Blog do Prof de Ed. Física MSc SERGIO CASTRO,da Pós Graduação em Educação Especial e Tecnologia Assistiva da Universidade Cândido Mendes(AVM) ;Ex-professor da Universidade Estácio de Sá e Ex-Coordenador de Esportes para Pessoas com Deficiências (PcD) do Projeto RIO 2016 da SEEL RJ ,destinado a fornecer informações sobre pessoas com deficiência(PcD) e com Necessidades Educativas Especiais(PNEE), bem como a pessoas interessadas nesta área ( estudantes, pais, parentes, amigos e pesquisadores)
domingo, 9 de maio de 2010
Paraplegia e Tetraplegia - Parte 3
Paraplegia e Tetraplegia - Parte 3
Postado por: Vera (Deficiente Ciente) | Categoria(s): Deficiências | Postado: Sexta-
Caro leitor,
Dando continuidade ao assunto sobre paraplegia e tetraplegia conheceremos, hoje, no blog Deficiente Ciente, as consequências motoras das lesões.
Conseqüências Motoras da Paraplegia e da Tetraplegia
Nas lesões medulares completas, o comprometimento mais importante e mais conhecido da sociedade é a perda da capacidade de locomoção. As lesões completas implicam o uso de cadeira de rodas por toda a vida.
As lesões medulares incompletas, apesar de mais raras, ocorrem também em nível expressivo, e implicam o uso permanente de cadeira de rodas, tutores (curtos ou longos) e/ou andadores.
Uma lesão abaixo de C4 permite que a pessoa seja mantida com vida, desde que atendida de imediato, com socorro adequado, e levada urgentemente para um centro especializado em lesões medulares.
As lesões cervicais provocam também redução da capacidade respiratória, já que os músculos intercostais passam a apresentar uma paresia.
Da mesma forma, está comprometida a maioria dos músculos do tronco, dos braços e das pernas.
A pessoa perde a preensão dos dedos da mão. No entanto, nas lesões cervicais, o deltóide, parte do bíceps e o peitoral menor permanecem funcionais, e com eles os tetraplégicos são capazes de digitar um computador, dirigir carros, nadar, praticar atletismo, jogar rugby, tênis em cadeiras de rodas, etc., bem como estudar e exercer as mais variadas profissões.
As lesões nas regiões mais baixas da medula torácica não comprometem a função respiratória.
Os comprometimentos podem apresentar os mais diversos graus. Eles variam de discretos enfraquecimentos das capacidades neurológicas até uma total perda funcional.
Conseqüêcias não-motoras da Paraplegia e da Tetraplegia
Nas lesões medulares, juntamente com os comprometimentos das funções motoras, são acometidos também a sensibilidade, os reflexos, o sistema simpático-parasimpático, sendo afetados ainda os esfíncteres anal e urinário.
Entre as conseqüências não-motoras da paraplegia e da tetraplegia, apresentam maior importância:
Tendência a ocorrer escaras (úlceras) de decúbito. As escaras são uma “porta aberta” para infecções. (Veja matérias nesse blog, Deficiente Ciente, sobre as úlceras de decúbito ou escaras.)
Os atletas e técnicos devem ser sensibilizados para o fato de que as escaras implicam tratamento sério, já que podem evoluir para um quadro bem pior, e devem ser consideradas como um fator que, temporariamente, restringe a prática esportiva;
Tendência a ocorre
r infecções urinárias, que podem provocar insuficiências renais;
Contraturas;
Osteoporose;
Disfunção do sistema de regulação térmica. Os tetraplégicos e os paraplégicos com lesão acima de aproximadamente T5 não apresentam sudorese suficiente para compensar o estresse térmico.
Com isso, salas de aula abafadas, ginásios abafados e mal ventilados e demais ambientes quentes, tais como em piscinas, praias ou quadras; assim como em carros estacionados ou em engarrafamentos no trânsito em horários quentes, etc., podem provocar desmaio ou, caso não sejam adotadas medidas que permitam a compensação térmica, até mesmo a morte por estresse térmico.
Em função disso, devem ser adotadas medidas que assegurem a compensação do estresse térmico, tais como: ingestão de líquidos antes, durante e após a prática esportiva; alternância, se for possível, da exposição ao calor com a permanência em lugares mais frescos, etc.;
Perda de sensibilidade (dor, frio, calor, tato, contato, propriocepção postural, etc.);
Disfunção da atividade da bexiga e do intestino. A bexiga do paraplégico e do tetraplégico é denominada de neurogênica.
Atingindo um certo volume, automaticamente ela se esvazia, como no caso de bexigas de crianças menores.
Isto implica o uso de fraldas (fralda geriátrica no caso de adultos) e/ou de sondas;
Redução da pressão arterial e da pressão nos vasos sangüíneos, dificultando a circulação de “retorno”;
Comprometimentos da sexualidade.
(Veja matérias nesse blog, Deficiente Ciente, sobre a sexualidade e a pessoa com deficiência.
Fonte: :http://www.informacao.srv.br/cpb/index.html
Leia mais: http://www.deficienteciente.com.br/2009/08/paraplegia-e-tetraplegia-parte-2.html#ixzz0nSjOBMKt
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