sexta-feira, 19 de abril de 2013

Esporte paraolímpico tem patrocinador principal superior aos clubes de futebol


Esporte paraolímpico tem patrocinador principal superior aos clubes de futebol

Publicada em 18/04/2013 13:56:14
Foto: Paratleta Brasil/Divulgação
Na semana passada, o Comitê Paralímpico Internacional firmou um patrocínio que dá uma média de 30 milhões por ano
O esporte paraolímpico conseguiu em 2013 um feito considerável, no que diz respeito a questões financeiras.
Na semana passada, o Comitê Paralímpico Internacional firmou um patrocínio com a Caixa no valor de R$ 120 milhões, pagos pelo próximos quatro anos, o que dá uma média de 30 milhões por ano. Até o fim de 2012, o Corinthians foi o único grande clube a atingir esse valor, mas não superá-lo.
"Creio que ainda há uma diferença em relação ao Corinthians que é favorável a nós. O nosso acordo é válido por quatro anos", diz o gerente de marketing do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Frederico Motta, ao Paratleta Brasil.
O fato é que o esporte paraolímpico vive fase de "vacas gordas" até, pelo menos, 2016. O bastante para que a receita com patrocínio master seja superior a dos clubes de elite do futebol brasileiro.
É verdade que, nos últimos anos, o esporte paraolímpico formou alguns ídolos, como Alan Fonteles, Daniel Dias e André Brasil, o que por sua vez, gerou maior visibilidade ao paradesporto nacional. Nada comparado ao futebol, mas o dirigente explica como foi possível atingir cifras tão altas.
"É o avanço de um relacionamento. Trabalhamos com a Caixa desde 2004, com o valor inicial de 1 milhão por ano. A parceria foi crescendo e parte desse valor nós gastamos com retorno de mídia. Trabalhamos para que o parceiro faça um investimento, não uma doação", diz Frederico, que fala parte das estratégias:
"Compramos o direito de grandes competições e montamos um esquema de produção. Convidamos grandes veículos, oferecemos pagamento de gastos de logística, e, se eles não gostarem, não têm prejuízo algum, mas geralmente eles gostam e há um retorno de mídia bem grande".
É verdade que o que se está em questão não é só retorno de mídia, mas também o surgimento de um novo segmento esportivo de sucesso no Brasil, com protagonistas que têm histórias de vidae de superação. A junção desses elementos ajudam o CPB a conseguir tantos recursos, que aproximam o país da meta de terminar os Jogos de 2016 com o quinto lugar geral.
"O brasileiro gosta muito de esporte, mas ele gosta de vencer, e o esporte paraolímpico é vencedor no Brasil. O tênis virou febre na época do Guga, depois parou, mas o esporte continua o mesmo. O esporte, mesmo o convencional, costuma trazer histórias de superação, que quem assiste acaba se identificando. No paraolímpico isso é mais comum".
Assim, até o fim de 2012, nenhum clube de futebol conseguiu um patrocínio principal maior que o do CPB. O Corinthians conseguiu os mesmos R$ 30 milhões, enquanto o São Paulo, com o segundo maior montante, ficou nos R$ 23 mi. 

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