Posted: 03 Jul 2013 10:06 AM PDT
Uma das dez histórias gratuitas mais lidas do aplicativo de quadrinhos Comixology entre os meses de maio e junho, “Metaphase” apresenta um
Para o pai, os super poderes de Ollie se mostraram após sete meses de internação no hospital e três cirurgias no coração ainda no primeiro ano de vida.
“Na verdade eu não precisei torná-lo um herói [para o quadrinho]. Ele já é um herói na vida real. Estou usando esse livro basicamente para mostrar para o mundo que indivíduos com Down podem ser nossos heróis e nos inspirar como qualquer um pode”, comenta em entrevista ao UOL. “Espero que a HQ mude o jeito que as pessoas enxergam a doença. Se a história inspirar outros artistas ou autores, ficarei feliz”. Na cabeceira de Reece, que atualmente dedica todo o tempo ao filho, estão gibis de Hellboy e The Walking Dead.
Editor do site de quadrinhos Stash My Comics, Reece disse que contar a história de Ollie em quadrinho foi um ambiente natural. Mas o que lhe causa ansiedade é o momento que o filho descobrir que ele foi seu símbolo de superação. “Confesso que estou ansioso para ver como ele vai se sentir quando descobrir que tem um livro inspirado na história dele. Ele tem só três anos, por isso ainda não entende bem o que tudo isso significa. Mas ele ama livros, então eu fico lendo muitas histórias pra ele.”
Williams, o ilustrador, explica que apesar de ter se inspirado no filho do autor para desenhar os quadros, tentou não fazer uma interpretação direta nos desenhos. “Como artista vejo algo tão profundamente pessoal na história, que foi importante ter cuidado na minha representação visual da personagem. Observei fotos de pessoas com esse tipo de síndrome pensando em algo que eles pudessem se reconhecer, mas não que se tornasse caricato.”
“Eu quero acreditar que podemos colocar a história de uma forma que forneça algum valor educacional e que algumas pessoas possam ler o livro, aprender alguma coisa e aplicar isso a situações da vida real, onde possam se ver em uma pessoa com Down. Afinal de contas, é apenas uma pessoa”, diz o ilustrador, conhecido pela história de horror “The Cabinet”.
Reece ainda diz ter se interessado pelo trailer de “Colegas”, do diretor brasileiro Marcelo Galvão, apresentado pela reportagem, e que mostra os atores Ariel Goldenberg, Rita Pokk e Breno Viola como os anti-heróis da trama. “Me deixou muito curioso, interessante eles serem colocados como vilões”, comenta.
“Muitas pessoas que eu converso dizem que pessoas com Down são ‘sempre felizes’ ou ‘extremamente amáveis’ e ainda que são limitados na sua capacidade em funcionar em sociedade, mas a verdade é que essas pessoas incríveis podem fazer as coisas exatamente como você e eu, e até mesmo coisas que eu nunca poderia fazer. Ouvi falar de um adolescente com Down que escalou o Everest – você nunca vai me encontrar fazendo isso.”
Fonte: http://entretenimento. uol.com.br/
Ollie, de três anos, herói do pai na HQ “Metaphases”
herói incomum nas páginas das HQs: Ollie, de três anos, filho do editor americano de quadrinhos Chip Reece, que tem Síndrome de Down. Reece transformou um desabafo pessoal e a história da família em um roteiro de ação ilustrado por Kelly Williams e que tem previsão de lançamento impresso para janeiro.Para o pai, os super poderes de Ollie se mostraram após sete meses de internação no hospital e três cirurgias no coração ainda no primeiro ano de vida.
“Na verdade eu não precisei torná-lo um herói [para o quadrinho]. Ele já é um herói na vida real. Estou usando esse livro basicamente para mostrar para o mundo que indivíduos com Down podem ser nossos heróis e nos inspirar como qualquer um pode”, comenta em entrevista ao UOL. “Espero que a HQ mude o jeito que as pessoas enxergam a doença. Se a história inspirar outros artistas ou autores, ficarei feliz”. Na cabeceira de Reece, que atualmente dedica todo o tempo ao filho, estão gibis de Hellboy e The Walking Dead.
Editor do site de quadrinhos Stash My Comics, Reece disse que contar a história de Ollie em quadrinho foi um ambiente natural. Mas o que lhe causa ansiedade é o momento que o filho descobrir que ele foi seu símbolo de superação. “Confesso que estou ansioso para ver como ele vai se sentir quando descobrir que tem um livro inspirado na história dele. Ele tem só três anos, por isso ainda não entende bem o que tudo isso significa. Mas ele ama livros, então eu fico lendo muitas histórias pra ele.”
Williams, o ilustrador, explica que apesar de ter se inspirado no filho do autor para desenhar os quadros, tentou não fazer uma interpretação direta nos desenhos. “Como artista vejo algo tão profundamente pessoal na história, que foi importante ter cuidado na minha representação visual da personagem. Observei fotos de pessoas com esse tipo de síndrome pensando em algo que eles pudessem se reconhecer, mas não que se tornasse caricato.”
Kelly Williams desenhou uma página apresentando os personagens para o UOL
O livro, que por enquanto teve apenas seis páginas lançadas em formato digital, será incluído na plataforma de fundos colaborativos Kickstarter no próximo mês. A proposta dos autores é finalizar a produção até o final do semestre.“Eu quero acreditar que podemos colocar a história de uma forma que forneça algum valor educacional e que algumas pessoas possam ler o livro, aprender alguma coisa e aplicar isso a situações da vida real, onde possam se ver em uma pessoa com Down. Afinal de contas, é apenas uma pessoa”, diz o ilustrador, conhecido pela história de horror “The Cabinet”.
Reece ainda diz ter se interessado pelo trailer de “Colegas”, do diretor brasileiro Marcelo Galvão, apresentado pela reportagem, e que mostra os atores Ariel Goldenberg, Rita Pokk e Breno Viola como os anti-heróis da trama. “Me deixou muito curioso, interessante eles serem colocados como vilões”, comenta.
“Muitas pessoas que eu converso dizem que pessoas com Down são ‘sempre felizes’ ou ‘extremamente amáveis’ e ainda que são limitados na sua capacidade em funcionar em sociedade, mas a verdade é que essas pessoas incríveis podem fazer as coisas exatamente como você e eu, e até mesmo coisas que eu nunca poderia fazer. Ouvi falar de um adolescente com Down que escalou o Everest – você nunca vai me encontrar fazendo isso.”
Fonte: http://entretenimento.
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