Blog do Prof de Ed. Física MSc SERGIO CASTRO,da Pós Graduação em Educação Especial e Tecnologia Assistiva da Universidade Cândido Mendes(AVM) ;Ex-professor da Universidade Estácio de Sá e Ex-Coordenador de Esportes para Pessoas com Deficiências (PcD) do Projeto RIO 2016 da SEEL RJ ,destinado a fornecer informações sobre pessoas com deficiência(PcD) e com Necessidades Educativas Especiais(PNEE), bem como a pessoas interessadas nesta área ( estudantes, pais, parentes, amigos e pesquisadores)
segunda-feira, 30 de setembro de 2013
domingo, 29 de setembro de 2013
D O W N - [Novidades] Novidades do dia 28/09/2013 Ano VIII FABIO ANDIRON
A eternidade é um oceano sem praias. Coelho Neto
NOVIDADES
Inclusão: ela tem a ver com mudança! (um texto bem atual, apesar dos seus 22
anos)
http://inclusaoja.com.br/2011/06/19/inclusao-ela-tem-a-ver-com-mudanca/
Cartilha ajuda pais de crianças com síndrome de Down
http://www.portalr3.com.br/2013/09/cartilha-ajuda-pais-de-criancas-com-sindr
ome-de-down/#.UkcTi39D2So
75% dos alunos deficientes já estão incluídos no ensino regular; mãe defende
convivência e cobra qualidade
http://noticias.r7.com/educacao/noticias/alunos-deficientes-incluidos-no-ens
ino-regular-ja-sao-75-mae-defende-convivencia-e-cobra-qualidade-20130925.htm
l
SENAI é o principal formador de mão de obra de pessoas com deficiência
http://www.senaipa.org.br/noticias/ultimas-noticias/321-senai-e-o-principal-
formador-de-mao-de-obra-de-pessoas-com-deficiencia-.html
147 prédios ocupados pela Prefeitura não têm acesso às pessoas deficientes
http://www.cruzeirodosul.inf.br/materia/504682/147-predios-ocupados-pela-pre
feitura-nao-tem-acesso-as-pessoas-deficientes
Viver sem Limite já conta com adesão de 848 municípios
http://www.asdef.com.br/geral/layout.php?subaction=showfull&id=1380211997&ar
chive=
Assembleia Geral da ONU vai ratificar os direitos da pessoa com deficiência
entre as premissas do desenvolvimento sustentável
http://www.asdef.com.br/geral/layout.php?subaction=showfull&id=1380211709&ar
chive=
Além da boa vontade – Censo Demográfico, pessoas com deficiência e políticas
públicas municipais
http://www.politicasocial.net.br/index.php/opiniao/247-opiviniciusset.html
MOSTRA INTERNACIONAL DE ARTE + SENTIDOS REÚNE ARTISTAS COM E SEM DEFICIÊNCIA
NO TEATRO SÉRGIO CARDOSO
http://www.segs.com.br/so-eventos/132952--mostra-internacional-de-arte--sent
idos-reune-artistas-com-e-sem-deficiencia-no-teatro-sergio-cardoso-.html
Contraponto--jornal digital da Associação dos Ex-alunos do I B C
http://exaluibc.org.br/contraponto/contraponto_08_2013.rtf
Jogos ensinam pais a progredir
http://www.dm.com.br/texto/145958-jogos-ensinam-pais-a-progredir
Cardiologistas definem normas para avaliar pessoas com deficiência para
esportes
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-09-28/cardiologistas-definem-no
rmas-para-avaliar-pessoas-com-deficiencia-para-esportes
EVENTOS
No período de 1 a 5 de outubro, o Senac São Paulo realiza a Semana Senac de
Inclusão e Diversidade
http://www1.sp.senac.br/hotsites/gd3/cd/20130827_GD3_inclusao_diversidade.ht
ml
Últimos dias - Inscrição para o Prêmio de Acessibilidade na Web
http://premio.w3c.br/inscricoes/
II Congresso Aprendendo Down - 3 a 5 de Outubro de 2013 - Ilhéus - BA
Informações e inscrições : ciadown2013(arroba)gmail.com
Postgrado en Accesibilidad y Diseño para Todos (online)
http://www.uic.es/esarqwww.uic.es/es/accesibilidad-diseno
Ballet de Cegos 05/10/2013 as 17hs
Teatro Paulo Machado de Carvalho Alameda Conde de Porto Alegre, 840 - S. C.
