Blog do Prof de Ed. Física MSc SERGIO CASTRO,da Pós Graduação em Educação Especial e Tecnologia Assistiva da Universidade Cândido Mendes(AVM) ;Ex-professor da Universidade Estácio de Sá e Ex-Coordenador de Esportes para Pessoas com Deficiências (PcD) do Projeto RIO 2016 da SEEL RJ ,destinado a fornecer informações sobre pessoas com deficiência(PcD) e com Necessidades Educativas Especiais(PNEE), bem como a pessoas interessadas nesta área ( estudantes, pais, parentes, amigos e pesquisadores)
domingo, 9 de maio de 2010
GOLBOL - Esporte é desenvolvido especialmente para pessoas que têm problema de visão(Cegos ou Deficientes Visuais (DV)
Bola
A circunferência da bola oficial de goalball assemelha-se muito à bola de basquetebol, mas o peso é maior. Pesa 1,250 kg e não possui enchimento (câmara de ar), fato que a mantém em maior contato com o solo. Ela é feita de uma borracha espessa, é oca e tem pequenos orifícios em sua superfície para potencializar o som produzido pelos guizos internos quando entra em contato com o solo ou quando é rolada.
Introdução
Histórico
O esporte foi criado na Alemanha logo após a II Guerra Mundial, em 1946, pelo alemão Hanz Lorenzer e pelo austríaco Sett Reindle.
O intuito de sua criação era a reabilitação de veteranos de guerra com deficiência visual por intermédio da prática esportiva (IBSA, 2006).
Quase trinta anos após sua origem, mas ainda apenas como evento de exibição, a modalidade fez sua primeira aparição internacional em 1972, nos Jogos Paraolímpicos de Heidelberg, na Alemanha (MATARUNA et al., 2005).
Em 1976, foi incorporado ao programa esportivo dos Jogos Paraolímpicos de Toronto – Canadá apenas no gênero masculino. A ampliação para o gênero feminino ocorreu somente em 1984 nos Jogos de Nova Iorque – EUA, após a disputa do primeiro campeonato mundial em 1978, na Áustria (MATARUNA et al., 2005).
No Brasil existem duas vertentes sobre a introdução da modalidade. Uma aponta Steven Dubner como o ‘’Charles Miller’’ do goalball.
De acordo com esta linha, Steven trouxe a primeira bola de goalball para o país em 1985, no Clube de Apoio ao Deficiente Visual (CADEVI), de São Paulo e ajudou a disseminar sua prática (CBDC, 2006; MATARUNA et al., 2005).
A outra versão aponta o início formal da prática após o mundial de Goalball da Holanda em 1986. Mário Sérgio Fontes foi enviado a este evento com o intuito de conhecer a modalidade e retornou ao país com as regras e as bolas oficiais (CBDC, 2006; MATARUNA et al., 2005).
Apesar das diferentes informações, o marco da sistematização da modalidade no Brasil é a realização do I Campeonato Brasileiro de Goalball, em Uberlândia, no ano de 1987 (CBDC, 2006).
Em competições internacionais, a equipe brasileira debutou nos Jogos Pan-americanos da IBSA de Mar Del Plata na Argentina em 1995.
Mas o grande divisor de águas, responsável pela crescente procura pela sua prática, conseqüente aumento do número de equipes e desenvolvimento da modalidade no país foi, indubitavelmente, a realização do VII Campeonato Mundial em 2002 na cidade do Rio de Janeiro.
Este evento possibilitou a evolução e a capacitação de nossos atletas, técnicos e dirigentes ao proporcionar o contato direto com o que havia de melhor em nível mundial.
Tal evolução da modalidade em nosso país pôde ser comprovada pelas conquistas posteriores ao mundial do Rio, entre as quais podemos citar a primeira participação do Brasil em Jogos Paraolímpicos, em Atenas/2004, e a medalha de prata nos IV Jogos Pan-americanos da IBSA realizados em São Paulo, em 2005, ambas as conquistas com a equipe feminina (CBDC, 2006).
O goalball é uma modalidade esportiva desenvolvida especificamente para pessoas com deficiência visual.
É baseado nas percepções auditivas e táteis, como também na orientação espacial.
Caracteriza-se como uma atividade dinâmica, interessante e especial. São três jogadores em cada equipe, que lançam a bola, rolando no piso da quadra, para tentar fazer o gol.
A outra equipe tenta impedir o gol com os três jogadores deitando-se no piso para realizar a defesa da bola lançada pelo adversário e, assim, a disputa segue em duas etapas; vence o jogo a equipe que conseguir o maior número de gols.
O silêncio dos praticantes e espectadores é extremamente importante para o bom andamento da partida. O controle e a aplicação das regras são assegurados por uma equipe de arbitragem, composta por dois árbitros principais, mesários e juízes de linhas.
