Veja estes dois textos:

Autismo como um paradigma acadêmico
O poder do autismo
Como o autismo está mudando o mundo para todos
Dicas de ensino para crianças e adultos com autismo
Schmidt e como ele vê o mundo
Brincanto Play: prazer em aprender (o texto que precedeu nosso livro)

Fala-se muito em barreiras atitudinais, quando se pensa na inclusão de alunos autistas. No caso de pessoas autistas na Universidade, os 2 primeiros artigos expressam bem essa questão.

É preciso, antes de tudo, que a comunidade compreenda e aceite as diferentes formas de ver o mundo - dentro do espectro neurotípico, há muita diversidade; da mesma forma, no Espectro Autista. Assim, é preciso que professores, gestores e colegas entendam que autistas percebem a realidade sob outro ângulo e que essa diversidade é benéfica ao conjunto.

Maira resumiu bem essas questões: é preciso compreender a literalidade com que interpretam as mensagens, informações e regras (incluindo as sociais). É preciso adaptar as provas, definir o tempo de entrega, em alguns casos, usar um "tradutor", uma pessoa que explique as demandas do curso, "traduza" as questões para que o aluno possa entender o que foi pedido. É preciso, para algumas pessoas, que se tenha paciência, pois muitas pessoas autistas ficam ansiosas porque não entendem o que se espera delas. É preciso um bom acompanhamento psicopedagógico, pois um dos grandes aprendizados que o aluno autista vem a ter na escola - de qualquer nível - é trabalhar em equipe.