do Sul Ingressos a venda pelo site: http://www.bilheteriaexpress.com.br/
LEIS e JURISPRUDÊNCIA
Procon-SP notifica TAM por desrespeito a criança com paralisia
http://veja.abril.com.br/noticia/economia/procon-sp-notifica-tam-por-desresp
eito-a-crianca-com-paralisia
Procon-SP notifica aérea KLM sobre embarque de pessoa com deficiência
http://g1.globo.com/economia/noticia/2013/09/procon-sp-notifica-aerea-klm-so
bre-embarque-de-pessoa-com-deficiencia.html
EM OUTRAS LÍNGUAS
Disabled People and the Post-2015 Development Goal Agenda in Sustainability
5(10): 4152-4182 http://www.mdpi.com/2071-1050/5/10/4152/pdf
Publication of Design For All Institute of India
http://www.designforall.in/newslettersep2013.pdf
Disability Inclusion on World Stage
http://www.probonoaustralia.com.au/news/2013/09/disability-inclusion-world-s
tage#
Leukemia gene found in Down syndrome kids
http://the-japan-news.com/news/article/0000656241
Disney's new disability accommodations are acceptable
http://www.oudaily.com/news/2013/sep/26/disney_line/
Colaboradores : Ana Cláudia Correa (RJ), Eugênia Maria (SP), Fábio Adiron
(SP), Marta Gil (SP),Rita Mendonça (AL),Sandra Tavares (CE), Valéria Llacer
(RJ).
Se você não está em nenhuma lista que recebe as Novidades do Dia e outras
notícias sobre Inclusão e Deficiência , inscreva-se através do site :
http://br.groups.yahoo.com/group/novidadesdodia/
O seu site é acessível ?
Cheque aqui : http://www.acessibilidadelegal.com
NOVIDADES
Inclusão: ela tem a ver com mudança! (um texto bem atual, apesar dos seus 22
anos)
http://inclusaoja.com.br/2011/06/19/inclusao-ela-tem-a-ver-com-mudanca/
Cartilha ajuda pais de crianças com síndrome de Down
http://www.portalr3.com.br/2013/09/cartilha-ajuda-pais-de-criancas-com-sindr
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75% dos alunos deficientes já estão incluídos no ensino regular; mãe defende
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ino-regular-ja-sao-75-mae-defende-convivencia-e-cobra-qualidade-20130925.htm
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SENAI é o principal formador de mão de obra de pessoas com deficiência
http://www.senaipa.org.br/noticias/ultimas-noticias/321-senai-e-o-principal-
formador-de-mao-de-obra-de-pessoas-com-deficiencia-.html
147 prédios ocupados pela Prefeitura não têm acesso às pessoas deficientes
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feitura-nao-tem-acesso-as-pessoas-deficientes
Viver sem Limite já conta com adesão de 848 municípios
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chive=
Assembleia Geral da ONU vai ratificar os direitos da pessoa com deficiência
entre as premissas do desenvolvimento sustentável
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Além da boa vontade – Censo Demográfico, pessoas com deficiência e políticas
públicas municipais
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MOSTRA INTERNACIONAL DE ARTE + SENTIDOS REÚNE ARTISTAS COM E SEM DEFICIÊNCIA
NO TEATRO SÉRGIO CARDOSO
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idos-reune-artistas-com-e-sem-deficiencia-no-teatro-sergio-cardoso-.html
Contraponto--jornal digital da Associação dos Ex-alunos do I B C
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Jogos ensinam pais a progredir
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Cardiologistas definem normas para avaliar pessoas com deficiência para
esportes
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-09-28/cardiologistas-definem-no
rmas-para-avaliar-pessoas-com-deficiencia-para-esportes
EVENTOS
No período de 1 a 5 de outubro, o Senac São Paulo realiza a Semana Senac de
Inclusão e Diversidade
http://www1.sp.senac.br/hotsites/gd3/cd/20130827_GD3_inclusao_diversidade.ht
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II Congresso Aprendendo Down - 3 a 5 de Outubro de 2013 - Ilhéus - BA
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Teatro Paulo Machado de Carvalho Alameda Conde de Porto Alegre, 840 - S. C.
