-ROBÔ
Se você pensou em um ciborgue retrô da ficção científica, tão dominado pela tecnologia que perdeu a humanidade, esqueça-o. As interfaces homem-robô há tempos já saíram da imaginação dos escritores para entrar na realidade de pesquisadores.
Os projetos são inúmeros e promissores. Vão de ideias úteis, como uma cadeira de rodas que permite que pessoas paralisadas a controlem apenas com o pensamento, da Toyota, até aparentes besteiras, como um capacete que transforma impulsos cerebrais em tweets (apenas aparente, porque pode significar um avanço para pessoas paralisadas com atividade mental perfeita).
O próprio Miguel Nicolelis confia na integração mente-máquina para seu projeto mais ambicioso: levar impulsos cerebrais de quadriplégicos a uma estrutura robótica e devolver-lhes o movimento.
Até o consumo deve ser afetado, como mostra uma pesquisa do Intel Labs, de Pittsburgh, que tem o objetivo de "ensinar as máquinas a entender um algoritmo daquilo que pensamos", nas palavras do cientista Dean Pomerleau, cabeça do projeto. A intenção é que, a partir disso, sejam desenvolvidas "interfaces mais ricas que as de hoje", que seriam controladas sem dispositivos.
Aposentar controle remoto, mouse e teclado, além de dar uma esperança para quem perdeu os movimentos, são só algumas das promessas dessa área que não sabe mais se é ciência ou tecnologia (e nem precisa mais).
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