VEJAM MAIS SOBRE A ATIVIDADE LÚDICA NO AUTISMO INFANTIL EM: http://www.pucsp.br/revistadisturbios/artigos/Artigo_490.pdf
Resumo
Introdução: a análise do brincar é um instrumento diagnóstico fundamental na infância.
Diversos estudos têm hipotetizado que o comprometimento do desenvolvimento de linguagem da criança autista poderia ser explicado por falhas na imaginação e na capacidade simbólica.
Sendo assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a atividade lúdica de portadores de autismo infantil. Material e método: a amostra constituiu-se de 11 crianças autistas, de 3 a 6 anos, de ambos os sexos. Utilizamos os critérios propostos por Wetherby e Prutting (1984) e comparamos o desempenho lúdico em duas situações de observação distintas: livre e dirigida. Resultados: verificamos 91,67% de uso do critério sensório-motor,nas duas situações investigadas.
Houve diferença estatisticamente significante, com melhor desempenho em situação dirigida, nos critérios agrupamento, formação de conjunto, funcionalidade e jogo compartilhado.
Obtivemos 0% de uso do critério jogo simbólico, em ambas as situações. Conclusões: o procedimento adotado permitiu descrever a atividade lúdica do grupo de crianças com autismo, como caracteristicamente sensório-motora. No entanto, também se observou que a mediação do adultoavaliador,por meio de modelo e incentivo, levou a criança a explorar novas formas de brincar. Essas descrições sugerem que a análise do jogo da criança portadora de autismo, com participação ativa do profissional, pode levar à descrição de seu modo e prognóstico da comunicação.
Introdução
As características de comunicação das crianças com autismo vêm sendo estudadas desde Kanner (1943), em seus meios de expressão e de recepção
tanto verbal, quanto não-verbal.
Autores como Wetherby e Prutting (1984);Tamanaha e Scheuer (1995); Tamanaha (2000);
Fernandes (2000); Charman et al. (2003), Jarrold (2003), Holguín (2003); Lewis (2003), Morgan, Maybery e Durkin (2003), Perissinoto (2003); Schuler (2003); Barrett, Prior e Manjiviona (2004) detiveram-se na descrição das peculiaridades da
linguagem dessas crianças e hipotetizaram que o comprometimento em seu desenvolvimento da linguagem poderia ser explicado por falhas na imaginação
e na capacidade simbólica.
Tanto na classificação de doenças proposta pela Organização Mundial de Saúde, o CID 10 (1998),quanto no manu al diagnóstico da American Psychiatric Association, DSM IV tr (2001), observa-se a atenção dada à análise das alterações ou ausência do jogo e da atividade imaginativa, como critérios diagnósticos fundamentais para o autismo
infantil.
Baron Cohen, Leslie e Frith (1985) enfatizaram
a relação entre os prejuízos sociais e de comunicação
e as falhas cognitivas presentes em portadores
de autismo infantil. Esses indivíduos demonstram
dificuldade acentuada na capacidade simbólica,
o que os impede de estabelecer habilidades de
reciprocidade social.
Acreditando que na construção da linguagem
a capacidade de representação mental é fundamental,
sendo essencial até mesmo para a aquisição da
palavra, este estudo teve como objetivo avaliar a
atividade lúdica de crianças portadoras de autismo
infantil.
Partindo da hipótese de que a criança com autismo,sob o olhar da abordagem cognitivista, tem características peculiares na atividade lúdica e que
estas podem ser identificadas, buscamos comparar o desempenho lúdico em duas situações de observação distintas: livre e dirigida, a fim de delinearmos as diferenças existentes quando da ausência ou presença do adulto como tutor das
explorações lúdicas compartilhadas.
Blog do Prof de Ed. Física MSc SERGIO CASTRO,da Pós Graduação em Educação Especial e Tecnologia Assistiva da Universidade Cândido Mendes(AVM) ;Ex-professor da Universidade Estácio de Sá e Ex-Coordenador de Esportes para Pessoas com Deficiências (PcD) do Projeto RIO 2016 da SEEL RJ ,destinado a fornecer informações sobre pessoas com deficiência(PcD) e com Necessidades Educativas Especiais(PNEE), bem como a pessoas interessadas nesta área ( estudantes, pais, parentes, amigos e pesquisadores)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Oi Querido Professor, Estava eu numa busca frenética pesquisando como poderia melhorar meu trabalho com meus alunos autistas .. eis que encontro esse BLOG do meu queido professor Sérgio! Que saudade! Pois é estou trabalhando numa escola com inclusão e estou adentrando nesse mundo tão fascinante de material rico para nosso aprendizado.. sim digo nosso porque na verdade nós aprendemos mais do que ensinamos não é verdade! Obrigada por esse BLOG pois ele é mais uma ferramenta onde eu irei recorrer e aproveito para matar a saudade! Grande bj Geórgia
meu e-mail é georgialym@hotmail.com
Postar um comentário