sexta-feira, 5 de abril de 2013

COL amplia acessibilidade para Pessoas com Deficiência na Jornada Mundial da Juventude

Posted: 04 Apr 2013 03:28 PM PDT

Diretores e representantes dos Setores do Comitê Organizador Local (COL) se reuniram nesta quarta-feira, 20, com representantes das áreas de Deficiência para ampliar as medidas de acessibilidade durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Em pauta estava os meios de comunicação oficiais, o acesso aos Atos Centrais, hospedagem e transporte.

De acordo com a diretora do Setor Hospedagem, Irmã Graça Maria, a pessoa com deficiência precisa deixar claro que deseja uma hospedagem diferenciada. Esta hospedagem é oferecida para o cadeirante e seu acompanhante e, nestes casos, a JMJ oferece transporte diferenciado para o peregrino participar dos Atos Centrais. Ainda segundo ela, a organização do evento entende que os grupos daqueles que não optam por essa opção vão prover o que é necessidade do cadeirante durante o evento.

A reunião tratou das diferentes realidades de cada deficiência. Todas as pessoas com deficiência serão tratados como peregrinos e serão alocados conforme o idioma do país de origem. No caso dos surdos, não haverá catequese diferenciada, já que é comum eles viajarem com intérpretes para fazer a tradução do que for dito. Os participantes da reunião entenderam que esta é a melhor medida para evitar a exclusão.

Durante todo o evento haverá voluntários que passarão por um treinamento para lidar com as questões específicas das pessoas com deficiência  No entanto, o diretor do Setor Voluntário, padre Ramon Nascimento, ressaltou que os voluntários não serão acompanhantes, mas auxiliarão pontualmente nas necessidades específicas. Em abril, mais de 200 voluntários passarão por um treinamento para trabalhar diretamente com eles.

César Bacchim, secretário nacional da Pastoral dos Surdos, avaliou que a preocupação do COL é sinal do amor e do zelo da Igreja com todos. “É importante a preocupação e o zelo e, sobretudo, é algo prático. Não é só você dizer que ama o cego, ama o surdo. Você ama o surdo concretamente colocando, por exemplo, um intérprete perto dele. E a Igreja está de parabéns porque está preocupada e tem que estar mesmo preocupando-se para que as pessoas possam participar de forma ativa, digna e respeitosa. Então acho que está de parabéns o COL, uma vez que está aberto a isso”, avaliou.

Daniele Menezes é deficiente visual. Ela foi peregrina na JMJ de Madri e nesta edição se inscreveu como voluntária. “Acho importante a questão de incluir as pessoas com deficiência  na JMJ aqui no Rio, assim como em Madri. Lá eu tive a alegria de participar. Não fui com um grupo específico de pessoas com deficiência visual. Fui com um grupo de amigos, mas vivenciei a JMJ como qualquer um, inclusa não só pelo grupo, mas pela JMJ em si. E tudo o que está sendo feito aqui é realizado com todo cuidado e carinho para que todos possam vivenciar a JMJ com toda sua amplitude. Afinal a Igreja é una e a unidade tem que prevalecer”, disse.

Fonte: Canção Nova Notícias
Posted: 04 Apr 2013 03:18 PM PDT
Portas automáticas que podem ser acionadas apertando um botão de fácil acesso melhora a qualidade de vida de pessoas com deficiências
Nos países industrializados, as populações em vias de envelhecer estão obrigando arquitetos, designers e urbanistas a levar em conta as necessidades dos idosos e portadores de deficiência.

Para cerca de 650 milhões de pessoas com deficiências em todo o mundo, uma moradia normal não é um abrigo seguro, mas uma armadilha de limites perigosos e ângulos que dificultam a locomoção. Construir edifícios e locais públicos sem esses obstáculos é um enorme desafio. A acessibilidade dos locais para pessoas com deficiência física, conhecida como design universal, é mais do que nunca uma prioridade premente devido ao envelhecimento das sociedades na Europa e na Ásia.

Já que muitos idosos atualmente desejam permanecer em suas casas e ‘envelhecer no seu lugar’, muitos edifícios privados requerem uma reforma total. As superfícies dos pisos de todos os aposentos, por exemplo, deveriam estar bem niveladas entre si para reduzir o risco de tropeços. Corredores e vãos de portas precisam ser largos o suficiente para as cadeiras de rodas, e as escadas deverão ser substituídas por rampas de inclinação suave. Banheiros e cozinhas para cadeirantes precisam ter interruptores de luz, maçanetas, puxadores e demais acessórios posicionados em uma altura adequada.

Numa casa-padrão, os cadeirantes frequentemente ficam entalados ao tentar executar as tarefas do dia a dia. Cozinhas que permitem a circulação e vãos livres embaixo do fogão e da pia podem ajudá-los a cozinhar e fazer a limpeza. Nos banheiros, as banheiras tradicionais – um obstáculo insuperável – podem ser substituídas por alternativas com perfil rebaixado ou sifão embutido no chão. Banheiras e vasos sanitários com sistemas de içamento e espaço para cadeiras de rodas oferecem soluções ainda mais convenientes.

A lista de deficiências é interminável, assim como a lista das características necessárias a uma vida com acessibilidade plena. Soluções de ‘tamanho único’ são impossíveis, pois cada uma das deficiências e sua severidade variam de pessoa para pessoa.

Pessoas com destreza manual reduzida podem viver de modo independente se as torneiras, maçanetas e demais itens forem de dimensões adequadas e fáceis de manusear, ou se forem controlados eletronicamente. Para pessoas com deficiências severas, computadores e sistemas de controle remoto podem ajustar iluminação, ventilação e outras funções de acordo com tempo, estação e preferência.

Fazer certo desde o começo
A fim de evitar reformas custosas, algumas autoridades governamentais e planejadores urbanos começaram a incorporar características similares nas novas construções, de modo que as casas não exijam modificações posteriores.

O governo japonês publicou suas diretrizes de projeto de moradias para uma sociedade em vias de envelhecer, recomendando que todas as novas moradias sejam projetadas com pisos nivelados, barras de apoio, portas e corredores mais largos. Esses itens são obrigatórios nos novos conjuntos residenciais, e os incorporadores que aplicarem essas diretrizes poderão se candidatar a empréstimos com juros mais baixos.

A Finlândia oferece subsídios similares para a construção de moradias novas e sem barreiras. Desde meados dos anos 1990, o bairro de Marjala, na cidade de Joensuu, foi desenvolvido com moradias, instalações compartilhadas, ruas, calçadas, praças e parques acessíveis a todos. Um canal multisserviço computadorizado mantém os moradores conectados com seus médicos. A comunidade oferece até oportunidades de trabalho em casa ou a distância para funcionários municipais.

A fim de capacitar as pessoas a se deslocar livremente além do seu bairro, a Finlândia foipioneira na implantação de um sistema de transporte por chamado, conhecido como DRTS (sigla em inglês para Demand Responsive Transportation System), que hoje é utilizado em mais da metade de todos os municípios finlandeses. Esse sistema público flexível combina táxis, ônibus e trens para prover transporte sob demandas para pessoas idosas e deficientes.

A Finlândia pode ser um exemplo de excelência, mas, com apenas cinco milhões de habitantes, isso não passa de uma gota no oceano. O desafio de verdade será atender os centenas de milhões de pessoas disfuncionais nos países em desenvolvimento que ainda não contam com o benefício de qualquer tipo de assistência.

Fonte: Allianz

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