Blog do Prof de Ed. Física MSc SERGIO CASTRO,da Pós Graduação em Educação Especial e Tecnologia Assistiva da Universidade Cândido Mendes(AVM) ;Ex-professor da Universidade Estácio de Sá e Ex-Coordenador de Esportes para Pessoas com Deficiências (PcD) do Projeto RIO 2016 da SEEL RJ ,destinado a fornecer informações sobre pessoas com deficiência(PcD) e com Necessidades Educativas Especiais(PNEE), bem como a pessoas interessadas nesta área ( estudantes, pais, parentes, amigos e pesquisadores)
terça-feira, 25 de maio de 2010
Surdez, Perda Auditiva e Implante Coclear
VEJAM ARTIGO COMPLETO EM : ttp://www.portalotorrino.com.br/index.php?view=article&catid=4:artigos&id=18:recuperando-a-audicao&format=pdf
http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://igualmentediferentes.zip.net/images/D_M_03.gif&imgrefurl=http://igualmentediferentes.zip.net/arch2009-04-16_2009-04-30.html&usg=__xqwjyEN4x4LLMw2wnsgwo09XkV8=&h=239&w=350&sz=16&hl=pt-BR&start=120&um=1&itbs=1&tbnid=CtNerSie6BaV9M:&tbnh=82&tbnw=120&prev=/images%3Fq%3Ddeficiencia%2Bauditiva%2Bsurdez%26start%3D100%26um%3D1%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DN%26ndsp%3D20%26tbs%3Disch:1
A pesquisa da perda auditiva nos adultos é bastante simples e pode ser realizada através de
um exame chamado audiometria tonal e audiometria vocal. Neste exame, o paciente é
colocado dentro de uma cabine com isolamento acústico usando um fone de ouvido. Um
profissional médico ou fonoaudiólogo produz estímulos auditivos em diversas freqüências com
um fone de ouvido e obtém do paciente a sinalização se ele está ouvido.
Ao final se obtém um gráfico que mostra o estado da audição. Nas crianças a partir de 2 ou 3
anos, a audiometria é realizada com jogos e estímulos visuais adequados para a idade.
A audiometria deve ser realizada sempre que houver qualquer suspeita de que a audição não
esteja normal e após uma consulta com o médico otorrinolaringologista.
Em bebês ou em algumas situaões especiais nos adultos, podem ser necessários outros
exames auditivos como os potenciais evocados de tornco cerebral (BERA) e a
eletrococleografia.
A surdez pode ser causada por fatores genéticos, uso de medicamentos, barulho excessivo entre outras causas. Avanços recentes do tratamento e reabilitação da surdez fazem com que os pacientes que sofrem de perda auditiva de qualquer grau tenham um tratamento.
Uso de medicamentos, próteses externas, próteses implantáveis e o implante coclear. Saiba mais detalhes de como funciona a audição, o que pode prejudicá-la e qual a melhor forma de tratamento para cada caso.
Como Saber se a Minha Audição é Normal.
A pesquisa da perda auditiva nos adultos é bastante simples e pode ser realizada através de um exame chamado audiometria tonal e audiometria vocal. Neste exame, o paciente é colocado dentro de uma cabine com isolamento acústico usando um fone de ouvido.
Um profissional médico ou fonoaudiólogo produz estímulos auditivos em diversas freqüências com um fone de ouvido e obtém do paciente a sinalização se ele está ouvido.
Ao final se obtém um gráfico que mostra o estado da audição. Nas crianças a partir de 2 ou 3 anos, a audiometria é realizada com jogos e estímulos visuais adequados para a idade.
A audiometria deve ser realizada sempre que houver qualquer suspeita de que a audição não esteja normal e após uma consulta com o médico otorrinolaringologista.
Em bebês ou em algumas situaões especiais nos adultos, podem ser necessários outros
exames auditivos como os potenciais evocados de tornco cerebral (BERA) e a
eletrococleografia.
Surdos e Ouvintes: Atitudes Relacionadas Aos Problemas do Dia-Dia
Já me perguntaram muitas vezes sobre como é ouvir tudo e então, em menos de quatro anos ficar surda e viver num mundo de silêncio. Eu posso dizer que não é fácil, mas pelo menos agora eu entendo um pouco dos dois mundos e posso comparar certas coisas melhor do que ouvintes ou surdos de nascença.
