TVE Debate - Educação Especial
Descrição
Um processo histórico de exclusão, preconceito e a falta de preparo de educadores até mesmo de familiares fazem parte do contexto de crianças e adolescentes que necessitam de atenção especial. Para discutir um assunto tão caro e que exige muita sensibilidade por parte da sociedade como um todo, o TVE Debate exibido em 15 de maio convidou a presidente da Associação dos Amigos dos Autistas da Bahia – AMA, Rita Brasil; a superintendente pedagógica municipal de educação especial, Luciene Costa dos Santos; além da psicóloga do centro de atendimento educacional especializado de salvador – APAE, Nilma Freitas.
De acordo com a Organização mundial da saúde são 67 milhões de pessoas no planeta portadoras da síndrome de autismo, por exemplo e, dessas, a estimativa é que sejam 70 mil aqui na Bahia. Foi unanimidade entre as convidadas a dificuldade em trabalhar a inclusão nas escolas públicas e particulares baianas. Para Rita Brasil, é preciso muito estudo, planejamento, trabalho e discussão sobre o tema. “A dificuldade passa pela condição da própria formação do profissional, porque a gente tem que ter uma preocupação central com isso. Eu acho que é o maior empecilho hoje, para que a criança possa estar dentro da sala, não só na parte social, mas acima de tudo na parte cognitiva”, ressalta.
Luciene lembra que é preciso considerar a questão histórica excludente. “Nós somos frutos dessa educação. Até pouco tempo atrás, há algumas décadas, os nossos alunos com deficiência, as pessoas deficientes ou com necessidades educacionais especiais, estavam trancados em casa, amarrados ao pé da mesa sem nenhum acesso. Então esse processo histórico é fundamental para a gente entender essa dificuldade de hoje”. Nilma Freitas lembra que a inclusão é um convite às mudanças significativas estruturais no âmbito da sociedade e talvez aí esteja a grande dificuldade, na realidade. “É um desafio: você não pode ter uma escola inclusiva numa sociedade excludente. E isso implica em que vários segmentos da sociedade tenham que se organizar para poder propiciar uma inclusão de qualidade”.
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