quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Educação Inclusiva: Concepções de Professores e Diretores - Parte 1



Postado por: Vera (Deficiente Ciente) | Categoria(s):  |

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De acordo com a professora Maria Regina Cazzaniga Maciel,
já citada aqui no Blog, um dos passos para uma sociedade
é o da inclusão escolar.

Essa opinião é também compartilhada com a doutora Izabella
 Mendes Sant'Ana*, autora do artigo "Educação Inclusiva: Concepções de Professores e Diretores".

Segundo Sant'Ana:

Estudos recentes sobre a atuação do professor em classes inclusivas 
apontam que o sucesso de sua intervenção depende da implementação 
de amplas mudanças nas práticas pedagógicas (O’Donoghue &Chalmers,
2000), quais sejam: a adoção de novos conceitos e estratégias, como a 
educação cooperativa (O’Connor & Jenkins, 1996); a adaptação ou
 (re)construção de currículos; o uso de novas técnicas e recursos específicos 
para essa clientelao estabelecimento de novas formas de avaliação; o
estímulo à participação de pais e da comunidade nessa nova realidade
 social e educacional (Mantoan, 1997;Mantoan, 2001; Mrech, 1998;
 Pires & Pires, 1998;Westwood, 1997). Depende, além disso, 
de atitudes positivas frente à inclusão de crianças com necessidades
 especiais no ensino regular (Avramidis,Bayliss & Burden, 2000).

Contudo cabe lembrar que muitas dessas sugestões já estavam presentes na
literatura educacional antes do surgimento da orientação inclusiva, mas que,
em alguns casos, foram (re)direcionadas a partir dos princípios da inclusão.
Na medida em que a orientação inclusiva implica um ensino adaptado às diferenças e às necessidades individuais, os educadores precisam estar habilitados para atuar de forma competente junto aos alunos inseridos, nos vários níveis de ensino. No entanto,autores como Goffredo (1992) e Manzini (1999) têm alertado para o fato de que a implantação da educação inclusiva tem encontrado limites e dificuldades, em virtude da falta de formação
dos professores das classes regulares para atender às necessidades 
educativas especiais, além de infra-estrutura adequada e condições 
materiais para o trabalho pedagógico junto a crianças com deficiência.
 O que se tem colocado em discussão, principalmente, é a ausência de 
formação especializada dos educadores para trabalhar com essa 
clientela, e isso certamente se constitui em um sério problema na 
implantação de políticas desse tipo.

Diante desse quadro, torna-se importante que os professores sejam
 instrumentalizados a fim de atender às peculiaridades apresentadas
 pelos alunos. Aqui, tendo-se em vista a capacitação docente, a
participação das universidades e dos centros formadores parece ser
relevante. Para Gotti (1988), a universidade, além de proporcionar
cursos de aperfeiçoamento e de pós-graduação, deve envolver-se
 em pesquisas sobre o ensino aos portadores denecessidades especiais,
desenvolvendo instrumentos  e recursos que facilitem a vida 
dessas pessoas.

*Psicóloga, doutoranda em Psicologia pela Pontifícia Universidade
Católica - PUC, Campinas.

É extremamente necessário investimentos por parte 
do governo, no que diz respeito a formação dos professores
 para trabalhar com alunos portadores de deficiência. Enquanto 
não houver esse investimento, teremos formações deficitárias de 
professores e consequentemente não haverá uma efetiva integração 
entre professor e aluno com deficiência.

Veja também nesse blog:
Educação Inclusiva: Concepções de Professores e Diretores - Parte 2

1º Passo para uma sociedade inclusiva 
2º Passo para uma sociedade inclusiva
3º Passo para uma sociedade inclusiva



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Leia mais: http://www.deficienteciente.com.br/2009/11/educacao-inclusiva-concepcoes-de.html#ixzz13glhbny2
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