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LEIS e JURISPRUDÊNCIA
Procon-SP notifica TAM por desrespeito a criança com paralisia
http://veja.abril.com.br/noticia/economia/procon-sp-notifica-tam-por-desresp
eito-a-crianca-com-paralisia
Procon-SP notifica aérea KLM sobre embarque de pessoa com deficiência
http://g1.globo.com/economia/noticia/2013/09/procon-sp-notifica-aerea-klm-so
bre-embarque-de-pessoa-com-deficiencia.html
EM OUTRAS LÍNGUAS
Disabled People and the Post-2015 Development Goal Agenda in Sustainability
5(10): 4152-4182 http://www.mdpi.com/2071-1050/5/10/4152/pdf
Publication of Design For All Institute of India
http://www.designforall.in/newslettersep2013.pdf
Disability Inclusion on World Stage
http://www.probonoaustralia.com.au/news/2013/09/disability-inclusion-world-s
tage#
Leukemia gene found in Down syndrome kids
http://the-japan-news.com/news/article/0000656241
Disney's new disability accommodations are acceptable
http://www.oudaily.com/news/2013/sep/26/disney_line/
Colaboradores : Ana Cláudia Correa (RJ), Eugênia Maria (SP), Fábio Adiron
(SP), Marta Gil (SP),Rita Mendonça (AL),Sandra Tavares (CE), Valéria Llacer
(RJ).
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Educação Inclusiva x Educação Especial – Existe espaço para AMBAS
X
Em conversa com minha amiga Luciana Nassif, surgiu a ideia de escrever sobre este assunto pra lá de polêmico: educação inclusiva x educação especial. Muito se tem falado e amplamente se tem discutido sobre o assunto. Pois então, lá vou eu meter “minha colher” neste “angu de caroço”.
Sinceramente, não consigo compreender esta questão da forma como a grande maioria das pessoas vem fazendo, como se cada proposta e projeto pedagógico conflitassem entre si, de tal forma que somente um pudesse existir! Existe espaço para os dois modelos de educação! Porque, simplesmente, entendo que a existência da escola especial NÃO inviabiliza a inclusão escolar e vice-versa!
Se podemos ter a possibilidade de escolher entre as duas opções, por que iremos restringir nossos filhos, cerceando seus direitos e insistindo na “fórmula” equivocada que consiste em colocar todos os autistas numa mesma “fôrma”??? É preciso, minhas amigas e meus amigos, pensar MUITO além da “caixinha”…
Quando uma criança é diagnosticada precocemente, a inclusão escolar (com raras exceções) é a indicação natural da grande maioria dos Especialistas em Autismo, pois existe a grande possibilidade de evolução e melhora do prognóstico da criança.
Entretanto, com o passar do tempo, a questão vai sofrendo sensíveis alterações. De acordo com o crescimento, o desenvolvimento e a adaptação da criança, a escola regular pode deixar de ser a MELHOR opção!
É importante ressaltar que assim como não existe um indivíduo igual ao outro, cada pessoa com autismo é ÚNICA e deve ser compreendida com suas próprias características e dificuldades, potencialidades e limitações. Assim sendo, cada aluno é um aluno, devendo ser cada caso analisado dentro de sua especificidade, de forma a priorizar, SEMPRE, o BEM ESTAR da pessoa com autismo.
