Blog do Prof de Ed. Física MSc SERGIO CASTRO,da Pós Graduação em Educação Especial e Tecnologia Assistiva da Universidade Cândido Mendes(AVM) ;Ex-professor da Universidade Estácio de Sá e Ex-Coordenador de Esportes para Pessoas com Deficiências (PcD) do Projeto RIO 2016 da SEEL RJ ,destinado a fornecer informações sobre pessoas com deficiência(PcD) e com Necessidades Educativas Especiais(PNEE), bem como a pessoas interessadas nesta área ( estudantes, pais, parentes, amigos e pesquisadores)
terça-feira, 31 de agosto de 2010
SAÚDE EM FORMA
FITNESS & WELLNESS
Por Caio Vicentini
26/08/2010 - 10h20m
SAÚDE EM FORMA
A atividade física e sua importância
Por Caio Vicentini
Prezados leitores, é com imenso prazer que estreio nessa coluna dando dicas de saúde para vocês. Minha formação em Educação Física e Fisioterapia me permitem de uma maneira ou de outra informar a vocês conteúdos importantes relacionados a essas áreas. Hoje falarei sobre a importância da atividade física em um contexto generalizado.
Se formos estudar o passado das atividades humanas e sua evolução em geral, podemos observar que a atividade física também está inserida. Na Pré-história, o homem necessitava de aptidões como força e velocidade para a sobrevivência. Na Antiguidade, os gregos visavam o desenvolvimento físico e moral. Nesse período, a educação física visava o aspecto somático, a harmonia de formas e a musculatura saliente, sem exageros, de onde surgiram os atletas de porte esbelto. Em seguida, os romanos, que dominaram a Grécia, usufruíram da educação física herdada dos gregos para a preparação de soldados.
Hoje em dia é muito comentada a importância da atividade física de um modo geral para todos. Para o idoso, para a criança, para as mulheres e homens trabalhadores, deficientes físicos e mentais.
Inúmeros estudos estão aí para nos mostrar os benefícios. Entre eles, Matsudo & Matsudo (2000) afirmam que os principais benefícios à saúde advinda da prática de atividade física referem-se aos aspectos antropométricos, neuromusculares, metabólicos e psicológicos. Os efeitos metabólicos apontados pelos autores são o aumento do volume sistólico, da potência aeróbica e da ventilação pulmonar, a melhora do perfil lipídico, a diminuição da pressão arterial, a melhora da sensibilidade à insulina e a redução da frequência cardíaca em repouso e no trabalho submáximo. Com relação aos efeitos antropométricos e neuromusculares, ocorre, segundo os autores, a diminuição da gordura corporal e o incremento da força, da massa muscular, da densidade óssea e da flexibilidade.
Além disso, os benefícios psicológicos que a atividade física promove são de grande valia para o bem-estar do ser humano, tais como: melhora da autoestima, do autoconceito, da imagem corporal, das funções cognitivas e de socialização, e a diminuição do estresse, da ansiedade e do consumo de medicamentos.
Gostaria de lembrar que cada indivíduo, como o nome já diz, tem a sua individualidade biológica, ou seja, tem a sua particularidade na resposta fisiológica ao exercício. E para isso existe a figura do profissional de Educação Física, que é o responsável pela elaboração do programa de treinamento. É ele quem fará que os resultados para o seu objetivo sejam alcançados. Para isso não inicie uma atividade física sem antes consultar um médico e em seguida um profissional.
NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS ( NEE)
VEJAM TUDO NO EXCELENTE SITE : http://www.bancodeescola.com/verbete4.htm
Elizabet Dias de Sá.
Especialização em Psicologia Educacional pela PUC/MG.
O contexto das definições.
A expressão necessidades especiais tornou-se bastante conhecida no meio acadêmico, no sistema escolar, nos discursos oficiais e mesmo no senso comum. Surgiu da intenção de atenuar ou neutralizar a acepção negativa da terminologia adotada para distinguir os indivíduos em suas singularidades por apresentarem limitações físicas, motoras, sensoriais, cognitivas, lingüísticas ou ainda síndromes variadas, altas habilidades, condutas desviantes etc. Tal denominação foi rapidamente difundida e assimilada, talvez, pela amplitude e abrangência de sua aplicabilidade. Nessa perspectiva, podemos dizer que indivíduos cegos apresentam necessidades consideradas especiais, porque a maioria das pessoas não necessitam dos recursos e ferramentas por eles utilizados para ter acesso à leitura, à escrita e para se deslocar de um lado para outro, em sua rotina. Essas pessoas necessitam, por exemplo, do sistema braille, de livros sonoros, de ledores, de softwares com síntese de voz, de bengalas, cães-guia ou guias humanos. O mesmo raciocínio se aplica às pessoas que necessitam de muletas, cadeiras de rodas ou andadores para sua locomoção. Da mesma forma, os surdos valem-se da linguagem gestual e da experiência visual em sua comunicação. Existem também aqueles que necessitam de cuidados especiais para a alimentação, o vestuário, a higiene pessoal e outros hábitos ou atividades rotineiras. Em tais casos, essas pessoas necessitam desenvolver habilidades, funções e aprendizados específicos. Algumas dessas necessidades podem ser temporárias ou permanentes, dependendo da situação ou das circunstâncias das quais se originam. A literatura especializada a este respeito, particularmente representada pelos estudos de TELFORD & SAWREY (1978), é ilustrativa do longo e enviesado caminho percorrido para se chegar a uma conceituação que fosse mais precisa, científica e qualitativamente aceitável. Para esses teóricos: "A tendência atual é empregar termos menos estigmatizantes, mais gentis e menos carregados emocionalmente, em substituição aos mais antigos, que adquiriram conotações de desamparo e desesperança. (...) Embora a redenominação de antigas categorias reflita em parte as concepções cambiantes e a maior precisão na definição e classificação, ela é antes um reflexo de nossa ênfase cultural na crença democrática de que todas as pessoas nascem iguais e de nossa tentativa de evitar as conotações de inferioridade intrínseca que eventualmente se acrescentam aos termos empregados com referência a grupos de pessoas percebidas como deficientes. Embora os rótulos sejam necessários para alguns fins, há uma tendência a utilizá-los tão pouco quanto possível, em vista dos estigmas associados a muitos deles (...)." (ROSSMAN, 1973). "É paradoxal que, quanto mais aprendemos acerca das pessoas excepcionais, menos confiantes nos tornamos quanto a nossa capacidade de classificá-las de maneira útil.." (BOGDAN e TAYLOR, 1976). Esses estudos representam uma contraposição à arbitrariedade e ao cunho preconceituoso e depreciativo que impregnavam a terminologia circulante entre pais, especialistas e o público em geral com referência às limitações física, motora, sensorial, cognitiva, às diferentes sídromes ou ao sofrimento mental. Tais proposições revelam uma mesma tendência, isto é, a preocupação em explicitar por meio de palavras ou expressões politicamente corretas, as virtudes e intenções de paradigmas ou concepções vigentes no decorrer das últimas décadas. Note-se que a conclusão apontada pelos autores sugere um movimento dinâmico, pouco satisfatório e, por isso, sujeito a incessantes indagações. Assim, as manifestações de certas características, peculiaridades ou diferenças individuais inspiraram a denominação corrente de pessoas com necessidades especiais para designar o que antes era concebido como grupos ou categorias de indivíduos excepcionais. Nesse contexto, a expressão alunos ou crianças excepcionais foi substituída por crianças, jovens e adultos com necessidades educacionais especiais e ratificada internacionalmente na Declaração de Salamanca (ver verbete Escola Inclusiva) . No Brasil, em 1986, o MEC já adotava tal designação que passou a figurar como portadores de necessidades educacionais especiais-PNEE na Política Nacional de Educação Especial (SEESP/MEC/1994), na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN, Lei n. 9.394/96) e, finalmente, nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a educação especial (MEC/2001). Portanto, a nomenclatura está oficialmente consagrada até que seja destituída pela hegemonia de uma nova concepção.
QUANTAS PESSOAS TÊM DEFICIÊNCIA?
Escrito por Romeu Kazumi Sassaki
Quantas pessoas têm deficiência?
Consultor de reabilitação e inclusão, 1998.
Introdução
Órgãos governamentais, instituições especializadas, associações, conselhos e coordenadorias referentes a pessoas com deficiência, cada um levado por um motivo diferente dos outros, têm feito esta pergunta com certa freqüência nos últimos 20 anos. Esses motivos estão ligados basicamente à necessidade de subsidiar planejamento de serviços e programas, fundamentar políticas públicas a serem defendidas ou criticadas em discursos e palestras, mencionar essa informação em livros, artigos e monografias sobre pessoas com deficiência e conscientizar determinados setores da sociedade.
A maioria das alusões ao número de pessoas com deficiência existentes em uma determinada cidade ou região cita a já conhecida estimativa de "10% (dez por cento) da população geral" ou então "uma em cada dez pessoas". E indica como fonte dessa estimativa a Organização Mundial de Saúde (OMS) ou a Organização das Nações Unidas (ONU), sem mencionar quando e onde ela foi publicada.
Neste artigo, apresento informações sobre diversas fontes que citam estimativas e estatísticas referentes ao número de pessoas com deficiência.
O primeiro de todos os estudos
A Rehabilitation lntemational - uma rede mundial de pessoas com deficiência, provedores de serviços e órgãos governamentais destinada a melhorar a qualidade de vida das pessoas com deficiência - realizou em 1969 uma análise completa sobre a incidência de deficiência no mundo. Foi nessa análise que se descobriu que "uma pessoa em cada I O" possuía algum tipo de deficiência. Posteriormente, a Rehabilitation lntemational efetuou projeções para outros anos sempre aplicando a mesma proporção. Assim, em 1980, teria havido no mundo 500 milhões de pessoas com deficiência. - "Disability and the developing world", in International Rehabilitation Revíew (2' trim. 1980, p. 4-5).
Os estudos posteriores
No início da década de 70, a Organização Mundial de Saúde realizou estudos que confirmaram a proporção encontrada pela Rehabilitati.on lntemational. Esses estudos e esse percentual foram publicados pela Organização Mundial de Saúde no Sexto Relatório sobre a Situação da Saúde no Mundo, abrangendo o período de 1973 a 1977. Levantamentos locais realizados por outras organizações também mostraram esse mesmo percentual, o que o tomou um dado confiável.
No citado relatório, a Organização Mundial de Saúde estimou que a população mundial pelo ano 2000 seria da ordem de seis bilhões de pessoas e que IO% desse total (ou seja, 600 milhões) seriam de pessoas com deficiência a menos que até lá sejam tomadas extensas medidas preventivas. - "Disability worldwide: A statistical picture", ín International Rehabilitation Review (I I trim. 1981, p. 8).
