DOMINGO, 1 DE AGOSTO DE 2010
Audiodescrição é destaque do Jornal Nacional
Sessão de cinema para cegos mexe com a imaginação dos que não podem enxergar
O roteiro da vida de quem perdeu a visão pode ser muito rico em experiências e emoções.
Alguns brasileiros viveram neste sábado uma experiência rara. Uma sessão de cinema capaz de levar todo o encanto de uma história para quem não consegue enxergar.
Desperta sensações, provoca a imaginação e faz o espectador mergulhar num universo de sonhos como mostra a repórter Graziela Azevedo.
O roteiro da vida de quem perdeu a visão pode ser muito rico em experiências e emoções.
“Eu fiz o magistério, psicologia e faço pós-graduação em psicanálise”, conta a professora Regina Célia.
E eles querem sempre mais, novas oportunidades e experiências.
“Meu sonho é entrar no cinema como você. Assistir e entender”, diz Abrão André.
Mas hoje a pipoca estava garantida e a compreensão do filme também. Num tipo de sessão ainda rara no Brasil o filme ganhou o recurso da audiodescrição.
Para dar a quem não enxerga a oportunidade de viver a experiência de um filme é preciso escrever mais um roteiro para a mesma história, um trabalho profissional capaz de ampliar ainda mais a grandeza do cinema.
“A descrição tem que ser feita inserida entre os diálogos para não sobrepor. A gente faz um estudo e monta um roteiro de audiodescrição. A gente tem que dar a descrição física dos personagens, o cenário, se é dia, se é noite”, conta Livia Mota.
E assim com tanta riqueza a ansiedade para conhecer a história de Chico Xavier era enorme.
E quando as luzes se apagaram a mágica aconteceu. A bela história de Chico Xavier, cheia de lutas, superações e amor estava toda lá. Cada um a seu modo, todos puderam ver.
“A gente vai completando na mente da gente, a imagem com o som”, diz uma mulher.
“A gente cria a nossa imagem. A gente cria o momento e completa o aproveitamento total”, conta um homem.
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