terça-feira, 23 de novembro de 2010

Contra o autismo da sociedade •• CREFITO 8 ••

•• CREFITO 8 ••


Contra o autismo da sociedade

Autismo é um problema de saúde pública, mas quem precisa puxar o bonde para melhorar o atendimento prestado aos portadores da doença são os pais dos autistas. O diagnóstico – acompanhado de parte da solução – é do curitibano Ami Klin, de 47 anos, considerado um dos maiores especialistas sobre o assunto no mundo. Ele mora fora do Brasil há 28 anos e é professor de Psicologia e Psiquiatria Infantil da Universidade de Yale – uma das mais tradicionais e importantes instituições de ensino do planeta.
O impressionante currículo de Klin não pára por aí. Ele é doutor pela Universidade de Londres, pós-doutorado em psicopatologia infantil e ciência cognitiva por Yale e co-diretor de um dos principais centros de pesquisa sobre autismo do mundo. Além disso, já deu palestra sobre a doença para senadores norte-americanos. Une conhecimento com experiência prática: durante a faculdade de Psicologia, em Londres, Klin morou em uma residência para pessoas com deficiências mentais. “Foi a maneira que eu achei para aprender de uma forma um pouco mais direta sobre a realidade.”
O autismo é um distúrbio congênito de base genética que atinge uma a cada 250 crianças. O problema afeta várias áreas de desenvolvimento, principalmente a capacidade de comunicação. “Todas as crianças autistas têm dificuldade de utilizar a linguagem, os gestos, todas as formas de partilhar com os outros.” Nessa situação, o autista se desliga da realidade exterior e cria um mundo autônomo.

Com mais de cem publicações sobre autismo e autor do livro “Handbook of Autism and Pervasive Developmental Disorders”, obra que é referência mundial na área, Klin esteve no Brasil em junho participar do “Simpósio Internacional Diagnóstico Precoce de Autismo: um desafio para o Brasil”, realizado em São Paulo, Porto Alegre, Aracaju, Fortaleza e Curitiba.
Ele recebeu a reportagem da Gazeta do Povo no apartamento de seus pais na capital paranaense. "Autismo para mim é uma das situações humanas mais intrigantes possíveis", afirma.
Veja os principais trechos da entrevista

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