A partir de 1976, quando a ONU (pela resolução 31/123) já havia proclamado 1981 como o Ano Internacional das Pessoas Deficientes, o mundo começou a ouvir e ler informações massivas sobre o número estimativo de pessoas com deficiência bem como sobre seus direitos e aspirações. E foi extensamente divulgado que por volta de 1980 haveria 500 milhões de pessoas com deficiência no mundo já que àquela altura a população do planeta chegava a cinco bilhões de habitantes.
Um dos principais documentos responsáveis pela divulgação dessa estimativa foi a Carta para a Década de 80, aprovada no Congresso Mundial da Rehabilitation lnternational realizado em Winnipeg, Canadá, em 1980. A Carta foi traduzida para o português pela Comissão Estadual de Apoio e Estímulo ao Ano Internacional das Pessoas Deficientes, criada junto ao Governo do Estado de São Paulo em 1981 e amplamente distribuída no Brasil entre 1981 e 1985.
Ao longo da década de 80, alguns municípios (por exemplo, Bauru e Santo André, no Estado de São Paulo) realizaram pesquisas locais, de porta em porta, para saber exatamente quantas pessoas tinham qual tipo de deficiência. De um modo geral, os resultados estatísticos giravam em tomo dos 10%, confirmando a estimativa mundialmente aceita.
Diga-se de passagem que já houve pesquisas que indicaram uma porcentagem bem menor que IO% quando foram utilizados parâmetros restritos, tais como: âmbito apenas institucional, só deficiências mais severas, só determinados setores sociais (por exemplo, mercado de trabalho). Por outro lado, demonstrando que também pode haver um índice maior do que 10%, uma pesquisa realizada na Nova Zelândia em 1992-1993 e publicada pelo Ministério da Saúde em 1994 revela que naquele país a proporção de pessoas com deficiência é de "quatro em cada dez pessoas". O relatório, que traz vários dados estatísticos, foi intitulado Four in Ten: A Profile of New Zealanders (Quatro em Dez: Um Perfil dos Nova-zelandeses) e destinou-se a ser "utilizado como um recurso informativo sobre deficiências e doenças crônicas e alguns efeitos da deficiência na saúde e nos estilos de vida". - "New Zealand health survey profiles disability community in depth", in International Rehabilitation Review Gan./jun. 1995, p. 35).
Nos anos 90, em que o assunto "pessoas com deficiências" acabou ocupando os principais espaços da sociedade, o que ajudou a consolidar os direitos reconhecidos, a pergunta "Quantas pessoas têm deficiência?" tomou-se ainda mais importante dada a necessidade de se formular políticas sociais que verdadeiramente pudessem vir a atender este segmento social.
E a resposta a essa intrigante pergunta tem sido continuamente a mesma, ou seja, estima-se em 10% da população geral ou uma pessoa em cada 10, em qualquer parte do mundo, em tempos de paz. Esta porcentagem, então, poderá ser maior nas regiões em conflito armado e/ou afetadas por condições adversas como a miséria, a fome, as doenças incapacitantes e os desastres naturais.
Em 1985, um seleto grupo de peritos internacionais, reunido no evento Deficiência: Conceitos, Definições e Dados, concluiu que "para fins promocionais, a fórmula 'uma em dez' tem a vantagem de ser aceita amplamente e ela, embora evidentemente não seja correta para todas as comunidades, deve ser mantida como uma estimativa mundial até que uma figura mais efetiva se tome disponível." - "Workshop held on Disablement: Concepts, Definitions and DatW', in International Rehabilitation Review (2' trim. 1985, p. 3).
Hoje, no limiar do ano 2000, a fórmula dos 10% ainda é aceita mundialmente como o melhor referencial a ser utilizado para se implementar projetos e políticas destinados à equiparação de oportunidades para pessoas com deficiência.
A posição do UNICEF
O melhor exemplo de credibilidade que a fórmula dos 10% possui é o boletim One in Ten, que é publicado pelo Programa de Apoio Técnico da parceria UNICEF/Rehabilitation Intemational, programa cujo objetivo é o de prevenir deficiências da infância e ajudar crianças com deficiências. E o próprio nome do boletim é sintomático: Uma em Dez.
Numa de suas edições especiais, o boletim One in Ten informa que "a população de crianças com deficiências é hoje maior do que nunca. O número estimado é de 150 milhões e continua a acompanhar o crescimento da população geral e o aumento em termos de guerras e pobreza. Embora as deficiências ocorram em toda parte de qualquer sociedade, as crianças com deficiências estão distribuídas desigualmente no mundo: 80% delas vivem nos países mais pobres, cujos recursos de reabilitação física e social são os mais escassos. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, menos de 3% de adultos ou crianças com deficiências recebem algum tipo de reabilitação." - "The rights of children with disabilities: Child first, disabilities second", in One in Ten (vol. 14, 1995, p. 3-4).
No relatório final sobre a Década das Nações Unidas para Pessoas com Deficiência, publicado primorosamente com fotos, desenhos e textos expressivos, consta que, "nos anos 60 e 70, o UNICEF começou a procurar meios para a prevenção de deficiências e ajudar crianças deficientes sem retirá-las de suas comunidades e de seus lares. Um estudo especial conduzido pela Rehabilitation lntemational descobriu que pelo menos uma em cada 10 crianças nasce com ou adquire um impedimento físico, mental ou sensorial." (grifo meu) - "UNICEF: Childhood disability - Five decades of action", in The United Nations Decade of Disabled Persons 1983-1992: A decade of accomplishment (I 992, p. 58).
Ampla aceitação mundial da estimativa de 10%
A seguir, serão feitas transcrições de trechos de documentos internacionais que demonstram a aceitação da estimativa dos IO% que, na década de 80, correspondia a cerca de 500 milhões de pessoas com deficiência.
"Calculava-se que havia no mundo cerca de 500 milhões de pessoas deficientes, o que eqüivaleria a 10% de toda a população mundial." - "Signo de los tiempos: Todo empezó hace 16 aflos", Boletín sobre los Discapacitados (n I I, 1992, p. 3).
"Considera-se que entre 6 e 10% da população mundial (ou seja, ao redor de 500 milhões de pessoas) tinham uma ou mais deficiências. Aproximadamente 160 milhões delas são mulheres e 140 milhões são crianças." - "Tendencias ai aumento del número de personas com discapacidad", Boletín sobre los Discapacitados (n O 2, 1992, p. 3-4).
"Há a necessidade de se encetar esforços especiais para os países em desenvolvimento onde vive a maioria dos 500 milhões de pessoas com deficiência do mundo." - Vienna Affirtnative Action Plan (out. 198 I, p. I).
"Estou, portanto, confiante em que durante esta Década serão intensificados os esforços para a implementação do Programa Mundial de Ação Referente à Pessoa Deficiente, cujo propósito principal é o de cumprir os direitos de cerca de 500 milhões de pessoas deficientes no mundo inteiro, direitos esses de contribuir para o progresso econômico de seus países e de beneficiar-se do mesmo. Contudo, isto não pode ser conseguido a menos que a sociedade modifique sua atitude face às pessoas com deficiências." - Message of the Secretary-General Marking United Nations Decade of Disabled Persons 1983-1992 (l9 abr. 1983).
"A proclamação da Década das Nações Unidas para Pessoas com Deficiência é uma clara indicação da preocupação da comunidade internacional para com o destino dos 500 milhões de pessoas deficientes no mundo. As estatísticas indicam que uma em cada I O pessoas no mundo tem deficiência." - lntroductory Statement of the Assistant Secretary-General for Social Development and Humanitarian Affairs (I 9 abr. 1983).
"Mais de 500 milhões de pessoas (segundo a Organização Mundial de Saúde, 1980), ou 10% da população mundial total, tem algum tipo de deficiência. Na maioria dos países, pelo menos uma em cada 10 pessoas tem um impedimento físico, mental ou sensorial, e pelo menos 25% da população geral são adversamente atingidos pela presença das deficiências. Estes números mostram, com considerável eloqüência, o enorme tamanho do problema e, complementando seu alcance universal, enfatiza o bem conhecido impacto deste fenômeno sobre qualquer sociedade como um todo. Contudo, esta quantificação sozinha não constitui uma base suficiente para se avaliar a real gravidade do problema, pois muitas destas pessoas vivem em condições deploráveis, devido à presença de barreiras físicas e sociais que impedem sua integração e plena participação na comunidade. Como conseqüência, milhões de crianças e adultos em todo o mundo estão segregados e privados de quase todos os seus direitos e levam uma vida pobre, marginalizada." - "Hunian Rights and Dignity", relatório final da Sub-Comissão de Prevenção da Discriminação e Proteção das Minorias, da Comissão de Direitos Humanos da ONU (I 2 j ul. 9 I, p. I).
"(A Assembléia Geral da ONU) Profundamente preocupada que não menos do que 500 milhões de pessoas têm deficiência de um tipo ou de outro, dos quais estima-se que 400 milhões vivem em países em desenvolvimento." - The United Nations General Assembly Resolution 36/77 on the lntemational Year of Disabled Persons (8 dez. 1981); Resolution 37/52 (3 dez. 1982); Resolution 38/28 (22 nov. 1983).
Dados estatísticos da ONU sobre a deficiência
A questão de se saber quantas pessoas são deficientes, em cada cidade, país ou região global, sempre preocupou especialistas e autoridades no campo das deficiências. A ONU, através do seu Escritório Estatístico montado em Nova York, tem tomado iniciativas no sentido de reunir, processar, analisar e distribuir dados estatísticos gerais e específicos sobre a população de pessoas com deficiências. - Social Development: Questions Relating to the World Social Situation and to Youth, Ageing, Disabied Persons and the Family (I I set. 1992, p. 9 e 28).
Estudos realizados pela ONU no início da década de 80 "revelaram um tesouro de estatísticas nacionais sobre pessoas com deficiência que poderiam ajudar significativamente os planejadores e formuladores de políticas governamentais em sua preparação de programas voltados à deficiência. Até então, os dados disponíveis em vários países foram sub-utilizados como um meio para se desenvolver programas para pessoas com deficiência. De acordo com peritos que examinaram a disponibilidade dos dados, dois importantes problemas parecem ser a falta de coordenação entre coletadores de dados e planejadores e a falta de treinamento em como analisar os dados existentes." - "Disability statistics: A wealth of data awaits analysis", in International Rehabilitation Review (3' e 41 trim. 1984, p. 8).
