Por que nascem anões?
DIÁRIO DA MANHÃ
JÁVIER GODINHO
A única referência a anão que conhecemos na Bíblia está no Evangelho de Lucas (19: 1 a 10), assim mesmo como mero detalhe e não como referência especial.
Publicano era o cobrador de impostos na Judeia Antiga, no tempo de Jesus, visto pelo povo como enriquecido desonestamente na arrecadação de tributos. Judeu tinha pavor de impostos, obrigados que era a pagá-los duplamente: ao rei da Judeia e ao imperador de Roma, superpotência da época que ocupava e dominava militar, política e economicamente o país judeu.
Lucas conta a história do publicano Zaqueu. Jesus entrava em Jericó e “havia ali um varão chamado Zaqueu, e este era um dos principais dos publicanos, e era rico. E procurava ver quem era Jesus, e não podia, por causa da multidão, porque era de pequena estatura. E correndo adiante, subiu a uma figueira brava para o ver, porque havia de passar por ali. E quando Jesus chegou àquele lugar, olhando para cima, viu-o e disse: – Zaqueu, desce depressa, porque hoje me convém pousar em tua casa. E, apressando-se, desceu e recebeu-o com satisfação.
E, vendo todos isto, murmuravam, dizendo que entrara para ser hóspede de um homem pecador. E, levantando-se Zaqueu, disse: – Senhor, eis que meu dou aos pobres metade dos meus bens e, se em alguma coisa tenho defraudado alguém, o restituo quadruplicado. E disse Jesus: – Hoje houve salvação nesta casa, porquanto também este é filho de Abraão. Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido”.
“A cada um
segundo suas obras”
Está escrito também como ensinamentos do Cristo: “a cada um segundo suas obras”, “todo homem será punido naquilo em que pecar” e “pagareis até o último ceitil”. É o que chamamos de lei do carma, de causa e efeito, ação e reação.
Conta a ginecologista Marlene Rossi Severino Nobre, presidente da Associação Médica Espírita do Brasil, no seu livro Lições de Sabedoria – Chico Xavier nos 22 anos da Folha Espírita, 1996:
“Perguntamos a Chico Xavier, em Uberaba, qual seria a explicação espírita para o problema do nanismo (que significa defeito de anão ou nanico – segundo o Pequeno Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa, de Aurélio Buarque de Hollanda Ferreira).
Ele afirmou que a pessoa encarna sob essa condição basicamente por duas razões; a primeira delas, a mais frequente, porque praticou o suicídio em outra existência e, a segunda, por ter abusado da beleza física, causando a infelicidade de outras pessoas.
O nanismo está particularmente ligado ao suicídio por precipitação de grandes alturas. O anão revoltado, segundo explicou-nos Chico, em geral é o suicida de outra existência que não se conforma de não ter morrido, porque constatou que a vida é uma fatalidade e, mesmo desejando, não conseguiu extingui-la.
Chico afirmou que o corpo espiritual sofre, com esse tipo de morte, lesões que vão interferir no próximo corpo físico, prejudicando principalmente a produção de hormônios, daí a formação do corpo anão e as diversas formas de nanismo, mais ou menos graves, conforme o comprometimento do espírito.
Ele disse ainda que conhece mães e pais maravilhosos que têm aceitado a prova com coragem e amparado os filhos anões com muito carinho e dedicação. Reconhece que a explicação espírita através da lei de causa e efeito e das encarnações sucessivas contribui bastante para a resignação perante a prova.
Suas palavras são de estímulo e encorajamento aos pais e aos portadores de nanismo para que não se revoltem e aceitem esse estágio na Terra como um valioso aprendizado para o espírito imortal”.
Suicida evitou muitos
suicídios
Quem contava muito a história real de João Custódio Machado era o professor Múcio de Melo Álvares que, durante meio século, diretor do Instituto Araguaia, ensinou moral cristã a milhares de filhos alheios. Em Goiás, ele foi pioneiro de programas espíritas na televisão, fazendo sucesso, em meados da década de 60, com “Luzes do Consolador”, e divulgando, no Canal 2, filmes sobre operações do doutor Fritz/José Arigó.
João Custódio Machado, menos de um metro de altura e disforme, era o homem mais feio de Tupaciguara, Minas Gerais. Bonito ele era espiritualmente. Ao morrer, leproso, deixou pelo menos três obras físicas admiráveis que realizara: para os filhos dos pobres, o Ginásio Esperança e uma creche. Para os desesperados, um telefone de socorro, que salvou muitas vidas.
Ele próprio atendia as chamadas e, para quem queria se matar, descrevia as consequências: os horrores do umbral e a reencarnação, em novo corpo, com todas as deficiências provocadas no antigo. Além disso, providenciava imediatamente o envio do próprio retrato ao interlocutor. Para a foto, posara de sunga, todo torto, fazendo questão de mostrar suas deformidades físicas. O quase suicida merecia também a seguinte dedicatória:
”Sou a reencarnação de um suicida. Se suicidar, volta como eu. É a lei do carma, que nunca falha. Quem escolhe é você”.
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