Existe ainda um outro aspecto essencial que deve ser levado em consideração: INCLUIR é muito mais do que aceitar a matrícula da criança na escola. Crianças com necessidades especiais NÃO são colocadas em escolas regulares apenas para passar suas tardes ou suas manhãs como, infelizmente, muitos donos de escola e coordenadores acreditam.
É sabido que a inclusão escolar efetiva e ideal ainda está muito longe de acontecer (obviamente, existem algumas escolas que fazem a Inclusão com o I maiúsculo!), seja pela resistência dos estabelecimentos de ensino em aceitar nossos filhos (embora esta recusa seja um ilícito passível de multa, previsto pela Lei 12.764), seja pelo fato de o corpo docente não apresentar especialização necessária para fazê-lo e por tantos outros motivos, sobre os quais já escrevi na coluna do dia 02/07/2013, intitulada “Inclusão Escolar NÃO é um favor! – o que as escolas precisam aprender sobre nossos filhos.” (se quiser ler mais sobre este post, clique aqui).
O fato é que, na grande maioria das vezes, o que observamos é a inclusão da exclusão: crianças jogadas em um canto da sala de aula, em uma turma lotada, com uma professora que, muito provavelmente, entende pouco ou quase nada sobre autismo.
Vale ressaltar que tenho observado, nos últimos anos, um número crescente de educadores que, por conta própria, resolveram investir em cursos de especialização, aperfeiçoamento e pós-graduação em Educação Inclusiva, embora esta especialização devesse estar contida no Conteúdo Programático das Faculdades de Pedagogia – este é um dos motivos pelos quais acredito que as faculdades de Pedagogia devem REFORMULAR seus currículos. A estes profissionais e HERÓIS da educação, que por respeito à profissão e AMOR a seus alunos, buscam o conhecimento, deixo o meu muito obrigada!
Resumindo: incluir um aluno, sem que este tenha suas reais necessidades atendidas, sem que lhe sejam proporcionados os recursos necessários previstos por lei (sejam recursos físicos, sejam recursos humanos – por recursos humanos, entendam a figura da mediadora escolar, sejam conteúdos e avaliações adaptadas às suas especificidades) é apenas e tão simplesmente “jogá-lo” em sala de aula.
Ainda em tempo, cabe aqui uma importante ressalva: isto NÃO quer dizer de forma alguma que eu não acredite na eficácia e no sucesso da Inclusão escolar. O que defendo é que muito ainda deve ser feito para que este processo se torne uma realidade para todos que optarem pela inclusão. E sou uma grande entusiasta de que devemos lutar por esta realidade!
Meu filho frequenta uma escola regular inclusiva, desde o diagnóstico. Que depoimento eu posso dar a respeito de nossa experiência pessoal? A inclusão de meu filho vai “muito bem, obrigada!”, até o presente momento. E amanhã? E quanto ao futuro? Continuará este processo sendo bem sucedido? Espero que sim!
Mas, se isto não acontecer, levando em conta as necessidades e limitações de meu filho, posso optar por colocá-lo em uma escola especial, que possa atendê-lo em suas dificuldades de forma mais adequada do que a escola regular inclusiva.
Falando em escolas especiais, sabemos que existem escolas e escolas. Da mesma forma que temos escolas regulares que não cumprem seu papel inclusivo, também temos escolas especiais que realizam seu trabalho de forma precária e muito aquém das potencialidades das pessoas com necessidades especiais.
Sei de escolas especiais que são apenas uma espécie de depósito para nossas crianças e jovens com deficiência, porque suas propostas pedagógicas estão há muito ultrapassadas, porque seus profissionais não acreditam na capacidade de aprendizado de nossos filhos, subestimando sua capacidade cognitiva e até mesmo pela falta de recursos. Com todos estes “poréns”, estas escolas não contribuem para o desenvolvimento social, psicomotor e pedagógico de seus alunos.