Em 1988, o Escritório Estatístico da ONU finalmente conseguiu organizar e disponibilizar em disquetes um banco de dados contendo informações sobre fontes e disponibilidade de estatísticas sobre deficiências em 95 países e regiões globais, reunidas entre 1960 e 1986. O banco de dados, chamado DISTAT (Disability Statisties Database), "contém dois tipos de arquivos: arquivos de textos com uma descrição geral da metodologia utilizada para cada fonte de dados e arquivos de dados com informações estatísticas específicas relacionadas a características demográficas, sociais e econômicas e a status dos impedimentos e deficiências da população pesquisada." - "LJN Disability Database now available", in International Rehabilitation Review (dez. 1988, p. 4).
O banco de dados DISTAT serviu de referência para a publicação, em 1990, do documento Disability: Statistics Compendium (código E.9O.XVII.17) pelo Escritório Estatístico da ONU em parceria com o Fundo Voluntário da Década das Nações Unidas para Pessoas com Deficiência. O eixo conceitual desse documento foi elaborado conjuntamente pela ONU e pela Organização Mundial de Saúde. "0 compêndio contém dados nacionais sobre 12 aspectos, que incluem idade, sexo, local de residência, educação, atividade econômica e estado civil das pessoas com deficiência, além de informações sobre as características das residências, as causas da deficiência e as ajudas especiais utilizadas. Oferece também informação valiosa sobre as diversas metodologias para a produção de estatísticas sobre pessoas com deficiência". - "Compendio sobre Ia incapacidade, Boletín sobre los Discapacitados (n O 3, 1990, p. I O).
Aplicação da estimativa
No quadro abaixo, apresento o provável número de pessoas com deficiência existentes no Brasil e no Estado de São Paulo, aplicando-se a fórmula dos 10% e decompondo o total obtido pelos tipos de deficiência.
As porcentagens referentes aos tipos de deficiência foram divulgadas amplamente pela ONU antes e durante o Ano Internacional das Pessoas Deficientes (l981) e oficialmente adotadas pela Comissão Nacional do Ano Internacional das Pessoas Deficientes do Brasil.
NÚMERO ESTIMATIVO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
com base em índices recomendados pela Organização Mundial de Saúde (l 980-1 990)
%
BRASIL
ESTADO
DE SÃO PAULO
População geral 100
165.000.000
35.200.000
Pessoas com deficiência 10
16.500.000
3.520.000
® mental 5
8.250.000
1.760.000
® física 2
3.300.000
704.000
® auditiva 1,5
2.475.000
528.000
® múltipla 1
1.650.000
352.000
® visual 0,5
825.000
176.000
Preparado por Romeu Kazumi Sassaki (1998)
ROMEU KAZUMI SASSAKI
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Deficiência mental ou deficiência intelectual?
Deficiência mental ou deficiência intelectual?
Solucione sua dúvida e entenda a posição do Instituto Indianópolis
http://www.indianopolis.com.br/si/site/1163
À medida que o movimento inclusivo se espalha pelo mundo, palavras e conceituações mais apropriadas ao atual patamar de valorização dos seres humanos estão sendo incorporadas ao discurso dos ativistas de direitos, por exemplo, dos campos da deficiência e da saúde mental.
O termo que se adotou à utilização recente é deficiência intelectual, porém o Instituto Indianópolis mantém o termo deficiência mental em seu site e em sua comunicação, devido ao grande conhecimento e uso deste por parte da população.
Com o objetivo de auxiliar pais, profissionais e estudantes na área de deficiência mental e autismo, optamos por facilitar o encontro de informações na Internet. Desta forma, faz-se necessário utilizar a terminologia que tem um maior conhecimento.
O uso do termo deficiência mental é considerado correto no campo de deficiência. Apenas como outros termos da ciência são adaptados de acordo com as necessidades da sociedade.
Com a responsabilidade de fornecer informações corretas a todos os interessados no assunto Deficiência Mental/Intelectual, ressaltamos que a utilização da nova terminologia acompanhará as necessidades de nossos usuários. Desta forma, disponibilizamos este artigo com informações sobre a atualização semântica, para maior entendimento do processo de mudança.
Agradecemos a compreensão de todos.
Um abraço,
Coordenação do Instituto Indianópolis
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Artigo - Atualizações semânticas na inclusão de pessoas: deficiência mental ou intelectual?
Considere, em primeiro lugar, a questão do vocábulo deficiência. Sem dúvida alguma, a tradução correta das palavras (respectivamente, em inglês e espanhol) "disability" e “discapacidad" para o português falado e escrito no Brasil deve ser deficiência. Esta palavra permanece no universo vocabular tanto do movimento das pessoas com deficiência como dos campos da reabilitação e da educação. Trata-se de uma realidade terminológica histórica. Ela denota uma condição da pessoa resultante de um impedimento (“impairment”, em inglês). Exemplos de impedimento: lesão no aparelho visual ou auditivo, falta de uma parte do corpo, déficit intelectual. O termo “impairment” pode, então, ser traduzido como impedimento, limitação, perda ou anormalidade numa parte (isto é, estrutura) do corpo humano ou numa função (isto é, funções fisiológicas) do corpo, de acordo com a Classificação Internacional de Funcionalidade, Deficiência e Saúde (CIF), aprovada pela 54ª Assembléia da Organização Mundial da Saúde em 22 de maio de 2001. Segundo a CIF, as funções fisiológicas incluem funções mentais. O termo anormalidade é utilizado na CIF estritamente para se referir a uma variação significativa das normas estatísticas estabelecidas (isto é, como um desvio da média da população dentro de normas mensuradas) e ele deve ser utilizado somente neste sentido.
O conceito de deficiência não pode ser confundido com o de incapacidade, palavra que é uma tradução, também histórica, do termo "handicap". O conceito de incapacidade denota um estado negativo de funcionamento da pessoa, resultante do ambiente humano e físico inadequado ou inacessível, e não um tipo de condição. Exemplos: a incapacidade de uma pessoa cega para ler textos que não estejam em braile, a incapacidade de uma pessoa com baixa visão para ler textos impressos em letras miúdas, a incapacidade de uma pessoa em cadeira de rodas para subir degraus, a incapacidade de uma pessoa com deficiência mental/intelectual para entender explicações conceituais, a incapacidade de uma pessoa surda para captar ruídos e falas. Configura-se, assim, a situação de desvantagem imposta às pessoas COM deficiência através daqueles fatores ambientais que não constituem barreiras para as pessoas SEM deficiência.
Formalmente, devemos manter a palavra deficiência no singular. Por exemplo: pessoas com deficiência visual (e não pessoas com deficiências visuais). Outro exemplo: pessoas com deficiência intelectual (e não pessoas com deficiências intelectuais). É importante flexionarmos no singular ao nos referirmos à deficiência e/ou ao tipo de deficiência, independentemente de, no idioma inglês, ser utilizado o plural ("persons with disabilities", "persons with intellectual disabilities") ou o singular ("persons with a disability", "persons with an intellectual disability"). Assim, é incorreto escrevermos, por exemplo: "Fulano tem deficiências intelectuais", "Sicrano é uma pessoa com deficiências físicas", "Beltrano é um aluno com deficiências visuais".
Agora, um comentário sobre os vocábulos deficiência mental e deficiência intelectual. Ao longo da história, muitos conceitos existiram e a pessoa com esta deficiência já foi chamada, nos círculos acadêmicos, por vários nomes. Mas, atualmente, quanto ao nome da condição, há uma tendência mundial (brasileira também) de se usar o termo deficiência intelectual.
A primeira razão tem a ver com o fenômeno propriamente dito. Ou seja, é mais apropriado o termo intelectual por referir-se ao funcionamento do intelecto especificamente e não ao funcionamento da mente como um todo.
A segunda razão consiste em podermos melhor distinguir entre deficiência mental e doença mental, dois termos que têm gerado confusão há vários séculos. “O primeiro passo no estudo independente da condição da deficiência mental” ocorreu no início do século 19, quando se estabeleceu “a diferenciação entre a idiotia e a loucura”. Há cinco décadas, especialistas se preocupam em explicar a diferença que existe entre os fenômenos deficiência mental e doença mental, pois são termos parecidos, que muita gente pensa significarem a mesma coisa. Então, em boa hora, vamos separar os dois construtos científicos. Também no campo da saúde mental (área psiquiátrica), está ocorrendo uma mudança terminológica significativa, que substitui o termo doença mental por transtorno mental. Permanece, sim, o adjetivo mental (o que é correto), mas o grande avanço científico foi a mudança para transtorno. Em 2001, o Governo Federal brasileiro publicou uma “lei sobre os direitos das pessoas com transtorno mental” (Lei n. 10.216, de 6/4/01), na qual foi utilizada exclusivamente a expressão transtorno mental. Aqui também se aplica o critério do número: pessoa(s) com transtorno mental e não pessoa(s) com transtornos mentais, mesmo que existam várias formas de transtorno mental. Segundo especialistas, o transtorno mental pode ocorrer em 20% ou até 30% dos casos de deficiência mental/intelectual, configurando-se aqui um exemplo de deficiência múltipla.
Hoje em dia cada vez mais se está substituindo o adjetivo mental por intelectual. A Organização Pan-Americana da Saúde e a Organização Mundial da Saúde realizaram um evento (no qual o Brasil participou) em Montreal, Canadá, em outubro de 2004, evento esse que aprovou o documento DECLARAÇÃO DE MONTREAL SOBRE DEFICIÊNCIA INTELECTUAL. (Observe-se que o termo intelectual foi utilizado também em francês e inglês: Déclaration de Montreal sur la Déficiénce Intelectuelle, Montreal Declaration on Intellectual Disability).
A expressão deficiência intelectual foi oficialmente utilizada já em 1995, quando a Organização das Nações Unidas (juntamente com The National Institute of Child Health and Human Development, The Joseph P. Kennedy, Jr. Foundation, e The 1995 Special Olympics World Games) realizou em Nova York o simpósio chamado INTELLECTUAL DISABILITY: PROGRAMS, POLICIES, AND PLANNING FOR THE FUTURE (Deficiência Intelectual: Programas, Políticas e Planejamento para o Futuro).
A propósito, uma influente organização espanhola mudou seu nome, conforme notícia publicada em 2002: “Espanha - Resolução exige a substituição do termo deficiência mental por deficiência intelectual. A Confederação Espanhola para Pessoas com Deficiência Mental aprovou por unanimidade uma resolução substituindo a expressão “deficiência mental” por “deficiência intelectual”. Isto significa que agora a Confederação passa a ser chamada Confederação Espanhola para Pessoas com Deficiência Intelectual (Confederación Española de Organizaciones en favor de Personas con Discapacidad Intelectual). Esta organização aprovou também o novo Plano Estratégico de quatro anos para melhorar a qualidade de vida, o apoio institucional e os esforços de inclusão para pessoas com deficiência intelectual” (in Digital Disnnet Press Agency, Digital Solidarity, n° 535, Bogotá, 3/12/02).