Quadra
As dimensões oficiais da quadra são 18m de comprimento x 9m de largura em formato retangular.
Toda a marcação da quadra no solo é feita em alto relevo (barbantes sob fita adesiva) para permitir a orientação tátil dos jogadores. As metas, balizas ou gols ficam sobre as linhas de fundo da quadra e medem 9m de largura x 1,30m de altura.
Cada metade da quadra é dividida em três áreas de dimensões idênticas: área neutra, área de ataque (ou de lançamento) e área de defesa.
Quadra oficial de goalball
A área neutra é o espaço que separa as áreas destinadas às atuações das equipes.
A área de ataque (ou de lançamento) limita a ação ofensiva das equipes.
O primeiro contato da bola com o solo, após o lançamento dos jogadores, deve acontecer obrigatoriamente até a linha que separa a área de ataque da respectiva área neutra da meia-quadra de cada equipe, para que os defensores tenham tempo de ouvir e perceber a trajetória da bola lançada.
A área de defesa cerceia as ações defensivas.
Somente é permitido aos jogadores efetuarem a defesa das bolas lançadas pelos adversários com parte do corpo em contato com esta área.
Sendo esta área o principal ponto de referência para a orientação espacial dos jogadores, existem diferentes marcações (linhas táteis) em seu interior diferenciando-a das demais áreas.
São as linhas do ala esquerdo, do pivô e do ala direito.
VIDEO SOBRE O ESPORTE PARAOLIMPICO GOLBOL, ONDE O BRASIL TEM EXCELENTES EQUIPES NA CATEGORIA MASCULINO E FEMININA. VEJAM ESTE VIDEO DA GLOBO COM ORIENTAÇÃO SOBRE A PRÁTICA DESTE ESPORTE EM : http://video.globo.com/Videos/Player/0,,GIM1259896-7759-ESPORTE+E+DESENVOLVIDO+ESPECIALMENTE+PARA+PESSOAS+QUE+TEM+PROBLEMA+DE+VISAO,00.html
O esporte foi inventado na Alemanha em 1946. Um apito orienta os passos da partida
VOCE PODE ACOMPANHAR TAMBÉM ATRAVÉS DA PÁGINA DO " PARAOLIMPICOS DO FUTURO" EM : http://www.informacao.srv.br/cpb/htmls/paginas/goalball/goalball.html
AQUI VOCE VERA TUDO SOBRE :
Autores
Regras oficiais da IBSA
Goalball
Introdução
Histórico
Classificação
Regras básicas
Competições
Iniciação ao esporte
Treinamento esportivo
Resultados
Referências bibliográficas
Arbitragem
No goalball, os árbitros têm uma função extra além de apitarem os jogos.
Eles também são responsáveis por comandar o jogo, numa espécie de narração para que os jogadores compreendam o que está ocorrendo na partida e para facilitar o entendimento da torcida, que, na maioria das vezes, é formada por pessoas com deficiência visual.
Mesmo que os jogadores mais experientes saibam o que está se passando em quadra, os árbitros são imprescindíveis para a reposição rápida da bola e para o saneamento de qualquer dúvida possível, organizando a dinâmica em quadra. Na versão oficial, são onze árbitros no total:
dois árbitros principais (um de cada lado da quadra);
quatro juízes de linha (um em cada quina da quadra), responsáveis pela reposição de bola;
cinco mesários com funções de cronometragem, marcação dos arremessos, substituições, tempos técnicos, controle de penalidades etc.
São os dois árbitros principais que orientam a dinâmica do jogo, estabelecendo certa ordem por intermédio de comandos padronizados na língua inglesa.
Mesmo nos campeonatos realizados no Brasil, são utilizados os comandos em inglês, visando a facilitar o entendimento dos atletas do país em eventos internacionais. São exemplos da utilização de comandos básicos:
iniciar ou reiniciar a partida após qualquer interrupção (play – inicia/joga);
indicar que o lançamento foi para fora da quadra sem tocar em nenhum jogador oponente (out – fora);
indicar que a bola lançada saiu de quadra após ser bloqueada pelo defensor. A posse de bola ainda é da equipe que a defendeu (block out – bloqueio fora).
Jogadores
Cada equipe é composta de três jogadores em quadra e até três reservas. São permitidas três substituições, não se contabilizando como parte dessas três possíveis as substituições realizadas no intervalo.
Ao entrarem em quadra, os atletas devem estar devidamente bandados e vendados para que não haja desigualdade de condições entre os que não enxergam e os que possuem algum resíduo visual.
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL: Classificação
A classificação oftalmológica é a formatação escolhida pela Federação Internacional de Esportes para Cegos – IBSA para legitimar ou não a participação de uma pessoa nas competições oficias para cegos e deficientes visuais regidas por tal entidade e suas filiadas.
Esta classificação só poderá ser feita por médicos oftalmologistas em clínicas ou consultórios especializados.
