O governo federal anuncia, nesta segunda-feira (27), mais R$ 60 milhões de um total de R$ 150 milhões da linha de crédito subsidiado para as empresas brasileiras interessadas no desenvolvimento de tecnologias e de produtos destinados a pessoas portadoras de deficiência, um público estimado em 45 milhões de habitantes, segundo o último Censo.
Dos R$ 150 milhões, R$ 90 milhões já foram disponibilizados. No entanto, somente oito das 2130 empresas que se candidataram tiveram seus projetos de inovação tecnológica assistida aprovados. Segundo o ministério, as outras propostas não atenderem os pré-requisitos exigidos.
Estímulo ao desenvolvimento de tecnologias específicas
Hoje, a grande maioria dos produtos é importada, porque as pequenas e médias empresas brasileiras não têm recursos para a pesquisa, uma vez que a produção de bens para as pessoas deficientes demanda tempo e desenvolvimento de tecnologias específicas, circunstâncias incompatíveis com a visão empresarial do retorno imediato para o capital investido, adianta o secretário Eliezer Moreira Pacheco.
Atualmente, as empresas do setor produzem apenas cadeiras de rodas, muletas e próteses. Por essa razão, os investimentos de R$ 60 milhões anunciados nesta segunda-feira não precisarão ser reembolsados pelas empresas beneficiados, mas elas terão de se comprometer a prestar contas sobre o desenvolvimento do projeto e da aplicação dos recursos que receberam.
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