domingo, 30 de maio de 2010

Separação dos Pais












CREDITO BLOG PONTO DE EQUILIBRIO.

Recentemente recebi um email solicitando algumas orientações sobre como agir com os filhos quando seus genitores decidem se separar.

Sem sombra de dúvidas a separação é um processo de grandes mudanças e transformações para toda a família.

Dados recentes retirados de uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que em 1998 houve crescimento de 32,5% no número de divórcios e separações judiciais em relação a 1991.

Assim, diante desta premissa a primeira pergunta que se faz é: quando contar?

Antes de discutir o rompimento com os filhos os genitores devem se assegurar que já fizeram todos os esforços possíveis para salvar o casamento e que esta decisão é irrevogável.

Se um divórcio é claramente iminente o melhor é contar logo para as crianças. Se possível, contar enquanto o casal ainda está vivendo junto, no modelo de família conhecido e vivenciado pelas crianças.

Isto é importante uma vez proporcionará aos filhos algum tempo para conversar com ambos os pais a respeito da que questão facilitando desta forma, a elaboração da questão.

Porém, um período de espera longo demais, antes da separação efetiva, poderá prolongar a agonia e conduzir a falsas esperanças de uma nova reconciliação.

As crianças devem ser informadas sobre a separação de forma clara, honesta e direta. Sem desculpas, mentiras ou falsas promessas.

É importante os pais discutirem a separação quando ambos estiverem calmos e puderem ser solidários com os filhos. Quando mais calmos os pais forem sobre a situação, mais prontamente os filhos adaptar-se-ão a ela.

O melhor é ambos os pais contarem conjuntamente as crianças sobre a decisão de divorciarem. Desta forma, os filhos ouvirão uma só história e ficarão menos confusas.

Isso também reduz a possibilidade de um dos pais fazer o outro o culpado. Infelizmente, pesquisas comprovam que na maioria dos casos, a tarefa de dar as notícias é executada pela mãe.


Outro fator importante também está pautado em contar para todos os filhos juntos, de uma só vez.

A presença dos irmãos pode diminuir o choque e prover um senso de apoio e continuidade da família.

Lembre-se de que você, pai e mãe não pode simplesmente contar a seus filhos uma vez e esquecer o assunto. Eles precisam de semanas para assimilar a informação e fazer perguntas.


Algumas orientações que podem auxiliar os pais no momento de falar com seus filhos sobre o divórcio.

• Dê a informação de forma que não culpe ninguém;


• Assegure as crianças que elas continuarão a ter um pai e uma mãe, mesmo que algum deles possa morar longe, que ambos irão continuar a amá-las, que o pai ausente as verá quando possível.

As crianças precisam saber que, quando os pais se divorciam, não se divorciam dos filhos. Cada um dos pais ainda sente o mesmo respeito dos filhos e está interessado em seu bem-estar;

• Faças as crianças compreenderem que esta é uma decisão cuidadosa e deliberada, que não foi tomada em um momento de descontrole;

• Os filhos não precisam saber os dolorosos motivos pessoais para a separação. Se elas fizerem perguntas a esse respeito, informe-as que essas respostas são pessoais e particulares, interessando somente aos pais;

• Expliquem em detalhes as mudanças que irão acontecer. Conte com quem e onde eles irão viver, onde o pai que está saindo irá morar, como foram acertadas as visitas e qual a sua freqüência. Isto ajudará as crianças a entender o divórcio e suas implicações para elas;

• Faça tudo que puder para deixar completamente claro aos filhos que a separação não é culpa deles.

Que esta situação não está ocorrendo devido a alguma coisa que eles fizeram. Eles precisam ouvir isso muitas vezes. Também precisam sabe que não há nada que eles podem fazer para reconstruir o casamento dos pais.

• Por fim, mais não menos importante caso os pais estejam encontrando dificuldades para enfrentar ou superar as situações decorrentes do divórcio é aconselhável buscar orientações e acompanhamento com um profissional que poderá contribuir para a reestruturação da dinâmica familiar.

Postado por Ponto de Equilíbrio

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