No outro extremo da situação, tenho a alegria saber da existência de experiências de sucesso com jovens e crianças autistas em escolas especiais. Escolas que ACREDITAM no potencial da pessoa com autismo, respeitando sua individualidade e oferecendo estratégias para seu desenvolvimento.
Conforme podemos concluir, temos escolas inclusivas e escolas especiais que desempenham seu papel com maestria e louvor, da mesma forma que existem outras escolas inclusivas e outras escolas especiais que ainda precisam melhorar MUITO em todos os aspectos pelos quais podemos compreender o processo educativo.
O que pode ser bom para alguns, pode não ser tão eficaz para outros. E temos ainda o que eu acredito ser a questão mais importante de toda esta discussão: O PÁTRIO PODER! Entende-se por Pátrio Poder o poder decisório que os pais (pai e mãe) de uma criança ou jovem possuem no que concerne a todas as decisões referentes a seus filhos.
Trocando em “miúdos”: Cabe à família a palavra final e a decisão da escolha, seja esta qual for. Esta decisão deve ser tomada, preferencialmente, após ouvir as ponderações dos terapeutas da criança ou jovem. Cada mãe e cada pai conhece como ninguém as necessidades de seus filhos.
Nunca é demais enfatizar: a existência de uma não inviabiliza a existência da outra! Podem e devem coexistir pacificamente, sem que uma aniquile a outra, cumprindo o papel primordial a que foram designadas – ajudar as pessoas com Necessidades Especiais a se desenvolver, alcançando o melhor e maior grau de autonomia possível, bem como independência, felicidade e bem estar.
RESPEITAR a diversidade de opiniões e a pluralidade de ideias e saber conviver com cada uma delas é VITAL para a construção de uma sociedade democrática, justa e igualitária, seja para indivíduos com necessidades especiais ou para indivíduos neurotípicos.
Denise Aragão
blogmundoazul | Setembro 28, 2013 às 8:33 pm | Categorias: Posts de Colaboradores | URL:http://wp.me/p1OPGL-1qv
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Nanismo e as Associações
Posted: 28 Sep 2013 06:49 AM PDT
Hoje em dia através da internet encontramos milhares de blogs, sites e páginas em redes sociais que representam grupos de pessoas dispostas a discutir temas em comum. As pessoas com deficiência não ficam de fora dessa e descobriram na rede um modo de dar visibilidade a seus problemas. Um modo de unir iguais, mesmo sendo eles tratados como diferentes. O Nanismo em Foco nasceu com o objetivo de discutir temas relacionados com as pessoas com nanismo, quando percebemos uma grande deficiência de conteúdos relacionados ao assunto.
Não diferente disso existem também as associações, que nasceram em torno desse um mesmo objetivo. Muito antes do surgimento dos blogs, sites e redes sociais, elas visam superar dificuldades e gerar benefícios para seus associados. Um tema muito importante para nós, pessoas com nanismo, pois muitos começam a dar os primeiros passos dentro delas. Mas hoje em dia, o que vemos principalmente no que diz respeito àsAssociações de Pessoas com Nanismo, é a falta de participação e interesse dos membros e afiliados. Isso não significa que as pessoas que estão à frente delas sejam as culpadas. Porém as ações já não suprem às necessidades dos pais e associados.
São muitos os benefícios que podemos ter ao fazer parte dessas associações, mas ao que parece, as pessoas perderam a dimensão disso. Quando entramos nos grupos para debater algum assunto ou simplesmente para ver o que está acontecendo, o que vemos são pessoas organizando baladas, encontros e happy hours. Não podemos ficar somente em ações isoladas. Nós não somos contra esse tipo de iniciativa, pelo contrário, acreditamos que isso faz parte da integração entre as pessoas, principalmente dos novos membros do grupo.