As classes visuais reconhecidas pela IBSA são as seguintes:
B1: De nenhuma percepção luminosa em ambos os olhos a percepção de luz, mas com incapacidade de reconhecer o formato de uma mão a qualquer distância ou direção.
B2: Da capacidade em reconhecer a forma de uma mão à acuidade visual de 2/60 e/ou campo visual inferior a 5 graus.
B3: Da acuidade visual de 2/60 à acuidade visual de 6/60 e/ou campo visual de mais de 5 graus e menos de 20 graus.
Todas as classificações deverão considerar ambos os olhos, com melhor correção, ou seja, todos os atletas que usarem lente de contato ou lentes corretivas deverão usá-las para classificação, mesmo que pretendam usá-las, ou não, para competir (CBDC, 2006).
As três diferentes categorias competem juntas em igualdade de condições, pois os atletas têm os olhos devidamente bandados e vendados para impossibilitar o uso de qualquer resquício visual.
Treinamento Esportivo
No jogo de goalball o resultado final da partida pode ser definido por detalhes, especificamente os detalhes técnicos, o que caracteriza a modalidade como uma atividade que demanda de seus praticantes a aplicação de gestos adequados.
Os atos de defender e atacar são uma constante no jogo. Devem ser enfatizados nas programações de treinamentos como fatores determinantes na formação geral dos jogadores, subsidiando e facilitando os seus movimentos específicos.
Técnicas básicas de defesa e ataque exigidas no jogo:
Técnicas de defesa
Particularidades das três fases atuantes nos movimentos de defesa dos jogadores de GoalBall:
Atenção
Reação
Finalização
Técnica de ataque – Tipos de arremessos
Arremesso estático
Arremesso em progressão
Arremesso por baixo das pernas
Arremesso com giro
Sistemas de defesa e ataque mais comuns empregados no jogo de Goalball:
Aspectos Táticos
Sistemas Defensivos
Defesa simples
Defesa compacta
Defesa diagonal
Sistemas Ofensivos
Ataque Simples
Ataque Flutuante
Breves considerações para o treinamento esportivo
esporte é disputado em uma quadra que tem as mesmas dimensões da de vôlei (9 m de largura por 18 m de comprimento). Cada equipe conta com três atletas titulares e três atletas reservas. Os gols, que têm nove metros de largura por 1,2 m de altura, ficam nas extremidades da quadra. Os três jogadores são ao mesmo tempo arremessadores e defensores. Os arremessos só podem ser rasteiros. Assim como no futebol, a bola no goalball possui guizos que emitem sons e permitem aos atletas saberem a direção do objeto, que tem 76 cm de diâmetro e pesa 1,25 kg.
A primeira aparição do goalball em Paraolimpíadas foi em Toronto-1976, mas como caráter de exibição.
Quatro anos depois, em Arnhem (HOL), o esporte passou a fazer parte da grade da competição e contou somente com a participação de homens.
As mulheres disputariam a modalidade pela primeira vez em Nova Iorque-1984.
No Brasil, o goalball começou a ser difundido em 1985. Dois anos depois, o esporte ganhou seu primeiro campeonato brasileiro.
Os homens ainda não tiveram uma participação de destaque na modalidade.
Por outro lado, as mulheres já foram vice-campeãs do Mundial da IBSA (Federação Internacional de Esportes para Cegos), em Quebec (CAN), em 2003.
As potências do esporte são a Dinamarca, no masculino, e o Canadá, no feminino.
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Um comentário:
Caríssimo professor Sérgio Castro, fui sua aluna na Estácio campus Bispo em E.F.Adaptada, na época eu era funcionária da Apae-Rio e o srº foi orientador da minha monografia. Espero que esteja com saúde e feliz como sempre! É um prazer conhecer o seu blog e poder contar com seus conhecimentos mais de perto. Hoje eu trabalho em escola Municipais da Baixada Fluminense, em alguns momentos há a inclusão de alunos portadores de Necessidades especiais e eu os atendo e os integro às turmas com prazer. Nesta semana darei uma palestra sobre Psicomotricidade e Esporte adaptado nas escolas. Eu costumo colocar os alunos ditos "normais" para fazerem jogos adaptados como o futebol de 5 com olhos vendados entre outros para que se coloquem no lugar daquele que necessita de ajuda e estejam sensibilizados para que tenhamos uma sociedade mais igualitária pois, como diz a música do Beto Guedes "Vamos precisar de todo mundo, um mais um é sempre mais que dois". Prestei serviços na área de Educação Especial também nos municípios onde trabalho e sempre faço a integração do aluno especial com aquele que aparentemente não necessita de ajuda. Tenho dois blogs na web também um de Cultura Popular e o outro de Cultura Afro-brasileira, meu trabalho é para que tenhamos educação para uma sociedade cada vez mais plural, justa e igualitária. Um grande abraço!Denise Guerra.
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