Invenções para deficientes rendem
prêmios a alunos do Sul de MG
Projetos foram desenvolvidos por estudantes de Santa Rita do Sapucaí.
Na última semana, inventos renderam oito prêmios nacionais.
Estudantes de Santa Rita do Sapucaí(MG), cidade conhecida por Vale da Eletrônica, usam a tecnologia a serviço da saúde e desenvolvem diversos aparelhos para auxiliar portadores de necessidades especiais. Além de ajudar pessoas, os projetos rendem vários prêmios aos jovens inventores. Só na última semana, alunos de um curso técnico conseguiram oito prêmios nacionais.
Em Santa Rita do Sapucaí, 18 empresas desenvolvem aparelhos na área de saúde. Só no Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), são 25 projetos.
Os alunos Filipe Loyola e Isabel Francine Mendes usaram a criatividade pra dar mais mobilidade a cadeirantes. Eles criaram um kit de motorização para cadeiras de rodas. Bateria, controle e motores foram importados da China e podem ser instalados em qualquer tipo de cadeira. Com o kit, a cadeira pode ser usada no modo motorizado e caso a bateria acabe, ou se o paciente quiser, ele pode ativar o modo manual.
Os alunos conquistaram o terceiro lugar em um prêmio concedido no país e organizado por uma multinacional. No total, 150 projetos concorreram. “A ideia era fazer um kit motorizado com baixo custo e que pudesse ser acoplado a qualquer cadeira de rodas”, afirma Isabel.
Na Escola Técnica de Eletrônica (ETE), estudantes com idades entre 15 e 18 anos desenvolveram um aparelho capaz de levantar um portador de deficiência física. Basta encaixar os pés e o peito e as rodas ajudam na locomoção. O grupo se inspirou na história do pai do colega Walef Carvalho, que é paraplégico. A ideia também foi premiada e rendeu a eles o segundo lugar na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia da Universidade de São Paulo.
“O nosso projeto ter sido premiado foi muito bom para nos mostrar que o nosso esforço valeu a pena. Sem contar que meu pai ficou muito orgulhoso”, diz Carvalho.
Na feira, o grupo empatou com os colegas da terceira série da ETE. O trio criou um dispositivo que simula os batimentos de um coração. O equipamento tem um banco de dados importado dos Estados Unidos.
Também na busca de aliar tecnologia na área de saúde, uma turma criou uma campainha para deficientes visuais e auditivos. “É um dispositivo luminoso, vibratório e sonoro que auxilia o deficiente dentro da residência”, explica Jaine Cássia Fonseca Amaral, que participou do projeto.
Os projetos da ETE concorreram com mais de 350 invenções de todo o país. O Vale da Eletrônica tem mais de 140 empresas, onde são fabricados mais de 13 mil produtos.
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