Sabemos que essa atitude de algumas associações não são regras, mas exceções. Existem trabalhos que são feitos brilhantemente dentro de associações de apoio a pessoa com deficiência. O Nanismo em Foco acredita que o verdadeiro sentido das associações está se perdendo e com isso não somos nós os únicos afetados: a sociedade também perde o direito de conhecer melhor nossos direitos e anseios. Não podemos deixar isso acontecer, vamos nos organizar, vamos sair de nossa zona de conforto e fazer a diferença.
Este artigo foi desenvolvido com a colaboração de Patrícia Byrro e Carla Abreu.
O texto expressa a opinião compartilhada pelos integrantes do Nanismo em Foco e por outras pessoas.
O post Nanismo e as Associações apareceu primeiro em Nanismo em Foco. |
Limites? Que Limites? no ParaPan 2016, Pessoas com Deficiência Também Exibirão Sua Garra
Resumo
A prática de esportes por pessoas com de deficiência física começou no centro de reabilitação de Stoke-Mandeville, interior da Inglaterra, em 1948, por inspiração do médico Ludwig Gutmann. Partiu dele a idéia de pôr pessoas que se locomoviam em cadeiras de rodas – num primeiro momento, 16 ex-combatentes das Forças Armadas britânicas – praticando basquete e tiro com arco. A partir daí, a reabilitação por meio do esporte começou a se tornar conhecida em todo o mundo.
O termo Paraolimpíada surgiu da composição entre as palavras paraplegia e olimpíada, conforme foi proposto em Tóquio por ocasião da realização dos jogos de 1964, quando 390 atletas representavam 22 delegações. Ao longo do tempo, os jogos foram incorporando novos tipos de deficientes físicos. Em 1976, além de paraplégicos, participaram amputados e cegos, ao todo 1.600 atletas, representando 42 delegações.
Atualmente, a competição reúne cinco grupos de pessoas com deficiência organizados segundo uma classificação funcional, de acordo com o esporte praticado: amputados, paralisados cerebrais, cegos, lesados medulares e les autres, denominação dada a um grupo heterogêneo, com tipos de deficiência que não se encaixam em nenhum dos grupos anteriores, como, por exemplo, os anões. As modalidades praticadas são: atletismo, tiro com arco, basquete, ciclismo, esgrima, futebol, judô, halterofilismo, natação, tênis, tênis de mesa, tiro e vôlei. Duas modalidades estritamente paraolímpicas foram anexadas: bocha e goalball.
POLITICO DEVIA GANHAR COMO O PROFESSOR
Amanda Gurgel, a professora que ficou famosa no YouTube, avalia como positivo o trabalho na Câmara de Natal, mas diz se sentir mais importante na sala de aula
Depois de ficar conhecida nacionalmente por um vídeo no YouTube em que aparece constrangendo políticos, a professora Amanda Gurgel (PSTU-RN) foi eleita a vereadora mais bem votada da história de Natal, no Rio Grande Norte, com 33 mil votos. Seis meses depois de assumir o mandato, ela avalia como “positiva” a oportunidade de “estar vigilante para a população” na Câmara Municipal, mas não tem receio de dizer que se sentia mais importante para a sociedade como professora.
Em entrevista ao iG , a agora vereadora conta sobre os dilemas de pertencer à classe política, sem poupar os colegas. “Toda tragédia na vida das pessoas é elaborada e produzida dentro do Parlamento”. Na opinião de Amanda, os vereadores deveriam receber o salário equivalente ao de um professor de ensino público. “Nossa defesa é que um vereador receba o mesmo salário de um professor. Assim, se o vereador quisesse ganhar um salário de R$ 15 mil (atual remuneração dos vereadores de Natal), também deveria aumentar o salário de professor de R$ 1.300 para R$15 mil. Aqui na nossa cidade nem sequer o piso é cumprido”, argumentou.
A professora ainda compara as manifestações brasileiras de junho com o sucesso do vídeo, que a levou a se candidatar. “(Naquela época) já havia uma situação limite. A própria repercussão do meu vídeo já demonstrava isso. Ali houve enfrentamento de uma pessoa contra deputados. As pessoas acharam aquilo o máximo porque era uma pessoa comum colocando o dedo na cara de um político”, reflete.
