Jornalista Silvia Pilz humilha crianças com síndrome de down e anões
“Eu quero voltar pro mundo onde anões eram chamados de anões e não de pessoas verticalmente prejudicadas. De cara, um anão assusta, assim como, de cara, crianças com Síndrome de Down também nos causam certo desconforto.” (Silvia Pilz, Jornal O Globo)
Por Vera Garcia (Blogueira, pedagoga, criadora e administradora dos blogsNamoro Poderoso e Deficiente Ciente)
Silvia diz que seus textos são corriqueiros e de humor. Será que são mesmo? Em uma de suas afirmações ela disse que “de cara, um anão assusta, assim como, de cara, crianças com Síndrome de Down também nos causam certo desconforto”. Sou a favor da liberdade de expressão, mas desde que isso não desrespeite, crie constrangimento e humilhação nas pessoas envolvidas.
Enquanto ONGs, grupos, Movimentos de Pessoas com deficiência e instituições de segmentos vulneráveis trabalham incansavelmente para amenizar o preconceito, eis que surge uma jornalista totalmente pobre de espírito e preconceituosa procurando desconstruir um trabalho de inclusão que vem acontecendo há décadas. Essa jornalista, e aparentemente o jornal para o qual ela está escrevendo, certamente tem como objetivos incitar ainda mais o preconceito que já existe há séculos em nossa sociedade e ganhar audiência.
Em minha opinião, isso é caso para Ministério Público e Direitos Humanos. Gostaria de saber o que o movimento de Direitos Humanos tem a dizer e fazer em relação a essa colunista. Direitos Humanos representa ou não os direitos e liberdades de todo e qualquer ser humano?
Lembram do caso da MTV no quadro “A casa dos autistas”? Então, os atores desse programa simulavam trejeitos e urros que foram atribuídos às pessoas com autismo o que provocou uma grande revolta no público, pois se alastrou na internet. Inclusive o ator Marcelo Adnet participou desse quadro. Pois bem, o Ministério público foi acionado, o programa foi retirado do ar e a MTV foi condenada a pagar R$ 40 mil reais porque os pais de dois meninos autistas entraram com uma ação contra o programa. Acredito que isso deve ter criado uma jurisprudência.
Se ela quer audiência com esses textos, então vamos dar a ela o nosso repúdio e a nossa denúncia. Quero ver ela pagar indenização a todos pais de crianças com síndrome de down.
Abaixo está o texto que a infeliz criatura publicou. Esse é apenas um dos textos em que ela ofende, humilha e discrimina as pessoas.
SILVIA PILZ
PRETO NO BRANCO
Eu quero voltar pro mundo onde anões eram chamados de anões e não de pessoas verticalmente prejudicadas. De cara, um anão assusta, assim como, de cara, crianças com Síndrome de Down também nos causam certo desconforto.
Disfarçar o estranhamento é mais vergonhoso que demonstrá-lo. É covardia. Crianças não disfarçam. Perguntam, tentam entender e optam por se aproximar ou não. É tão, mas tão hipócrita essa regra de tratar o diferente com naturalidade que chega a ser uma forma de desprezo invertido.
Eu quero voltar pro mundo onde negros eram chamados de negros, já que chamá-los de afrodescendentes não mudou em nada o preconceito que eles sofrem, sofreram ou sofrerão. Todo mundo quer ser branco e ter olhos claros. Negras alisam cabelos, pais e mães, quando resolvem adotar bebês, vão pro Sul do país. Se bem que os mini-afrodescentes estão em alta. Simbolizam o “eu não tenho preconceito”, porque o que acontece em Hollywood, depois de um tempinho, acontece aqui. Parece uma espécie de campanha na qual quem adotar o mais feio garante seu lugar no céu.
O colono sofre desse mal. Ele quer ser parecido com quem o colonizou. Deve ser instintivo, primitivo. Como diria um dos meus melhores amigos, se Michael Jackson acordasse no enterro dele, teria uma síncope ao ver tantos pretos ao seu redor. Melhor exemplo de preto que detestava ser preto não há.
P.S: O blog “Zona de desconforto” foi desativado e todos os textos foram removidos do site.
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