Fonte: Revista Nacional de Reabilitação
Romeu Kazumi Sassaki
Consultor e autor de livros sobre inclusão social
Texto adaptado para divulgação no site do Instituto Indianópolis.
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Diferença entre deficiência mental e doença mental
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Solucione sua dúvida e entenda a posição do Instituto Indianópolis
http://www.indianopolis.com.br/si/site/1163
À medida que o movimento inclusivo se espalha pelo mundo, palavras e conceituações mais apropriadas ao atual patamar de valorização dos seres humanos estão sendo incorporadas ao discurso dos ativistas de direitos, por exemplo, dos campos da deficiência e da saúde mental.
O termo que se adotou à utilização recente é deficiência intelectual, porém o Instituto Indianópolis mantém o termo deficiência mental em seu site e em sua comunicação, devido ao grande conhecimento e uso deste por parte da população.
Com o objetivo de auxiliar pais, profissionais e estudantes na área de deficiência mental e autismo, optamos por facilitar o encontro de informações na Internet. Desta forma, faz-se necessário utilizar a terminologia que tem um maior conhecimento.
O uso do termo deficiência mental é considerado correto no campo de deficiência. Apenas como outros termos da ciência são adaptados de acordo com as necessidades da sociedade.
Com a responsabilidade de fornecer informações corretas a todos os interessados no assunto Deficiência Mental/Intelectual, ressaltamos que a utilização da nova terminologia acompanhará as necessidades de nossos usuários. Desta forma, disponibilizamos este artigo com informações sobre a atualização semântica, para maior entendimento do processo de mudança.
Agradecemos a compreensão de todos.
Um abraço,
Coordenação do Instituto Indianópolis
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Artigo - Atualizações semânticas na inclusão de pessoas: deficiência mental ou intelectual?
Considere, em primeiro lugar, a questão do vocábulo deficiência. Sem dúvida alguma, a tradução correta das palavras (respectivamente, em inglês e espanhol) "disability" e “discapacidad" para o português falado e escrito no Brasil deve ser deficiência. Esta palavra permanece no universo vocabular tanto do movimento das pessoas com deficiência como dos campos da reabilitação e da educação. Trata-se de uma realidade terminológica histórica. Ela denota uma condição da pessoa resultante de um impedimento (“impairment”, em inglês). Exemplos de impedimento: lesão no aparelho visual ou auditivo, falta de uma parte do corpo, déficit intelectual. O termo “impairment” pode, então, ser traduzido como impedimento, limitação, perda ou anormalidade numa parte (isto é, estrutura) do corpo humano ou numa função (isto é, funções fisiológicas) do corpo, de acordo com a Classificação Internacional de Funcionalidade, Deficiência e Saúde (CIF), aprovada pela 54ª Assembléia da Organização Mundial da Saúde em 22 de maio de 2001. Segundo a CIF, as funções fisiológicas incluem funções mentais. O termo anormalidade é utilizado na CIF estritamente para se referir a uma variação significativa das normas estatísticas estabelecidas (isto é, como um desvio da média da população dentro de normas mensuradas) e ele deve ser utilizado somente neste sentido.
O conceito de deficiência não pode ser confundido com o de incapacidade, palavra que é uma tradução, também histórica, do termo "handicap". O conceito de incapacidade denota um estado negativo de funcionamento da pessoa, resultante do ambiente humano e físico inadequado ou inacessível, e não um tipo de condição. Exemplos: a incapacidade de uma pessoa cega para ler textos que não estejam em braile, a incapacidade de uma pessoa com baixa visão para ler textos impressos em letras miúdas, a incapacidade de uma pessoa em cadeira de rodas para subir degraus, a incapacidade de uma pessoa com deficiência mental/intelectual para entender explicações conceituais, a incapacidade de uma pessoa surda para captar ruídos e falas. Configura-se, assim, a situação de desvantagem imposta às pessoas COM deficiência através daqueles fatores ambientais que não constituem barreiras para as pessoas SEM deficiência.
Formalmente, devemos manter a palavra deficiência no singular. Por exemplo: pessoas com deficiência visual (e não pessoas com deficiências visuais). Outro exemplo: pessoas com deficiência intelectual (e não pessoas com deficiências intelectuais). É importante flexionarmos no singular ao nos referirmos à deficiência e/ou ao tipo de deficiência, independentemente de, no idioma inglês, ser utilizado o plural ("persons with disabilities", "persons with intellectual disabilities") ou o singular ("persons with a disability", "persons with an intellectual disability"). Assim, é incorreto escrevermos, por exemplo: "Fulano tem deficiências intelectuais", "Sicrano é uma pessoa com deficiências físicas", "Beltrano é um aluno com deficiências visuais".
Agora, um comentário sobre os vocábulos deficiência mental e deficiência intelectual. Ao longo da história, muitos conceitos existiram e a pessoa com esta deficiência já foi chamada, nos círculos acadêmicos, por vários nomes. Mas, atualmente, quanto ao nome da condição, há uma tendência mundial (brasileira também) de se usar o termo deficiência intelectual.
A primeira razão tem a ver com o fenômeno propriamente dito. Ou seja, é mais apropriado o termo intelectual por referir-se ao funcionamento do intelecto especificamente e não ao funcionamento da mente como um todo.
A segunda razão consiste em podermos melhor distinguir entre deficiência mental e doença mental, dois termos que têm gerado confusão há vários séculos. “O primeiro passo no estudo independente da condição da deficiência mental” ocorreu no início do século 19, quando se estabeleceu “a diferenciação entre a idiotia e a loucura”. Há cinco décadas, especialistas se preocupam em explicar a diferença que existe entre os fenômenos deficiência mental e doença mental, pois são termos parecidos, que muita gente pensa significarem a mesma coisa. Então, em boa hora, vamos separar os dois construtos científicos. Também no campo da saúde mental (área psiquiátrica), está ocorrendo uma mudança terminológica significativa, que substitui o termo doença mental por transtorno mental. Permanece, sim, o adjetivo mental (o que é correto), mas o grande avanço científico foi a mudança para transtorno. Em 2001, o Governo Federal brasileiro publicou uma “lei sobre os direitos das pessoas com transtorno mental” (Lei n. 10.216, de 6/4/01), na qual foi utilizada exclusivamente a expressão transtorno mental. Aqui também se aplica o critério do número: pessoa(s) com transtorno mental e não pessoa(s) com transtornos mentais, mesmo que existam várias formas de transtorno mental. Segundo especialistas, o transtorno mental pode ocorrer em 20% ou até 30% dos casos de deficiência mental/intelectual, configurando-se aqui um exemplo de deficiência múltipla.
Hoje em dia cada vez mais se está substituindo o adjetivo mental por intelectual. A Organização Pan-Americana da Saúde e a Organização Mundial da Saúde realizaram um evento (no qual o Brasil participou) em Montreal, Canadá, em outubro de 2004, evento esse que aprovou o documento DECLARAÇÃO DE MONTREAL SOBRE DEFICIÊNCIA INTELECTUAL. (Observe-se que o termo intelectual foi utilizado também em francês e inglês: Déclaration de Montreal sur la Déficiénce Intelectuelle, Montreal Declaration on Intellectual Disability).
A expressão deficiência intelectual foi oficialmente utilizada já em 1995, quando a Organização das Nações Unidas (juntamente com The National Institute of Child Health and Human Development, The Joseph P. Kennedy, Jr. Foundation, e The 1995 Special Olympics World Games) realizou em Nova York o simpósio chamado INTELLECTUAL DISABILITY: PROGRAMS, POLICIES, AND PLANNING FOR THE FUTURE (Deficiência Intelectual: Programas, Políticas e Planejamento para o Futuro).
A propósito, uma influente organização espanhola mudou seu nome, conforme notícia publicada em 2002: “Espanha - Resolução exige a substituição do termo deficiência mental por deficiência intelectual. A Confederação Espanhola para Pessoas com Deficiência Mental aprovou por unanimidade uma resolução substituindo a expressão “deficiência mental” por “deficiência intelectual”. Isto significa que agora a Confederação passa a ser chamada Confederação Espanhola para Pessoas com Deficiência Intelectual (Confederación Española de Organizaciones en favor de Personas con Discapacidad Intelectual). Esta organização aprovou também o novo Plano Estratégico de quatro anos para melhorar a qualidade de vida, o apoio institucional e os esforços de inclusão para pessoas com deficiência intelectual” (in Digital Disnnet Press Agency, Digital Solidarity, n° 535, Bogotá, 3/12/02).
Fonte: Revista Nacional de Reabilitação
Romeu Kazumi Sassaki
Consultor e autor de livros sobre inclusão social
Texto adaptado para divulgação no site do Instituto Indianópolis.
Outros artigos sobre deficiência mental (intelectual) e autismo
Diferença entre deficiência mental e doença mental
Veja mais artigos, clique aqui.
Deficiência Mental e Um Plano de Aula
Deficiência Mental e Um Plano de Aula
Milena Dutra
Menino com Síndrome de Down
Os Portadores de Deficiência Mental (PDMs),( atualmente pessoas com deficiência mental), são aqueles que se diferem por: suas características mentais, suas capacidades sensoriais, suas características neuromotoras ou físicas, seu comportamento social, suas capacidades de comunicação e suas deficiências. Essas diferenças devem ser notadas a ponto de demandar uma modificação nas práticas pedagógicas para possibilitar o desenvolvimento do sujeito, potencializando suas capacidades.
Caracterizando o PDM
Deficientes mentais leves
Aprendizagem lenta;
Capacidade de dominar habilidades acadêmicas básicas;
Capacidade de adaptação social e pessoa;
Capacidade de freqüentar escola comum em classes especiail ou regular.
Deficientes Mentais Moderados
Atraso significativo na aprendizagem;
Distúrbios psicomotores visíveis;
Adaptação a programas sistematizados;
Capacidade de formar hábitos higiênicos de rotina;
Capacidade de ajustamento satisfatório em relação à família, à escola e à comunidade.
Deficientes Mentais Severos
Acentuado prejuízo na comunicação;
Acentuado prejuízo na mobilidade;
Alcance de resultados no trabalho condicionado e repetitivo, com supervisão e ajuda constantes.
Deficientes Mentais Profundos
Dependência completa;
Limitações extremamente acentuadas na aprendizagem.
A pessoa portadora de deficiência mental é um indivíduo que pode:
Ser alfabetizada, embora possua um grau de inteligência abaixo da média. Por isso deve seguir um programa curricular adaptado as sua condições pessoais;
Ajustar-se socialmente;
Realizar tarefas simples e algumas até mais complexas;
Praticar atividades psicomotoras, com certo grau de desempenho e até participar de atividades esportivas, se estas estiverem adaptadas aos seus níveis e limitações.
