domingo, 22 de agosto de 2010

Para-olimpíadas do conhecimento S E N A I

Para-olimpíadas do conhecimento

ESPECIAIS DISPUTAM PARAOLIMPÍADA

A olimpíada do conhecimento 2004 incluiu, pela primeira vez, a participação de portadores de necessidades especiais, numa disputa batizada de paraolimpíada. Participaram da competição 20 alunos do SENAI de Minas Gerais em três categorias de ocupação.Foram vencedores Heverton Eustáquio de Freitas, na categoria Ajustagem Mecânica;alunos portadores de necessidades especiais em uma cozinha industrial fazendo pães.NA BOCA DO FORNO: alunos portadores de necessidades especiais mostram suas habilidadesMarcelo dos Santos Figueiredo, em Eletricidade de Autos; e Raquel Tibúrcio Rosa, em Confecção Industrial. Eles receberam medalhas e vagas em cursos oferecidos pela instituição.
A disputa poderá ser incorporada definitivamente nas novas competições. "Queremos mostrar aos empresários que os portadores de necessidades especiais têm grande potencial e são muito capazes", afirma a gestora nacional do Programa de Ações Inclusivas do SENAI, Loni Mânica.


(fonte: Encarte especial da Revista da Indústria Brasileira Nº 43 - Olimpíada do Conhecimento 2004)

TALENTOS ESPECIAIS

Gleison Fernandes de Faria, ao seu lado o professor Martins, diretor-geral do SENAI Nacional e Loni 
     Mânica, gestora do programa SENAI de Ações Inclusivas
Os 20 alunos portadores de necessidades especiais (PNE) do SENAI-MG que disputaram a Paraolimpíada chamaram a atenção pela habilidade e eficiência na execução das provas, reforçando o objetivo da iniciativa de apresentar modalidades que poderão ser incluídas como novas ocupações nas próximas competições. Renato Carlos dos Santos, de 27 anos, não tem audição e, por essa razão, até os 25 anos dependeu financeiramente de seus pais. Hoje, Renato é mecânico da Bosch, em Curitiba, e sustenta sua família. 

Gleison Fernandes de Faria (na foto com Loni Mânica, gestora do programa SENAI de Ações Inclusivas e o professor Martins, diretor-geral do SENAI Nacional) tem paralisia cerebral, mas é aluno do sétimo período de Ciências da Computação. Ele é criador do site www.gleisinho.palestras.nom.br e seu trabalho foi uma das atrações do estande do Programa, no Expominas.
Os ganhadores da medalha de ouro da Paraolimpíada foram:
  • Heverton Eustáquio de Freitas, em Mecânica Geral - Ajustagem;
  • Marcelo dos Santos Figueiredo, em Mecânica de Automóvel;
  • Raquel Tibúrcio Rosa, em Confecção de Roupas.
(fonte: SENAI Brasil - Ano 13 - Agosto de 2004 - Nº 76)

A VITÓRIA DA DETERMINAÇÃO

Gleison Fernandes Farias, tem 23 anos e cursa o sétimo período do curso de Ciências da Computação na Universidade de Itaúna, nas proximidades de Belo Horizonte. É portador de necessidades especiais.
Gleison Fernandes de Faria utilizando o computadorGLEISON FERNANDES FARIA: domínio completo do computador a partir da invenção do "capacete de ET"
A mãe foi vitima de pré-eclâmpsia e Gleison nasceu com paralisa cerebral atetóide que comprometeu suas funções motoras, mas as funções cognitivas foram preservadas. Quando terminou o ensino médio, matriculou-se no curso de aperfeiçoamento na área de informática do SENAI/CEFET e, um ano depois, prestou vestibular. "Descobri no curso de aperfeiçoamento em eletrônica o meu gosto pela informática. Tive a chance e soube aproveita-la", contou.
No SENAI, estimulado por seus instrutores, inventou um aparelho que batizou de 'capacete de ET', que lhe permite utilizar computadores.Colado à testa, o aparelho conecta Gleison ao mundo .Foram as noções aprendidas no SENAI que lhe permitiram tal façanha, ele reconhece. "Uma das coisas de que me orgulho é ser uma pessoa ambiciosa, que vai em busca da concretização de seus sonhos ,querendo sempre algo a mais e que nunca desiste ao se deparar com grandes obstáculos em seu caminho.Com isso, sou uma pessoa felicíssima que já enfrentou varias dificuldades , ultrapassou muitas barreiras, sofreu muitas humilhações e criticas, mas que hoje, graças a Deus, está realizando um dos seus maiores sonhos".
Gleison lembra que, quando se formou no ensino médio, seu principal objetivo era prestar vestibular para Ciências da Computação. "Sou apaixonado por informática desde criança", confessa. "Como não tenho condições financeiras de custear as mensalidades, possuo bolsa integral graças ao apoio de um ex-professor do curso e também de outras pessoas".
(fonte: Encarte especial da Revista da Indústria Brasileira Nº 43 - Olimpíada do Conhecimento 2004)

PARTICIPAÇÃO DO PSAI NA III OLIMPÍADA DO CONHECIMENTO

A Olimpíada do Conhecimento é um dos maiores eventos de Educação Profissional do mundo. Ele sempre ocorre nos anos pares, quando são reunidos alunos escolhidos pelos 27 Estados e pelo Distrito Federal para participarem de uma competição denominada Olimpíada do Conhecimento.
Na última, realizada em Minas Gerais, competiram em torno de 400 alunos em 34 modalidades (profissões). Os alunos foram submetidos a provas com duração de mais ou menos 22 horas, em que eram avaliados o planejamento, a execução e o produto em cada uma das modalidades. Dentre os alunos participantes, em uma experiência pioneira e de caráter experimental e ousado, o SENAI, à frente de mais uma atitude inclusiva e de vanguarda, incluiu 20 pessoas com necessidades especiais para que competissem usando os mesmos recursos e infra-estrutura disponibilizados para todos os alunos nas modalidades de Mecânica Geral, Confecção de Roupas e Automobilística. A única diferença se relacionava à prova, haja vista que os alunos PNEs realizaram a sua qualificação em tempo menor que os outros alunos, implicando provas com menor grau de dificuldade.
Além da participação de PNEs na competição, o SENAI montou um estande, onde pessoas com necessidades especiais demonstravam suas qualidades em Panificação e Confeitaria (deficiente mental leve),- demonstração da manutenção e configuração de micro através de movimento realizado com a cabeça, acionando o teclado com dispositivo acoplado a um capacete (tetraplégico), entre outras.
Foi a primeira experiência em incluir deficientes, e os resultados foram excepcionais, o que nos impulsiona a pensar maior, ou seja, a partir do próximo evento, ainda em caráter experimental, avançarmos no sentido de realizá-lo envolvendo pessoas com necessidades especiais de todo o País, não em todas modalidades, pois cada uma delas requer um pensar coletivo mais demorado, um planejamento a longo prazo, cursos organizados e bem desenvolvidos, infra-estrutura ampliada em função deste novo desafio. Iniciaremos sugerindo, para a inclusão na próxima Olimpíada, algumas modalidades, as quais serão apresentadas no item 9.1, a seguir.

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