domingo, 22 de agosto de 2010

NATAÇÃO PARAOLIMPICA - Medalhistas chegam ao Brasil

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Medalhistas chegam ao Brasil
Seleção de natação desembarca







       Foto: Marília França /CPB

O Brasil está entre as cinco potências mundiais da natação paraolímpica. Com 26 medalhas conquistadas no Mundial da modalidade, que ocorreu em Eindhoven, Holanda, nesta última semana, 22 atletas brasileiros desembarcaram no Aeroporto Internacional de Guarulhos, São Paulo, no fim da tarde deste domingo, 22 de agosto.

Com exceção de Andre Brasil e Daniel Dias, que chegarão ao país nesta quarta-feira, 25, todo o selecionado exibiu medalhas, sorrisos e dever de missão cumprida: a quinta colocação, meta traçada pelo Comitê Paraolímpico Brasileiro.


Com 14 ouros, sendo três pratas e nove bronzes, o país superou o desempenho do último Mundial,Durban, em 2006, quando conquistou também 26 medalhas mas dois ouros a menos.


Depois de sete dias intensos de competição, além de meses de preparação e 11 horas de vôo de Amsterdã a Guarulhos, o primeiro atleta a desembarcar foi Carlos Farremberg. Com um sorriso no rosto, o atleta confessou que o bronze conquistado foi suado.


"Foi sensacional. Consegui minha medalha no último dia, aos 45 minutos do segundo tempo. Estava meio engasgado, pois tinha batido na trave em muitas provas. Que gratificante", falou Farremberg, se referindo a prova dos 100m livre (S13).


"Deixei meu consultório por uma semana e fui para a Holanda torcer por ele.

 Quando vi todos aqueles atletas do leste europeu, que deram trabalho para ele em Pequim, gritei ‘bota para quebrar, amor’. E botou. Foi um dos meus momentos mais felizes", lembra a esposa de Carlos, Tatyana Braga.

A conquista no último instante não foi exclusiva de Farremberg. Também com semblante feliz, a baiana Verônica Almeida (S7) se sentiu aliviada com o bronze nos 50m borboleta, medalha também alcançada no último dia de provas.

"Nossa, que felicidade. Nem vi o resultado, pois foi decidido em centésimos de segundos. Ouvi os gritos dos brasileiros e fiquei feliz. Impressionante, a disputa foi igual a de Pequim, contra a mesma atleta alemã.

 Não tenho nem palavras para me expressar", conta Verônica, que estampa a medalha no peito prestes a embarcar para sua cidade, Salvador.


Aos poucos, outros atletas brasileiros invadiram o desembarque do aeroporto com paradas para fotos e elogios do público.

Ana Clara Cruz e Edênia Garcia nem aparentavam o cansaço de 11 horas de voo. Animadas com os resultados, as duas esbanjavam bom humor.


“A prata no 4x50 livre foi ótima, o bronze nos 50m livre também. Mas o ouro nos 50m costas foi demais. Já sonho com as Paraolimpíadas de Londres”, sorri Edênia.


Com experiência de cinco mundiais e cinco paraolimpíadas, o pernambucano Ivanildo Vasconcelos conta que o bronze nos 200 medley e o ouro no revezamento foram um incentivo para o experiente nadador, de 37 anos, continuar a sonhar com Londres."Estou entre os três melhores do mundo. Não tem nada mais motivador".



Também com experiência em mundiais e paraolimpíadas, o multicampeão Clodoaldo Silva vibrou ao apontar uma marca em sua carreira:


"Todos os mundiais que participei, ganhei medalha. Mas este é especial. Desde 2008, quando fui reclassificado, e logo em seguida sofri uma lesão nas costas que treinava para este mundial.

Vim com o objetivo de participar do máximo de provas possíveis. Conquistar o ouro no revezamento foi demais.

Isso é um recomeço para mim. Estou com mais confiança e já penso em Londres 2012, quando espero me aposentar", disse Clodoaldo.


Dono de uma das comemorações mais emocionantes do Mundial, Adriano Lima exibe a medalha de bronze e diz que em algumas horas a pequena Gabriela, sua filha de quatro anos, receberá a homenagem devida.
"Esse bronze e o meu choro foram para a minha família. Dedico todo o esforço e dedicação”, contou.


O Brasil igualou a quinta colocação de Durban 2006 com o mesmo número de medalhas, mas com dois ouros a mais, o que foi fundamental para superar a Austrália.

A disputa pelas primeiras posições do Mundial foi muito acirrada, com a Ucrânia levando a melhor no final, com 57 medalhas (21 de ouro, 20 de prata e 16 de bronze).

Os Estados Unidos ficaram em segundo, com as mesmas 57 medalhas, mas com um ouro a menos.

Rússia pegou o terceiro lugar, com 46 no geral e 19 ouros, com a Grã-Bretanha em quarto (52/16).


Por ser considerado o mundial mais técnico da história, o coordenador técnico da seleção brasileira de natação paraolímpica, Gustavo Abrantes, avalia que o desempenho brasileiro foi excelente.

"Além de conquistarmos dois ouros a mais do que em Durban, esse mundial foi importante porque vários atletas superaram as próprias marcas, o que dá bom prognóstico para Londres 2012 e para o Rio 2016.

 Estamos entre as principais potências do mundo,” disse Gustavo Abrantes, cansado após a puxada maratona de treinos e competições da seleção.


Os principais responsáveis pelo quinto lugar do Brasil, Daniel Dias e Andre Brasil não voltaram junto com o restante do grupo.

A dupla de ouro seguiu para Manchester, na Inglaterra, para o lançamento da parceria entre o CPB e a cidade inglesa, onde o Brasil fará sua aclimatação para as Paraolimpíadas de Londres.

 Daniel e Andre chegarão ao Brasil na quarta, 25, também no Aeroporto Internacional de Guarulhos às 5h30 da manhã.


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