Eu nasci ouvinte, mas comecei a ficar surda por volta dos 13 anos (ou pelo menos é o que o médico deduz) e fui considerada legalmente surda com dezoito anos. Não existe maneira melhor de comparar algo do que vivenciando não é mesmo? E eu posso dizer com certeza que ouvintes e surdos tem uma maneira diferente de lidar com seus problemas do dia-dia e preconceito. Surdos e ouvintes são iguais, mas acredito que certas coisas nos fazem ver o mundo com outros olhos.
Surdos, tem uma maneira diferente de lidarem com os problemas, ou pelos a maioria deles tem. Se uma pessoa surda não entende alguém e esse alguém fica irritado a pessoa surda dirá “Olha eu sou surdo, será que você poderia falar um pouco mais devagar?”
Se a pessoa continua sendo grossa, então muitas pessoas com deficiência auditiva vão fingir que nada está acontecendo e vai deixar passar porque, não vale à pena discutir esses assuntos com pessoas ignorantes. Se o mesmo acontece com um ouvinte, alguns deles (a maioria) provavelmente vão começar a berrar e dizer coisas como;
“Você é retardado ou o que? Seu imbecil, idiota e etc...” Um surdo sabe o quanto comunicação pode ser difícil e sabe que se você gritar ou ficar nervoso isso não vai resolver a situação e pode até mesmo deixar a coisa pior.
Muitos ouvintes frequentemente perdem o controle e gritam com alguém em uma situação parecida.
Eu tive um problema similar uma vez, eu fui no Mc Donald’s e não consegui entender o que o rapaz estava me perguntando. Ele usava aparelho ortodôntico do tipo extra-oral e ficava realmente difícil entender o que ele dizia por que, além de tudo eu não conseguia ler os lábios dele.
Como eu não conseguia entender o que ele dizia ele ficou frustrado e começou a ser meio rude comigo, e até achou que eu não falava inglês e chamou uma moça que falava espanhol. Eu então EDUCADAMENTE falei:
_ Você poderia, por favor, se acalmar? Isso fica tão frustrante pra mim quanto pra você porque, eu sou surda e não é que eu não falo inglês ou algo parecido.
Você pode repetir novamente e devagar o que você disse antes ou escrever em um papel o que você precisa saber.
Depois disso ele percebeu que não havia razão para ser rude, então ele escreveu em um pedaço de papel o que ele queria.
Ele estava perguntando sobre o tamanho da coca e da batata. Muitas vezes as pessoas perdem a paciência comigo e começam a gritar, mas eu deixo quieto. Às vezes eles estão tendo um dia ruim sabe? Quando eu era ouvinte eu costumava ficar extremamente irritada se alguém fosse grosso comigo ou se eu não conseguisse me comunicar como deveria com alguém. Teve uma vez que eu fui numa feira de profissões e passando por um estande, tinha muitos papeis pra pegar. E eu peguei um papel de cada. Acontece que a mulher que tomava conta do estande havia colocado um papel importante em cima de uma das pilhas e eu peguei o papel sem querer. Ao invés da mulher falar educadamente ela berrou:
_ Coloca esse papel ai de volta porque não era pra você ter pegado.
_ Espera ai, como que é? Como eu ia saber que não era pegar? Estava em cima de uma das pilhas de papéis, presta mais atenção no que você está fazendo sua idiota, e não vem gritar comigo porque você não é minha mãe não palhaça. – falei aos berros e fuzilando a mulher com os olhos – pega essa porcaria de papel e enfia nem te falo aonde (palavra inapropriada)
Infelizmente a situação descria acima acontece com a maioria dos ouvintes, porque eles não têm paciência e acham que gritar vai resolver muita coisa e se esquecem de que gritar é sinônimo de falta de respeito. É praticamente a mesma coisa que ligar um botãozinho de “RAIVA” em alguém.
Outra grande diferença entre ouvintes e surdos é a maneira como eles lidam com diferenças e deficiências.
Surdos não se importam se alguém é cadeirante, cego ou deficiente intelectual e irá tratar a pessoa normalmente, mesmo porque surdos são deficientes e sabem bem como é o preconceito.
Eles vão interagir e nem se sentirão desconfortáveis. Entretanto, muitos ouvintes não conseguem nem sequer desviar o olhar de um cadeirante, um deficiente intelectual, um surdo ou um cego.
Eles devem até agir de maneira meio embaraçosa, o que muitas vezes deixa o deficiente desconfortável.
Eles vão querer tratar essa pessoa como se ela fosse de vidro. Ninguém quer ser tratado com tamanha diferença.
