sábado, 6 de julho de 2013

Técnico da Seleção explica convocação sem astros da bocha: 'Novas chances'


Publicado em 04 de julho de 2013 às 22h47 - Atualizado em 04.07.2013 às 10:53
Da reportagem

 Seleção de bocha em atuação durante competição de bocha, no primeiro semstre (Foto: Divulgação)
O técnico da Seleção Brasileira de Bocha, Darlan Ciesielski, explicou seus critérios para a convocação da Seleção, que vai disputar a Copa América, em Kansas, nos Estados Unidos. A lista teve a ausência de alguns grandes nomes da modalidade, como Dirceu Pinto e Eliseu dos Santos, mas segundo o treinador, o momento é para investir em novos atletas, que precisam subir no ranking mundial.
"A equipe que representará o Brasil em Kansas é, em grande parte, formada por atletas estreantes em competições internacionais.  Apenas dois nomes, já com experiência internacional, fazem parte do grupo, para motivar os novos participantes e contribuir para a classificação brasileira na competição. O objetivo é qualificar e aumentar a base de atletas brasileiros inseridos no ranking internacional, para ter mais opções de escolhas até 2016", disse o treinador, ao PARATLETA BRASIL.
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A convocação gerou reclamação por parte de alguns atletas que estavam na expectativa de compor a Seleção, mas perderam a vaga para outros, teoricamente, menos experientes. Até Eliseu e Dirceu, que são medalhistas de ouro nas Paralimpíadas de Londres, ficaram de fora.
Sobre Dirceu, o treinador lembrou de seu crescimento meteórico antes dos Jogos de Pequim, em 2008. Ele vinha tendo poucas oportunidades, chegou até a ser considerado inelegível, mas deu a volta por cima ao aproveitar a chance que teve. Para descobrir novos campeões, como Dirceu, Darlan decidiu abrir chance para novas promessas.
"Ele (Dirceu) ficou inelegível até 2005, aí voltou à Seleção em 2007, e, como 25º colocado do mundo, terminou em Pequim com duas medalhas de ouro. Quanto mais atletas com experiência internacional, o país tiver, melhor serão as chances de termos bons resultados em 2016 e mais qualidade nossos campeonatos nacionais terão, em virtude de um maior número de jogadores com este tipo de vivência".
Em contato recente com o PARATLETA BRASIL, Dirceu elogiou a decisão, ao lembrar que seu retorno à seleção, em 2007, foi em uma circunstância parecida, o que lhe rendeu grandes resultados em seguida. Ele até se mostrou chateado por ficar fora da Copa América, mas apoiou a decisão do treinador.
"Apoio 100% o que a Seleção está fazendo. Em 2007 eu estava fora por três anos, e, em uma destas renovações, me escolheram. Aí eu voltei e estou até hoje. Imagine se não houvesse essa política, como seria?", disse o campeão paraolímpico.

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