Tipos de defasagens
Psicomotoras
Lentidão na marcha;
Gestos e posturas inadequados;
Deficiência na coordenação de movimentos globais e finos;
Distúrbios de equilíbrio;
Distúrbios na relação espaço - temporal;
Deficiência ventilatória - funcional.
Afetivos-Sociais
Baixa resposta frente a eventos sociais;
Desconhecimento das limitações e possibilidades;
Desajuste em atividades em grandes grupos;
Demonstração de reações emocionais ao ser solicitado individuais ou em grupo.
Cognitivas
Atenção dirigida limitada;
Limitações de aprendizagem espontânea;
Memória falha nas questões espaciais e temporais;
Lentidão para aquisição de fala;
Distúrbios na aquisição de imagem corporal.
Conceitos Fundamentais para a intervenção com PDM´s:
Normalização
Implica garantir vida a mais normal possível para a pessoa portadora de deficiência, proporcionando-lhe oportunidades humanas, que não se distanciem de sua realidade, possibilitando-lhe condições de estar mais pronto para o exercício da vida diária. Implica tratamento normal, que não significa desconhecimento de suas limitações e impedimentos, proporcionados pela deficiência.
Integração
Significa igualdade de oportunidade, de poder tomar partes nas mesmas oportunidades oferecidas por sua comunidade e que venham a oferecer seu desenvolvimento e aprendizado.
Individualização
Significa o exercício do conhecimento particular de cada indivíduo, garantindo-lhe melhores condições para adaptar-se ao grupos, que se constituiem da sua escola, da sua comunidade, etc. Cada pessoa necessita de uma solução individual, embora isso não represente atendimento individual, mas sim garantir-lhe condições de aprendizado compatíveis com sua individualidade.
Relacionamento com PDM´s
A insegurança em lidar com PDM´s denota mais um aspecto de desinformação, do que de ocorrência de dificuldades nas relações com elas.
Perfil do Professor
O professor deve ser:
- Seguro; Estimulador; Versátil; Persiste, Comunicativo e Paciente.
O professor deve ter:
- Rapidez de raciocínio, bom senso, atenção, auto-domínio, resistência à rotina e capacidade de observação
Diretrizes para Exercícios:
Passar a informação do exercício de modo que possa ser assimilada com facilidade
Incluir estratégias para evitar distrações e promover motivação
Promover aprendizado de tarefas simples e progredir para complexas
Realizar repetição do ato constantemente - Princípio da aprendizagem motora
Ao mudar a tarefa sempre parta de algo de base já aprendido
Busque sempre conhecimentos a cerca da patologia, conheça seu aluno, oriente os pais ou cuidadores, realize seu trabalho de forma consciente e com amor.
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Vôlei Paraolímpico em Mogi das Cruzes
Vôlei Paraolímpico em Mogi das Cruzes
Cidade será sede do Campeonato Brasileiro
A cidade de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, sedia, a partir do dia 04 de setembro, a terceira edição do Campeonato Brasileiro de Vôlei Paraolímpico da Série B, na categoria Adulto Masculino.
O torneio, que ocorrerá até o dia 7, contará com nove equipes de São Paulo, Alagoas, Goiás e Paraná, reunindo 144 pessoas, entre atletas e membros de comissões técnicas.
Todos os jogos vão ocorrer na Unidade Mogilar do Ginásio Poliesportivo da Universidade Brás Cubas. Organizado pela Associação Brasileira de Vôlei Paraolímpico, presidida por Amauri Ribeiro, medalha de prata nos Jogos Olímpicos de 1984, em Los Angeles, e campeão olímpico em 1992, em Barcelona.
A tabela de jogos só será divulgada após o congresso técnico da competição, que vai ocorrer na noite de sexta-feira, 03 de setembro.
Assessoria de Imprensa do Comitê Paraolímpico Brasileiro
Diogo Mourão (diogo@mediaguide.com.br / 21 8301-0149 begin_of_the_skype_highlighting 21 8301-0149 end_of_the_skype_highlighting)
Manoela Penna (manoela@mediaguide.com.br) / 21 8301-0123 begin_of_the_skype_highlighting 21 8301-0123 end_of_the_skype_highlighting)
Em Brasília
Thalita Kalix (Media Guide) - (thalita.kalix@cpb.org.br / 61 3031 3035 begin_of_the_skype_highlighting 61 3031 3035 end_of_the_skype_highlighting / 61 8161 9271 begin_of_the_skype_highlighting 61 8161 9271 end_of_the_skype_highlighting)
Janaína Lazzaretti (CPB) – (janaina.lazzaretti@cpb.org.br / 61 3031 3035 begin_of_the_skype_highlighting 61 3031 3035 end_of_the_skype_highlighting / 61 8161 9271 begin_of_the_skype_highlighting 61 8161 9271 end_of_the_skype_highlighting)
Cidade será sede do Campeonato Brasileiro
A cidade de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, sedia, a partir do dia 04 de setembro, a terceira edição do Campeonato Brasileiro de Vôlei Paraolímpico da Série B, na categoria Adulto Masculino.
O torneio, que ocorrerá até o dia 7, contará com nove equipes de São Paulo, Alagoas, Goiás e Paraná, reunindo 144 pessoas, entre atletas e membros de comissões técnicas.
Todos os jogos vão ocorrer na Unidade Mogilar do Ginásio Poliesportivo da Universidade Brás Cubas. Organizado pela Associação Brasileira de Vôlei Paraolímpico, presidida por Amauri Ribeiro, medalha de prata nos Jogos Olímpicos de 1984, em Los Angeles, e campeão olímpico em 1992, em Barcelona.
A tabela de jogos só será divulgada após o congresso técnico da competição, que vai ocorrer na noite de sexta-feira, 03 de setembro.
Assessoria de Imprensa do Comitê Paraolímpico Brasileiro
Diogo Mourão (diogo@mediaguide.com.br / 21 8301-0149 begin_of_the_skype_highlighting 21 8301-0149 end_of_the_skype_highlighting)
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NATAÇÃO PARAOLIMPICA - CIRCUITO CAIXA 2010
terça-feira, 31 de agosto de 2010
DESEMPENHO DOS ATLETAS NA NATAÇÃO
.
Veja os recordes quebrados no Circuito
Após o sucesso do Mundial de Natação Paraolímpica, que ocorreu em
Eindhoven, na Holanda, os atletas da modalidade participaram neste fim de
semana, em São Paulo, da segunda etapa do Circuito Loterias CAIXA
Brasil Paraolímpico de Atletismo, Natação e Halterofilismo.
Mesmo com o cansaço e desgaste físico, os nadadores conseguiram melhorar seus
tempos e marcas. Ana Clara Cruz (S6), a Aninha, trouxe da Holanda uma
medalha de prata no revezamento 4x50m livre feminino (03:11.05 com Edênia ;
Letícia; Joana e Ana). Em São Paulo, Aninha conquistou o novo recorde brasileiro
nos 50m borboleta, com a marca de 44s53. O melhor tempo da carreira dela era de
46s. Outra medalhista no Mundial, VERÔNICA ALMEIDA (S7), bronze nos
50m borboleta, (00:39.34), voltou para o país e fez recorde brasileiro nos
100m livre (01min28seg14).
No total, além de Aninha e VERÔNICA, outros sete recordes brasileiros foram
quebrados.
Desempenho dos atletas na natação
Veja os recordes quebrados no Circuito
Após o sucesso do Mundial de Natação Paraolímpica, que ocorreu em Eindhoven, na Holanda, os atletas da modalidade participaram neste fim de semana, em São Paulo, da segunda etapa do Circuito Loterias CAIXA Brasil Paraolímpico de Atletismo, Natação e Halterofilismo.
Mesmo com o cansaço e desgaste físico, os nadadores conseguiram melhorar seus tempos e marcas. Ana Clara Cruz (S6), a Aninha, trouxe da Holanda uma medalha de prata no revezamento 4x50m livre feminino (03:11.05 com Edênia ; Letícia; Joana e Ana). Em São Paulo, Aninha conquistou o novo recorde brasileiro nos 50m borboleta, com a marca de 44s53. O melhor tempo da carreira dela era de 46s.
Outra medalhista no Mundial, Verônica de Almeida (S7), bronze nos 50m borboleta, (00:39.34), voltou para o país e fez recorde brasileiro nos 100m livre (01min28seg14).
No total, além de Aninha e Verônica, outros sete recordes brasileiros foram quebrados. Outros 17 recordes do Circuito foram melhorados. Confira abaixo a relação dos atletas.
Recordes Brasileiros (9 recordes quebrados)
Ana Clara Cruz (S6)
50m borboleta - 00:44.53
Ana Raquel Lins (S10)
100m borboleta - 01:36.31
Gutemberg de Souza Ferraz (S14)
200m livre - 02:26.19
Pamella Cristina de Andrade (SB7/SM8)
100m peito - 02:07.49
200m medley - 03:43.27
Renato Nunes Silva (S12/SM12)
100m costas - 01:21.68
200m medley - 02:50.21
Verônica de Almeida (S7)
100m livre - 01:28.14
William Roberto Santana (S8)
100m livre - 01:06.87
Recordes do Circuito (17 recordes quebrados)
Caio Amorim de Oliveira (S8)
400m livre - 05:08.18
Gutemberg de Souza Ferraz (S14)
100m costas - 01:14.94
Joana Neves (S5)
50m livre - 00:42.14
100m livre - 01:28.14
200m livre - 03:31.06
50m borboleta - 00:51.17
Letícia Lucas Ferreira (S5)
50m costas - 01:01.36
Matheus Rheine de Souza (S11)
100m livre - 01:06.43
400m livre - 05:12.12
100m costas - 01:25.33
Nelio de Almeida (S7)
50m borboleta - 00:36.79
Raquel Viel (SB12)
100m peito - 01:33.68
Rildene Firmino (SM4)
150m medley - 03:51.54
Ronystony da Silva (S4)
50m costas - 00:59.10
Talisson Henrique Glock (S6)
100m costas - 01:28.49
Verônica de Almeida (S7)
50m livre - 00:39.32
50m borboleta - 00:39.38
Recordes brasileiros na natação
Atletas melhoram os tempos no Circuito
Foto: Beto Monteiro/CPB
A manhã do último dia de competições do Circuito Loterias Caixa Brasil Paraolímpico de Atletismo, Natação e Halterofilismo começou animada na piscina do Sport Club Corinthians Paulista. Na primeira prova da competição, a nadadora Ana Raquel Lins, da classe S10, bateu o recorde brasileiro nos 100m borboleta com o tempo de 1m36s31.
Outra surpresa na competição foi o desempenho do paulista Willian Roberto Santana (S8), que nos 100m livre melhorou seu próprio tempo e fez 1m06:87. No esporte há três anos, Willian nasceu com má formação congênita.
