Diretor brasileiro levou "dança inclusiva" ao encerramento da Paraolimpíada
- Reprodução/BBCCompanhia de dança londrina Candoco conta com a participação de artistas deficientes físicos
Uma das atrações da cerimônia de encerramento dos Jogos Paraolímpicos de Londres, em 9 de setembro, será realizada pela Candoco, companhia de dança londrina que, sob a direção do brasileiro Pedro Machado, apresenta coreografias mesclando dançarinos com e sem deficiência.
A companhia prepara uma apresentação com 12 dançarinos para a cerimônia de encerramento. Um deles é Kimberly Harvey, britânica de 25 anos que, cadeirante, entrou no grupo juvenil da Candoco em 2001. Hoje é dançarina free-lancer e professora de dança.
A Candoco – abreviação de "Can Do Company" – foi criada há 20 anos, segundo Machado, com a ideia de "produzir uma mudança cultural" na forma como os espectadores e artistas encaram a arte e a deficiência.
A companhia ensaia ao lado de um centro de atividades para deficientes no norte de Londres. Há vinte anos, conta Machado, "percebeu-se que o centro só oferecia atividades competitivas (como basquete e natação) e segregadas (específicas para deficientes ou não). Decidiu-se criar oficinas de dança para oferecer uma atividade integrada e criativa."
Machado diz que "a dança está hoje mais democrática". "Vemos mais tipos de corpos dançando. Acho que a maioria das pessoas gosta de ver corpos diferentes no palco. Com isso, conseguimos um trabalho mais criativo, com uma estética considerada nova", explica o diretor.
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