domingo, 9 de maio de 2010

Paraplegia e Tetraplegia- Parte 1


Paraplegia e Tetraplegia- Parte 1


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http://www.deficienteciente.com.br/2009/08/paraplegia-e-tetraplegia-parte-1.html


Postado por: Vera (Deficiente Ciente) | Categoria(s): Deficiências | Postado: Quinta-

Caro leitor,
Acompanhe no blog Deficiente Ciente, o estudo sobre a paraplegia e a tetraplegia.

Na primeira parte deste estudo, conheceremos o que é paraplegia e tetraplegia e as suas possíveis causas.

Introdução
As paraplegias e as tetraplegias são decorrentes de comprometimentos funcionais da medula espinhal. Elas se manifestam em três formas distintas de comprometimentos: motores, da sensibilidade e vegetativos (vide entre outros PAPE et PAESLACK 1997, p.306; GERNER 1992, p.3).

Quando as vias medulares são totalmente interrompidas, resulta em uma lesão medular completa. Esta lesão será diagnosticada como sendo uma tetraplegia, quando comprometer os 4 membros e o tronco, como conseqüência de lesões cervicais e em nível da primeira vértebra torácica. Observação: em casos de tetraplegia, os deltóides ficam com funções perfeitamente normais, assim como o peitoral menor.

Já o ancôneo e o bíceps ficam parcialmente funcionais. Com estes músculos os tetraplégicos podem, por exemplo, nadar, fazer atletismo (corridas, arremessos e lançamentos), rugby, jogar tênis em cadeira de rodas, etc. Quando a lesão medular completa comprometer “apenas” as pernas, o diagnóstico será de paraplegia.

Nas lesões medulares incompletas, quando elas ocorrerem na região cervical ou até a primeira vértebra torácica, o diagnóstico será de tetraparesia, já que todos os quatro membros e o tronco ficam parcialmente comprometidos. Abaixo deste nível, o diagnóstico será de paraparesia, já que ambas as pernas ficam parcialmente comprometidas.

A altura da lesão é determinada com base nas perdas funcionais e distúrbios das funções comprometidas.

Quando ocorre uma perda séria das funções motoras, fala-se em paralisia.

Quando ocorre um “leve” comprometimento, fala-se em paresia.

Causas da Paraplegia e da Tetraplegia

Entre as causas mais freqüentes da paraplegia e da tetraplegia podem ser citadas:

Traumatismos medulares:

os traumatismos medulares representam em torno de 75% dos casos das lesões medulares.

Eles são provocados por acidentes de moto, carro, no lazer, no trabalho e por armas. Um dos pontos críticos de sua ocorrência é de que na maioria dos casos as pessoas atingidas estão na faixa etária dos 17 aos 25 anos de idade.

(Veja também, no blog Deficiente Ciente, maioria dos casos de lesão medular é causada por acidentes de trânsito.)

Os traumatismos são classificados em: comoção, contusão e fratura.

Na comoção espinhal normalmente não há seqüelas.

Os comprometimentos são só temporários.

A contusão medular, por sua vez, leva a comprometimentos neurológicos, tais como perda da sensibilidade e incontinência urinária (vide Manifestações Não-Motoras da Paraplegia e da Tetraplegia).

A compressão medular ocorre pela ação prolongada de fragmentos ósseos e, especialmente, por hematomas.

Processos intra-espinhais capazes de destruir áreas medulares (tumores, abscessos, hérnias de disco, cistos, hematomas, etc.);

Disfunções circulatórias e más formações de vasos sangüíneos;

Infecções e infestações: os processos infecciosos comprometem as estruturas neurais, que não se regeneram e levam a perdas funcionais. Em muitas regiões brasileiras, é grande a infestação por xistose (Schistossoma mansoni), que pode se alojar junto à medula e provocar paraplegias;
Processos degenerativos, como, por exemplo, na esclerose múltipla;
Más formações da estrutura neural da medula: espinha bífida oculta e espinha bífida aberta.
A espinha bífida oculta não tem importância clínica na maioria dos casos, já que geralmente não apresenta seqüelas. DELANK et GEHLEN (1999, p. 333) chamam a atenção, no entanto, para o fato de que adultos com incontinência urinária, sem comprometimentos neurológicos diagnosticados, poderiam ter como causa da incontinência urinária a espinha bífida oculta.
A espinha bífida aberta é causada por um distúrbio de desenvolvimento da medula espinhal, estando comprometidos inclusive suas membranas e nervos (meningocele, mielomeningocele, mielomeningocistocele, etc.);
Outras anomalias, causadas, por exemplo, pela instabilidade cervical (instabilidade atlanto-axial) na síndrome de Down, que pode provocar tetraplegias ou até mesmo levar à morte, ante a frouxidão ligamentar.

As lesões medulares completas quase sempre são de causa traumática e raramente são infecciosas. Com isso, é de fundamental importância o cuidado com acidentes, evitando-se mergulhos em águas rasas ou em ambientes desconhecidos.

Também deve-se evitar o acesso a lagoas ou rios contaminados com xistose nas atividades de lazer, na prática esportiva ou no exercício profissional, como é o caso dos Bombeiros Militares ou mergulhadores, por exemplo.

(Veja nesse blog, Deficiente Ciente, o significado funcional do nível da lesão medular).

Topografia Neurológica da Tetraplegia e da Paraplegia
As lesões cervicais até a altura da primeira vértebra torácica são denominadas de tetraplegia.

Já as lesões abaixo da primeira vértebra torácica recebem a denominação de paraplegia.

Tetraplegia- lesões cervicais até T1

Paraplegia - lesões medulares abaixo de T1


Fonte:http://www.informacao.srv.br/cpb/index.html

Veja também nesse blog:

Paraplegia e Tetraplegia - Parte 2
Paraplegia e Tetraplegia - Parte 3
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Acesse aqui e veja matérias sobre a sexualidade e a pessoa com deficiência.


Leia mais: http://www.deficienteciente.com.br/2009/08/paraplegia-e-tetraplegia-parte-1.html#ixzz0nShHSjhu
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