Leia abaixo a entrevista na íntegra:
iG - Um ano após a eleição, como você avalia sua participação na política?
Amanda Gurgel - Na verdade, agora estou vendo a política de outro ângulo, desde antes eu participava de movimento estudantil, sempre fui ativista, estive antenada com a questão política na cidade Mas como vereadora consegui ver coisas por um ângulo diferente. Dentro da Câmara de Vereadores, os debates que são feitos quase nunca interessam para a população e, quando são, a posição majoritária na Câmara sempre é contrária aos interesses da população. Como hoje em que aprovamos um projeto de empréstimo para a Prefeitura de Natal para pagar parte das obras da Copa. Cerca de R$ 40 milhões dessa dívida poderia ser investido em educação, transporte, saúde.
iG - Há dois anos, quando seu vídeo teve milhões de acesso, você disse que os políticos estavam se lixando para a educação, que as impossibilidades e limitações são feitas por eles mesmos. Continua pensando assim ou sua visão mudou?
Amanda Gurgel - Continuo pensando assim. Na verdade é como esse mesmo exemplo que acabei de dar. Os políticos estão preocupados em fazer projetos que vão beneficiar empresários, beneficiar empreiteiras. Se for licitação para transporte público, é pra beneficiar essas empresas de transporte. E, diretamente, deixam de destinar recursos para educação. Aqui na cidade são 35 mil crianças fora da creche. Existe um projeto de execução de 21 creches. Ainda não foi construída nenhuma. Já vai fazer um ano deste novo governo. Mas, mesmo após esse descaso, conseguimos ampliar na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 25% para 30% o investimento em educação pública. Isso só foi possível no auge das manifestações que clamavam por melhorias na educação. Ai os vereadores aprovaram.
iG – Também na época em que ficou famosa, você recebeu convites para se candidatar, mas afirmava que não sabia se era isso o que queria para sua vida? O que você agora? Pretende seguir na política ou se arrepende?
Amanda Gurgel - Na verdade para minha vida, se for por uma questão pessoal, de interesse próprio, não tinha esse projeto de ser vereadora ou de ocupar de qualquer cargo público. O que aconteceu é que houve um convencimento público. A forma de fazer política nessas instituições, do parlamento, enquanto for desse jeito, a vida das pessoas pode melhorar pouco. A partir disso, nosso partido tem obrigação de participar. Por enquanto estou ainda disponibilizando meu nome. Não sei até quando. Do ponto de vista pessoal, acho que está sendo uma experiência muito importante. Do ponto de vista político, por enquanto, estou (vereadora).
iG – Você se sentia mais importante naquela época, como professora, ou agora, como política?
Amanda Gurgel - Eu me sinto mais importante como professora, mas a vantagem de ser vereadora é que consigo viabilizar muitos temas que vão além da educação, mas da cidade também, do transporte, não apenas dos professores e dos estudantes. Com essa atividade, tenho oportunidade de cobrar, fazer denúncias, estar vigilante para todos os problemas, questões de saúde, de transporte. Então, assim, desse ponto de vista é importante o mandato por isso. Mas do ponto de vista social, não tenho dúvida que era mais importante como professora.
iG – Você se constrange em ganhar agora um salário de R$ 15 mil por mês já que foi sua fala sobre os baixos salários do professor em Natal que também deram visibilidade ao vídeo na ocasião? É um incomodo para você?
Amanda Gurgel - Eu Já tinha falado sobre isso desde a época da campanha. Não utilizo (o salário) para minha própria vida. Continuo utilizando o equivalente ao salário de professor. O restante do salário é destinado ao partido, que destina isso para muitas necessidades, como para trabalhos dos movimentos sociais. E, na verdade, é uma questão de princípio do meu partido. Todas as pessoas, todos que são candidatos, tem essa mesma obrigação.
iG – Você acha que os outros vereadores deveriam receber salários menores?
