Na quinta-feira (25/11), pela primeira vez, assisti um desfile de moda inclusiva. O desfile aconteceu na cidade de Campinas, São Paulo. Várias pessoas de diferentes segmentos sociais, como: estilistas, empresários, políticos, entidades beneficentes e outros, participaram deste evento. Um dos objetivos era promover um debate e despertar a atenção do universo fashion para uma moda mais abrangente e adaptada às pessoas com deficiência.
Assim que entrei juntamente com outras pessoas no local do desfile, fomos recepcionados por modelos sem deficiência. Modelos esguias, “corpo saudável”, "sarado", o tipo de padrão de beleza idealizado pela sociedade. Acredito que seria muito interessante se ocorresse o inverso, modelos com deficiência acolhendo a chegada dos convidados. E por falar em convidados, havia pouquíssimos com deficiência.
Durante a apresentação do desfile, os apresentadores Ana Amélia Costa Leite, apresentadora do jornal TV Justiça de Brasília, e Marcelo Matheus, citaram várias vezes o termo incorreto “portadores de necessidades especiais”, onde o correto seria “pessoas com deficiência”.
Até entendo que eles não soubessem a terminologia correta, mas alguém poderia orientá-los nesse sentido. Afinal, hoje em dia, o que não falta são sites e blogs orientando as pessoas sobre o uso correto desta e outras expressões. A meu ver, a verdadeira sociedade inclusiva começa na maneira correta de abordar o assunto sobre deficiência, a fim de que práticas discriminatórias sejam desencorajadas. (Foto ao lado: Priscila Menucci, modelo profissional da Agência Kica de Castro)
Enquanto os apresentadores conversavam com o público, notei a presença de uma intérprete de línguas para convidados com deficiência auditiva. Isso me deixou um pouco mais animada. Contudo, não havia audiodescrição para convidados com deficiência visual.
Considero louvável a iniciativa do empresário Renato Rosa pela realização de um projeto de marketing de causa, assim como achei formidável o trabalho realizado pelos estilistas que desenharam roupas exclusivas para este segmento. No entanto, se o objetivo era colocar a pessoa com deficiência na rota da moda, a fim de incluí-la socialmente e elevar sua autoestima, na minha opinião, infelizmente, não foi bem isso que aconteceu. Pois a cada modelo com deficiência que desfilava, também desfilava um modelo sem deficiência. Penso que isso ofuscou o brilho de quem na verdade, deveria ser destaque na passarela, ou seja, a pessoa com deficiência. Na verdade os flashes foram divididos entre empresários, modelos sem deficiência, socialites...
Assim que entrei juntamente com outras pessoas no local do desfile, fomos recepcionados por modelos sem deficiência. Modelos esguias, “corpo saudável”, "sarado", o tipo de padrão de beleza idealizado pela sociedade. Acredito que seria muito interessante se ocorresse o inverso, modelos com deficiência acolhendo a chegada dos convidados. E por falar em convidados, havia pouquíssimos com deficiência.
Durante a apresentação do desfile, os apresentadores Ana Amélia Costa Leite, apresentadora do jornal TV Justiça de Brasília, e Marcelo Matheus, citaram várias vezes o termo incorreto “portadores de necessidades especiais”, onde o correto seria “pessoas com deficiência”.
Até entendo que eles não soubessem a terminologia correta, mas alguém poderia orientá-los nesse sentido. Afinal, hoje em dia, o que não falta são sites e blogs orientando as pessoas sobre o uso correto desta e outras expressões. A meu ver, a verdadeira sociedade inclusiva começa na maneira correta de abordar o assunto sobre deficiência, a fim de que práticas discriminatórias sejam desencorajadas. (Foto ao lado: Priscila Menucci, modelo profissional da Agência Kica de Castro)
Enquanto os apresentadores conversavam com o público, notei a presença de uma intérprete de línguas para convidados com deficiência auditiva. Isso me deixou um pouco mais animada. Contudo, não havia audiodescrição para convidados com deficiência visual.
Considero louvável a iniciativa do empresário Renato Rosa pela realização de um projeto de marketing de causa, assim como achei formidável o trabalho realizado pelos estilistas que desenharam roupas exclusivas para este segmento. No entanto, se o objetivo era colocar a pessoa com deficiência na rota da moda, a fim de incluí-la socialmente e elevar sua autoestima, na minha opinião, infelizmente, não foi bem isso que aconteceu. Pois a cada modelo com deficiência que desfilava, também desfilava um modelo sem deficiência. Penso que isso ofuscou o brilho de quem na verdade, deveria ser destaque na passarela, ou seja, a pessoa com deficiência. Na verdade os flashes foram divididos entre empresários, modelos sem deficiência, socialites...
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