Cuidados nos primeiros mil dias de vida podem evitar nanismo nutricional, afirma Unicef

De acordo com o relatório, 80% das 165 milhões de crianças no mundo que sofrem de nanismo vivem em 14 países, a maioria na África e na Ásia. A Índia apresenta a situação mais grave, seguida da Nigéria, do Paquistão e da Indonésia. Entre os dez primeiros estão ainda, Bangladesh, Etiópia, República Democrática do Congo, Filipinas e Tânzania.
O Unicef diz que Brasil está cumprindo com as Metas do Desenvolvimento do Milênio para combater a má nutrição, mas certamente o problema ocorre em bolsões de pobreza em áreas ou regiões localizadas, cuja população vive em condições de vulnerabilidade. “Embora os dados oficiais (IBGE) apontam que a estatura média dos brasileiros acompanha o padrão, especialistas defendem uma pesquisa ou investigação mais acurada sobre o problema”, diz Clóvis Boufleur, gestor de relações institucionais da Pastoral da Criança.
Pastoral da Criança no caminho certo
“O nanismo pode matar oportunidades na vida de uma criança e também para o desenvolvimento de um país”, afirma o diretor-executivo do Unicef, Antony Lake. O progresso obtido até agora no combate ao nanismo mostra que é possível vencer o problema.
A Pastoral da Criança “está no caminho certo”, segundo Clóvis Boufleur, ao lembrar as ações de saúde promovidas pela entidade e fundamentadas nas evidências científicas sobre a influência dos primeiros mil dias – a gestação e os dois primeiros anos de vida da criança (estudo intitulado Hipótese de Barker).
As consultas de pré-natal, a boa nutrição da gestante, preparação para o aleitamento materno, abstenção do fumo e de bebidas alcoólicas não são apenas importantes para o parto e o nascimento de um bebê com saúde. “São fundamentais para o desenvolvimento da criança e podem determinar uma vida adulta mais saudável”, destaca Clóvis Boufleur.
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