quinta-feira, 25 de novembro de 2010

O NEGRO NOS ESPORTES - Consciência Negra | TV Brasil - EBC

Consciência Negra | TV Brasil - EBC

O NEGRO NOS ESPORTES

O esporte, segundo cientistas sociais, permitiu que os negros se destacassem. ''É um espaço democrático ao contrário de outros setores da sociedade'', enfatiza o antropólogo César Gordon, integrante do grupo de pesquisa Esporte e Cultura. ''A visão preconceituosa que se tinha do negro vai se invertendo com as conquistas dos atletas negros. Há uma revalorização da população negra, que, no entanto, ainda guarda elementos da teoria racial. Tem-se a ideia de que o negro tem espaço na dança, na música, naquilo que mexe com o corpo, com a ginga. Com o intelecto, não'', completa César. O depoimento do jogador Róbson, que jogou no Fluminense na década de 50, dá bem a noção do que é isso: ''Já fui negro e sei o que é isso''. Ele se referia ao preconceito de antes do sucesso, quando ainda ''era negro''; depois de receber aplausos das multidões, por seu talento, passou a sentir-se ''branco''.

Ídolo de um esporte que une, no Brasil, sob a mesma paixão, 30 milhões de praticantes de todas as cores, credos, pensamentos, idéias, Pelé retrata o exemplo de negro bem-sucedido que venceu na vida graças ao talento. Num dos mais democráticos ambientes da sociedade (o futebol), o Rei conquistou seu espaço, quaisquer fossem sua raça, credo, pensamento e ideia. Escreveu Mário Filho no seu livro ‘O negro no futebol brasileiro’, de 1947:

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