“Sou apaixonado pela natação. Esse resultado me deixa ainda mais animado a buscar, em Porto Alegre, o recorde Sul-Americano, que é por volta de 1m05”, animou-se.
Com o público gritando seu nome e “Corinthians”, Daniel Dias entrou na água para garantir mais uma vitória nos 100m livre, com o tempo de 1m13s. Após a prova, o atleta foi surpreendido pela assessoria do clube, que o presenteou com touca, sunga, camisa e outros objetos do clube paulista.
Depois de ficar 45 dias fora do Brasil, o atleta, enfim, descansará.
“Nada de avião e viagens. Meu destino é a minha casa. Quero aproveitar para descansar um pouco dos treinos”, contou.
Também com torcida especial, Andre Brasil contou com a presença do pai, Carlos Roberto Esteves, que veio do Rio de Janeiro acompanhar o filho. Andre fez nos 100m o tempo de 52s14.
“Mesmo não sendo meu melhor tempo, sempre nado com o objetivo de me superar. Não importa o local, nem a competição. Além do que, é sempre mais gostoso olhar para a plateia e ver seu pai”, contou.
Pamella Cristina de Andrade,(SB7) nos 100m peito, levou o recorde brasileiro com 02m07s49 nos 100m borboleta.
Segundo Rui Menslin, um dos técnicos da seleção de natação paraolímpica, esta etapa tem uma característica peculiar, já que ocorre logo após o Mundial.
“Mesmo após o cansaço dos nadadores, vimos alguns recordes, o que nos deixa contentes. É interessante ver a melhora dos atletas, nem que sejam segundos ou centésimos. Isso mostra a evolução técnica que eles estão tendo. Em Porto Alegre, eles devem fechar o ano com uma melhor significativa, já que vão tentar estar no Para Pan de Guadalajara, no México, em 2011”, avaliou Rui.
Foram destaques no circuito os seguintes atletas, com recordes do circuito: Matheus Rheine(S11), nos 100m livre com 1m0643; Raquel Viel, nos 100m peito, com 01m33s68; Caio Amorin (S8), nos 400m livre( 5m08s18); Ronystone Cordeiro (S4) nos 50m costas com 00:59.10; Thalysson Henrique Glock (S6), nos 100m costas (1.28.49); e Nelio Pereira de Almeida(S7), nos 50m borboleta (00:36s79).
Verônica de Almeida (S7), também medalhista de bronze no Mundial, voltou para o país e fez recorde brasileiro nos 100m livre (01min28seg14). Também foram destaques: Rildene Fonseca Firmino (SM4), com o novo recorde da competição nos 150 medley, (3min51seg54); Joana Neves (S5), com 51s17 nos 50m borboleta, com recorde do circuito, e Gutemberg de Souza (S14) com 02min26seg19 nos 200m livre, Renato Nunes da Silva, nos 200m medley, marcou 02:50.21.
Efeito Indireto
Lance uma pedra em uma poça d'água, e ela produzirá um espirrar -- e uma onda correrá para longe, até o fim da poça; quanto maior a pedra, maior o espirro -- e maior a onda. Um efeito muito semelhante resultará em qualquer forma de exercício -- eu chamo a isto "efeito indireto".
Quando um músculo cresce como resposta ao exercício, todas as estruturas musculares do corpo crescerão em um grau menor -- até mesmos músculos que não estão sendo exercitados; e quanto maior o músculo que estiver sendo exercitado diretamente -- ou quanto maior o grau de crescimento -- maior será este efeito indireto.
Até bem recentemente, este efeito era mais pronunciado como resultado da prática do agachamento total. Repetidamente têm sido demonstrado que a prática do agachamento -- como única forma de exercício -- induz amplo crescimento muscular no restante do corpo; e enquanto ninguém ainda entende por que isto acontece, não existe a mais leve dúvida de que isto acontece.
Os resultados são extremamente óbvios; por exemplo -- se um homem medindo seis pés, pesando 67,5 kg for colocado um programa regular de agachamentos pesados, ele poderia ganhar 22 kg de tamanho muscular dentro de um ano, como um resultado direto deste único tipo de exercício. Mas todo este crescimento não acontecerá apenas nas pernas ou nos músculos lombares -- os músculos que recebem trabalho direto -- de fato, um grau muito pronunciado de desenvolvimento acontecerá também nos músculos dos ombros, do tórax, do pescoço, e dos braços.
Enquanto tal indivíduo pudesse ter a medida de 32,5 cm na porção superior dos braços no princípio de tal programa de treinamento, é quase impossível que seus braços permaneçam do mesmo tamanho; ao final do programa, seus braços provavelmente estariam com pelo menos 37,5 cm.
E em quase todos os casos, a maior proporção do aumento em tamanho de seus braços será na forma de tecido muscular -- em vez de tecido adiposo; a força dos braços aumentará em proporção -- mas não em proporção direta ao aumento em tamanho -- apesar do fato de que nenhum exercício foi empregado diretamente para os braços. Todas as outras estruturas musculares do corpo demonstrarão o mesmo efeito -- em algum grau, maior ou menor.
Enquanto certamente seria possível construir um grau de tamanho muscular obviamente desproporcional através do emprego de um programa desequilibrado de exercícios -- e um programa de treinamento limitado ao agachamento seria exatamente isto -- parece haver um limite definido para o grau de desenvolvimento desproporcional -- que o corpo permitirá -- por exemplo, é difícil construir o tamanho dos braços além de um certo ponto, a menos que os grandes músculos das pernas também estejam sendo exercitados.
É muito comum entre homens jovens em um programa de treinamento com pesos ignorar completamente o desenvolvimento de suas pernas -- enquanto concentram-se nos seus músculos dos braços e nos do torso --; em tal programa, os braços crescerão até certo ponto.
Entretanto, não ocorrerá crescimento adicional -- ou pelo menos não até que sejam acrescentados exercícios pesados para as pernas no programa de treinamento, e então quase sempre os braços imediatamente começarão novamente a crescer.
Tendo aparentemente alcançado um grau máximo possível de desenvolvimento desproporcional, o corpo não permitirá crescimento adicional dos braços até que as pernas estejam também maiores em tamanho. Ou quem sabe alguma outra relação de causa/efeito seja responsável -- mas os resultados são óbvios -- não importando quais sejam os verdadeiros fatores causais. Não é necessário entender o efeito para conhecer seus resultados.
Enquanto a verdadeira porcentagem de efeito deste fator não seja conhecida, é óbvio que ela varia dentro de uma certa amplitude, dependendo aparentemente, principalmente, de duas condições; (1) quanto maior a massa do músculo que estiver sendo exercitado, maiores serão os graus de resultados em efeito indireto, e (2) quanto maior a distância entre o músculo que estiver sendo exercitado e o músculo que não estiver sendo exercitado diretamente, menores serão os graus dos resultados.
Deste modo é óbvio que trabalhar fortemente os braços teria o maior efeito indireto nas massas musculares mais próximas, os peitorais, os dorsais, e o trapézio -- e menor o efeito nas partes mais baixas dos músculos das pernas; é igualmente claro que o grau de efeito indireto produzido através do trabalho dos braços não seria tão grande quanto aquele resultante de exercícios para os músculos muito maiores das coxas ou dos músculos dorsais - com todos os outros fatores se igualando.
Destas observações, várias conclusões são bastante óbvias; (1) para bons resultados nos exercícios, é essencial que o programa de treinamento esteja bem equilibrado -- que alguma forma de exercício seja incluída para cada um dos grupos musculares do corpo, (2) maior concentração devia ser direcionada para trabalhar os maiores músculos do corpo, e (3) a seqüência de treinamento devia ser organizada de tal modo que os músculos sejam trabalhados numa ordem que respeite seus tamanhos relativos.
Na prática, este último ponto exige que as porções superiores das pernas sejam trabalhadas primeiro, os músculos dorsais em segundo lugar, o trapézio em terceiro, os peitorais em quarto, a porção superior dos braços em quinto lugar, e os antebraços por último. Músculos pequenos -- como os deltóides -- deveriam ser trabalhados junto com os músculos maiores cujas funções eles ajudam; ou imediatamente depois, quando tais exercícios simultâneos não forem possíveis através da utilização de alguma forma de exercício composto.
As primeiras duas conclusões indicadas acima são bastante óbvias, e não exigem nenhuma explicação adicional -- mas a terceira conclusão, a ordem de desempenho dos exercícios, pode não ser tão óbvia. Isto geralmente é unânime -- e longa experiência bem o tem provado -- que o maior o grau de estímulo ao crescimento é fornecido por exercícios que trabalhem um músculo até que suas fibras de reserva sejam recrutadas momentaneamente.
Mas às vezes é literalmente impossível alcançar a condição de indução à fadiga momentânea necessária, enquanto se trabalha uma grande massa muscular, se o organismo estiver previamente depletado por exercícios direcionados para outros músculos pequenos.
Deste modo é importante trabalhar os músculos maiores primeiro -- enquanto o organismo ainda é capaz de trabalhar até o nível esperado. Em segundo lugar, já que os maiores músculos causarão também o maior grau de efeito indireto global, esta é outra consideração importante nesta seqüência de exercícios.
Fonte: The H.I.T. Way
Postado por Montanha
Lance uma pedra em uma poça d'água, e ela produzirá um espirrar -- e uma onda correrá para longe, até o fim da poça; quanto maior a pedra, maior o espirro -- e maior a onda. Um efeito muito semelhante resultará em qualquer forma de exercício -- eu chamo a isto "efeito indireto".
Quando um músculo cresce como resposta ao exercício, todas as estruturas musculares do corpo crescerão em um grau menor -- até mesmos músculos que não estão sendo exercitados; e quanto maior o músculo que estiver sendo exercitado diretamente -- ou quanto maior o grau de crescimento -- maior será este efeito indireto.
Até bem recentemente, este efeito era mais pronunciado como resultado da prática do agachamento total. Repetidamente têm sido demonstrado que a prática do agachamento -- como única forma de exercício -- induz amplo crescimento muscular no restante do corpo; e enquanto ninguém ainda entende por que isto acontece, não existe a mais leve dúvida de que isto acontece.
Os resultados são extremamente óbvios; por exemplo -- se um homem medindo seis pés, pesando 67,5 kg for colocado um programa regular de agachamentos pesados, ele poderia ganhar 22 kg de tamanho muscular dentro de um ano, como um resultado direto deste único tipo de exercício. Mas todo este crescimento não acontecerá apenas nas pernas ou nos músculos lombares -- os músculos que recebem trabalho direto -- de fato, um grau muito pronunciado de desenvolvimento acontecerá também nos músculos dos ombros, do tórax, do pescoço, e dos braços.
