Aluna deficiente tem planos de competir nas Paraolimpíadas
Mônica Guimarães se prepara para vestir a camisa do Brasil em 2016
Até o ano passado, a aluna Mônica Guimarães, do 2º ano do ensino médio, queria ser jornalista ou psicóloga. Neste ano, os planos para o futuro são diferentes: ela quer fazer faculdade de educação física e se dedicar à carreira de atleta, com pretensões de competir em 2016 por uma medalha olímpica.
A mudança na opção – e até mesmo a nova escolha – não seriam nada surpreendentes se a aluna não tivesse uma deficiência motora que a obriga a andar de cadeira de rodas ou andador.
Competitiva, Mônica se viu estimulada a participar de esportes quando fazia suas aulas de fisioterapia na Associação de Assistência da Criança Deficiente (AACD). Desde os seis anos de idade, era envolvida em aulas de hidroterapia e aos nove passou a frequentar aulas de natação.
Estudou até a 4ª série na escola da associação e, quando passou para o ensino fundamental II, a mãe procurou por um lugar em que ela não deixasse de participar de nenhuma atividade. Desde 2005 estuda no Colégio Adventista de Interlagos, onde encontrou apoio da professora Maria Conceição Moreira Lopes, que a incluiu em atividades de educação física e despertou o interesse da aluna para este campo.
Hoje, joga vôlei, basquete, futebol, mas a natação é onde está se empenhando mais. “Eu sempre achei que nadava tudo errado. Quando peguei a primeira medalha na mão, não acreditei. Eu me perguntava: ‘fui eu mesma que ganhei isso?’”, confessa.
A medalha era de ouro e veio em abril deste ano, ganha no Circuito Loterias CAIXA Brasil Paraolímpico de Atletismo e Natação. Chegou acompanhada de outras três: mais uma de ouro e duas de prata. Por pouco não conseguiu pontuação para a etapa de Fortaleza, mas pretende ainda disputar dois torneios de natação neste ano. “Estou treinando em uma academia em Indaiatuba. Esse ano tem mais duas competições, uma estudantil e uma regional do interior e vou competir pela cidade”.
Os planos de futuro vão além e não são pequenos. Questionada se pretende estar entre os atletas da paraolimpíada de 2016, que será realizada no Brasil, Mônica diz imediatamente: “estou treinando para isso”.
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