Fã do atleta Alan Fonteles, menino britânico visita o Comitê Rio 2016 e conhece a cidade que inspirou seu nome
Rio Woolf em visita à sede do Comitê dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 nesta terça-feira (Foto: Rio 2016/Alex Ferro)
Uma doença congênita na parte inferior da perna direita apontava uma solução drástica que mudaria a vida do recém-nascido Rio Woolf. Amputado aos 14 meses de vida, o menino britânico já enfrentava desafios incomuns às outras crianças de sua idade. Juliette e Trevor Woolf, pais de Rio, acompanhavam de perto o desenvolvimento do filho que se mostrava cada vez mais infeliz por estar sempre um passo atrás de seus colegas. Até a chegada dos Jogos Paralímpicos na sua cidade pelo menos. O rastro dos atletas que passavam voando pelas raias das pistas de 100m, 200m e 400m nas competições do atletismo em Londres 2012 atraiu a atenção do menino, que imediatamente agarrou um novo sonho: ser um atleta Paralímpico.
“Quando ele viu os atletas correndo com suas “pernas especiais”, ele ficou maravilhado. Desde aquele momento, nunca mais parou de acompanhar os seus ídolos. Quando ganhou a sua prótese de fibra de carbono, ele não só voltou a acompanhar os seus amigos na escola como começou a ganhar deles na pista de corrida”, contou Juliette.
A história de Rio é mais um exemplo da força do esporte Paralímpico. Em celebração ao Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, comemorado nesta terça-feira (3), o Comitê Organizador Rio 2016 recebeu a família Woolf na sua sede para saber mais sobre a trajetória do menino e sua descoberta do mundo Paralímpico.
“O Rio é um ótimo exemplo do tipo de legado que os Jogos Paralímpicos deixam para todos nós. A história dele mostra como o esporte Paralímpico pode inspirar e mudar completamente a vida das pessoas. É muito bom ouvir histórias como essa e tê-lo aqui para comemorar com a gente este dia internacional da pessoa com deficiência é ainda melhor”, contou Mariana Mello, gerente de Integração Paralímpica do Comitê.
Rio Woolf no estádio do Maracanã (Foto: Rio 2016/Alex Ferro)
O convite para visitar o Brasil veio do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), que promoveu as Paralimpíadas Escolares em São Paulo ao longo da última semana. Os últimos dias de viagem foram separados para visitar o Rio de Janeiro, cidade que, 10 anos atrás, inspirou o casal a dar o nome ao primeiro filho do casal.
“Conheci Salvador, São Paulo, Manaus e Rio. Vi o Alan no estádio do Corinthians, no hotel, no restaurante”, contou o menino Rio, que agora faz questão de pronunciar o seu nome com sotaque carioca.
Acompanhados pela equipe do Rio 2016, Rio e sua família conheceram pontos turísticos da cidade, como a praia de Copacabana e o Pão de Açúcar, além de uma visita especial ao palco da cerimônia de abertura dos Jogos, o estádio do Maracanã.
“Foi uma visita muito emocional para nós. Estávamos em Copacabana, nas mesmas ruas onde passamos a nossa lua de mel e onde tivemos a ideia de chamar o nosso primeiro filho de Rio, em homenagem a esta cidade maravilhosa. Estar de volta é um sonho realizado. Sinto que a cidade está ainda melhor, mais limpa e mais segura, e não vejo a hora de voltar para os Jogos Paralímpicos de 2016”, contou Juliette.
Integração Paralímpica em alta no Comitê
A visita de Rio Woolf à sede do Rio 2016 não foi a única ação de conscientização promovida pelo Comitê em celebração ao Dia Internacional da Pessoa com Deficiência. Diversos funcionários toparam o desafio de passar o dia na cadeira de rodas e sentir na pele a importância da acessibilidade para a realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. O presidente da organização, Carlos Arthur Nuzman, também participou do evento. Já na seção de Voluntários do nosso site, você pode conferir as histórias da Vanessa e Sidney, que foram além das suas dificuldades para ajudar os outros.
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