Enquanto tal indivíduo pudesse ter a medida de 32,5 cm na porção superior dos braços no princípio de tal programa de treinamento, é quase impossível que seus braços permaneçam do mesmo tamanho; ao final do programa, seus braços provavelmente estariam com pelo menos 37,5 cm.
E em quase todos os casos, a maior proporção do aumento em tamanho de seus braços será na forma de tecido muscular -- em vez de tecido adiposo; a força dos braços aumentará em proporção -- mas não em proporção direta ao aumento em tamanho -- apesar do fato de que nenhum exercício foi empregado diretamente para os braços. Todas as outras estruturas musculares do corpo demonstrarão o mesmo efeito -- em algum grau, maior ou menor.
Enquanto certamente seria possível construir um grau de tamanho muscular obviamente desproporcional através do emprego de um programa desequilibrado de exercícios -- e um programa de treinamento limitado ao agachamento seria exatamente isto -- parece haver um limite definido para o grau de desenvolvimento desproporcional -- que o corpo permitirá -- por exemplo, é difícil construir o tamanho dos braços além de um certo ponto, a menos que os grandes músculos das pernas também estejam sendo exercitados.
É muito comum entre homens jovens em um programa de treinamento com pesos ignorar completamente o desenvolvimento de suas pernas -- enquanto concentram-se nos seus músculos dos braços e nos do torso --; em tal programa, os braços crescerão até certo ponto.
Entretanto, não ocorrerá crescimento adicional -- ou pelo menos não até que sejam acrescentados exercícios pesados para as pernas no programa de treinamento, e então quase sempre os braços imediatamente começarão novamente a crescer.
Tendo aparentemente alcançado um grau máximo possível de desenvolvimento desproporcional, o corpo não permitirá crescimento adicional dos braços até que as pernas estejam também maiores em tamanho. Ou quem sabe alguma outra relação de causa/efeito seja responsável -- mas os resultados são óbvios -- não importando quais sejam os verdadeiros fatores causais. Não é necessário entender o efeito para conhecer seus resultados.
Enquanto a verdadeira porcentagem de efeito deste fator não seja conhecida, é óbvio que ela varia dentro de uma certa amplitude, dependendo aparentemente, principalmente, de duas condições; (1) quanto maior a massa do músculo que estiver sendo exercitado, maiores serão os graus de resultados em efeito indireto, e (2) quanto maior a distância entre o músculo que estiver sendo exercitado e o músculo que não estiver sendo exercitado diretamente, menores serão os graus dos resultados.
Deste modo é óbvio que trabalhar fortemente os braços teria o maior efeito indireto nas massas musculares mais próximas, os peitorais, os dorsais, e o trapézio -- e menor o efeito nas partes mais baixas dos músculos das pernas; é igualmente claro que o grau de efeito indireto produzido através do trabalho dos braços não seria tão grande quanto aquele resultante de exercícios para os músculos muito maiores das coxas ou dos músculos dorsais - com todos os outros fatores se igualando.
Destas observações, várias conclusões são bastante óbvias; (1) para bons resultados nos exercícios, é essencial que o programa de treinamento esteja bem equilibrado -- que alguma forma de exercício seja incluída para cada um dos grupos musculares do corpo, (2) maior concentração devia ser direcionada para trabalhar os maiores músculos do corpo, e (3) a seqüência de treinamento devia ser organizada de tal modo que os músculos sejam trabalhados numa ordem que respeite seus tamanhos relativos.
Na prática, este último ponto exige que as porções superiores das pernas sejam trabalhadas primeiro, os músculos dorsais em segundo lugar, o trapézio em terceiro, os peitorais em quarto, a porção superior dos braços em quinto lugar, e os antebraços por último. Músculos pequenos -- como os deltóides -- deveriam ser trabalhados junto com os músculos maiores cujas funções eles ajudam; ou imediatamente depois, quando tais exercícios simultâneos não forem possíveis através da utilização de alguma forma de exercício composto.
As primeiras duas conclusões indicadas acima são bastante óbvias, e não exigem nenhuma explicação adicional -- mas a terceira conclusão, a ordem de desempenho dos exercícios, pode não ser tão óbvia. Isto geralmente é unânime -- e longa experiência bem o tem provado -- que o maior o grau de estímulo ao crescimento é fornecido por exercícios que trabalhem um músculo até que suas fibras de reserva sejam recrutadas momentaneamente.
Mas às vezes é literalmente impossível alcançar a condição de indução à fadiga momentânea necessária, enquanto se trabalha uma grande massa muscular, se o organismo estiver previamente depletado por exercícios direcionados para outros músculos pequenos.
Deste modo é importante trabalhar os músculos maiores primeiro -- enquanto o organismo ainda é capaz de trabalhar até o nível esperado. Em segundo lugar, já que os maiores músculos causarão também o maior grau de efeito indireto global, esta é outra consideração importante nesta seqüência de exercícios.
Fonte: The H.I.T. Way
Postado por Montanha
MORRE DORINA NOWWILL PEDAGOGA CEGA QUE PERDEU A VISAO AOS 17 ANOS - FUNDADORA DA FUNDAÇÃO QUE LEVA O SEU NOME
Dorina Nowill morre aos 91 anos
http://janeausten.com.br/2009/10/podemos-ser-todos-iguais-quando-lemos/
Terça-feira, 31 de Agosto de 2010 10:
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Blog DORINA
Blog da Fundação Dorina Nowill para Cegos
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Nota de Falecimento
Posted on 30/08/2010
by blogdorina
3 comentários
Caros amigos,
É com enorme tristeza que comunicamos o falecimento de nossa fundadora e presidente emérita, Dorina de Gouvêa Nowill, ocorrido neste domingo, 29 de agosto de 2010, às 19h30, de falência múltipla dos órgãos.
O velório, aberto ao público e a imprensa acontece nesta segunda-feira, 30 de agosto de 2010, a partir das 8h, na sede da Fundação Dorina Nowill para Cegos, na Rua Dr. de Diogo de Faria, nº558, Vila Clementino, em São Paulo, e o sepultamento acontecerá no Cemitério da Consolação, às 16h.
Dorina estava com 91 anos de idade e era daquelas brasileiras que nos faziam acreditar no Brasil. Perseverança, compaixão e paciência são as lições deixadas por esta paulistana, que cega aos 17 anos enxergava o mundo com os olhos da alma.
Ficam a saudade e os exemplos como guias para a continuidade do trabalho iniciado e desenvolvido por Dorina em mais de seis décadas.
Nesta ocasião, expressamos também nossa gratidão pelas condolências recebidas e reiteramos nosso compromisso, assumido ano após ano, com o desenvolvimento e a inclusão social da pessoa cega e com baixa visão em nossa sociedade.
São Paulo, 29 de agosto de 2010
Alfredo Weiszflog, diretor-presidente voluntário
Fundação Dorina Nowill para Cegos
Senado Inclusivo lamenta morte de Dorina Nowill
O Programa Senado Inclusivo divulgou nota lamentando a morte da pedagoga Dorina de Gouvêa Nowill, no último fim de semana, aos 91 anos. Dorina estava internada devido a uma infecção e sofreu um ataque cardíaco. A pedagoga, que perdeu a visão aos 17 anos, criou a Fundação Dorina Nowill para facilitar a inclusão dos cegos por meio da produção e distribuição de livros em braile.
A Fundação Dorina Nowill, parceira do Senado no tema da acessibilidade e valorização da pessoa com deficiência, participou em 2009 da 5ª Semana do Senado Federal de Acessibilidade e Valorização da Pessoa com Deficiência, que teve como tema o bicentenário do nascimento de Louis Braille, inventor do sistema de leitura para cegos.
Da Redação / Agência Senado
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Estadão
Pioneira da inclusão social de cegos morre aos 91 anos
Dorina Nowill estava internada há 15 dias em SP; corpo será velado na sede de sua fundação
30 de agosto de 2010 - Agência Estado
A professora Dorina de Gouvêa Nowill, uma das maiores ativistas pela inclusão dos deficientes visuais no País, morreu ontem aos 91 anos. Segundo informações de familiares, ela estava internada havia cerca de 15 dias no Hospital Santa Isabel, na zona oeste, para tratar uma infecção, mas acabou sofrendo parada cardíaca. O velório deve ser realizado hoje na sede da fundação que leva seu nome.
"Foi uma morte praticamente natural", afirmou seu filho Alexandre Nowill, que também era seu médico. Dorina, que era casada com Edward Hubert, deixa outros quatro filhos - Cristiano, Denise, Dorininha e Márcio Manuel -, além de 12 netos.
A professora ficou cega aos 17 anos por causa de uma doença que os médicos nunca conseguiram entender. Decidiu então dedicar a vida à luta pela inclusão de pessoas na mesma condição.
Com um grupo de amigas, criou em 1946 a Fundação para o Livro do Cego no Brasil, que em 1991 recebeu seu nome. Junto com o Instituto Benjamin Constant, no Rio de Janeiro, a Fundação Dorina Nowill Para Cegos foi uma das pioneiras na produção de livros em Braille, na distribuição gratuita dessas obras para deficientes visuais e no desenvolvimento de técnicas mais modernas para que o cego consiga ler - como livros falados e vozes sintetizadas no computador.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Tópicos: Dorina Nowill, Ativista, Cegos, Inclusão social
Nosso movimento perde mais uma ativista que fez um nome, deixou uma história, deixou princípios e ensinamentos, deixou exemplo... sem precisar "lutar" nem atacar outros, mas sim usando de sua força, coragem, sapiência e humildade.
http://blogdorina.wordpress.com/
http://janeausten.com.br/2009/10/podemos-ser-todos-iguais-quando-lemos/
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Por um mundo melhor!!!: DIÁRIO OFICIAL
Lei de n° 3.359 de 07/01/02 - De...: "DIÁRIO OFICIAL Lei de n° 3.359 de 07/01/02 - Depósitos Antecipados COISA BOA NÃO SE DIVULGA E NINGUÉM FICA SABENDO! Foi publicado n..."
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ANOES DE SUCESSO - recorde mundial no Circuito Loterias CAIXA
Jonathan Santos quebra recorde mundial no Circuito Loterias CAIXA
Romarinho bateu a melhor marca do lançamento de disco Jonathan Santos quebra recorde mundial no Circuito Loterias CAIXA
Foto: Beto Monteiro/CPB
Romarinho bateu neste domingo a melhor marca nacional do arremesso de peso.
No sábado, ele havia quebrado o recorde mundial do lançamento de disco.
Na natação, atletas melhoram suas marcas e derrubaram recordes brasileiros.
Jonathan Santos foi o grande nome da segunda etapa nacional do Circuito Loterias CAIXA Brasil Paraolímpico de Atletismo, Halterofilismo e Natação.
