sábado, 22 de maio de 2010

COMO SÃO TRATADOS NOSSO IDOSOS?


Como são tratados nossos idosos?


* Carla Emanuele

I
A população idosa vem crescendo no Brasil e em Erechim não é diferente. Com o aumento da expectativa de vida, a terceira idade se torna cada vez mais numerosa. E o desafio agora é: como atender este contingente que vem aumentando? População esta que precisa de uma atenção especial. Pessoas que com o decorrer dos anos conquistaram o seu espaço para ter uma velhice tranquila. Direitos de ir e vir, gratuidade nos transportes públicos e privados, aposentadoria (cabe ressaltar os valores injustos pagos), entre outras reivindicações. Mas todos estes avanços são o suficiente?


II
Quem está inserido na terceira idade hoje contribuiu e muito para o crescimento e conquistas da Capital da Amizade. Inúmeros projetos beneficiam vários segmentos da população: o recém nascido, o adolescente, as famílias de baixa renda. Muitas são as campanhas e projetos desenvolvidos nestes segmentos. Mas o idoso, onde fica nesta história? Quais os benefícios para a terceira idade? Se as famílias não se preocupassem com a saúde de seus pais, eles seriam muitas vezes esquecidos e não raramente o são.

III
A terceira idade sofre sim discriminação por parte de segmentos da sociedade. O jovem que deveria dar o exemplo e tentar aprender com a experiência dos mais velhos talvez seja o segmento que mais o agride, que mais o menospreza, que o trata com indiferença Os adolescentes não pensam que um dia também vão envelhecer. Outro exemplo é o transporte público, que não tem paciência com as limitações dos idosos.

IV
A doença, a fragilidade, a inatividade, a dependência e a solidão são situações que devem ser amenizadas ou afastadas dos idosos. Está etapa da vida deve ser trabalhada como uma fase feliz da existência. Momento de transmissão de experiência e sabedoria. Envelhecer com dignidade deveria ser lema em todas as políticas públicas.

V
Mas as ações em prol dos idosos não deve partir apenas do setor público. A sociedade como um todo tem papel importante nesta transformação, desta nova realidade em que vivemos.
E Erechim está engajado nestas necessidades? Temos trabalhos desenvolvidos que merecem ser enaltecidos constantemente. A atuação da ATAPERS em prol do aposentado com várias conquistas e serviços e também da Associação de Apoio ao Idoso. De maneira geral o idoso é relegado a segundo plano, mas tem quem sempre estenda a mão. Porém outras ações de inclusão do idoso são necessárias.

VI
Em função de suprir as necessidades da população idosa, Erechim está se integrando a um projeto do governo gaúcho, dentro do Programa Estruturantes: RS Amigo do Idoso. O gabinete da Primeira Dama e a secretaria municipal de Cidadania são os responsáveis pela execução do mesmo. As servidoras Gladies Ebert, Leonice Balestrin e a gestora do projeto Marciele Ana Devaliere, estão finalizando o projeto. Trabalho este que já teve o plano de ação aprovado e tem como objetivo principal sensibilizar as pessoas e a sociedade como um todo.

VII
Marciele Ana Devaliere gestora do projeto, fala que são as chamadas políticas públicas para os idosos e que tem como base levar a informação até as unidades básicas de saúde, os grupos de associação de idosos, as universidades que os idosos freqüentam, entre outros.

VIII
Segundo o projeto RS Amigo do Idoso, o século XXI está sendo chamado para os estudiosos das questões relativas a envelhecimento humano, de “o século dos velhos” como o século XX foi das crianças.

IX
O RS é o segundo estado brasileiro em número de idosos e o primeiro em expectativa de vida, o que nos impõe a enorme responsabilidade de criar condições e estruturas sociais capazes de dar respostas às necessidades dos idosos e de suas famílias. Para tanto, será realizado um conjunto de ações articuladas e intersetoriais a serem desenvolvidas pelos órgãos estaduais, em conjunto com os municípios.

X
O objetivo do projeto é desenvolver ações que propiciem a inclusão social das pessoas idosas, respeitando a heterogeneidade, a diversidade cultural, regional, étnica, racial e de orientação sexual, estimulando a emancipação, a autonomia e a independência nas atividades cotidianas como forma de garantir o exercício da cidadania. Afinal, nossos idosos merecem toda a atenção.

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