terça-feira, 7 de maio de 2013

Sem estrutura, time de basquete em cadeira de rodas treina para Regional



'A gente aluga uma kombi para treinar, mas quando não dá a gente vem na cadeira mesmo', diz Wellington Gonçalves, atleta da Seleção de Rondônia

Por GLOBOESPORTE.COMPorto Velho
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Uma turma de 15 paratletas da Seleção Estadual de Basquete em Cadeira de Rodas tem um propósito interessante: errar é permitido, mas desistir não. Com essa turma, as barreiras são quebradas todos os dias. Quatro vezes por semana eles se reúnem na quadra da Escola Padrão, em Porto Velho, onde treinam.
Wellington Gonçalves foi vítima de um acidente de moto há mais de um ano e teve a perna esquerda amputada. Sem dúvida, esse foi o maior impacto da vida do paratleta.
- Com a notícia vem o primeiro impacto. A gente é acostumado a ser saudável, uma pessoa que praticamente nunca teve nenhuma doença, saber que vai perder a perna o mundo acaba. Mas eu comecei a ver essa galera (do basquete), todo mundo aí, 100% saúde e isso dá uma levantada na autoestima. Eles me mostraram que a perda de um membro não é o fim do mundo.
Seleção Estadual de Basquete em Cadeira de Rodas (Foto: Reprodução)Seleção Estadual de Basquete em Cadeira de
Rodas (Foto: Reprodução TV Rondônia)
Junto com o esporte ele se redescobriu. Viu que nada estava perdido, se recupera a cada dia e trabalha com persistência focado na próxima competição que será o Regional, em junho no Amazonas. Se depender de cada um, Rondônia será muito bem representada. 
- Se depender da animação dos atletas a gente vai longe - garante o técnico Daniel Alves.
E treinar não é uma tarefa nada fácil. Mas para eles, os obstáculos surgiram para ser vencidos.
- A gente aluga uma kombi para treinar, mas quando não dá a gente vem na cadeira mesmo e já chega cansado. Nesse momento a kombi tá parada, sem gasolina e é nessa situação que a gente treina - revela Wellington.

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