O atleta da classe F40 (para pessoas com acondroplasia, popularmente conhecida como nanismo) quebrou sua melhor marca no arremesso de peso este domingo.
Surpreso com a melhora expressiva, Jonathan praticamente repetiu o discurso do dia anterior, quando bateu o recorde mundial do disco.
“Não esperava fazer uma marca tão boa. Em treino tenho alcançado 11m40”, disse.
A receita do sucesso é simples, segundo ele: muito treino. São cinco horas diárias, seis vezes por semana.
“Para mim, cada treino é como se fosse um mundial, uma paraolimpíada”, explicou Jonathan.
domingo, 29 de agosto de 2010
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Lançamento do Manual da Mídia Legal 6 no Rio [Exclusivas&Inclusivas] - nº 55 [1 Anexo]
Boletim Informativo da OSCIP Escola de Gente - Comunicação em Inclusão - nº 55, 27 de agosto de 2010
http://mail.mailig.ig.com.br/mail/?AuthEventSource=SSO#inbox/12abf87b33d76bdf
[Exclusivas&Inclusivas] é o boletim institucional da Escola de Gente - Comunicação em Inclusão enviado desde 2003. Traz um conjunto de situações e marcos envolvendo construções e articulações da organização com conselhos de direitos, cooperação internacional, empresas, executivo, legislativo, judiciário, ministério público, sociedade civil, universidades e demais agentes empenhados(as) em incidir no contexto político brasileiro e de alguns países de língua portuguesa e espanhola visando a construção de uma sociedade que não-discrimine em função de desigualdades e diferenças.
14.911 pessoas e 28 países estão recebendo esta edição.
Você levará aproximadamente 3 minutos para ler as chamadas das notícias.
Para pessoas cegas, com deficiência visual ou com dificuldade de
visualização da mensagem, a versão acessível segue em anexo em DOC
O Manual da Mídia Legal 6 - Comunicadores(as) pelas Políticas de Juventude, uma realização da Escola de Gente com patrocínio da Petrobras, será lançado no Rio de Janeiro, no dia 1º de setembro, às 9h da manhã, no Hotel Novo Mundo, na Praia do Flamengo. O Manual, publicado em sete formatos acessíveis, já foi lançado em maio, em Brasília, no VI Seminário do Programa Educação Inclusiva: Direito à Diversidade do Ministério da Educação; e em junho, na cidade de Belo Horizonte, durante 21ª reunião ordinária do Conselho Nacional de Juventude (Conjuve). Na ocasião, Danielle Basto, representante da Escola de Gente no Conjuve, apresentou a publicação ao lado de Danilo Moreira e João Vidal, respectivamente, presidente e vice-presidente deste conselho, e distribuiu exemplares para todos(as) conselheiros(as) presentes.
O Manual da Mídia Legal 6 será lançado no Rio em clima de festa por conta da recente assinatura, no dia 12 agosto, pela presidência da República, da convocação para a II Conferência Nacional de Juventude, em 2011. Esta convocatória reforça um ciclo evolutivo na trajetória das políticas de juventude no país. No dia 7 de julho passado, o Senado Federal aprovou a chamada PEC da Juventude, que insere o termo juventude no capítulo dos Direitos e Garantias Fundamentais da Constituição.
Os(As) Agentes da Inclusão 2009, alunos(as) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e coautores(as) do Manual da Mídia Legal 6 – Comunicadores(as) pelas Políticas de Juventude receberão seus certificados durante o evento no Rio, em cerimônia que integra
o I Encontro Brasileiro de Juventude pela Acessibilidade, realizado pela Escola de Gente com o apoio
da Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Secretaria de Direitos Humanos.
De maio a agosto de 2010, a Escola de Gente já distribuiu quase quatro mil Manuais da Mídia Legal 6, de uma edição de 5 mil impressos em tinta. Governos, escolas e universidade públicas, eventos de responsabilidade social, veículos de comunicação, redes de juventude, conselhos de direitos e fóruns de cultura e arte são alguns dos públicos que receberam ou já solicitaram o Manual da Mídia Legal 6, uma publicação totalmente focada no diálogo entre as políticas de juventude e as de inclusão.
Confirme sua presença no lançamento do Manual no Rio pelo
e-mail:escoladegente@escoladegente.org.br
Leia a matéria sobre o lançamento do Manual em BSB e veja as fotos
Leia a matéria sobre o lançamento do Manual em BH
Leia matéria sobre o 6º Encontro da Mídia Legal - Universitários pelas Políticas de Juventude e veja as fotos
Leia os depoimentos dos(as) Agentes da Inclusão
Leia a matéria sobre a aprovação da PEC da Juventude
Leia os textos que abrem o Manual da Mídia Legal 6:
- Claudia Dutra, secretária de Educação Especial do Ministério da Educação
- Claudia Werneck, jornalista e fundadora da Escola de Gente
- Danilo Moreira, presidente do Conselho Nacional de Juventude e secretário-adjunto da Secretaría Nacional de Juventude da Presidência da República
A Expressão da Sexualidade das Pessoas com Síndrome de Down
- (Parte I)
"A sexualidade faz parte de nossa conduta. Ela faz parte da liberdade em nosso usufruto deste mundo". (Michel Foucault)
- Ao iniciarmos este artigo sobre sexualidade, pensamos na responsabilidade em falar sobre o tema sexo, cujo assunto faz parte dos três tabus universais do homem: sexo, vida e morte.
- Três mistérios, que emanam: curiosidade, medo, preconceito, controle, poder, paixão, fascínio, repúdio, castigo, destruição, mas também amor, aproximação, desejo, crescimento, envolvimento, respeito, liberdade, carinho.
- O título "A Expressão da Sexualidade das Pessoas com Síndrome de Down", vem trazer a proposta para pensarmos a sexualidade destas pessoas sob um vértice mais afetivo, simples, mas propõe um desafio, de construirmos uma postura mais aberta à interlocução, a criatividade, ao pensar, a proximidade, ao lúdico.
- O título sugere sobre o lugar de onde estamos falando, pensando, criando por isso "expressão da sexualidade" e não "condutas, comportamentos"; como usualmente lemos a descrição, como algo à parte do sujeito, separado, que precisa ser controlado, escondido, reprimido, negado e que muitas vezes vemos atitudes que tentam eliminar e castigar estas formas de expressão afetiva, por isso a idéia de examinarmos a singularidade da demanda a qual contemplo nestes três artigos a seguir.
- Delinearemos um enfoque da sexualidade com um "olhar" as pessoas com síndrome de Down, muito mais pela experiência da autora do que um enfoque fechado e reducionista, porém balizado teoricamente. Apontamos idéias que possam colaborar com estas demandas e suas respectivas singularidades, minimizando muitas vezes seu sofrimento pela falta de compreensão.
- Percebemos que a maior deficiência que as nossas crianças, jovens e adultos com deficiência têm para lidarem com sua sexualidade, não é por sua patologia clínica, sua competência cognitiva, seus transtornos motores e ou sensoriais, mas aquela que vem de fora deles, exercida por nós e pela sociedade: a deficiência de respeito e compreensão.
- Respeito ao fato deles não serem iguais aos outros, como se cada um de nós não fossemos diferentes uns dos outros. Respeito ao fato deles desejarem serem pessoas sexualizadas, portanto denunciam que cresceram, querem se relacionar como pessoas comuns.
- Querem respeito aos seus desejos, aos seus afetos, a suas capacidades e suas limitações, aos seus sonhos!
- Queremos progressivamente, transformar a sociedade em mais humana de forma que se minimizem os preconceitos, portanto precisamos avançar em nossas atitudes.
- Entendemos que cada ser humano é diferente, não só em suas características físicas ou psíquicas como também em suas necessidades. Sendo assim, para falar de sexo temos que começar por nós. Como está nossa sexualidade, nosso afeto, se não andam bem como lidarei com o que é do outro?
- Dentro desse contexto, estes artigos pretendem um objetivo aparentemente muito simples, conversar sobre nossa sexualidade, das pessoas com deficiência intelectual, neste caso pessoas com síndrome de Down e compreendendo suas singularidades.
"síndrome de Down é um conjunto de estigmas físicos, causados por uma alteração genética, e que tem seu nome em homenagem ao primeiro médico que a descreveu".
Mas, somente em 1959, Jerome Lejeune, demonstrou que os indivíduos com síndrome de Down apresentavam excesso de um pequeno cromossomo acrocêntrico 21, portanto caracterizando-se uma patologia genética. (Nahas, 2004).
Estas crianças, jovens e adultos chegam a nós com estas etiquetas, deficientes intelectuais, síndromes...
Chamo a atenção para este primeiro vínculo, a identidade; não chegam pessoas, crianças, jovens e adultos, chegam deficientes, e, portanto como deficientes poderiam ser sexualizados?!
Após as descobertas de Freud no início do século XIX, ninguém é mais inocente ou bonzinho, portanto o pai da Psicanálise inaugurou um movimento de ampliar nossa perspectiva, ao considerar o ser humano como sendo sujeito do inconsciente, sujeito quer dizer aquele que é asujeitado, escravo.
Portanto somos escravos do nosso inconsciente. (Freud 1915).
A Psicanálise vem como um modelo teórico para colaborar, nos trás a notícia da possibilidade da escuta, do significado, da importância da linguagem, do pensar criativo e da nossa sensibilidade através dos nossos sentidos e percepções.
A sexualidade é parte integrante de todo ser humano, está relacionada à intimidade, a afetividade, ao carinho, a ternura, a uma forma de expressão de sentir e expressar o amor humano através das relações afetivo-sexuais.
Sua presença está em todos os aspectos da vida humana desde a concepção até a morte, manifestando-se em todas as fases da vida, infância, adolescência, fase adulta, terceira idade; sem distinção de raça, cor, sexo, deficiência, etc.; além de que não está apenas nos aspectos genitais, mas sendo considerada como uma das suas formas de expressão humana, porém nunca como forma isolada, como um fim em si mesma.
Podemos definir sexualidade como um conjunto colorido que contém contato, relação corpórea, psíquica, sentimental, desejo voltado a pessoas e objetos; sonhos e delírios; prazer, gozo e dor; perda, sofrimento e frustração; crescimento e futuro; consciência, plenitude do presente e memória do passado; processos estes que vão sendo elaborados e dando espaço para novas conquistas.
Sentimentos esses que se alternam, cruzam-se de modo imprevisível, exigindo uma progressiva capacidade do ser humano em ir dando compreensão e aceitação às mudanças.
Isto tudo encontraremos em cada um de nós, muitos de nós já vivemos isto, chama-se processo de adolescer. Muitos de nós negamos as transformações, outros passaram, outros se rebelaram, sofreram, outros curtiram, viveram, cresceram, outros não podem nem se lembrar, outros foram quase que impedidos de viver esta experiência.
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