Amanda Gurgel - Com certeza. Nossa defesa é que vereador receba o mesmo salário de um professor. Assim, se o vereador quisesse ganhar um salário de R$ 15 mil, também deveria aumentar o salário de professor de R$ 1.300 para R$15 mil. Aqui na nossa cidade nem sequer o piso é cumprido. Infelizmente não é possível (entrar com projeto para vincular salário dos vereadores ao dos professores) porque pelo registrado na Lei Orgânica, um vereador não pode legislar sobre o próprio salario, a menos que mudasse a Lei Orgânica, mas é um esforço em vão. Não vou conseguir coletar as assinaturas necessárias. Seria um tempo que deixaria de dedicar à educação, ao Passe Livre, à vida da população. E as pessoas não estão se mobilizando com isso,
iG – O que mudou na sua vida pessoal depois da eleição? Você ainda anda de ônibus por exemplo?
Amanda Gurgel - Era impossível conciliar a atividade parlamentar usando ônibus. É impossível ir em mais de duas ou três reuniões em um dia de ônibus. Então disponho de um carro por conta do mandato e me locomovo nesse carro.
iG – Que projetos você destaca dos quais propôs nesse início de mandato?
Amanda Gurgel - Além da aprovação dos 30% dos recursos para educação, a gente também elaborou o projeto do Passe Livre após as manifestações, que garante Passe Livre para estudantes aqui na cidade e vai à votação provavelmente na semana que vem. A juventude já está fazendo pressão nos vereadores, de gabinete em gabinete. Se esse projeto for aprovado, entrará para a história do município. É um marco importante.
iG – Aliás, sobre as manifestações, você participou em algumas delas e acabou vaiada por levar a bandeira do seu partido. Como você reagiu a isso?
Amanda Gurgel - Participei de todos os protestos e levei sempre a bandeira do meu partido. Teve um, é verdade, em que todas as bandeiras foram rechaçadas. Nós tivemos que dizer que nosso partido sempre esteve nas ruas, desde quando eram 100, 200 pessoas, até o de 10 mil pessoas. Mas entendemos essa rejeição. Concordamos com essa rejeição porque achamos que são contra os partidos políticos tradicionais, que são responsáveis pela tragédia na vida das pessoas. As pessoas perceberam a diferença entre o meu parido, revolucionário, socialista, dentro do próprio debate. Nas manifestações essas opiniões foram sendo revistas. Aqui na minha cidade, varias pessoas que estavam contra os partidos estão no PSTU. Estão vendo que o PSTU defende os trabalhadores e a juventude.
iG – Como avalia essa repulsa a partidos políticos?
Amanda Gurgel - A gente já vinha fazendo avaliação, já havia uma situação limite. A própria situação do meu vídeo já demonstrava isso. Ali ouve enfrentamento de uma pessoa contra deputados. As pessoas acharam aquilo o máximo porque era uma pessoa comum colocando o dedo na cara de um político. Achamos isso (manifestações) positivo. A nossa opinião é que toda tragédia na vida das pessoas é elaborada e produzida dentro do parlamento. Nós achamos que é positivo. Agora fazemos questão de participar das manifestações usando nossas bandeiras, nossos cartazes para que pessoas saibam e reconheçam nossa diferença.
iG – Sentiu algum preconceito imediato da população ao passar para o lado da política?
Amanda Gurgel - Não, até agora não percebi esse tipo de reação. A minha atuação é de denúncia dos problemas dentro da Câmara e isso reflete dentro da sociedade. As pessoas estão aceitando muito bem.
iG – O que vai fazer se não continuar na política? Vai voltar a ser professora?
Amanda Gurgel - Se eu entender que tenho que deixar de disputar espaço na política, pretendo, com certeza, voltar a dar aula .
AS CADEIRAS DE RODAS SÃO DIFÍCEIS DE CONSERTAR
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