terça-feira, 18 de junho de 2013

As primeiras cestas da história do basquete sobre rodas no Brasil


Publicado em 14 de junho de 2013 às 12h19 - Atualizado em 14.06.2013 às 01:13
Da reportagem

por Gevelyn Almeida
Jogadora de basquete e colaboradora do Blog Basketeiros de Plantão 
O basquetebol em cadeira de rodas (BCR) surgiu por volta da década de 50. Desde o início já apresenta extrema notoriedade uma melhora física e psicológica de seus adeptos, em 1947, foram organizados outros jogos como o “World Stoke Mandeville Wheelchair Games”, difundindo ainda mais o esporte. Neste mesmo período, fora implantado na Inglaterra a prática do BCR como uma forma terapêutica de reabilitação. (RIBEIRO e TEIXEIRA, 2006).
No Brasil, o BCR surgiu por intermédio de Sérgio Del Grande e Robson Sampaio. Eles participaram nos Estados Unidos de um programa de reabilitação, ao retornarem, trouxeram essa modalidade para São Paulo e Rio de Janeiro. A modalidade foi receptiva levando Robson a fundar no Rio de Janeiro o Clube do Otimismo, e em 28 de julho de 1958, Del Grande funda em São Paulo o Clube dos Paraplégicos Mattos (RIBEIRO e TEIXEIRA, 2006).

A prática do BCR tornava-se popular e durante esse período clubes foram estruturados e entidades foram criadas para estimular a prática desta modalidade por pessoas com deficiência. A ABRADECAR (Associação Brasileira de Desporto em Cadeira de Rodas) se destacou sendo a primeira entidade nacional a dirigir a modalidade até o ano de 1997.
Neste ano houve um aumento significativo do número de equipes surgindo assim à necessidade da criação de uma entidade máxima para coordenar, normalizar e incrementar a prática do BCR no Brasil, nasce a CBBC (Confederação Brasileira de Basquetebol em Cadeira de Rodas), logo a sua fundação remete-se ao órgão máximo mundial a IWBF (Internacional Whellchair Basketball Federation) (RIBEIRO e TEIXEIRA, 2006).
As regras do Basquetebol em Cadeira de Rodas são as mesmas do Basquetebol convencional. No entanto, pelo fato dos atletas obrigatoriamente jogarem sentados na cadeira de rodas, algumas modificações foram feitas. A tabela é localizada na mesma altura do jogo para os jogadores profissionais adultos situada a 3,05 metros do chão (CBBC, 2010).
O Basquetebol em Cadeira de Rodas é uma modalidade que agrega em uma equipe pessoas com diferentes tipos de deficiência e cada deficiência com um grau de comprometimento. Assim, em uma mesma equipe existem pessoas com mais comprometimento do que outras (ADD, 2010).
A classificação funcional é um procedimento fundamental para uma competição justa e equilibrada. O sistema de classificação funcional foi criado para valorizar as condições do movimento do atleta. Cada modalidade esportiva tem sua própria classificação funcional, sendo o BCR a primeira a ser classificada (GREVE; CASAIS; FILHO, 2001).
No processo histórico de consolidação do Basquetebol em Cadeira de Rodas (BCR) a classificação funcional tornou-se um elemento fundamental neste processo, tendo como referência dois processos distintos, um nos Estados Unidos junto a NWBA (National Wheelchair Basketball Association), através do Dr. Nugent e outro na Europa junto a ISMGF (International Stoke Mandeville Games Federation), através do Dr. Guttman (RIBEIRO, 2010).
Guttmann (1976), descreve que a classificação funcional é necessária a fim de reparar injustiças na prática do esporte em cadeira de rodas, assegurando uma competição mais justa aos participantes. No esporte convencional há critérios de classificação que visam aproximar os atletas segundo a sua condição motora e/ou biológicas, como as categorias por idade.
A classificação funcional é um procedimento fundamental para uma competição justa e equilibrada. O sistema de classificação funcional foi criado para valorizar as condições do movimento do atleta. Cada modalidade esportiva tem sua própria classificação funcional, sendo o BCR a primeira a ser classificada (GREVE; CASAIS; FILHO, 2001).
No processo histórico de consolidação do Basquetebol em Cadeira de Rodas (BCR) a classificação funcional tornou-se um elemento fundamental neste processo, tendo como referência dois processos distintos, um nos Estados Unidos junto a NWBA (National Wheelchair Basketball Association), através do Dr. Nugent e outro na Europa junto a ISMGF (International Stoke Mandeville Games Federation), através do Dr. Guttman (RIBEIRO, 2010).
O basquetebol em cadeira de rodas situa-se como um dos únicos esportes coletivos, onde se agrega pessoas com as mais diferentes deficiências. Limites para o corpo nós que impomos, a prática do esporte para pessoas com deficiência reabilita, inclui socialmente, e, pode para muitos acabar sendo como uma ferramenta de trabalho sendo um esportista de rendimento, ou seja atleta profissional.
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