Tecnologia muito distante do bolso
Feira de Reabilitação mostra equipamentos futuristas. Mas cadeirantes reclamam dos preços
Uma cadeira de rodas com suspensão eletrônica que encara qualquer terreno acidentado e calçadas esburacadas. Ou outra com amortecedor e controle remoto. Os produtos e as novas tecnologias, apresentadas na 12ª Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade, que terminou neste domingo no Centro de Convenções Imigrantes, Zona Sul, ainda são somente sonhos distantes do bolso da maioria dos brasileiros.
A primeira custa R$ 12 mil. A segunda chega a R$ 16 mil. As novidades atraem olhares, mas os preços deixaram muitos frequentadores assustados. “As cadeiras de roda melhores não saem por menos de R$ 6 mil. É um preço muito salgado”, disse Debora Rulaowski.
Fernando Arcebispo não tem as duas pernas e usa um skate velho para se locomover . “A gente vem aqui (feira), olha esse monte de cadeiras bonitas, equipamentos de primeira, mas depois sai daqui e tudo acaba. É meio um mundo de faz de conta”, diz.
Surdos/ A Prefeitura de São Paulo anunciou, na feira, a abertura de 50 postos para surdos e mudos na cidade. O objetivo é fazer os deficientes terem acesso a intérpretes da linguagem de sinais que os conduzam a espaços públicos onde não há quem saiba se comunicar em libras (língua brasileira de sinais). Assim, o governo municipal pretende facilitar a comunicação dos surdos e mudos. Apesar da promessa, o governo não divulgou datas nem os locais desses postos.
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