Todo mundo quer ser visto igualmente. Eu não quero ser vista como surda, eu quero ser vista como uma pessoa, um ser humano – assim como as outras pessoas com outras deficiências também querem.
Quando um surdo é alvo de preconceito (assim como eu fui muitas vezes), a gente dá o melhor de nós para provarmos que somos capazes de fazer as mesmas coisas. Eu percebi que muitas pessoas como empregadores e professores me trataram como se eu não fosse capaz ou não me encaixasse onde eu estava por causa da minha deficiência. Pessoas surdas devem dar o melhor de si para provarem que se encaixam SIM.
Já vi muitos surdos por ai (não vou citar nomes, pois não quero dar de puxa saco), fazerem o que fazem de maneira que deixam qualquer pessoa “normal” no chão de tão bem que o fazem.
Muitas vezes essas pessoas que se dizem “normais” veem os surdos como inúteis ou diferentes.
Então essas pessoas surdas simplesmente são o melhor de si para provarem que de inúteis e diferentes não têm nada e podem fazer algo tão bem quanto, ou melhor, do que os ouvintes.
Eu já presenciei e já andei observando a maneira como pessoas “normais” (por normais eu digo: heterossexuais, sem nenhum tipo de deficiência e de classe média ou alta, em outras palavras pessoas que não tem absolutamente motivos nenhum pra reclamar de certas coisas) agem quando são apontadas por algum motivo bobo tais como: a maneira de andar diferente, o jeito de pentear o cabelo, as roupas estampadas que gostam de usar, ou a maneira como falharam em alguma coisa.
Eles simplesmente usam aquilo pra se fazerem de vitimas e sentirem pena de si mesmos e eu já ouvi muitas coisas do tipo “Coitadinho de mim, não posso fazer nada sem ser apontado.
Eles fazem uma tempestade num copo d’água porque para pessoas “perfeitas” não é permitido falhar. Eles crescem com medo do fracasso e acabam colocando obstáculos aonde não tem só pra usarem como desculpa.
Devo confessar que eu mesma depois de surda comecei a manter a calma. Comunicação é algo extremamente importante pra nós surdos. Nem todo surdo sabe linguagem dos sinais. Alguns são oralizado e usam leitura labial para entenderem o que as pessoas dizem. Se tivermos um problema e precisamos revolvê-lo, nós tentamos da melhor maneira possível.
Se o tipo de comunicação que estamos acostumados falha, então escrevemos num pedaço de papel e a pessoa com quem estamos conversando faz o mesmo e BINGO
Acabam-se os problemas. Já as pessoas “normais” não preciso nem dizer que eles começam a gritar e dependendo da idade até a chorar né?
E pior é que se isso Não resolve o problema eles então dizem que a culpa é de alguém. Eles sempre tentam culpar outra pessoa.
Surdos e ouvintes não vivem em um mundo diferente.
Surdos não são melhores e nem piores do que ouvintes. O ponto chave é que; como surdos vivem em um mundo de silêncio (ou quase silêncio), com poucas opções de comunicação e acessibilidade, nós sabemos temos que nos comportar de uma maneira diferente pra conseguirmos chegar aonde queremos. E é claro que dessa maneira também vivemos uma vida mais saudável, porque ficar se estressando a toa muitas vezes nos deixam doentes e isso com certeza não vale a pena.
A nossa visão quanto a obstáculos é um pouco diferente. Porque temos que conviver com eles todos os dias, então cada dia que passa é um novo desafio. Damos o melhor de nós pra nos tornarmos algo.
E eu acho realmente triste que existam surdos por ai que pensam ser incapazes de fazer as coisas, e isso acontece de tanto ouvirem que não podem fazer isso ou aquilo.
A vida é a coisa mais preciosa que temos e os obstáculos aparecem a todo o momento, temos que aprender a superá-los e viver da melhor maneira possível.
Esta é a maneira que a maioria dos surdos e a maioria das outras pessoas com qualquer tipo de deficiência pensam- nós não temos medo de tentar e nunca teremos.
Espero que tenham gostado do meu texto, eu fiz porque estavam me perguntando sobre essas coisas. Como é ser ouvinte e ficar surda e o que eu percebo de diferente em relação aos problemas do dia-dia. Se alguém tiver algo a acrescentar é só avisar.
Beijos a todos
Ps: Nota-se que no texto eu não estou usando generalizações. Eu falo de maneira clara e explicita que eu falo sobre alguns ou a maioria mas não todos.
Escrito por Diefani Piovezan
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